- 20 Abril 2013
- Política
Luanda - O presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Chivukuvuku, reiterou Quinta-feira a sua disposição de deixar a Assembleia Nacional(AN) em Maio, depois da visita que fará a alguns países europeus (França, Inglaterra e Portugal) para responder a convites que lhes foram formulados por alguns partidos.
*Venâncio Rodrigues
Fonte: Opais
Fonte: Opais
Líder da CASA-CE deixa o Parlamento em Maio
Falando em conferência de imprensa nesta Quinta-feira, que serviu para analisar a visita do Presidente da República(PR), José Eduardo dos Santos, ao município do Cazenga, para constatar as obras de requalificação, reforçou que os países que o convidaram pretendem que a visita se efectue enquanto ainda deputado, tal como afirmou quando respondia à uma pergunta de um jornalista.
Reiterou que deixará o Parlamento para se dedicar exclusivamente à Coligação, antevendo já os próximos desafios que se avizinham, mormente as autárquicas, numa primeira fase, em 2015 e, posteriormente, as eleições gerais, dois anos depois, nas quais pretende fazer a diferença em relação ao resultado obtido em 2012, quatro meses após a fundação da coligação.
Segundo o político, os resultados obtidos no pleito eleitoral passado animam os partidários da CASA-CE para prosseguirem com afinco e determinação a sua marcha até à vitória que lhe dará a possibilidade de formar o próximo Governo e proporcionar melhores condições de vida aos angolanos. “ Estamos a trabalhar para este fim” assegurou.
Entrando propriamente no teor do encontro com os jornalistas, Chivukuvuku disse que a visita do PR, enquadrada no Conselho de Coordenação Estratégica para o Ordenamento Territorial e Desenvolvimento Económico e Social de Luanda, foi apenas para “ inglês ver”, acrescentando que José Eduardo dos Santos “deve deixar definitivamente a cultura de faz de contas que acaba sempre no tanto faz”, apontou.
Na opinião Chivukuvuku, os problemas crónicos e insolúveis da falta de água e de energia eléctrica nos últimos meses, com consequências violentas no modo de vida das populações dos bairros suburbanos de Luanda, continuam a subir vertiginosamente, e os esforços até aqui feitos pelo Executivo são apenas paliativos.
“Mais uma vez, infelizmente, o Titular do Poder Executivo e o seu Conselho voltaram a anunciar os mesmos planos, programas e projectos, nunca executados de forma eficaz e conclusiva, apesar das centenas de milhões de dólares já gastos nessas empreitadas há vários anos”, sentenciou.
De acordo ainda com Abel Chivukuvuku, para se contornar a situação caótica que Luanda vive, exige do Executivo a aprovação de um programa reitor de requalificação e desenvolvimento de toda a cidade, com etapas de execução bem definidas, com prioridade para os bairros em situação crítica, assim como estancar o crescimento desordenado da capital do país.
O programa de requalificação e desenvolvimento que defende esta força política, atendo-nos às afirmações do seu responsável máximo, assentam num conjunto dos sistemas de saneamento básico de toda a cidade, clarificando a gravidade de cada situação, as prioridades, etapas e condições técnico-financeiras da sua execução.
Requalificação urbanística progressiva de todos os bairros suburbanos, adoptando como filosofia de ocupação dos novos empreendimentos habitacionais a priorização dos residentes tradicionais dos bairros, evitando sobretudo o desenraizamento e as transferências forçadas das populações. Estas são algumas soluções apontadas por Abel Chivukuvuku.
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