13 de Janeiro de 2013 • 16h58
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, reconheceu neste domingo que "foi um fracasso" a operação realizada na Somália para libertar o agente Denis Allex e pediu que não se dê crédito a qualquer informação que indique que o refém segue vivo.
"O que aconteceu na Somália foi terrível, um fracasso, todo mundo sabe. Sabia que havia uma possibilidade de intervir. Era preciso encontrar o momento oportuno e finalmente o presidente (francês, François Hollande) decidiu aprovar essa operação, que infelizmente terminou mal", disse Fabius em entrevista concedida à rede "LCI"
O ministro acrescentou que "é possível" que nos próximos dias o grupo islamita radical somali Al Shabab, que desde julho de 2009 mantinha Allex em cativeiro, mostre imagens do refém com vida, e chamou a atenção sobre a necessidade de ter cuidado com esse tipo de manipulações.
As últimas informações que Fabius diz ter sobre esse refém são as facilitadas pelo Ministério da Defesa, segundo as quais, como disse ontem seu titular, Jean-Yves Le Drian, "tudo aponta que foi morto por seus sequestradores".
Nessa intervenção, dois soldados franceses e 17 terroristas foram mortos, mas segundo destacou Le Drian, era preciso correr o risco, porque Allex estava "em condições desumanas".
As autoridades francesas não deram detalhes sobre o local do ataque, mas segundo o site do jornal "Le Point", este aconteceu em Bula Marir, uma cidade a 120 quilômetros ao sul da capital.
O refém era membro da Direção Geral da Segurança Exterior e foi sequestrado em Mogadíscio enquanto efetuava "uma missão oficial de apoio" ao Governo somali de transição.
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