Ministério da Defesa da França confirmou a libertação de um dos principais bastiões dos rebeldes no Norte do Mali.
As tropas francesas, apoiadas por soldados do Exército do Mali, recuperaram neste sábado a cidade de Gao, tomada pelos militantes islamistas que dominam a região desértica no Norte do país desde Abril do ano passado.
As forças que apoiam o Governo de Bamaco ainda enfrentam “fogo esporádico”, mas controlam agora o centro e o perímetro de Gao, um importante entreposto comercial e o maior dos três bastiões dos rebeldes no Norte – os outros são as cidades de Kidal e Tombuctu, para onde se encaminham agora os soldados franceses.
Ao princípio da noite deste sábado, o Ministério da Defesa francês emitiu um comunicado em que confirmava a libertação de Gao, a expulsão dos islamistas e a restauração da autoridade do Estado. O autarca da cidade, Sadou Diallo, que permanecia refugiado na capital, já reassumiu funções.
Trata-se de uma importante vitória, duas semanas após o início da campanha militar internacional contra os grupos islamistas ligados à Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, que ameaçam a soberania e estabilidade territorial do Mali.
A cidade de Gao era “governada” pelo Movimento de Unidade e Jihad da África Ocidental (MUJAO).
A ofensiva terrestre desta manhã foi precedida por dois dias de raides aéreos, com 30 bombas a caírem sobre alvos jihadistas previamente identificados em 36 horas.
As tropas francesas começaram por garantir o controlo dos acessos à cidade de Gao, e também do aeroporto. Segundo o comunicado do Governo francês, os militares “destruíram todos os meios de transporte e logística [dos islamistas] que encontraram no caminho”.
O documento não faz qualquer referência a detenções de extremistas, mas confirma que houve fatalidades entre as forças insurrectas. As tropas que participaram na operação não tiveram qualquer baixa.
No entanto, referia um reforço de meios humanos e equipamentos para consolidar a vitória de hoje. Além de mais soldados franceses, Gao deve receber militares do Chade e do Níger já amanhã
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