Saturday, January 26, 2013

Carta aberta aos portugueses que querem vir (ou já vieram) para Moçambique

  • Carta aberta aos portugueses que querem vir (ou já vieram) para Moçambique.

    Deixem-me começar pelo óbvio:

    1 – Nem todos os portugueses são maus.
    Eu diria até que a maioria não é!
    Os portugueses são como todas as outras nacionalidades – há de tudo!
    Tenho família, amigos e conhecidos portugueses, sei muito bem que em geral estas pessoas são honestas, trabalhadoras, simpáticas, etc...

    2 – Nem todos os moçambicanos são bons.
    Como os portugueses – há de tudo!
    Mas a maioria é boa gente!

    Por isso peço desde já que me poupem a comentários sobre a qualidade dos portugueses e/ou moçambicanos.

    3 – Os portugueses têm o direito de emigrarem do seu país à procura de melhores condições de vida.
    Este direito é válido para todas as nacionalidades!
    A única reserva é que têm de respeitar as leis, costumes e cultura do país para onde forem. Se não gostam, estão livres de arrumar as malas e ir para outro país que tenha leis, costumes e cultura que mais lhes agradem.

    Por isso, não me venham com papos de coitados dos “tugas”. Eles podem vir para Moçambique quando quiserem desde que respeitem as nossas leis, costumes e cultura.

    Conheço pessoas que estão a ser afetadas pela crise em Portugal, que perderam emprego ou nunca conseguiram arranjar um, simpatizo-me com elas e com as dificuldades que enfrentam neste momento. Espero do fundo do coração que arranjem um emprego com salário digno seja aonde for. No entanto, como disse muito bem o Nuno Rosario – Moçambique não é (nem tem obrigação de ser) boia de salvação para nenhuma crise!

    Além do mais, Moçambique também não está assim tão bem. Ano passado chegámos à 14ª posição na lista dos países mais pobres do mundo!

    http://www.therichest.org/world/poorest-countries-in-the-world/

    Com um PIB per capita de $1.083,00 ($3,00 por dia por pessoa – $1,00 acima da linha da pobreza – em média, a maioria das pessoas vive abaixo de $1,00 por dia que é a linha da pobreza absoluta, a média nacional só fica a $3,00 porque os nossos ricos são mesmo ricos). Com 75% da população a viver de agricultura de subsistência, com um salario mínimo oficial de $60,00 por mês (aqui estão $2,00 por dia por pessoa, numa família com mais de uma pessoa fica logo menos de $1,00 por dia por pessoa)!
    Moçambique não tem capacidade para resolver a situação dos portugueses e é injusto pedir isso de nós!

    É normal e justo que eu, como moçambicana, me preocupe mais com os problemas dos moçambicanos que com os dos portugueses. Isto é normal para todos os moçambicanos.

    4 – Moçambique precisa de mão de obra qualificada.
    É verdade, Moçambique não tem ainda quadros suficientes para certas posições. Precisamos de importar mão de obra qualificada e com experiência.

    Mas não brinquemos, Moçambique não precisa de um influxo de 200 pessoas por mês. Moçambique não tem mercado de trabalho para dar resposta a este excesso de mão de obra. E nem todos os portugueses que estão a vir se enquadram às nossas necessidades.

    Por outro lado a taxa de desemprego em Moçambique é de 30%. A maioria dos jovens moçambicanos com formação universitária tem dificuldade em arranjar empregos com um salario digno. Quase todos nós temos mais do que um emprego. Muitos criamos os nossos próprios empregos. Quase todos sentimos que o mercado está cheio, a abarrotar.

    Tendo isto em conta, expliquem-me lá muito bem explicadinho aonde é que estes novos imigrantes vão trabalhar. E quanto é que vão receber? Será que vão construir casa como nós fazemos? O que eu vejo é os portugueses a chegarem e a arranjarem emprego e a terem melhores condições que nós... já disse antes e volto a dizer – aqui há gato!

    Mas também não é desta situação que quero falar. Acho que este é assunto para outra carta, outra altura.


    Eu quero é falar sobre a mentalidade de muitos (não todos) portugueses no que diz respeito a Moçambique e aos moçambicanos.

    Eu, desde muito pequenina, sou exposta à opinião de muitos (não todos) portugueses sobre os moçambicanos:
    - somos burros, incompetentes, incapazes
    - corruptos, ladrões e buçais
    - ignorantes - nem sequer sabemos falar bem a língua que eles nos deram – e preguiçosos
    - tivemos a ousadia de querer ser independentes, quando obviamente não temos capacidade de auto-governação
    - vamos para Portugal sem visto, quando queremos e por lá ficamos a roubar e a traficar drogas
    - Portugal dá-nos tudo e mais alguma coisa com o dinheiro dos impostos que eles (portugueses) pagam – por outras palavras vivemos às custas deles, do trabalho deles
    - e destruímos a terra deles (Moçambique)!

    Mas só para não dizerem que este é um mal dos portugueses que eu conheço e que não é representativo do resto da população, eu vou dar aqui exemplos de comentários que pessoas, que eu não conheço, fizeram em posts de outras pessoas no facebook. Todos os comentários são em resposta a notícias de que Moçambique está a negar entrada a portugueses em situação de visto irregular. Penso que estes comentários resumem a opinião que tenho visto expressa e exemplificam a mentalidade de que falo.

    (copiei os posts na íntegra para não ser acusada de tirar as palavras do contexto em que foram ditas)

    Exemplo número 1
    “Eu ia de porta-helicópteros, 2 submarinos, 3 fragatas e com gente brava, tropa especial. Iam ver o que era limpar corruptos... claro, sem visto... eles iam ver o que era carimbo e afins. É certo que devíamos limpar primeiro a nossa casa mas... Moçambique é a minha terra natal.”

    Este é um exemplo característico da mentalidade de que falo. Vejamos:
    - Moçambique, um país soberano que nada deve a Portugal, quando se atreve a fazer valer as suas leis de imigração merece ser invadido e recolonizado
    - Os invasores são melhores que nós, que afinal somos um bando de corruptos
    - As nossas leis (vistos, carimbos e afins) são ridículas
    - A pessoa acha que estas medidas são justas, corretas e tomam precedência a corrigir os males de casa uma vez que Moçambique é a sua terra natal - esta última frase é especial, merece um parágrafo só para ela (abaixo).

    Moçambique é terra natal de TODOS os que cá nasceram. Os que escolheram ir embora depois da independência, seja por que razão for, não têm mais direitos do que os que aqui ficaram e por cá nasceram depois de eles se terem ido embora. Os moçambicanos que cá ficaram não merecem ser invadidos e recolonizados só porque os que partiram se sentem injustiçados.
    Para a grande maioria dos moçambicanos a pobreza em que vivemos é preferível a voltar ao tempo de “um menino de 15 anos chamado de senhor, um homem de 5 filhos chamado de rapaz”, tempo esse que prometemos não esquecer!
    Eu entendo que para muitos portugueses o tempo que viveram em Moçambique foi idílico. Entendo que foi difícil e violento deixar tudo o que conheciam e a terra que amavam na altura da independência. Mas não sejam hipócritas – a vossa vida boa era à custa de um sistema injusto e explorador, era à custa de suor e lágrimas de milhões de pessoas!
    Moçambique conquistou a sua independência e soberania. Aprendam de uma vez por todas a respeitar esta realidade que é justa!
    E se acham assim tão difícil entender que os moçambicanos querem e merecem ser independentes deixem-me lembrar-vos que vocês também lutaram pela vossa independência 2 vezes contra Espanha. Porque é que portugueses insistem em querer ser independentes de Espanha?
    Nós temos o direito de ser independentes de Portugal da mesma maneira que Portugal tem o direito de ser independente de Espanha.


    Exemplo número 2
    “Portugal construiu infra-estruturas, perdoou divida, recebeu estudantes para os formar, pondo esses estudantes inclusivamente com prioridade em relação aos nacionais, organizou inúmeras campanhas de solidariedade, etc, etc...
    Agora que o país se encontra num mau momento, tudo isso é esquecido... Enfim...
    Nós temos os PALOPs como países irmãos, mas eles não nos tratam da mesma maneira.”

    Portugal colonizou e explorou Moçambique e os moçambicanos por 500 anos. Quando digo explorou não estou a exagerar. A título de exemplo, a África do Sul pagava a Portugal (ao banco central de Portugal em Lisboa) metade do salario de cada mineiro moçambicano que estivesse lá a trabalhar. Vou dizer de outra maneira para ficar claro. Até à independência em 1975, trabalhadores moçambicanos pretos iam para as minas na África do Sul e só recebiam metade do seu salario, a outra metade era paga em ouro ao governo de Portugal, em Lisboa! Moçambique independente nunca viu 1 grama desse ouro. Isto é só um dos exemplos de como Portugal lucrou, e muito, à custa do suor e esforço dos moçambicanos.
    Lembro mais uma vez que foram 500 anos de exploração!

    Durante o tempo da escravatura Portugal raptou e vendeu 1 milhão de moçambicanos; calcula-se que para cada milhão transportado para o “novo mundo” 3 milhões morreram durante o processo! Mesmo depois da escravatura ter acabado os moçambicanos eram obrigados a fazer trabalhos forçados, grande parte das infraestruturas referidas foi construída com mão de obra do chibalo – trabalho forçado a que os ex-escravos eram submetidos até à independência nas colónias portuguesas (http://en.wikipedia.org/wiki/Chibalo).

    Hoje os portugueses que vêm para Moçambique são em geral bem recebidos e bem tratados por todos os moçambicanos (tirando os cinzentinhos que tratam mal toda a gente); no entanto os moçambicanos que vão para Portugal são vistos como oportunistas (os estudantes) e ladrões (o resto). Não me venham falar em tratamento de irmão para irmão!

    As cidades (e outras infraestruturas) que Portugal construiu em Moçambique não foi para o uso dos moçambicanos, esse ficavam nas palhotas. Portanto nem vale a pena virem-me com histórias de que estas contam como doação do povo português para o povo moçambicano.

    Também não me venham dizer que nos últimos 38 anos Portugal “deu” a Moçambique mais do que tirou durante 500 anos. Se querem fazer contas então vamos ser sérios!

    Mesmo que tudo o que o autor deste comentário diz fosse verdade, as ajudas que os portugueses deram aos moçambicanos não lhes dá o direito de agora virem ignorar as nossas leis.


    Exemplo número 3
    “Os Tugas abrem as portas a toda a gente, mas quando é ao contrário a coisa muda de figura... todos têm direito a uma oportunidade de melhorar as suas condições de vida, desde que respeitem o país, os cidadãos e os costumes do sítio para onde vão. Não vejo qual é o mal de se ir com um visto de turismo procurar emprego... Para se ter um visto de trabalho presumo que seja necessário um contrato!”

    Portugal não abre, nem nunca abriu, as portas a toda a gente. A politica de imigração oficial para Portugal sempre foi uma de entrada regulada pela emissão de um visto no país de origem. Tratar do visto para Portugal é hoje, e sempre foi, uma dor de cabeça para os moçambicanos.

    Moçambique, pelo contrário, tinha aberto as portas aos portugueses que eram autorizados a obter visto de fronteira. Até que os portugueses abusaram destas facilidades tropicais e obrigaram o governo moçambicano apertar as medidas!

    Os portugueses têm o direito de procurar emprego e melhores condições de vida, mas Moçambique não tem obrigação de resolver os problemas dos portugueses.

    Obter autorização de entrada num país citando um objetivo quando na verdade se tem outro é no mínimo desonesto. Eu entendo que essa é a única solução em certas situações, mas por favor entendam que qualquer país tem o direito de se defender contra estes tipos de estratagemas. Da mesma maneira que Portugal se defende com as suas exigências para o visto, Moçambique também se pode e deve defender.

    A imigração em massa de portugueses para Moçambique não é só um problema dos portugueses. É um problema dos moçambicanos também! É normal e justo que Moçambique esteja mais preocupado com a parte que toca aos moçambicanos do que com a parte que toca aos portugueses.


    Com tudo isto eu quero dizer aos portugueses que desejam vir para cá, ou já cá estejam:
    Hoyo hoyo, sejam bem vindos!
    Mas não se esqueçam:

    Vocês é que querem vir para cá. Vocês é que são o estrangeiro. Vocês é que têm de se adaptar.
    Os moçambicanos podem ter todos os defeitos do mundo (e muitos têm). Mas vocês querem imigrar para o nosso país!

    Isto não é a vossa terra. Os nossos países têm uma história infeliz. As atitudes a que me refiro acima não são só infelizes no sentido que fazem todos os portugueses parecer mal, mas são também perigosas porque remexem em ódios recalcados e os trazem ao de cima.

    Batam bola baixa!
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    • Pedro Taremba 70% were are wellcome those portuguese whom are very interested to come and be in mozambique.
      they hv no limit to be in any part of moz shall they come to be with us.
      we needeffer ideas of busineses in our country.
      i wellcome them morethan any thing else.
    • Nic AMade Falou. Tá falado. e falou bonitoSee Translation
    • Mohamad Seedat Falou bonito mesm. Nota 10....1000...
    • Tony Manna muito bom, moçambicanos não são um estereotipo , são multiculturais e já deram e continuam a dar ao mundo gente fabulosa...
      Parabéns Nuria !!
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    • José de Matos Interessante, mas cheio de generalizaçoes e esteriotipos!See Translation
    • Nuno Rosario Sim. CHEIO de estereótipos necessários e não ofensivos que explicam o porquê da nossa angustia...See Translation
    • José de Matos Os estereotipos e generalizaçoes nunca sao necessarios porque desvirtuam a realidade! A proposito, porque uma carta aberta so aos portugueses, os sul-africanos, paquistaneses, chineses, etc, estao isentos?See Translation
    • Nuria Waddington Negrao Caro José de Matos, tem estado a acompanhar os debates em fóruns portugueses sobre os casos recentes em que foi negada a entrada em Moçambique a cidadãos portugueses?
      Se por acaso ainda não viu, vá ver.
      Esta não é uma carta sumario sobre a atitude dos
      portugueses em relação a Moçambique e aos moçambicanos. Esta é uma carta que denuncia 3 atitudes comuns que mais me irritam e ofendem a mim, como moçambicana. Nomeadamente: (1) a atitude de que o melhor para Moçambique é ser governado por Portugal; (2) que os portugueses são uns bonzinhos e os moçambicanos são maus e aproveitadores; (3) que os portugueses merecem pela parte de Moçambique tratamento especial. Estas são atitudes/opiniões que nestes fóruns se repetem várias vezes; não são os únicos 3 comentários do género que vi - são os que achei mais representativos. Tive especial cuidado e atenção de não escolher os mais ofensivos.
      Tive também cuidado em não insultar o povo português em geral ou em particular; denunciei atitudes apenas. Atitudes podem ser mudadas!
      Deixei claro logo desde o inicio e mais do que uma vez no texto que estas atitudes não são atitudes de todos os portugueses, mas sim de alguns (na minha opinião de muitos - mas muitos não quer dizer maioria; são palavras diferentes com significados diferentes).
      Tendo em conta todas as precauções que tomei para não generalizar e estereotipar acho que a sua leitura de que o texto está cheio de generalizações e estereótipos não é correta.
      Quero também deixar claro que uma vez tomadas as precauções para não generalizar nem estereotipar eu tenho, como todos temos, o direito de denunciar e de comentar sobre atitudes da parte dos portugueses (ou qualquer outro grupo) para com Moçambique e os moçambicanos. Portanto escrever esta carta está dentro dos meus direitos.
      E mais, se nós não falarmos clara e abertamente uns com os outros, moçambicanos com portugueses, sobre estes assuntos que nos dividem - se só falarmos com as pessoas dos nossos próprios grupos - estaremos apenas a cavar cada vez mais o poço que já nos divide. A única maneira de um dia esquecermos males passados é um diálogo aberto e constante entre os dois povos.
      Quanto à sua segunda pergunta, porquê uma carta aos portugueses e não a outras nacionalidades.
      Primeiro porque apeteceu-me escrever uma carta aos portugueses, quando me apetecer escrever aos outros escrevo aos outros. A carta não diz que pessoas de outras nacionalidades estão isentas, a carta é sobre atitudes dos portugueses e por isso para os portugueses. A sua pergunta parece-me uma tentativa de desviar a atenção do assunto em causa. Esta é uma carta aberta, não um ensaio sociopolítico sobre a imigração para Moçambique. Quando eu fizer esse ensaio mando-lhe uma cópia.
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    • Nuno Rosario De todas as nacionalidades mencionadas os Portugueses sao os unicos que abertamente reagiram negativamente quando a Migração Moçambicana decidiu fazer cumprir a Lei...See Translation
    • Nuno Rosario E era a unica nacionalidade que tinha "passe simplificado"...See Translation
    • José de Matos Cara Nuria Waddington Negrao, nao tenho acompanhado muito os foruns estrangeiros, prefiro acompanhar os foruns africanos, e de um modo particular os foruns moçambicanos onde tenho notado com muita preocupaçao uma certa crispaçao sobre este assunto! Eu tenho sempre grandes problemas quando se usam generalizaçoes e esteriotipos para ilustrarem certas ideias preconcebidas. Mais preocupado foco quando menciona "atitudes comuns", é que temos de ter em conta que as percepçoes podem ser diferentes e sem querer resvalamos para as generalizaçoes. A Nuria esta no seu pleno direito de escrever o que quer, liberdade de expressao é mesmo isso, e eu tambem estou no pleno direito de questionar, dialogo e debate nao pode ser num so sentido.
      Para entender a minha preocupaçao, devo adiantar que sou moçambicano e nao tenho familiares ou amigos portugueses em Moçambique, portanto, acho que sou neutro. A minha inquietaçao vai no sentido em que tenho notado alguns indicios de xenofobia e ate racismo em algumas opinioes, nao necessariamente aqui. Estou a trabalhar na Africa do Sul e ouço quase todos os dias argumentos similares contra estrangeiros, e frequentemente contra compatriotas. Alias, acompanhei de perto os disturbios xenofobos que atingiram alguns compatriotas.
      Nao me leve a mal, acho estranhoque estando a residir no estrangeiro, pretenda aconselhar os estrangeiros que visitam Moçambique, seria asurdo que alguem tentasse as mesmas generalizaçoes onde esta.. A minha posiçao em relaçao aos estrangeiros é muito simples: vivemos na era da circulaçao livre, nesse contexto os estrangeiros podem vir para Moçambique e os moçambicanos podem ir para o estrangeiro, mediante certos requisitos, baseadas no principio da recprocidade. Por outras palavras, ops moçambicanos devem respeitar as leis do pais para onde emigram ou visitam e de igual modo os estrangeiros devem respeitar as leis de Moçambique, em ambos os lados os prevaricadores devem ser punidos, nao pode haver duvida nesse ponto.
      Eu apenas manifestei uma opiniao, que pode ser diferente da de muios comentadores, alias, a divergencia, desde que seja acompanhada de respeito e tolerancia, nao me incomoda nada, a conversar é que as pessoas de bem se entendem.
      Saudaçoes fraternas!
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    • José de Matos Caro Nuno Rosario, nao tenho tanta a certeza, mais uma vez estamos ae ntrar no campo das generalizaçoes, penso eu, e eu nao quero entrar em polemicas, apenas manifestei uma opiniao.See Translation
    • Antonio A. S. Kawaria Cara Nuria, primeiro permita-me reparar uma coisa: “As cidades (e outras infraestruturas) que Portugal construiu em Moçambique não foi para o uso dos moçambicanos, esse ficavam nas palhotas.” Na minha opinião, Portugal não construiu nada em Moçambique, mas sim podemos falar do regime (governo) colonial português. E sendo governo, tudo fora custeado pelas riquezas de Moçambique. Portanto, Moçambique não deve nada.
      Calculando-se que o desemprego em Moçambique é de 30% e eu diria que mais do que isso, pelo menos entre os jovens. A minha pergunta tem sido se os centenas de imigrantes portugueses, bangladechianos, chineses, etc, que chegam mensalmente em Moçambique costumam obter emprego??
      Se sim, que tipo de empregos? Para ser claro, serão empregos que exigem mão de obra qualificada e que Moçambique não tem? Podemos falar dessas empresas para sermos muito concreto. Quem os fornece os tais empregos? O que diz a lei? Um estrangeiro pode trabalhar em Moçambique sem permissão de trabalho e residência?
      Ou serão empregos que os moçambicanos não são interessados? Duvido, mas a minha pergunta está aí. Como são os salários para imigrantes nesses empregos?
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    • Nuno Rosario Jose de Matos: essa é a maravilha da democracia. Todos têm direito a opinião. Mas quem está fora de Moçambique deve ouvir o que quem aqui vive diz e não apenas o que os media dizem. Moçambique deixou os portões abertos para os Irmãos portugueses mais que para qualquer outra nação. Mas este ultimo ano recebemos demasiados irmãos que nao respeitam Moçambique e os moçambicanos. Sendo assim Moçambique fechou um portão... mas deixou outro aberto. Querem vir? Que o façam legalmente. Antes só ae devolviam chineses, vietnamitas, paquistaneses, nigerianos... agora tambem os Portugueses devem pedir os seus vistos como TODOS os outros...See Translation
    • Tiago Ribeiro Nuria, permita-me apenas uma correção, nunca o moçambicano foi visto como ladrão, traficante, etc em Portugal. Aliás, dos palops, sempre foram bem vistos relativamente aos demais. Quanto ao grosso do seu texto, parabéns!See Translation
    • Tiago Ribeiro Uma outra nota: sobre o que os tugas dizem dos moçambicanos, é necessária alguma atençao e cuidado... É que muitas dessas coisas sao ditas de moçambicanis para moçambicanis. Acho que é uma questão algo diferente...See Translation
    • José de Matos Caro Nuno Rosario, nao devemos personalizar as questoes, nao tem nada a ver com o estar fora ou dentro, a ser assim a opiniao das iluster Nuria nao pode ser valida porque esta fora. A proposito, eu nao tenho a pretensao de que sei tudo, mas estou em Africa , frequentemente estou em Maputo e tenho acompanhado toda esta problematica ha muito tempo, nao sou assim tao ingenuo ou ignorante. Nao concordo de modo algum com o que afirma, mas respeito a sua opiniao, é que ja ouvi esse mesmo argumento das portas abertas aos africanos, incluindo moçambicanos, em Portugal. Eu ja concordei que todos devem respeitar as leis, tudo deve ser legal, nao pode haver duvidas, mas isso serve para todos. Agora, se existem ilegalidades, é um absurdo culpar so os estrangeiros. O Governo ja afirmou que nao houve mudança nas leis, mas sim maior zelo. Ora, se ha mais zelo, significa que antigamente havia desleixo ou esquemas por parte de moçambicanos.Continuo a nao perceber porque tanta agitaçao sobre os portuguese! Quem trata mal e agride os nossos compatriotas? Quem discrimina contra os compatriotas nas estancias turisticas? Sao so os portugueses ou sao outros, como, por exemplo, sul-afrocanos e chineses? E quem consente, nao sao moçambicanos?
      Quanto aos vistos, eu penso que deve ser obtido nas Embaixadas mas deve haver informaçao de que ja nao podem ser obtidos na entrada. Por outro lado, nao pode haver arbitrariedade na aplicaçao da lei.
      Eu continuo a pensar que a presença de estrangeiros pode ser uma mais-valia, repito, se estiverem legais, e devemos ter muito cuidado e bom senso para nao apresentarmos uma imagem ao mundo que pode ser errada.
      Finalmente, de novo o alerta: muito cuidado com as generalizaçoes e esteriotipos. O texto da Ilustar Nuria esta bom e tem pontos interessantes, mas na minha modesta opiniao diluiu-se um pouco por subitamente enveredar por generalizaçoes.
      Cordiais saudaçoes!
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    • Nuno Rosario E viva a democracia... e a Nuria está temporariamente fora. E eu e ela somos de um círculo feliz ou infelizmente mais "por dentro" e mais activo. Tudo que eu falo é de experiência pessoa e nenhum "hear say". Tenho MUITA familia e amigos portugueses e conheço muitos que sao excelentes! Mas infelizmente o que vejo aqui nao é o que considero pessoas decentes...
      Quanto à informação concordo plenamente. Deveriam ter feito propaganda em todos os países com representação diplomatica? Não! Eu vi o comunicado feito ás linhas aéreas que foi totalmente ignorado que dizia que nenhum passageiro deveria ser autorizado a embarcar para Moçambique sem visto e quabdo este é de turismo o bihete deve incluir retorno. A companhia aérea descobsiderou e todos pagaram por isso... a Qatar Airlines e a Air Emirates não tiveram um unico caso do genero e ambas fazem voos Mpt/Lx.
      Todos têm razão e direitos. Moçambique passou a cumprir a Lei na integra sem excepção. Os portugueses nao gostaram. É assim. Mudam-se os tempos...
      Mas a reacção da Nuria é contra os comentários rudes e quiçá "neo-colonialistas" aqui no facebook e nos media pelo Mundo fora. Nao sao apenas opinioes pessoais. Sao criticas documentadas de Mocambicanos magoados.
      Tudo que pedimos: sejam cordiais e cumpram com as Leis.
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    • Nuria Waddington Negrao José de Matos
      Eu já vivi na África do Sul e conheço bem o efeito que o país tem sobre as pessoas. Esse medo de xenofobia de que fala é um medo que partilho. Entendo a sua posição e de onde esta vem.

      Mas por favor leia lá bem outra vez a carta e vá ve
      r os fóruns a que me refiro, o último que vi e que tem muitos comentários é este:
      https://www.facebook.com/TAPPortugal/posts/10151423528666449

      A carta é em resposta a comentários sobre este post e outros parecidos que têm aparecido aqui no facebook há já umas semanas. A carta não é a falar mal dos portugueses em geral, nem sequer a mandá-los embora de Moçambique. A carta é a responder a comentários obtusos e a lembrar-lhes que "em Roma faça como os romanos".
      Volto a reiterar que esta carta não tem assim tantas generalizações e estereótipos como o José de Matos parece pensar que ela tem.

      Eu acho que o José de Matos peca por estar a misturar alhos com bugalhos, com todo o respeito.
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      Informamos todos os passageiros de nacionalidade portuguesa com destino a Maputo... que não sejam portadores de cartão de residente em Moçambique que só poderão embarcar nos voos para aquele destino se estiverem em posse de visto de entrada válido, bem como de bilhete de ida e volta. Esta medida surge no seguimento de os Serviços de Migração do Aeroporto de Maputo estarem a recusar emitir vistos à chegada, obrigando a TAP a efectuar o retorno dos passageiros que não cumpram as condições acima referidas.See more
    • Nuria Waddington Negrao E só para provocar, se eu não posso "generalizar" sobre as opiniões dos portugueses. O José de Matos não pode "generalizar" sobre as opiniões dos moçambicanos (que não o senhor claro) - já nos está a acusar de xenofobia e racismo e tudo!
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    • Arlindo A. Mondlane essa medida de pedir visto na origem, é bem vinda, tendo em conta que é impossive que um moçambicano ponha os pes no aviao pensando obter o visto em Portela, mas creio que dentro do que cabe se deveria de receber bem aos que decidem escolher mz. como destino, e incentivar-lhes a criar empresas....See Translation
    • José de Matos E eu, com todo o respeito, vou respeitar( passe a redundancia) mas continuo a discordar de alguns bugalhos, Nuria. Se me permite, se esses comentarios la nesses foruns a incomodam, deve responder la, eu pelo menos vou as origens quando algo me indigna, porque aqui, sem sabermos o contexto, pode ser mal interpretada, eu pelo menos desconhecia o contexto. E repito, achei interessantes algumas partes do seu texto mas torci o nariz com outros pontos, nada de errado com a divergencia. alias, a minha analise pode estar errada.
      A TAP faz muito bem em avisar os passageiros mas penso que o Governo deveria ser mais incisivo na divulgaçao dessa informaçao. Eu ja afirmei que sou a favor da legalidade mas tambem sou intransigentemente contra os esquemas, a arbitrariedade e o desleixo na aplicaçao da lei. Tambem estou sempre muito atento a qualquer possivel manifestaçao de racismo e xenofobia, disfarçados de indiganaçao, em qualquer forum.
      Irei estar mais atento a esses tais foruns, apesar de estar sempre muito ocupado, e para eu sentir bem o pulso a esta problematica, agradeço que me alerte sempre que esta tematica for discutida, no inbox ou por e-mail, josedematos@mweb.co.za. Obrigado!
      Quanto ao resto, é mesmo resto!
      Saudaçoes amistosas e fraternas!
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    • José de Matos Este texto da Nuria esta a ser discutido no Grupo "Dialogo sobre Moçambique", todos sao bem vindos para visitar e comentar!See Translation
    • Antonio A. S. Kawaria Ainda não obtive resposta das minhas perguntas, mas logo me explico no Diálogo sobre Mocambique se é que fui subjectivo.See Translation
    • José de Matos Oh Nuria, so agora vi o seu outro comentario, calma ai, eu de modo algum estou a acusar seja quem for, eu nao vejo fantasmas em todos os lados, apenas lancei um alerta, nada mais!See Translation
    • Nuria Waddington Negrao Caro Antonio A. S. Kawaria
      Concordo plenamente consigo, Moçambique não deve nada a Portugal.
      Quanto às questões que põe a cerca dos empregos para todos estes estrangeiros, tudo o que lhe posso dizer é: boas questões! Eu estou sempre a fazer questões semelhantes.
      Mas esse não é o tópico da carta.
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    • Inácio Repolho A carta aberta está bem escrita e contextualizada.Só posso dar Parabéns a autora.See Translation
    • José de Matos O importante mesmo é isto:

      "1 – Nem todos os portugueses são maus.
      Eu diria até que a maioria não é!
      Os portugueses são como todas as outras nacionalidades – há de tudo!

      Tenho família, amigos e conhecidos portugueses, sei muito bem que em geral estas pessoas são honestas, trabalhadoras, simpáticas, etc...
      2 – Nem todos os moçambicanos são bons.
      Como os portugueses – há de tudo!
      Mas a maioria é boa gente!".

      Se tivermos isto em conta, certamente que acabam muitos equivocos!
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    • Angela Pinhal Gostaria muito de fazer um comentário sobre este assunto. Mas são tantos os comentários infelizes, que eu nem sei por onde começar...! Ou melhor, nem me vou dar ao trabalho de comentar....See Translation
    • Jose Matias A esta carta só posso chamar ARRUGÂNCIA, continuam a querer fazer omoletes sem ovos, e digo nunca vi um carro trabalhar sem motor. Tenho aqui em A.S. trabalhadores tanto homens como mulheres, trabalhando comigo há mais de quize anos, e não ouso deles tal linguagem, são familias que periodicamente ajudam a matar a fome dos seus familiares em MOÇAMBIQUE, com as suas remessas de dinheiro e comida. Porque carga de razão procuram a África do Sul para trabalhar? Por causa dos nossos bonitos olhos? Quantos empresários portugueses se condoiem com essa gente moçambicana e lhes dão trabalho? Mudando: quero a quem escreveu tal artigo, que não é com ódio, recordando o passado que se constroi on futuro desse povo já tão explorado e enganado por esses politicos que não deixam de fazer lembrança de atitudes passadas, deviam sim era lembrar as coisas sublimes que tambem foram praticadas: ou será que só deixamos a lingua portuguesa. Pense nisto. Achima de tude faça um exame de consciência diante de Deus e examine se as suas atitudes e comentários são justos.See Translation
    • Luís George Generoso Caros, a compatriota Nuria Negrao e os demais comentaristas teem cada um sua razao e a sua medida. Perfilho do que a sra. Negrao diz, mas contextualizado aos dias de hoje, Portugal em crise vs. Mocambique talisma, ora porque nao nos tornamos cidadaos do mundo e corteses uns com os outros?See Translation
    • Luís George Generoso Cada um de nos sabe muito bem que para se ser bem acolhido precisamos de respeitar os ditames do afitriao desde que este seja educado e nao moleque ou maria vai com todos, ninguem deve impor porque acocado de razoes de varia ordem na sua terra de origem. Quer mocambicanos quer portugueses devem observar usos e costumes quando em casa de outrem. Tenho tantos amigos de origem portuguesa, dos quais nao tenho razao de queixa porque nao permito algo tipo de ultraje a mim dirigido, ao meu povo tao pouco ao meu pais, pois jamais me digiria desse modo a eles pese o passado negro que certamentente poucos de nos tenha servido. Hoje, por conta da historia, revolvemos o passado que pode nos dividir, a quem interessa? Cumpramos as normas de cada povo e seremos felizes como se e no jardim do eden.See Translation
    • Gabriel Muthisse A ideia de que a Nuria Waddington Negrao não deveria ter feito esta carta, mas sim deveria ter comentado nos fóruns onde estes temas estão a ser despletados (sugerida por José de Matos) não procede. Com base no que se discute e comenta nas redes sociais nós podemos fazer os nossos próprios posts. Tenho visto o próprio José de Matos a fazer isso. Parabéns Núria por esta reflexão. Aguardo o teu texto em que vais abordar a questão das diferenças de salários entre moçambicanos e estrangeiros. Qual é a racionalidade desta prática?See Translation
    • José de Matos Gabriel Muthisse, tudo bem, opinioes diferentes, este problema, de acordo com a Nuria Waddington Negrao, foi lançado num outro sitio e eu estive la a ler todos os comentarios e nao vi nenhum da Nuria. Nao é que a Nuria nao pode escrever quando e onde quiser, mas se ficou tao indignada, e eu tambem fiquei, acho que deveria ter comentado la tambem.Eu nao afirmei em nenhum lugar que nao devia ter escrito esta carta, éabsurda essa ideia, afirmei sim que a Nuria deveria ter comentado no local original e explicar o contexto da carta. Se o amigo Gabriel escrever algo que me indigne, por exemplo no Marcaçao Cerrada, eu irei la comentar e depois posso alargar o debate para outros sitios, o Gabriel sabe bem que se deve responder primeiro no local original. Qiando a Nuria escreveu esta carta aberta, nao explicou o contexto e as motivaçoes da mesma, eu pelo enos nao percebi o contexto, pois nao acompanhei o tal outro debate. Se me permite, deve estar enganado, eu vou ao sitio original e depois posso alargar, eu fui ao sitio onde encontrei o texto, A Verdade.See Translation
    • Arlindo A. Mondlane sobre tudo é importante nao perder-mos a perpectiva..o mundo é cambiante...hoje portugal esta mal, mas esse pais esta integrado na UE e tem uma capacidade de recuperaçao que é so questao de tempo que volte ao estado anterior..e nos podemos encontrar com que necessitamos a portugal outra vez...em fim, quando se esta encima, nao se deveria cuspir para baixo...arrogancia de alguns infelizes a parte..See Translation
    • José Eduardo Casimiro Está tudo correcto. Poderia até ter sido escrito sei lá.....por um cidadão Inglês a reclamar com os imigrantes Indianos ou vice-versa, ou quem sabe por um cidadão Chileno a reclamar com o afluxo de Espanhóis ao seu país....Tudo se resolve com uma coisa simples RESPEITO RECÍPROCO.See Translation
    • Jose Matias Amigo e irmão José, todos aqueles que amam a Deus, os quais fazem parte do seu povo, conhecemos muito bem a razão de todas estas encrencas, e a razão que os povos vivem, os seus próprios destinos, sem jamais encontrarem o caminho da Paz e serem nesse caso prösperos. A falta de amor, e um mau procedimento, ditam toda esta miséria que eles querem forçosamente ocultar. Temos agora essa desgraça de chuvas sem controlo, e isto é uma constante, famílias em desgraça, e repete-se sempre o mesmo peditório: Até quando? Este povo precisa é do amor de Deus, e ser ensinado como pode receber os favores de Deus. Ele o nosso Deus nunca perdeu o controlo da sua natureza criada, mas quando o desprezamos, enventando outros deuses outros caminhos ( feitiçarias de toda a expécie) religiões adorando a criação em vez do Criador. Cortando as mãos de quem Deus propociona, alimentação, trabalho. Não respeitando laços familiares autenticos, como Deus prédistinou desde o principio. Áh... como tudo seria diferente. Farto de filosofias humanas ando eu, não se pode escarnecer de Deus. Todo o governo é corrupto, não adianta: todo o governo promete aquilo que não pode Dar, sempre todos querem poder dinheiro e mulheres; é uma fartura. Seria bom esse povo respeitar quem deseja criar postos de trabalho; ( não empregos) Não vamos agora ficar na desconfiança, que querem Colonizar outra vez. Absurda, essa tese, só quem não conhece o povo português. Haverá por ventura povo que saiba lidar melhor com esse povo Moçambicano? Trabalho minha gente é o que esse povo precisa. Se derem as mãos uns aos outros, e aja respeito, será facil. Paz aos homens de boa vontade: palavras do próprio Deus.See Translation
    • Gabriel Muthisse "....Se me permite, se esses comentarios la nesses foruns a incomodam, deve responder la, eu pelo menos vou as origens quando algo me indigna, porque aqui, sem sabermos o contexto, pode ser mal interpretada, eu pelo menos desconhecia o contexto. E repito, achei interessantes algumas partes do seu texto mas torci o nariz com outros pontos, nada de errado com a divergencia. alias, a minha analise pode estar errada." Esta ee parte do comentario de José de Matos, do qual retirei a sugestao (com a qual discordei) de que Nuria, em vez de escrever esta carta, deveria ter ido comentar na fonte original. Se nao era isso k queria dizer ee o que, pelo menos, se entende deste trecho.See Translation
    • José de Matos Gabriel Muthisse, penso que deliberadamente ou involuntariamente me esta a interpretar mal. Eu nao sugeri o "em vez de escrever a carta", sugeri sim que deveria ter comentado noi sitio original primeiro e ter explicado o contexto da cart, eu nao sabia que esta carta era uma resposta a um debate num outro sitio. Como expliquei, eu nao respondo no Pais ou no mural da Nuria o que, por exemplo, vem em A Verdade ou no mural do Gabriel. Simples, penso que o Gabriel esta a criar aqui um caso que nao existe.See Translation
    • Antonio A. S. Kawaria Cara Nuria
      Fiz essas questões reflectindo sobre o tópico do post. Eu pretendo saber se de facto os portugueses, os mais falados, roubam emprego aos moçambicanos.
      Se isso for um facto, é à culpa de quem e como podemos combatê-lo!
      E se for um mito, porque nos damos ao trabalho para falar tanto disso? Quem cria esse mito e com que objectivos?
      See Translation
    • José de Matos O Jose Matias que comentou aqui é um empresario portugues que emprega varios moçambicanos na Africa do Sul, penso que a maioria sem grandes qualificaçoes e seguindo a bitola do que alguns querem afirmar aqui, eles estao a tirar o lugar a sul-africanos. Por essas e por outras é que eu tenho apelado para se evitar generalizaçoes e que lidemos com esta problematica com sensibilidade.See Translation
    • Gabriel Muthisse DESDE QUE VENHAM GANHAR O MESMO QUE OS MOCAMBICANOS. DESDE QUE NAO SE APROVEITEM DE UM COSTUME ABSURDO QUE COLOCA QUALQUER SACRIPANTA, DESDE QUE VENHA DE FORA, A GANHAR CINCO OU SEIS VEZES MAIS...See Translation
    • José de Matos Gabriel Muthisse, quem tem aberto a porta ao abusos? Sera que podemos so culpar os estrangeiros ou temos de tambem culpar os nacionais que facilitam ou ignoram esses esquemas?See Translation
    •  

53 comments:

Antonio Vet. said...

Parte 1
Li atentamente a carta da Nuria Negrão. Depois de alguma meditação e embora sabendo que estas discussões são estéreis, resolvi por um imperativo de consciência, tecer sobre a mesma algumas considerações.
A carta em questão começa por acertar uma no cravo e outra na ferradura, com frases do tipo “ nem todos os portugueses são maus, tenho familia, amigos e conhecidos portugueses” etc, mas depois, paradoxalmente, vai mais longe-- apesar de aconselhar a não remexer em ódios recalcados e os trazer ao de cima-- e ataca com artilharia pesada, do tipo:
Recolonização, exploração de cinco séculos, meninos de 15 anos chamados de senhor, homem chamado de rapaz ( eu acrescentaria mulheres chamadas de Maria) ,escravatura, chibalo, suor e lágrimas de milhões, rapto e venda de 1 milhão(?) de moçambicanos, trabalho forçado, mineiros na África do Sul,palhotas, sistema injusto e explorador. Transcreve até um parágrafo do facebook de um atrasado mental que fala em aviões e submarinos!
Reparo que leu bem os livros de história que puseram à sua frente, durante a sua for mação escolar. E politica.
Não vou entrar nessa discussão porque isso daria para uma “never ending story”. Contudo, não nego muito do que ali refere.
Mas temos que localizar esses tristes factos nas épocas e contextos em que aconteceram. A maior parte dos países hoje existentes foram colónias no passado.Houve abusos como há hoje. Sabia que no continente de onde é natural ainda há episódios de escravatura? Hoje não há “Senhores” e palhotas?
Acha mesmo que houve exploração de cinco séculos? Os primeiros navios a vapor só apareceram no princípio do século XIX e os primeiros aviões de carga e passageiros no seculo XX. Qual era a população de Moçambique nessas épocas? O quê que produzia? Quantos portugueses viviam em Moçambique nessa altura? Vá lá , dê algum desconto.E mais não adianto.
Também não vou entrar nas contas do deve e haver. Seria outra longa discussão.Mas atenção, não me sinto devedor. Ficaram aí duas casas, pagas pelos meus pais, funcionários públicos, através de um empréstimo bancário durante 20 anos. Se havia dívida, a minha foi saldada, com juros. Passaram a ser propriedade do Estado depois de um célebre discurso – nacionalização da propriedade privada-- proferido em Fevereiro de 1976, se não estou em erro. Foram posteriormente vendidas, por um preço simbólico. A um camarada.

Antonio Vet. said...

Parte2
A emigração é hoje um fenómeno global. A pessoa emigra quando tem de emigrar, o mundo não para, as pessoas tem de encontrar oportunidades onde elas existirem. Se houver um benefício mútuo porque não Moçambique? Qual o problema? Porquê que tanto alarido? È óbvio, que têm de respeitar a cultura e os usos e costumes dos países que os recebem .Não me consta que causem problemas. E, se causarem, há sempre um voo de regresso....
A maior parte da nova geração de portugueses, com formação que custou milhões de euros ao erário público, não conhece Moçambique, portanto não pode considerar os moçambicanos incultos, burros, incompetentes, corruptos etc., como afirma. A percepção geral é aliás, de que se trata de um povo simpático e acolhedo. Para mim está a milhas de distância do povo angolano ou sul-africano.Mas falo mesmo do povo.
Quanto à concorrência de empregos, sabe perfeitamente que a lei moçambicana discrimina positivamente o acesso ao emprego a favor dos moçambicano e impõe quotas para estrangeiros.”Aqui há gato”? Qual o medo? Em Portugal não existem quotas.
Sabe também que para se constituir uma empresa em Moçambique com alguma dimensão é “aconselhável” ter um sócio moçambicano.
Moçambique é um país grande, com vastos recursos naturais , com uma fraca densidade populacional e onde está quase tudo por explorar.
Apesar do referido, sou dos que não aconselho portugueses a emigrarem para Moçambique. Desde logo pelo preço da passagem aérea e por haver oportunidades noutros países mais próximos ( dentro da UE) ou noutros continentes, como na América ou na Austrália. Nesses países não há preconceitos! Esta carta também é para esses portugueses.
Conheço empresas portuguesas que perderam milhões de dólares em investimentos feitos em Moçambique. Há despesas “imprevistas”!
Está a falar a sério quando fala em recolonização? Acha mesmo possível? Neste particular, acho que está a usar de má fé e abrir propositadamente feridas que já deviam estar cicatrizadas.
Não posso terminar sem dizer algo sobre o país para onde vim em 1976.
Portugal é um pequeno país, com 10 milhões de habitantes e com poucos recursos naturais.
Portugal recebeu dezenas de milhar de cidadãos de origem africana das ex-colónias, nomeadamente de Cabo Verde e da Guiné nos anos 80 e 90. Os filhos destes cidadãos

Antonio.Vet. said...

Parte3
são hoje portugueses.Há freguesias—Reboleira, Brandoa, Damaia, Cova da Moura, etc,-- com mais cidadãos destas ex- colónias do que portugueses.
Todos beneficiam de Serviços de Saúde tendencialmente gratuitos, de educação gratuita, de apoios sociais , de rendimentos de inserção social e de subsidio de desemprego, quando necessário. Os portugueses que emigram para Moçambique usufruem dos mesmos benefícios?
Mais recentemente, recebemos brasileiros,ucranianos e romenos.
Temos cerca de 500.000 imigrantes.Por tudo isto, penso que deve haver alguma reciprocidade para com os “ tugas”, como refere.
Quanto às dificuldades na obtenção de vistos por parte de moçambicanos, sabe perfeitamente que isso não depende de Portugal. Estamos integrados no espaço Schengen que nos impõe regras a que temos de obedecer.
Sabe que nos impressos que temos de preencher no consulado ou embaixada moçambicana para obtenção de vistos, há perguntas do tipo:
Viveu em Moçambique antes da independência? Onde é que trabalhou? Porquê é que saiu de Moçambique?
Trinta e sete anos depois da independência? Informação para a PIC ou para a SNASP? Como é possível? Isto sim, é discriminação e é humilhante. Atribuo a culpa não aos moçambicanos mas aos portugueses que nos governam.
Exigem o mesmo aos chineses? Esta imigração não é preocupante?
Conheço melhor Moçambique do que a Nuria e tenho uma experiência de vida que a sua idade não permite ter.
Para terminar e olhando bem para a sua fotografia, tenho que lhe dizer que a Nuria, sendo moçambicana, não representa aqueles que diz terem sido escravizados e explorados.Sabe do que falo....
A Nuria faz parte de uma elite que fala sobre o povo moçambicano sem o representar, mas que quer ser mais papista do que o papa....
Conheci alguns no passado.
Bolinha baixa por favor.
P.S - Moçambique Terra Queimada. Aconselho-a a ler o livro com esse título.

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Caro Antonio Vet.

Obrigado pelo seu comentário e pela orientação. Farei a questão, não só de ler o livro, como também de publicar o seu comentário.

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