Assembleia da República.
- “Vou continuar como uma mãe que concebe, sofre, aguenta durante a gestação, sabendo que depois dos nove meses trará uma coisa concreta e forte para o mundo”, diz Mulémbwè em analogia.
- É inconcebível gastarmos o que se gasta neste processo só para mudar palavras, pontos e vírgulas”, Renamo. “Continuamos reticentes quanto à revisão da Constituição porque o objecto central ainda não está claro”, aponta José de Sousa, porta-voz do MDM.
É assim sempre que o assunto é revisão da Constituição. Os deputados da Renamo na Assembleia da República (AR) voltaram a deixar seus lugares vagos durante a apresentação do relatório das actividades da comissão ad-hoc para a revisão da lei-mãe.
A Renamo abandonou a sala de plenário da Assembleia da República quando o presidente desta comissão, Eduardo Mulémbwè, dirigia-se ao pódio para dar a conhecer as actividades levadas a cabo desde o início do processo de revisão da Lei fundamental.
Para esta bancada, esta revisão não passa de uma brincadeira para enganar os moçambicanos. Aliás, para este grupo parlamentar, continua sendo inconcebível gastar-se cerca de 16 milhões de meticais para alterar apenas expressões, designações, pontos e vírgulas na lei.
“É apenas a alteração de algumas alíneas, pontos desnecessários, o que ao nosso ver é uma verdadeira diversão aos moçambicanos, o que prova cada vez mais a irresponsabilidade do Governo da Frelimo”, afirmou Arnaldo Chalaua, porta-voz da bancada da Renamo, para quem “ É inconcebível gastarmos o que se gasta, ou seja, aproximadamente 16 milhões de meticais num processo como este, quando milhares de crianças estudam ao relento, sentam-se no chão, faltam medicamentos nos hospitais e os professores não recebem a tempo os seus salários”.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»
Sem comentários:
Enviar um comentário