Só o recurso às armas conduziria a independência – afirma General Hama Thai
Maputo, Sábado, 22 de Setembro de 2012:: Notícias
Esta afirmação foi feita esta semana em Maputo, pelo general na reserva, António Hama Thai, durante uma palestra dirigida a funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique, subordinada ao tema “25 de Setembro – Dia das Forças Armadas de Libertação Nacional”. A mesma se insere nas celebrações do 48.º aniversário das Forças Armadas de Moçambique e 50º do desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional, efeméride que se assinala no dia 25 de Setembro.
Na ocasião, o ex-combatente da luta de libertação nacional afirmou que a insatisfação dos moçambicanos aliada à intolerância do Governo colonial português em negociar a independência fez com que o povo liderado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) recorresse às armas para libertar a terra e os homens.
“Este posicionamento do Governo colonial português aconteceu apesar do ambiente internacional ser favorável à descolonização, pois, as Nações Unidas, aprovaram, a 14 de Dezembro de 1960, a Resolução 1514 que estabelecia o direito à autodeterminação e independência dos povos colonizados. Portugal fez tábua rasa a todos os ventos da história e com ouvidos de mercador reforçava o seu sistema e a máquina de opressão contra o povo. A cultura moçambicana foi irradiada; É assim que para aquilatar a situação penosa prevalecente em Moçambique nasceram as organizações nacionalistas: UDENAMO, UNAMI e MANU, no exterior de Moçambique. São estas organizações, cuja fusão a 25 de Junho de 1962, fez nascer a Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO, organização que liderou a insurreição armada contra o jugo colonial português”, explicou o antigo comandante militar.
Na ocasião, o ex-combatente da luta de libertação nacional afirmou que a insatisfação dos moçambicanos aliada à intolerância do Governo colonial português em negociar a independência fez com que o povo liderado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) recorresse às armas para libertar a terra e os homens.
“Este posicionamento do Governo colonial português aconteceu apesar do ambiente internacional ser favorável à descolonização, pois, as Nações Unidas, aprovaram, a 14 de Dezembro de 1960, a Resolução 1514 que estabelecia o direito à autodeterminação e independência dos povos colonizados. Portugal fez tábua rasa a todos os ventos da história e com ouvidos de mercador reforçava o seu sistema e a máquina de opressão contra o povo. A cultura moçambicana foi irradiada; É assim que para aquilatar a situação penosa prevalecente em Moçambique nasceram as organizações nacionalistas: UDENAMO, UNAMI e MANU, no exterior de Moçambique. São estas organizações, cuja fusão a 25 de Junho de 1962, fez nascer a Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO, organização que liderou a insurreição armada contra o jugo colonial português”, explicou o antigo comandante militar.
18/09/2012
Hama Thay aponta as causas da derrota de Portugal na guerra da independência de Moçambique
Numa palestra dirigida aos quadros da Autoridade Tributária, António Hama Thay cita três factores que ditaram a derrota de Portugal nos 10 anos de luta: limitações do efectivo militar, o descontentamento da população portuguesa e sabotagem de alguns generais até ao golpe de Estado de 25 de Abril de 1974.
O general da luta de libertação nacional, António Hama Thay, diz que a vitória da Frelimo sobre Portugal na luta de libertação foi conseguida porque Portugal começou a ter limitações de recrutamento de soldados para suportar o seu exército.
Hama Thay falava como orador duma palestra sobre o 25 de Setembro dirigida a quadros da Autoridade Tributária de Moçambique (ATM), por ocasião da dia do arranque da luta de libertação nacional que se assinala este mês.
Na sua intervenção, o general Hama Thay, antigo vice-ministro da defesa e ministro dos antigos combatentes, apontou as razões que ditaram com que Portugal perdesse a guerra.
15/09/2012
O Acordo de Lusaca, por Almeida Santos(excerto)
Apesar dos pressupostos, não tanto criados, mas em qualquer caso confirmados e estabelecidos no anterior encontro de Dar-es-Salam, entre Melo Antunes e Samora Machel, não deixámos de tentar convencer os nossos interlocutores da mútua conveniência em legitimar a transferência do poder através de um acto de consulta - eleitoral ou referendária - invocando o facto, à data verdadeiro, de que a Frelimo ganharia sem a menor dúvida essa consulta. A Lei 7/74, em seu lacónico dizer, não a impunha. Mas ainda assim a consentia, ao atribuir ao Presidente da República competência para «praticar os actos e concluir os acordos relativos ao exercício do direito» à autodeterminação. Não precisando que actos nem que acordos, a Lei 7/74 deixou em aberto todo um leque de vias, incluindo, naturalmente, uma consulta popular.
Como já esperávamos, a delegação moçambicana invocou de imediato o precedente do acordo de descolonização da Guiné. Debalde tentámos realçar as diferenças. A Guiné já havia autoproclamado a sua independência e, com mais significado ainda, «essa» independência havia sido reconhecida pela OU A, indirectamente pela ONU e por cerca de cem países à data da assinatura do acordo. Tratava-se, pois, de uma independência já internacionalmente consensualizada.
15/09/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
12/09/2012
Pegunta directa e pública a Mário Soares, Almeida Santos e a quantos ainda sobrevivos que rubricaram, em nome do Estado Português o Acordo de Cessar-Fogo agora totalmente conhecido
Estranho que, com tanta obra publicada por tantos políticos e militares, tenha sido em Moçambique que o mesmo viu a luz do dia.
É que, se o mesmo tivesse sido tornado publico na altura, não teríamos a lamentar a morte de muitos moçambicanos ilustres e patriotas como, por exemplo, Uria Simango, que caiu na "armadilha" da "democracia que se avizinhava" e, de boa fé, regressaram a Moçambique.
Sei que não obterei resposta, mas fica a pergunta.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Recorde em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/09/afinal-mo%C3%A7ambique-deixou-de-ser-portugal-em-7-de-setembro-de-1974-o-acordo-da-vergonha.html
12/09/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (1)
Cartas de Samora Machel a Vasco Gonçalves e a resposta deste em Abril/Maiode 1975
Veja aqui:
- Carta de Samora Machel http://www.macua.org/documentos/documentos28.html
- Carta de Vasco Gonçalves http://www.macua.org/documentos/documentos29.html
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/09/afinal-mo%C3%A7ambique-deixou-de-ser-portugal-em-7-de-setembro-de-1974-o-acordo-da-vergonha.html
12/09/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
10/09/2012
AFINAL MOÇAMBIQUE DEIXOU DE SER PORTUGAL EM 7 DE SETEMBRO DE 1974 – O acordo da vergonha
“Passa hoje mais um aniversário sobre a data da assinatura do Acordo(s?) de Lusaka. E recordo, novamente, o que Mariano Matsinha disse em Setembro de 2005:
"Revela Mariano Matsinha
Acordo militar continua no “segredo dos deuses”
O Acordo de Lusaka ainda não é do domínio público, sobretudo a parte militar que continua secreta. Ela existe, está guardada a sete chaves pelo Governo da Frelimo, de acordo com o veterano Mariano Matsinha, um dos seus negociadores.
ZAMBEZE - 9/8/2005
Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Alberto Chipande, Óscar Monteiro, Bonifácio Gruveta, Sebastião Mabote, Jacinto Veloso, Mariano Matsinha, Xavier Salila, Joaquim Munhepe, Mateus Malichocho, João Phelembe, Joaquim de Carvalho, José Mosane e Graça Simbine, são os filhos da pátria moçambicana que há 31 anos, num frente a frente na “State House” em Lusaka, na Zambia, confrontaram-se com a delegação portuguesa liderada por Mário Soares para a assinatura do memorando que ficou conhecido nos anais da história por “Acordos de Lusaka”.
Volvidas três décadas da assinatura dos Acordos de Lusaka, um memorando de entendimento que pôs fim à guerra travada pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) contra a dominação colonial, o povo moçambicano ainda continua refém desse acordo assinado há 31 anos, em seu nome. Não obstante a data ser comemorada anualmente com pompa e circunstância, os que comandam os destinos da nação moçambicana, nunca lograram sequer pronunciarem de forma clara e ampla sobre as cláusulas deste acordo, até hoje, mergulhado naquilo que se chama de “segredo de Estado”. Estamos a falar do “acordo militar”, ainda não tornado público, mas que no decurso das negociações em Lusaka, constituiu o prato forte.
06/09/2012
Lusaka 38 anos depois: Negociações secretas possibilitaram acordos
Maputo, Sexta-Feira, 7 de Setembro de 2012:: Notícias
Quem o revela é Mariano de Araújo Matsinha, destacado combatente da luta de libertação nacional e integrante da comitiva da então Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que negociou com o Estado português o fim da insurreição geral armada do povo moçambicano contra a ocupação estrangeira e a consequente proclamação da independência nacional.
Trinta e oito anos após a assinatura dos Acordos de Lusaka, Mariano Matsinha descreve o 7 de Setembro de 1974 como data importante para os moçambicanos, explicando que foi através desta que se colocou o ponto final aos dez anos de luta e se abriram as alas para a independência nacional.
Trinta e oito anos após a assinatura dos Acordos de Lusaka, Mariano Matsinha descreve o 7 de Setembro de 1974 como data importante para os moçambicanos, explicando que foi através desta que se colocou o ponto final aos dez anos de luta e se abriram as alas para a independência nacional.
06/09/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História | Permalink | Comments (0)
28/08/2012
DESCONOLIZAÇÃO ASSENTOU EM LEI ANÓNIMA
Almeida Santos:
Descolonização assentou em lei anónima
PEDRO RAFAEL DOS SANTOS e ISABEL ONETO
Presidente do Partido Socialista e líder do seu grupo parlamentar, António de Almeida Santos, de 68 anos (nasceu no concelho de Seia, em 15 de Fevereiro de 1926), começou a interessar-se pelos problemas africanos quando ainda jovem estudante de Direito em Coimbra. Membro do Orfeão Académico (foi conhecido guitarrista e intérprete de fados), participou numa digressão às então colónias de São Tomé, Angola e Moçambique e apaixonou-se por África. Já advogado, decidiu fixar-se em Lourenço Marques, ali fazendo uma brilhante carreira, que acumulou com intensa actividade política de oposição ao salazarismo, no prosseguimento de uma luta iniciada na adolescência. « Nós defendíamos os chamados terroristas no Tribunal Militar, o que nos dava algum prestígio junto dos africanos mais conscientes, mas causou-nos alguns dissabores junto da população mais retógrada», recorda hoje, lembrando também que deixou avultados bens materiais em Moçambique, que nunca reclamará, embora soubesse que as suas pretensões seriam atendidas.
28/08/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Portugal | Permalink | Comments (0)
25/07/2012
O 25 DE ABRIL E A HISTÓRIA
Se alguém quisesse acusar os portugueses de cobardes, destituídos de dignidade ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufias, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.
Na perspectiva de então havia dois problemas principais a resolver com urgência. Eram eles a descolonização e a liquidação do antigo regime. Quanto à descolonização havia trunfos para a realizar em boa ordem e com a vantagem para ambas as partes: o exército português não fora batido em campo de batalha; não havia ódio generalizado das populações nativas contra os colonos; os chefes dos movimentos de guerrilha eram em grande parte homens de cultura portuguesa; havia uma doutrina, a exposta no livro Portugal e o Futuro do general Spínola, que tivera a aceitação nacional, e poderia servir de ponto de partida para uma base maleável de negociações. As possibilidades eram ou um acordo entre as duas partes, ou, no caso de este não se concretizar, uma retirada em boa ordem, isto é, escalonada e honrosa.
17/07/2012
Moçambique e Angola são governados por ditaduras comunistas
Advogado e político angolano em Grande Entrevista ao Canal de Moçambique
Durante o tempo colonial nunca tinha ouvido falar de fuzilamentos, mas o primeiro impacto depois da independência foi o fuzilamento em praça pública. Foi assim em Angola e em Moçambique também. A vida não tem valor para o MPLA e a Frelimo.
Não estou preocupado que da próxima vez, quando chegar ao aeroporto de Maputo, digam-me: não pode entrar. Nós temos de afastar a Frelimo e o MPLA do poder. Os indivíduos do partido comunista angolano, o MPLA, e os indivíduos do partido comunista de Moçambique, a Frelimo, devem ser afastados, para os nossos países se desenvolverem de uma forma mais democrática e equitativa.
Vocês aqui têm os serviços de segurança e nós também os temos, como havia a PIDE-DGS.
Andam a perseguir pessoas. Não dão liberdade às pessoas. Estes têm um comportamento pior do que os colonos.
Borges Nhamirre
Manuel David Mendes, ou simplesmente David Mendes, advogado e político, presidente do Partido Popular de Angola, é conhecido como “advogado dos pobres”, mas ficou célebre ao processar criminalmente o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acusando-o de crime de peculato. Encontrámo-lo numa estância hoteleira da capital moçambicana e depois de muita negociação, aceitou abrir a boca e falar… e falou mesmo. Descreveu o regime de medo e exclusão social e económica, implantado em Angola pelo Governo do MPLA.
Leia tudo em Download CMC_156_davidmendes
Durante o tempo colonial nunca tinha ouvido falar de fuzilamentos, mas o primeiro impacto depois da independência foi o fuzilamento em praça pública. Foi assim em Angola e em Moçambique também. A vida não tem valor para o MPLA e a Frelimo.
Não estou preocupado que da próxima vez, quando chegar ao aeroporto de Maputo, digam-me: não pode entrar. Nós temos de afastar a Frelimo e o MPLA do poder. Os indivíduos do partido comunista angolano, o MPLA, e os indivíduos do partido comunista de Moçambique, a Frelimo, devem ser afastados, para os nossos países se desenvolverem de uma forma mais democrática e equitativa.
Vocês aqui têm os serviços de segurança e nós também os temos, como havia a PIDE-DGS.
Andam a perseguir pessoas. Não dão liberdade às pessoas. Estes têm um comportamento pior do que os colonos.
Borges Nhamirre
Manuel David Mendes, ou simplesmente David Mendes, advogado e político, presidente do Partido Popular de Angola, é conhecido como “advogado dos pobres”, mas ficou célebre ao processar criminalmente o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acusando-o de crime de peculato. Encontrámo-lo numa estância hoteleira da capital moçambicana e depois de muita negociação, aceitou abrir a boca e falar… e falou mesmo. Descreveu o regime de medo e exclusão social e económica, implantado em Angola pelo Governo do MPLA.
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17/07/2012 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
15/07/2012
A GUERRA SECRETA DE SALAZAR EM ÁFRICA, de José Duarte de Jesus
… Recordo a este propósito que se trata da duplicação das acções conduzidas por Robert Leroy em Africa. A Aginter Press no início dos anos 60 ocupava-se de operações de intoxicação em terras africanas, Robert Leroy criou pequenos grupos, aparentemente de Libertação, em territórios como Moçambique, que criaram o dissídio ou se opuseram aos movimentos oficiais de Libertação, apresentando-se como filo-chineses. Findo o interesse da Aginter Press nas situações africanas, no Congo e Moçambique, este mesmo modelo de intervenção, de intoxicação e confusão vem aplicá-lo em terra europeia, nos anos anteriores ao 12 de Dezembro de 1969. Isto são elementos de total novidade que decorrem de actos recentemente perpetrados e que completam o quadro que eu conhecia sobre o papel de Guérin--Sérac e da Aginter Press. …(pág.91)
… É difícil responder-se hoje de forma definitiva e conclusiva a esta questão. Certo é que, «objectivamente», a conjunção de esforços entre o maoismo daquela época e o anti-sovietismo da extre-ma-direita foi um facto.
15/07/2012 in 25 de Abril de 1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
12/07/2012
Marcello admitiu Angola independente
Poucos dias antes de a Revolução dos Cravos eclodir em Lisboa, o governador-geral de Angola, Fernando Santos e Castro, reuniu, em Luanda, os membros do seu executivo e revelou-lhes, sem entrar em grandes pormenores, que o Presidente do Conselho, Marcello Caetano, planeava visitar o território no final de Abril de 1974.
"Não tenho a certeza se seria a 28, a 29 ou a 30 de Abril, mas seria por aí", recorda, três décadas depois, o economista Walter Marques, que no início de 1973 tinha substituído Jorge Costa Oliveira na pasta das Finanças de Angola.
"Foi o próprio governador-geral que nos disse isso. Mais ou menos por volta do dia 20 de Abril ou coisa parecida, pedindo-nos, como é óbvio e como era natural, o maior dos sigilos e a maior das reservas sobre o assunto."
O que, aparentemente, foi cumprido por todos.
Tido como "muito próximo" de Marcello Caetano, que o nomeara governador-geral no final de 1972, o certo é que Fernando Santos e Castro pouco, ou nada, adiantou sobre as razões que levavam o (então) presidente do Conselho a querer visitar Angola, um mês depois da frustrada tentativa de golpe protagonizada pelo Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha.
Leia tudo em Download Marcelo admitiu Angola Independente_DN27.05.2005
A este propósito leia também Download O PLANO CAETANISTA PARA A DECLARAÇÃO UNILATERAL DE INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA E MOÇAMBIQUE
07/07/2012
OTELO É PAGO (TAMBÉM) PELA FRELIMO
"Segundo recentemente revelou Pinheiro de Azevedo, Otelo Saraiva de Carvalho recebe hoje 150 contos por mês, 80 dos quais pagos pela Frelimo.
Pinheiro de Azevedo fez a revelação durante um jantar num restaurante de Loures, onde durante duas horas atraiu a atenção dos comensais com outras revelações e comentários.
O autor da recente carta aberta a Ramalho Eanes referiu-se também aos seus mais conhecidos críticos, classificando o cap. Sousa e Castro de "Rudolfo Valentino do Cais de Sodré" e Vasco Lourenço de "um falso pegador de toiros". Revelou ainda ter sofrido já três ataques à pistola e dois à bomba.
O que se sabe é que Otelo é natural de Moçambique e que foi um dos negociadores da independência desse território. Sabe-se também que usando da autoridade moral que lhe conferia o facto de ser um dos lideres do M. F.A. "simplificou" as conversações para a independência que decorreram em Lusaca após o 25 da Abril entre representantes da Frelimo e do governo provisório português.
Por ironia, foi Spinola quem o integrou na comitiva — como Otelo um dia disse — para, em nome do M.F.A., "vigiar Mário Soares", então ministro dos Negócios Estrangeiros e condutor dos processos de descolonização."
O RETORNADO – 15.11.1977
07/07/2012 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História | Permalink | Comments (0)
05/07/2012
Associação Cívica – Pró Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe
Não foi um mero capricho o que me levou a propor a criação da Associação Cívica Pró-Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe. Decidi fazê-lo em face da situação muito específica em que nos encontrávamos.
Tinha-me deslocado a Libreville para relatar à direcção do MLSTP os
resultados altamente positivos dos nossos encontros com o Major Melo Antunes, coordenador do Movimento das Forças Armadas e ministro sem pasta, que liderava o dossier da descolonização; Dr. Álvaro Cunhal, secretário-geral do Partido Comunista Português e o Dr. Salgado Zenha e o Prof. Jorge Campinos, estes representantes do Partido Socialista, e da brevíssima conversa tida com o primeiro-ministro, o Brigadeiro Vasco Gonçalves, em que todos manifestaram o seu apoio inequívoco ao nosso desejo de independência.
HISTÓRIA - Ilha de Moçambique e Régulo do Nhica do Rovuma
I – Ilha de Moçambique
II – Nhica do Rovuma
Na primeira podem ver-se as entidades religiosas maometanas mais representativas da Ilha de Moçambique. A cidade estava toda engalanada para receber o Governador Geral que, se a memória não me falha, era o Dr. Rebelo de Sousa, pai do actual professor e comentador político Dr. Marcelo Rebelo de Sousa. Desta recepção salvaram-se algumas imagens que iremos apresentando mas nenhuma com o Governador.
A segunda imagem tem para mim um grande valor sentimental. Por um lado porque me faz lembrar um período difícil da minha vida. Ela foi captada num local remoto de Moçambique junto à fronteira com a Tanzania, no período de guerra 1968-1970. Por outro lado há nela aquilo a que Roland Barthes no seu célebre ensaio “A Câmara Clara”*chamou punctum.
Moçambique: Equipa portuguesa recupera restos mortais de militares
Uma equipa da Liga dos Combatentes de Portugal, LCP, deslocou-se durante duas semanas a Moçambique para identificar sepulturas de soldados portugueses que se encontram em sítios isolados do país.
Em declarações à VOA o vice-presidente daquela organização, general Fernando Aguda, afirmou que o objectivo da deslocação foi o de levar os seus restos mortais de um modo condigno para Nampula para “conservar a memória” daqueles soldados mortos em combate durante os dez anos da guerra colonial.
“A ideia é dignificar os ex-militares para não estarem condenados ao desaparecimento”, disse à VOA o general Aguda.
A equipa da LCP visitou alguns distritos da província do Niassa, no norte do país, onde foram desenterrados os restos mortais de soldados enterrados fora de cemitérios convencionais.
01/07/2012
INDICADOR ECONÓMICO DE MOÇAMBIQUE - 1973
Explicações e gráficos.
Veja aqui Download Indiceeconomico1973_moc
Para estudiosos e jornalistas.
Segundo o INE de Portugal, a valorização do escudo de então é de cerca de 32 vezes.
15/06/2012
Filho quer saber onde está o pai preso pela Frelimo
Pode ter a resposta. Presidente Armando Guebuza
“Mesmo agora talvez a situação tenha melhorado mas é muito difícil."
O filho de uma cidadão moçambicano que desapareceu após ter sido preso pela FRELIMO durante o período de transição para a independência do país diz que tenciona levantar o caso junto das instâncias jurídicas do país.
Isto depois da Comissão de Direitos Humanos da União Africana ter rejeitado um pedido para decidir sobre o caso afirmando que não tinham ainda sido esgotados os recursos jurídicos moçambicanos sobre o caso.
José Zitha foi preso em finais de 1974 durante o período de transição em Moçambique. Sabe-se que foi levado para o campo de Nachingwea na Tanzânia onde juntamente com centenas de outros foi alvo de um julgamento da Frelimo (o actual partido no poder em Moçambique) sob acusações de colaboração com o regime colonial ou de actividades contra revolucionárias.
O seu filho Pacelli Zitha, com a ajuda de uma advogada holandesa, levou o caso á Comissão de Direitos Humanos da União Africana.
CHISSOIA (Relato verídico extraído do livro "Kinda", de Carlos Acabado, colecção "Fim do Império" Nº3 - Portugal)
Do alto do pedestal a estátua do navegador, erguida no centro do largo, olhava a baía a que os raios do sol nascente douravam já as águas tranquilas, como se aguardasse ainda a chegada das naus, deslizando suaves e silenciosas, como cisnes negros de asas brancas.
Nesse tempo, a população descia dos morros e barrocas sobranceiras á zona ribeirinha, esperando que os nautas varassem os botes na praia para o encontro dos mundos que "o mar já unia". Agora, a baía, que se recorta como um sensual dorso de mulher, foi pudicamente coberta com o manto verde das palmeiras da marginal, e na comunhão dos mundos só as naus estão ausentes. Portugal e o mar ali estavam, marcando presença perante uma população que, a pouco e pouco, tomou a cor da mestiçagem de sangue e vivência, deixando perplexo, quem se interrogasse, de que raça se iriam enaltecer as virtudes naquele dia!
A praça fora enchendo. As cadeiras da tribuna tinham sido ocupadas e um general, em voz monocórdica e enrouquecida, lia o discurso onde salientava que quinhentos anos de esforço, e querer, uniam o herói que, ali imortalizado em pedra, olhava absorto o oceano sem fim, aos heróis de hoje que, frente á tribuna, aguardavam o agradecimento da Pátria reconhecida.
04/06/2012
Processo de Nachingwea (2ª Parte)
Torna-se oportuno referir que o Estado moçambicano não nega que o então ministro da Administração Interna, Armando Guebuza (NR: hoje presidente da República e presidente do partido Frelimo), foi quem deu ordens para se prender a Primeira Vítima, José Eugénio Zitha.
O Estado moçambicano não nega que a Primeira Vítima se encontrava a determinada altura sob sua custódia. Na presente Queixa, a Primeira Vítima não desapareceu ao acaso. – decisão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
Nos argumentos articulados perante a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, face à queixa apresentada contra o Estado moçambicano pela advogada de duas das vítimas do Processo de Nachingwea, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não contestou nenhuma das violações da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos alegadas na queixa. Recorde-se, que em relação à Primeira Vítima (José Eugénio Zitha), a advogada Liesbeth Zegveld alegara que o Estado moçambicano havia violado os Artigos 2, 4, 5, 6 e 7(1) (d) da Carta. Relativamente à Segunda Vítima (Pacelli Zitha), na Queixa alegava-se violação do Artigo 5.
31/05/2012
40 anos após o massacre que chocou o mundo Atrocidades em Wiriyamu continuam por esclarecer (2)
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/05/40-anos-ap%C3%B3s-o-massacre-que-chocou-o-mundo-atrocidades-em-wiriyamu-continuam-por-esclarecer.html
Veja aqui o trabalho completo(em inglês) de Bruno C. Reis e Pedro A. Oliveira:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13698249.2012.654690#preview
31/05/2012 in 25 de Abril de 1974, História, Massacre Wiryamu - 16.12.1972, Portugal | Permalink | Comments (0)
27/05/2012
Processo de Nachingwea (1ª Parte)
Comissão Africana de Direitos Humanos divulga decisão sobre queixa contra Estado moçambicano
O actual presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, no Governo de Transição, na qualidade de ministro da Administração Interna intimou José Eugénio Zitha a comparecer a uma reunião de Grupos Dinamizadores, órgãos tutelados pela FRELIMO. Soldados da FRELIMO, armados e fazendo-se transportar em viatura militar, foram à residência de José Eugénio Zitha, na Matola, sem o amparo de qualquer mandado judicial, e levaram-no ao local da reunião. Aqui seria “humilhado e acusado de traição”.
Guebuza ordenou depois a prisão e detenção no antigo quartel-general das tropas coloniais em Boane. “A família, incluindo o filho, Pacelli Zitha, não foi posta ao corrente do sucedido”.
26/05/2012
As crises Político-Militares na Guiné-Bissau: Causas, problemas e Soluções
O golpe de Estado na Guiné-Bissau do passado dia 12 de Abril (mais um), não surpreendeu verdadeiramente ninguém minimamente avisado porque fora anunciado (insinuado) na véspera, por Kumba Yalá à cabeça dos Cinco - os que contestaram os resultados das eleições presidenciais - na sua conferência de imprensa então realizada.
Ao reiterar o que antes afirmara da sua não participação na 2ª volta (eleições presidenciais) Kumba Yalá disse expressamente que não haveria a 2ª volta, deixando entender que o processo eleitoral seria interrompido.
Na sequência desse golpe, as reacções não se fizeram esperar. Registe-se o forte e contundente comunicado da CPLP que deu o mote às demais organizações internacionais, para a condenação inequívoca do golpe ao mesmo tempo que exigiam todas - organizações internacionais - o regresso imediato à ordem constitucional. No mesmo sentido, e com a mesma veemência, antecipando as próprias resoluções do Conselho de Segurança, foi a voz do Secretário-Geral das Nações Unidas Ban-Ki Moon. A CEDEAO, com a ambiguidade e a inconsequência que se lhe conhecem, "condena" o golpe mas presta-se de seguida a legitimá-la através de negociações generosas sempre em benefício e impunidade dos golpistas sustentadas com o argumento de que é preciso evitar "banhos de sangue". No fundo a CEDEAO não tem moral para condenar quaisquer golpes porque com mais ou menos "nuances" ela se edifica sob fundações golpistas.
26/05/2012 in 25 de Abril de 1974, Guiné - Bissau, História, África - SADC | Permalink | Comments (0)
15/05/2012
“Guerra de África – Portugal Militar em África 1961-1974 – Atividade Militar” realizado no IESM em 12 e 13 de Abril de 2012
- Por Carlos de Matos Gomes e Aniceto Afonso
Download Guerraafrica_matosgomes_2012
- Réplica do Cor.Pil.Av Brandão Ferreira:
Download Guerraafrica_brandaoferreira_2012
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/04/a-outra-face-do-25-de-abrilrepeti%C3%A7%C3%A3o.html
08/05/2012
"Moçambique - A escalada do terror", de Inácio de Passos(1977)
" ....
Os factos descritos são reais na totalidade. Ou foram recolhidos na minha experiência profissional, ou retirei-os de depoimentos de gente idónea, sempre avalisados por nunca menos de três testemunhas dignas de crédito. Deles o leitor pode colher as ilações que lhe aprouver, não sendo, porém, minha intenção de voltar contra o povo moçambicano a repulsa ou a má vontade do leitor.
No seu livro sobre o anarquismo, Daniel Guerin afirma que Proudhon constata, com desolação, que as massas têm necessidade de indivíduos que as despertem. O povo moçambicano foi despertado para o mal, na fase da Independência, por uma Frelimo que desconhecia, comunista, e a arma usada pelo Partido foi a Imprensa. Mas esta sabia que o regime que entrava em Moçambique para governar se solidarizava com os princípios moscovitas, e conclamava a necessidade da formação de um bloco comunista e ateu, que fizesse frente às ideias ocidentais no continente africano. E este regime, convertido em paladino na luta contra o Ocidente, assegurava uma nova situação no contexto africano, oferecendo a Moçambique uma importância estratégica crescente.
... Inácio de Passos"
Leia a obra completa em:
http://www.macua1.org/livros/escalada.html
08/05/2012 in 25 de Abril de 1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
06/05/2012
Lembrando: 25 de Abril – PREC – 25 de Novembro
Ainda se podem compreender os arrobos saudosistas de alguns militares de Abril que convivem mal com o esquecimento público e com as escolhas democráticas de governação que não são do seu agrado. Mas um ex-Presidente da República (…)”
José António Lima, in “Sol”, 27-04-2012
Dado ter sido um acontecimento inédito o sucedido nas comemorações do 25 de Abril de 2012, passo a apresentar o que foi comentado pelos mais variados analistas na Imprensa escrita.
Vasco Pulido Valente sintetiza na sua coluna habitual do “Público”, de fim de semana (27-04-2012) o que sucedera dois dias antes, com um texto intitulado “Legitimidades”:
“Os factos são simples. Primeiro, a Associação 25 de Abril anunciou que não participava nas celebrações da revolução que a Assembleia da República, como lhe compete, costuma organizar. Segundo, o dr. Mário Soares resolveu apoiar a Associação 25 de Abril e disse que também não ia. E terceiro, Manuel Alegre, não se percebe porquê, declarou que se tencionava juntar a este estranho grupo de rebeldes.
“(…) Mas ninguém perguntou o que valia politicamente a Associação 25 de Abril e a quem podia impressionar a sua melodramática ausência na sessão de São Bento. Como ninguém se inquietou com a relevância de Manuel Alegre, hoje nula e um pouco patética. E o dr. Soares com certeza não pensou duas vezes por que raio se ia meter naquela galera.
29/04/2012
UM Primeiro-ministro SEM HONRA E DIGNIDADE DE SER PORTUGUÊS (PASSOS COELHO)
Estou desiludido com V.Exa.! Não se pense porque me tirou na reforma ou porque está dificultando brutalmente a vida dos Portugueses. Nada disso!
Isso são "situações" que terá de resolver, para tanto candidatou-se, voluntariamente, a essa tarefa. Sabia para o que ía! Cumpra!
Acabo de ler algures que V.Exa. depositou, em Maputo, um ramo (coroa) de flores em homenagem aos guerrilheiros da independência de Moçambique, especialmente a Josina Machel. É verdade?
Muito bem!!
Como sabe em Maputo há dois cemitérios com militares Portugueses mortos em combate, que dignificaram as suas vidas morrendo em defesa da Pátria Portuguesa. Pensou, durante um brevíssimo segundo, neles? Referiu essa efeméride? Esqueceu-se? Ou teve respeitos humanos? Colocou uma simbólica rosa em memória desses seus compatriotas? Preocupou-se em saber a indignidade que revelam as suas campas? Claro, que não!
Estou envergonhado perante a memória desses meus ex-camaradas militares, com a sua atitude (ou falta dela), Senhor Primeiro-Ministro!
Estou certo que Portugal lamenta !
Luis Bento (ex refugiado (1974) de Moçambique na África do Sul)
(Recebido por email)
28/04/2012
A morte de Sá Carneiro
Passaram fome, lutaram para que o nome do esposo e pai fosse limpo.
O Jorge era um excelente piloto, só assim se compreende que ainda tenha aguentado a nave depois dos pés desfeitos por uma bomba.
Agora entremos na história.
Tudo o que for postado pode ser encontrado na net também.
Basta procurar, investigar, juntar as peças.
Claro que nunca poderemos acusar directamente A ou B.
É um conjunto de interesses e pessoas que levaram à morte de Adelino Amaro da Costa e Sá Carneiro, na ânsia de chegar depresssa ao Porto, por arrastamento.
-Tudo gira à volta de um saco azul ou fundo que servia para fazer face às despesas da Guerra Colonial.
Este fundo, diga-se, encontrava-se numa situação peculiar: passados oito anos do fim da guerra ainda se encontrava disperso por vários bancos e tinha cerca de um milhão de contos.
Até ao 25 de Abril era responsabilidade do Ministro Alberto de Andrade e Silva (1973-1974).
26/04/2012
CONFISSÃO DO CHACAL: "ATENTADO QUE MATOU SÁ CARNEIRO E AMARO DA COSTA"
Fiz o meu primeiro depoimento sobre Camarate, na Comissão de Inquérito Parlamentar, em 1995. Mais tarde prestei alguns depoimentos em que fui acrescentando factos e informações.
Cheguei a prestar declarações para um programa da SIC, organizado por Emílio Rangel, que não chegou contudo a ir para o ar. Em todas essas declarações públicas contei factos sobre o atentado de Camarate, que nunca foram desmentidos, apesar dos nomes que citei e da gravidade dos factos que referi. Em todos esses relatos, eu desmenti a tese oficial do acidente, defendida pela Polícia Judiciária e pela Procuradoria Geral da Republica.
25/04/2012
25 DE ABRIL – O DESPERTAR DUMA ILUSÃO (1)
Por: António Justo – Alemanha
Geração 68 – Revolução Política e Religiosa
A revolução começa no espírito para só depois ganhar expressão política. Já antes do 25 de Abril andávamos todos à procura de bilhetes para a liberdade.
Em 1959, João XXIII responde à ânsia do mundo por inovação e emancipação convidando todo o mundo ao “aggiornamento”, à mudança. Dos USA surgiam rajadas de ventos anunciadores da ânsia de emancipação expressa na música Pop, Rock, Blues, Rolling Stones, Beatles, etc. no movimento hippie e no desejo de emancipação sexual.
O mapa do tempo e dos sentimentos públicos eram determinados pela baixa pressão soviética e pela alta pressão americana. Na altura o mundo encontrava-se todo em ebulição. Sob o cenário da “guerra fria”, proliferavam os cenários das fronteiras ideológicas. As palavras de ordem da altura eram: “Proibido proibir”, “abaixo o Estado”, “seja realista, peça o impossível”, “não confie em ninguém com mais de 30 anos”.
23/04/2012
Afinal havia outro caminho que não a EU/CEE, o BRASIL!(Repetição)
A OUTRA FACE DO 25 DE ABRIL(Repetição)
Em 1941, Franklim Delano Roosevelt endereçou uma carta ao Kremlin (carta que o Le Figaro publicou em 7/2/51) onde, a dado passo, afirmava: «... quanto à África, será preciso dar à Espanha e a Portugal compensações pela renúncia dos seus territórios ultramarinos, para um melhor equilíbrio mundial.
Os Estados Unidos instalar‑se‑ão aí por direito de conquista e reclamarão inevitavelmente alguns pontos vitais para a zona de tutela americana. Será mais do que justo. Queira transmitir a Estaline, meu caro senhor Zabrusky, que, para o bem geral e para o aniquilamento de Reich, lhe cederemos as colónia africanas se ele refrear a sua propaganda na América e cessar a interferência nos meios liberais.»
Porquê Portugal e as suas províncias ultramarinas? Terá sido apenas mais um Yalta?
Para a compreensão destas questões, transcrevemos uma passagem muito interessante de Washington Observer de 15/1/75: «A verdadeira razão da rápida mudança da situação na África Austral reside no plano Rockfeller, Rotschild e Oppenheimer, que prevê a criação de um super‑governo económico na parte sul de continente africano. Este plano implica a integração em um todo económico de Angola, Zaire, Zâmbia, Zimbawe, Sudoeste Africano, Moçambique e República da África do Sul. Este plano vai permitir que a Gulf Oil Corporation (propriedade dos Rockfeller) explore em exclusivo o petróleo de Cabinda, com igual .proveito da URSS, de Cuba e de Angola. Foi esta associação, aparentemente sui generis, que, em 1973, tomou a decisão de mudar o curso dos acontecimentos em Portugal e suas colónias «para um melhor equilíbrio mundial».
Em princípios de 1973, realizou‑se em Paris uma conferência convocada pelo PCP, na qual todos ou prementes da esquerda portuguesa se comprometeram a levar a cabo uma sublevação em Portugal, o mais tardar até 1975. Estavam presentes a PCP, a Acção Socialista Portuguesa e cerca de uma dezena de militares, católicos progressistas e representantes da Maçonaria. Esteve igualmente presente uma delegação de PCUS, com instruções e poderes para assumir compromissos financeiras.
Os Estados Unidos instalar‑se‑ão aí por direito de conquista e reclamarão inevitavelmente alguns pontos vitais para a zona de tutela americana. Será mais do que justo. Queira transmitir a Estaline, meu caro senhor Zabrusky, que, para o bem geral e para o aniquilamento de Reich, lhe cederemos as colónia africanas se ele refrear a sua propaganda na América e cessar a interferência nos meios liberais.»
Porquê Portugal e as suas províncias ultramarinas? Terá sido apenas mais um Yalta?
Para a compreensão destas questões, transcrevemos uma passagem muito interessante de Washington Observer de 15/1/75: «A verdadeira razão da rápida mudança da situação na África Austral reside no plano Rockfeller, Rotschild e Oppenheimer, que prevê a criação de um super‑governo económico na parte sul de continente africano. Este plano implica a integração em um todo económico de Angola, Zaire, Zâmbia, Zimbawe, Sudoeste Africano, Moçambique e República da África do Sul. Este plano vai permitir que a Gulf Oil Corporation (propriedade dos Rockfeller) explore em exclusivo o petróleo de Cabinda, com igual .proveito da URSS, de Cuba e de Angola. Foi esta associação, aparentemente sui generis, que, em 1973, tomou a decisão de mudar o curso dos acontecimentos em Portugal e suas colónias «para um melhor equilíbrio mundial».
Em princípios de 1973, realizou‑se em Paris uma conferência convocada pelo PCP, na qual todos ou prementes da esquerda portuguesa se comprometeram a levar a cabo uma sublevação em Portugal, o mais tardar até 1975. Estavam presentes a PCP, a Acção Socialista Portuguesa e cerca de uma dezena de militares, católicos progressistas e representantes da Maçonaria. Esteve igualmente presente uma delegação de PCUS, com instruções e poderes para assumir compromissos financeiras.
11/04/2012
SNASP - Decreto-Lei n.° 21/75 de 11 de Outubro
Para esse efeito:
Artigo 1.° É criado o Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), directamente dependente do Presidente da FRELIMO."
Veja aqui :
Download 19751011_lei_de_snasp
NOTA:
Nem a PIDE/DGS dependia do Presidente de um Partido!
Este decreto é apenas a formalização do que já existia.
11/04/2012 in 25 de Abril de 1974, História, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (4)
24/03/2012
Samora Machel Son of Africa 1/2 (video)
1ª parte: http://www.youtube.com/watch?v=44Q_6VmN0uU
2ª parte: http://www.youtube.com/watch?v=G3uQ18b-5f8
24/03/2012 in 25 de Abril de 1974, História, Musica, vídeo, cinema, África - SADC | Permalink | Comments (0)
15/03/2012
OTELO SARAIVA DE CARVALHO VOLTA À CARGA
Ao proferir uma palestra no Instituto de Contabilidade e Administração de Coimbra sobre 'As Forças Armadas na Defesa da República e da Democracia Portuguesa', disse que àqueles que reclamam um novo 25 de Abril responde 'sem dúvida que era necessário'.
Para o 'Capitão de Abril', tal como o que se passava com o governo socialista liderado por José Sócrates, com actual executivo (de Pedro Passos Coelho)'há esta submissão grande em relação à grande potência actual da Europa que é a Alemanha', com 'uma perda de alta soberania' de Portugal.
'Esta perda de soberania é tão marcante que, foi por isso que eu disse, estão a ser atingidos limites. Quando esses limites forem ultrapassados... E aqui, nesta ligação constitucional das Forças Armadas ao povo, com as Forças Armadas ao lado do povo, em defesa do povo português, aí de facto as Forças Armadas terão que atuar', sustentou, citado pela imprensa lusa.
14/03/2012
O que pensa(ra)m os portugueses da libertação africana
Em plena guerra de libertação, em 1973, a política ultramarina do Estado Novo recebia 34,2% de aprovação e era chumbada por 18,6% dos portugueses. Pós 25 de Abril, a independência dos países africanos era aplaudida por 68% dos portugueses, enquanto 2% sustentava que se devia ‘continuar a lutar’. Passados 20 anos das independências africanas, em 1995, 65,5% concordava com o princípio das independências. Nos 30 anos da Revolução de Abril, em 2004, 29% assinalava o ‘fim da guerra colonial’ como a maior conquista do 25 de Abril.
Os indicadores resultam de pesquisas de opinião pública realizadas em Portugal entre 1973 e 2004. O historiador Carlos Maurício, do Centro de Estudos de História Contemporânea do ISCTE (Portugal), publicou um estudo sobre as sondagens na busca de compreender a perspectiva dos portugueses, e a sua alteração ao longo do tempo, em relação à guerra e à descolonização. “O apoio da opinião pública ao esforço de guerra e ao ideário de um Portugal pluricontinental começou a entrar em declínio na segunda metade da década de 60”, escreve o investigador num artigo da revista científica Nação e Defesa, Dezembro de 2011.
05/03/2012
Contribuições para a história de Moçambique por Uria Simango (Novembro, 1974)(Repetição)
Situação actual em Moçambique De modo a informar todos aqueles que se interessam pelos acontecimentos em Moçambique, decidi escrever estas breves linhas na esperança de que elas possam vir dar uma visão geral da situação. O golpe de estado de 25 de Abril em Portugal, foi seguido de promessas dadas pela junta militar dirigida pelo General Spínola de que às colónias iria ser conferida a liberdade de escolherem o seu futuro. Deste modo, a independência seria concedida após eleições gerais, nos princípios de 1975, em que todos os partidos políticos poderiam participar. Com efeito, foi concedida uma amnistia a todos os políticos e aos movimentos de libertação, autorizando-se o seu regresso aos seus respectivos países de forma a terem a oportunidade de expressar os seus ideais antes das eleições.
Leia tudo:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_por_uria_simango.doc
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.02.2006
NOTA:
Repete-se esta entrada a propósito de um comentário colocado por "Simango" em "Compulsando o que não se disse do comportamento político de Samora (Conclusão)", qundo diz que "entre outras coisas, que as forças que ele comandava haviam já morto mais de 500 soldados da Frelimo". Não é essa a minha interpretação.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
05/03/2012 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink | Comments (0)
01/03/2012
Ex-soldados portugueses reclamam clareza nas compensações
Queira receber o meu antecipado agradecimento pela publicação desta carta, com conteúdo que acho de utilidade pública. Recentemente, tivemos uma semana fértil em episódios e, quanto a nós, reveladores de uma íngreme montanha de falta de consideração por parte dos Serviços Consulares do Estado português em Moçambique.
Maputo, Sexta-Feira, 2 de Março de 2012:: Notícias
Um grupo de moçambicanos, que integrou a antiga tropa portuguesa que combateu no território moçambicano no período da ocupação e da dominação colonial, foi convidado a pôr em marcha os processos atinentes à sua compensação junto dos Serviços Consulares portugueses em Maputo.
Após terem recebido as notificações para se apresentarem junto dos Serviços Consulares no passado dia 1 de Janeiro, a fim de tratar de aspectos formais com vista às devidas compensações a que têm direito, os moçambicanos, ex-soldados do exército português, decidiram marcar presença, com a pontualidade e o espírito digno do próprio regime militar. Toda a gente que para lá se deslocou acabou saindo de lá deveras desapontado, ombros cabisbaixos e, acima de tudo, inconformados com o que pôde ver e ouvir por aquelas “paragens lusas”.
Colocaram como requisitos, que vou com a devida vénia transcrever textualmente, incluindo com os erros gramaticais; “Fotocópias: Caderneta militar; bilhete de identidades; documento que comprove descontos de reforma no sistema português”. O que deixa inconformados os ex-soldados, é o facto de o último requisito ser claramente uma miragem para a grande maioria deles e praticamente impossível de se obter.
Após terem recebido as notificações para se apresentarem junto dos Serviços Consulares no passado dia 1 de Janeiro, a fim de tratar de aspectos formais com vista às devidas compensações a que têm direito, os moçambicanos, ex-soldados do exército português, decidiram marcar presença, com a pontualidade e o espírito digno do próprio regime militar. Toda a gente que para lá se deslocou acabou saindo de lá deveras desapontado, ombros cabisbaixos e, acima de tudo, inconformados com o que pôde ver e ouvir por aquelas “paragens lusas”.
Colocaram como requisitos, que vou com a devida vénia transcrever textualmente, incluindo com os erros gramaticais; “Fotocópias: Caderneta militar; bilhete de identidades; documento que comprove descontos de reforma no sistema português”. O que deixa inconformados os ex-soldados, é o facto de o último requisito ser claramente uma miragem para a grande maioria deles e praticamente impossível de se obter.
22/02/2012
Elogios a Rosa Coutinho, o “descolonizador” de Angola
O jornal “A Voz de Paço de Arcos”, que se considera um defensor dos interesses da freguesia local, vem transcrever um obituário do Almirante “vermelho”, constante dos Anais do Clube Naval Militar, de Dezembro de 2010 (!?).
E isto a propósito de quê? No final da transcrição é feita a explicação: Esse volume dos Anais foi oferecido à freguesia “por ocasião do aniversário do seu nascimento (14-11-1926), como homenagem de Paço de Arcos, terra onde, cerca de oito anos, veio passar os seus três meses de férias.” (!?) Apenas espero que Paço de Arcos se fique por aqui nesta “homenagem” e não chegue a atitude semelhante à da freguesia de Olival de Basto (Odivelas), que pretende (ou pretendeu…) erigir uma estátua a Samora Machel, responsável pelo governo moçambicano autor das piores tropelias contra portugueses, nos primeiros anos pós-independência.
Vou comentar resumidamente o conteúdo deste texto de que não é indicada a autoria… Depois da alusão à sua actividade como marinheiro e velejador e de engenheiro hidrógrafo em Moçambique e Angola são salientados os depoimentos de vários oficiais de marinha: Comandantes Carrilho Mateus, Daniel Rodrigues e Jorge Jesuíno (o esquerdista Correia Jesuíno, da descolonização de Angola e do PREC, no Continente português?). Todos eles fazem os elogios das qualidades de Rosa Coutinho, como oficial de Marinha antes do 25 de Abril.
19/02/2012
Norte-americano estuda dilemas de futebolistas africanos ao serviço de Portugal
O professor, que integra o departamento de História da Universidade de Augustana, em Rock Island, Illinois, formou-se em História Africana pela Universidade do Minnesota, mas foi quando iniciou o mestrado em New Hampshire que nasceu o seu interesse pelo passado colonial português.
Todd Cleveland divide o seu tempo entre as aulas de História Africana, na universidade de Augustana, e os projectos de investigação que o levaram a viver temporadas em Angola e Portugal.
Depois de um projecto sobre a exploração de diamantes na Luanda Norte, Angola, que aguarda publicação, o professor estuda agora os jogadores de futebol africanos que durante o período colonial português serviram em clubes e na selecção da potência colonizadora e os que optaram por ficar nos países de origem.
08/02/2012
A União Europeia e os Espoliados portugueses de Angola
Carta de Durão Barroso, clarificando a posição da União Europeia sobre as indemnizações devidas pelo Estado Português aos cidadãos que vieram de Angola em 1975/6.
Leia aqui:
Download UE_Veia_2012a
Espoliados de Angola exigem justiça
O Estado deve milhões de euros aos portugueses que foram obrigados a regressar à Metrópole, fugindo da ex-Província Portuguesa de Angola. Para trás ficaram casas, edifícios e todas as poupanças de uma vida. Mário Soares, Cavaco Silva, José Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas não escapam às críticas. A política portuguesa enrolou, escondeu e ainda tenta silenciar uma das maiores injustiças da História do País.
Veja em
Download DIABO07.02.2012
18/01/2012
EXAME DE CONSCIÊNCIA ÀS TROPAS
Oração da serenidade
Autor desconhecido
Este artigo destina-se a pôr a (grande) maioria das pessoas contra mim. Se a sua consciência o ditar.
Do anterior falámos do desmantelamento da Instituição Militar e da menorização dos militares, que tem sido levada a cabo por todas as forças políticas representadas no Parlamento (sobretudo pelas do arco do poder), nomeadamente desde que a Lei 29/82 - Lei da Defesa Nacional e das FAs - entrou em vigor e que culminou agora no “congelamento” das promoções e na espantosa trapalhada à volta do Dec-Lei 296/09 (integração dos militares na tabela remuneratória única).
02/12/2011
Sobre os bens deixados no ex-Ultramar
Com a "descolonização" tais bens não foram defendidos e, 37 anos decorridos, os espoliados, ou os respectivos herdeiros, continuam a desesperar de tanto esperar. Com base em uma amostra de 5363 processos de reclamação de bens deixados em Moçambique, foram apuradas, por pessoa, as seguintes quantias totais: menos de 499 contos, 30,8% das reclamações; de 500 a 999 contos, 23,5%; de 1000 a 2999 contos, 23r 1%; acima de 3000 contos e distribuídos por 6 escalões, registados 17,5%das reclamação.
CONCLUSÃO QUE DEFENDEMOS:
- 82,4% dos BENS espoliados são as economias de trabalhadores que procuravam assegurar uma velhice com segurança. Esta estatística, em pormenor, poderá ser analisada no item 63, do site www.espoliadosultramar.com
Ficamos aguardando os seus comentários.
Ângelo Carvalho Oliveira Soares
NOTA:
Os bens deixados no ex-Ultramar, são, como quaisquer outros, herança para os descendentes dos titulares.
02/12/2011 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, Portugal | Permalink | Comments (1)
29/11/2011
O QUINTO IMPÉRIO, de Dominique de Roux (LIVRO COMPLETO)
Veja e leia o livro completo em
http://www.xiconhoca.com/?p=129
29/11/2011 in 25 de Abril de 1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
17/10/2011
Correspondente da guerra colonial em Moçambique, Giancarlo Coccia, publica em Portugal o livro “A Cauda do Escorpião”
O jornalista Giancarlo Coccia é o autor do livro “A cauda do escorpião – o adeus a Moçambique”, que é uma edição revista e ampliada de “The Scorpion Sting - Moçambique”, publicado originalmente pela Livraria Moderna, de Joanesburgo, em 1976, lançado portanto um ano depois da proclamação da independência de Moçambique.
O livro “A cauda do escorpião” insere importantes fotos e totaliza 376 páginas.
O autor destaca o precioso contributo de Luiz Correia, representante do CITMO/ Centro de Informação e Turismo de Moçambique (elemento de ligação do Governo Civil com o Comando Militar), delegado do CPEF/Conselho Provincial de Educação Física e instrutor no Centro Hípico de Nampula.
Contactado pelo “Século de Joanesburgo” o escritor referiu que “o livro narra dia por dia, mês por mês desde Abril a Dezembro de 1974 o que se passou à frente dos meus olhos”.
Regista-se que o jornalista Giancarlo Coccia fala fluentemente português e a sua esposa é a dra. Maria Antónia Coccia Portugal, destacada médica no combate ao cancro, radicada em Pretória.
04/10/2011
"SOS Angola - Os Dias da Ponte Aérea" de Rita Garcia
04/10/2011 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Portugal | Permalink | Comments (0)
02/10/2011
"Marcello e Spínola: A Ruptura; As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; 1973-1974(3ª Edição), de Manuel A. Bernardo
02/10/2011 in 25 de Abril de 1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
24/09/2011
Moçambique: veteranos da guerra colonial reivindicam pensões
Por William Mapote
Dezenas de moçambicanos que estiveram ao serviço da tropa colonial portuguesa, na década de 1960, ameaçam organizar, em breve, manifestações pacíficas junto das representações da diplomacia portuguesa, em reivindicação à falta de pagamento de pensões a que dizem ter direito.
A reportagem da Voz da América encontrou parte dos antigos militares, na cidade da Beira, centro do País, onde manifestaram a sua intenção, alegadamente, porque as autoridades de Lisboa, estão a faltar com as promessas feitas há cerca de uma década.
Ouça aqui:
19/09/2011
Passam 37 anos da posse do Governo de Transição
Maputo, Terça-Feira, 20 de Setembro de 2011:: Notícias
Resultante da assinatura do Acordo de Lusaka, entre a então Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado português, visando o fim da luta armada, o Governo de Transição era constituído por um Primeiro-Ministro a quem competia coordenar a acção executiva, nove ministros repartidos pelas pastas da Administração Interna; Justiça; Coordenação Económica; Informação; Educação e Cultura; Comunicações e Transportes; Saúde e Assuntos Sociais; Trabalho; Obras Públicas e Habitação. Integravam ainda o Governo, secretários e subsecretários propostos pelo Primeiro-Ministro.
A FRELIMO designou como Primeiro-Ministro, Joaquim Alberto Chissano, enquanto a parte portuguesa tinha como seu representante Vctor Crespo, Alto-Comissário para Moçambique.
A FRELIMO designou como Primeiro-Ministro, Joaquim Alberto Chissano, enquanto a parte portuguesa tinha como seu representante Vctor Crespo, Alto-Comissário para Moçambique.