Friday, September 28, 2012

Aires Ali, Luísa Diogo e Aiuba Cuereneia falham reeleição para Comissão Política

Por Lusa, texto publicado por Paula MouratoHoje


O primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali, a sua antecessora, Luísa Diogo, e o ministro da planificação e Desenvolvimento, responsável pela área financeira da Frelimo, Aiuba Cuereneia, não conseguiram reeleição para a Comissão Política do partido no poder em Moçambique.

As três figuras da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) fracassaram na renovação dos seus mandatos durante a eleição de membros daquele órgão partidário, que orienta e dirige a força política no intervalo das sessões do Comité Central.
A decisão foi anunciada no último dia do X Congresso da Frelimo, que decorre desde 23 de setembro em Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
De acordo com os estatutos do partido no poder em Moçambique, a Comissão Política é composta por um número ímpar, entre 15 e 21 membros eleitos, bem como pelo Presidente da República, do Parlamento e o primeiro-ministro, se forem membros da Frelimo.
Por isso, apesar de não conseguir a reeleição, Aires Ali poderá voltar a integrar a Comissão Política, pois os estatutos conferem um assento ao primeiro-ministro naquele órgão, se permanecer no cargo e continuar membro da Frelimo, mas não terá direito a voto.
Aires Ali, Luísa Diogo e Auiba Cureneia, antigo delfim do atual chefe de Estado, Armando Guebuza, têm sido apontados como potenciais candidatos da Frelimo à presidência da República nas eleições de 2014.
Também falhou a reeleição à Comissão Política o presidente da Comissão dos Assuntos Jurídicos, Direitos Humanos e de Legalidade na Assembleia da República, Teodoro Waty, que é igualmente presidente do conselho de administração das Linhas Aéreas de Moçambique.
O ex-chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Manuel Tomé, tido similarmente como presidenciável, retirou a sua candidatura àquele órgão, que tem competências para velar pelo cumprimento das deliberações dos órgãos superiores do partido.
O X Congresso, que se realiza sob o signo "unidade nacional", também elegeu o presidente do partido (Armando Guebuza), que renovou o mandato e o secretário-geral (Filipe Paúnde), que foi reeleito para o cargo por cinco anos.

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