terça-feira, 6 de outubro de 2015

Homens da FIR vivem extorquindo aos passageiros

Estacionados no Posto de controlo de Nampevo
Os homens da ex-Força de Intervenção Rápida (FIR), agora Unidade de Intervenção Rápida (UIR), estacionados no posto de controlo de Nampevo, ao longo da Estrada Nacional nr. 1, vivem extorquindo cidadãos, sobretudo passageiros, que se fazem naquele troço.
Segundo viveu de perto a nossa equipa de Reportagem que seguia numa viatura na tarde do passado dia (01), sexta-feira, tudo tem acontecido quando os homens da FIR orientam as viaturas a terem que parar e os passageiros todos descerem e depois dai, são exigidos documentos de identificação individual.
Mais adiante, segue-se então a vasculha minuciosa das pastas de cada um dos passageiros, como de uma ofensiva fosse. Posto isso, quem não os possuir documentos é obrigado a ficar naquele ponto sob pena de não continuar com a viagem.
O mais incrível que aconteceu, neste dia em que o nosso repórter estava de viagem, foi um grupo de jovens com idades compreendidas entre 15 aos 18 anos que não possuíam um documento sequer, que muito rapidamente foram orientados a se distanciarem da viatura onde seguiam.
Curiosamente durante essa acção toda, um dos agentes disse num tom bastante ameaçador "não quero dinheiro de ninguém quem experimentar vou dar chamboco fiquem ai, e os do carro podem seguir", disse o homem da FIR.

Depois de o carro seguir lentamente como se o condutor conhece-se o "filme" o mesmo agente deu outra orientação, "vão para ali ter com aquele chefe ninguém pode vir onde estou", orientação cumprida.
Dai, os jovens em número de três voltaram a correr e felizes e se fizeram a viatura, onde todos os passageiros que com eles seguiam viagem inclusive a nossa equipa de Reportagem foram unânimes em questiona-los, o que teria acontecido para que logo fossem "soltos" pelo que responderam "demos dinheiro, este deu 10 Mt, eu 20 e este também 10 Mt", disseram visivelmente satisfeitos.
Seguimos a viagem e o assunto tomou conta de todos onde cada um tirava as suas ilações, tais como porque fazer demorar pessoas a vasculhar pastas se eles sabem o que vem fazer naquele controlo, e se a ideia é mostrar as pessoas que há controlo cerrado nos cruzamentos estão enganados, esta claro que alguém com aquela coragem de levar 10 meticais de um pobre, pode deixar passar muita coisa ilícita por milhões.
Apesar de ser pouco dinheiro que levara, outros chegaram até a considerar a atitude como sendo um negócio rentável, visto que durante o dia dada a natureza da estrada passam por ali muitas viaturas, pessoas e bens.(António Munaíta)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 06.10.2015

Razak apresenta administrador de Morrumbala na ausência do substituto

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Numa altura que se sabe que uma Major vai dirigir Namacurra
As mexidas no governo da Zambézia já começaram conforme havia prometido o Presidente da República aquando da sua estadia em Quelimane no mês passado. Depois de alguns directores provinciais terem deixado os seus lugares, agora começou a “dança” dos administradores distritais. Em pleno dia da paz que o país assinalou, o governador da Zambézia, Abdul Razak, decidiu reservar este dia para apresentar o novo administrador de Morrumbala.
Trata-se de Pedro Sapange que sai de Namacurra para Morrumbala, um distrito que era assegurado por Alberto Manharage, director provincial dos Transportes e Comunicações, há cerca de um ano. Porém, esta apresentação feita pelo governador Razak acontece numa altura em que o substituto (Manharage), não se encontra no distrito, estando até a última informação que o Diário da Zambézia tem, em Dubai em missão do seu ministério, dai que alguns círculos de opinião dizem que há um mal-estar na chefia, porque não pode ser normal apresentar a população de um distrito um novo administrador sem que o outro, portanto aquele que durante muito tempo esteve a dirigir os destinos do distrito.
Esta ida de Sapange a Morrumbala também não é bem vista, já que aquele quadro está há bastante tempo na máquina administrativa da província e em Namacurra, quase que tudo parou, mesmo sabendo que aquele distrito é um corredor e muita coisa precisa-se. Se calhar, Sapange vai a Morrumbala por questões políticas, já que ele é do vizinho distrito de Tete e entende bem a língua local e isso pode ser um ganho político para quem o nomeou.
Major Calídia para Namacurra
Como dizíamos, começou a dança dos administradores e o Diário da Zambézia sabe que em breve espaço de tempo, Namacurra vai ter uma mulher como administradora. Trata-se de Calídia Fernando, Major que até a sua indicação ocupava o cargo de Delegada do Centro Provincial de Mobilização e Recrutamento da Zambézia. Segundo soube o DZ, a Major Calídia não é a primeira militar a dirigir um distrito, só para reavivar as memórias dos leitores, o então administrador de Morrumbala, aquele que saiu doente era um especialista em Tanques de Guerra e terá estudado na Rússia.
Aliás, pelos vistos a ida de Calídia em Namacurra pode ter outros objectivos, já que se projectam grandes obras em Macuse e os que a nomearam acham que é preciso ter alguém que use o lado administrativo e também o lado da “secreta” como forma de ir dizendo ao governo como anda o distrito (corredor), politicamente. Refira-se que mais mexidas vem ai quer nos directores provinciais assim como nos administradores.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 06.10.2015

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