quarta-feira, 8 de abril de 2015

Afonso Dhlakama e Renamo usam novo tipo de arma na guerra que movem contra o Estado moçambicano


Já faz tempo que está mais do que claro que o Afonso Dhlakama e a Renamo (AD&R) não querem paz em Moçambique. Mais um sinal disso é que ontem (07/04/2015) voltaram a quebrar o protocolo do Estado, ignorando a cerimónia oficial de lançamento da «chama da unidade»... Minimizaram o evento. Eu não fiquei espantado. Creio que ninguém ficou. Eles foram sempre assim: auto-excluem-se e depois reclamam de «exclusão».
A cerimónia de lançamento da «chama da unida» de ocorreu na sede da localidade de Namatil, Posto Administrativo de Ngapa, Distrito de Mueda, Província de Cabo Delgado, e foi dirigida pro Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique. Todo o mundo esteve lá representado menos AD&R. Em declarções aos órgão de comunicação social, Afonso Dhlakama (AD) e o seu porta-voz, António Muchanga, classificaram o lançamento da «chama da unidade» como um acto do partidário da Frelimo, razão pela—eles se justificam—AD&R não participaram. Ora, isto que eles disseram é apenas mais uma das suas falácias. A verdade é que AD&R têm falta de sentido de Estado, razão pela qual não respeitam a Constituição e as instituições do Estado. Era de lei que AD estivesse presente naquela cerimónia, não estando objectivamente impossibilitado. Gazetou. A este respeito. noutro momento eu teria indicado que gazetar as cerimónias de Estado faz parte da vil estratégia de AD&R para chamar atenção e granjear fama. Na verdade, trata-se uma estratégia que eles (AD&R) acabaram adoptando para se escaparem da vergonha de enfrentar o protocolo de Estado, sendo eles uns bandidos no verdaeiro sentido da palavra.
Face a este comportamento de AD&R, as seguintes perguntas não se calam:
1. Por que será que o Governo tem que permitir que o povo conviva com malfeitores que estão clara e objectivamente identificados?
2. Por que será que o Governo protela a tomada de medidas previstas na lei para pôr termo definitivo aos desmandos de AD&R?
Compatriotas, não estejamos equivocados! Protelar medidas enérgicas contra a indisciplina praticada por AD&R só abre mais espaço para mais acções indisciplinadas, e inviabiliza a paz. Há muito que ficou claro que o AD&R não têm nenhum projecto político. Tudo o que fazem é fingir que estão a fazer política. O que eles querem, no fundo, é viver à custa da guerra.
De facto, AD já está a comandar uma guerra dissimulada contra o Estado moçambicano. Trata-se de uma nova forma de guerra, que vem decorrendo desde o fim da campanha eleitoral para as eleições havidas no dia 15/10/2014. Ele financia esta guerra com o dinheiro que ganho dos impostos do povo, através das verbas atribuídas à Renamo pela sua participação na Assembleia da República.
Nesta forma de guerra, o que eles (AD&R) fazem é ocupar as populações com comícios, de modo a que não possam produzir para o seu auto-sustento. Mais tarde, quando os ciclos de comícios terminarem, aquelas populações estarão dependentes do apoio do Governo para sobreviver. No que eles devem estar a pensar, ninguém se vai lembrar que AD&R paralisaram a produção com comícios, nas mesmas regiões onde outrora paralisaram a produção com força das armas. Portanto, a estratégia de luta é a mesma: paralisar a produção para pôr as populações a passarem fome, de modo a ficarem descontentes e contra o Governo. O tipo arma que usam é que mudou: ontem eram armas de fogo, hoje são comícios. E parece que estão a conseguir o efeito desejado: instigar o descontentamento das populações em relação ao Governo.
Até quando o Governo vai permitir que se assista isto a acontecer a olhos vistos, para depois ser o culpado e arcar com as consequências? Eu confesso que não compreendo este masoquismo... É bom que não haja mais ilusões: AD não quer nem a paz nem governar, só quer instabilidade para poder continuar a viver sem oficial, mas de bandigaem, como vem vivendo desde 1976/7. Esta situação tem que ser parada sem mais contemplações. Basta de negociar com AD&R! Eles estão a divertir-se à custa de todos nós os outros. O Governo pode fazer o seguinte, para acabar com isto:
i. Interditar a paralisação de actividades produtivas da população pelos comícios de AD&R; e
ii. Convidar AD&R a desarmarem-se pacificamente; e se não acatarem, desarmá-los à força. A lei prevê mecanismos para isso.
Tem que ficar claro que a paz em Moçambique não é propriedade de AD&R. É um bem colectivo que eles usurparam do povo, quando o Governo de então permitiu que eles continuassem a manter homens armados fora do control do Estado, mesmo depois de terminado o processo de implementação do Acordo Geral da Paz. Foi um erro que urge corrigir sem mais delongas. Os paços mais rápidos a dar para efectivar são os dois propostos acima. Não me parece haver variantes desta opção. É mesmo a última.
Queremos a paz de volta, sem mais estórias!
  • Manuel Mageta Taque Julião João Cumbane não se pode querer uma paz duradoura instigando a mesma pela guerra, já foi provado a dois anos que não temos como militarmente resolver a questão dos homens armados da renamo se não pela via do diálogo. Política é assim cada usa os meios que detém para conquistar a simpatia do povo, o mais importante neste processo é que todos usam dinheiro povo para auto financiar e castigar o mesmo povo, seria importante perceber que não será em um dia de trabalho que se tira uma colheita, este texto me parece um copy and past das idéias do Tomás Mário melhore a separação de idéias e pensamento, ademais a confusão em parte do texto entre as abreviaturas AD e DA.
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  • Armando Tomas Fernando Fernando Caro juliao Joao cumbana ,que Tal se voce a ir disarmar os homens da renamo a forca ,do que estat agitar o nuysi a mandar filhos de campunes para ir morer
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  • Julião João Cumbane Manuel Mageta Taque, aceito as correcções no que escrevi. As comparações com o que outros escreveram também. Concordo estar alinhado com Tomas Mario no que respeita à ideia de que os comícios paralisam a actividade produtiva e quem será culpado é o Governo. No resto do argumento do texto aqui não vejo mais semelhanças com o texto deTomas Mario. Por isso, dizeres «este texto me parece um copy past das idéias do Tomás Mário» (correctamente, grafa-se "copy and paste") é uma falácia informal do subtipo «analogia imprópria». Estou deliberadamente a ser pedante aqui, em reposta ao teu pedantismo. Não aprecio quando num debate alguém abandona o tema da discussão para exibir a sua erudição. Isso é pedantismo e mata o debate. Não vou permitir isso aqui! De volta ao assunto, a questão é clara: até hoje, desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (992), o país não experimenta uma paz efectiva. Depois de cada eleição presidencial, pairou sempre uma ameaça de regresso à guerra, protagonizada pelo mesmo indivíduo: AD. Achas razóavel que continue a dialogar com alguém que não quer dialogar e que a todo o momento recorre ao uso de falácias e de chantagem política medíocre para conseguir os seus intentos. Na minha opinião, é errado pensar-se que o recurso ao uso da força de que o Estado legalmente dispõe não resolverá o problema. É exactamente ess pensamento, entretanto falacioso, que tem protelado a solução definitiva deste problema. Se AD&R não desarmam, não há outra saída. Ao Governo não sobrará mais outro meio que não seja recorrer ao uso da força para impor o respeito pelas instituições do Estado. Doutro modo, estaremos a permitir a escalada de impunidade, com potencial para invibilizar o Estado de Direito Democrático e viabilizar o Estado de caos.
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  • Hermes Sueia Meu amigo, Professor Julião Cumbane, pode ter a certeza de que nenhum camponês, abandona a sua machamba para ir assistir ou participar num comício politico. Melhor do que ninguém, o camponês sabe estabelecer prioridades e tem grande racionalidade económica. Ocupa o seu tempo de formaútil, por uma questão de sobrevivência. Quanto à guerra, sem dúvidas não beneficia nenhum sector de actividade. Só beneficia os maus políticos.
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  • Manuel Mageta Taque Só gostaria que os teus filhos estivessem na linha da frente nesse combate para ver e crer se o seu pensamento estaria alinhado com a ideologia que defendes hoje, não importa ir buscar os melhores termos gramaticais e do dicionário para uma questão de transversa cotidiana, infelizmente parte dos teus amigos não perceberão a lógica do teu pensamento pelo facto de que não estares a usar uma linguagem coerente e perceptível, não basta usar as melhores palavras para ameaçar ou impor-se é preciso ter capacidade para tal, eu nem curvo a essa nanica forma de raciocínio, seria importante perceberes que o teu Governo e não Estado tem meios nem capacidade para parar e acabar com os homens da renamo pelo uso da força, tanto que foram necessários 16 anos para um acordo de paz e mais dois para a cessação de hostilidade, não sei que mais tipos de provas precisas para mostrar que o teu Governo não tem capacidade de se impor sobre os homens da renamo, nós como parte desta sociedade deveriamos unir esforços para que se tenha uma paz efetiva e duradoura, evitando mentes militarizadas, e lembre-se sempre que a violência gera violência.
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  • Raul Alfredo Nhagumbe Em poucas palavras este caso é em si politico do que juridico. Porque se assim fosse teria se ultrapassado faz tempo. Passam mais de 20 anos. Pode haver segredos que não são do nosso dominio ja que tudo não passa do segredo do Estado.
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  • Milton Chembeze "Violence begets violence". 
    Para quem entende algo sobre guerra, sabe muito bem que querer eliminar a Renamo (leia se desarmar) por via armada é "transformar o sonho em pesadelo".
    As pessoas, que hoje instam o governo (da Frelimo) a perseguir DHL e seus Homens deviam ir na linha da frente, se calhar consigam desarma-los (com sucesso) em menos tempo.
    O que vale embarcar numa guerra, que depois de muitas mortes e etc os contendores vão sentar a mesa das negociações. Isto já aconteceu num passado recente?
    Para mim, seria bom, chamarmos as partes ao consenso (cedencias de parte a parte) e nem mais.
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  • Xavier Antonio Ahahahah... Achei o professor Julião João Cumbane muito nervoso ou enganaso, para os dirigentes cometer pior asneiras, ou ainda é muito ignorante em matéria que sugere.
    Em toda parte do mundo e nas demais variadas experiências concluiu-se que os conflitos começam de desentendimento na mesa e terminam com entendimento na mesa. Este é o melhor conselho que se pode dar as partes em desavença, sentarem-se a mesa, dialogar, dialogar de boa fé e com muita seriedade num espirito de irmandade, porque na verdade há problema. Agora, insigar o governo a desarmar a Renamo a força é a pior ideia que pode vir de um professor da sua estatura. O Sr está especular, é demais teorico e, não se esqueça que entre a teoria e a pratica a distancia é muito grande. Com essa sua proposta pode conduzir a uma guerra generalizada e com consequências imprevisiveis para o próprio governo. Dr é suicida? Ahahah.
    Dr abdicaria a carreira de docência e ir ao combate?
    Meu caro professor, fazer a guerra não é sentar-se na carteira e leccionar aulas. O que escreveu em menos de um quarto de hora na guerra pode levar decadas para sua materialização e não coincidir muitas vezes com as suas previsões. "Desarmar a força" tem muitas implicações Dr. Significa a guerra e a guerra implica perda de vidas humanas, destruição de infraestruturas, paralização do país, etc, etc.
    Por que é que não parou e pensar o que nos leva a esta situação? Parece-me que Dr Cumbane não está sendo imparcial na sua análise, é muito subjectivismo, caracteristica que na qualidade do docente, académico, cientifico não devia ter. Pára e faz seguintes perguntas: o que está sendo exigido é ou não legítimo? Há ou não há problema? E avançar com propostas de solução que aproxima as partes do que atiçar o fogo.
    Tivemos 16 anos de guerra, cujas consequências ressentimos até hoje, talvez porque se pensava como Dr, "vamos acabá-los". Recentemente tivemos quase 2 anos de tensão-política militar. Nínguem acabou nínguem.
    Com todo o respeito, parece-me que a sua opinião não colhe maior sufrágio. Se com essa sua proposta espera granjear a simpatia da classe governante e ser, eventualmente, confiado um cargo, como é frequente na nossa sociedade, tenha o cuidado, porque pode estar a revelar quão inútel é estando ligado ao poder e os prudentes não lhe convidarão.
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  • Julião João Cumbane O Governo é gestor do Estado, Manuel Mageta Taque. Uma coisa é o Governo mobilizar recursos financeiros para apetrechar o Estado de meios e outra coisa, totalmente diferente, é o Estado ter meios disponíveis para uso pelo Governo na sua tarefa de gerir o Estado. Por exemplo, o Governo compra artefatos de guerra (armas, veículos, etc.) para o Estado. Os meios são do Estado e não do Governo. As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) são do Estado e não do Governo. Sendo incapaz de implementar o programa de governação em ambiente de paz, o Governo, que gere as FADM, pode solicitar a intervenção desta força para repor a ordem. Nesse caso, o Governo estaria a fazer uso do braço armado (um meio) do Estado para criar o ambiente necessário para viabilizar a governação. Agora, para a tua informação, Taque, tenho um filho e um irmão a servir nas FADM. Ambos estiveram envolvidos nas recentes hostidades militareses! Queres saber mais o quê? ...
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  • Azarias Felisberto Analfabeto nao é aquele que mao sabe ler e escrever,mas sim aquele que nao sabe pensar posetivo, semea utopias,òdio ou que comete o erro de soltar a lingua antes de pensar naquilo que vai dizer . So um analfabeto politico que nao sabe as consequências duma arma pode assumir esta posiçao .
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  • Clayton Johnam Que grande desabafo Julião João Cumbane. Nada está perdido. Faz bem governo em não apostar nos meios coercivos do Estado por enquanto para tentar resolver a situação. Há ainda caminhos pacíficos por percorrer porque este problema exige mais tacto, paciência e diálogo do que o uso da força. Em algum momento a Renamo vai ficar isolada se insistir na violência para conseguir o que quer. Por outro lado, é preciso ter cuidado quando se afirma categoricamente que é possível conter os homens da Renamo, ora, não há ninguém em Moçambique que conheça mais os pontos fracos e fortes da Renamo do que o próprio governo embora se possa questionar se esse conhecimento é suficientemente profundo para que enverede por uma estratégia militar que possa eventualmente ter algum sucesso. O Estado saberá agir em conformidade quando for absolutamente necessário e os analistas andam a enganar-se a si próprios quando pensam que podem sugerir isto ou aquilo como método para conter a situação que julgam ser insustentável, ainda bem que o Governo nunca lhes deu ouvido.
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  • Baptista Cumbane He he he...... é para rir ou chorar...
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  • Hilario Buque Mas mr Cumbane,pa!A sua ideia ja foi implementada e nao deu certo.Durante os 16 anos estavam a fazer o q tas a sugerir e falharam.Tentaram em dois anos e viram q nem vale a pena.O unico caminho sao negociacoes .
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  • Eusébio A. P. Gwembe Em 2013 escrevi um texto. Estavamos no pico das hostilidades. Acho que continua actua:

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