Será que alguém ou seja, quem de direito, estará atento, ao drama das cobrança ilícitas, que têm lugar nas maternidades, feitas às parturientes, para mecerecerem algum atendimento distinto de abandono, na hora de trazer uma nova vida à sociedade?
Os relatos sobre as cobranças, na hora do parto, chovem por todos os lados, vindos de gente/mulheres que, cientes de que é totalmente inútil, fazer qualquer queixa ou reclamação, seja a quem for, sobre o drama que passam, na hora do parto, saiem de casa, devidamente organizadas ou, uma vez a caminho ou dentro da maternidade, devem levar consigo, amarrada, na ponta da capulana, uma ou tantas notas, dependendo do seu valor facial, para poderem ter um atendimento, na hora da verdade.
De contrário, uma mulher pode morrer a ser vista, na indiferença, a ser assistida por "um hospital inteiro".
As mais avisadas, fazem pagamentos antecipados, durante as consultas pré-natais.
Para isso, cada gestante, deve escolher uma patrona, matrona ou madrinha, de preferência, parteira ou médica, a quem paga ou vai fazendo pagamentos, antecipadamente, para poder merecer um acompanhamento condigno, durante e no dia D.
Quem tiver feito os pagamentos, com a devida antecedência, a alguém, este alguém, no dia do parto, nem que esteja de folga, basta se lhe telefonar, fará questão de ir, a correr, para ir atender a sua cliente/parturiente que, com a devida antecedência, "se organizou", para não passar por momentos de abandono, angústia e sofrimento, no dia D.
Se quem recebeu (patrona, matrona ou madrinha) estiver de serviço, ela preferirá abandonar todas as parturientes, incluindo as que estiverem em situação de emergência e estiverem a precisar de mais atenção no atendimento, bem como, as parturientes transferidas de uma unidade hospitalar para a outra, se for o caso, pela complexidade dos seus problemas, correm o risco de serem abandonadas ao sofrimento e ao Deus dará, que em muitos casos termina com a morte das parturientes e seus bebés. Noutros casos terminam com a morte de um deles, do bebé ou da mãe, noutros ainda, resultam em partos aterrorizantes, assistidos por mulheres ou equipas de verdadeiras terroristas que, para uma mulher "com juizo", tem de pensar mil vezes, se volta a engravidar, ou para por aí.
Os relatos vindos das maternidades, sem que, alguma vez, eu tenha sido uma mulher, são simplesmente aterrorizantes e, os sujeitos que envergam e transmitem esse terror, tem como chavão "O NOSSO MAIOR VALOR É A VIDA". Qual vida, se até a de quem está a nascer, é aterrorizada, ainda no seu início?
Nos hospitais ou clínicas privados, a situação não é diferente.
Cobra-se, que se cobra, para uma gestante poder ter o acompanhamento do seu estado de gravidez, neste tipo de hospitais.
Nestes, as cobranças são oficialmente exorbitantes e declaradas, a despeito do serviço prestado, para as parturientes que podem mas, por detrás desse aparente serviço de saúde bem prestado, está oculto um desumano mercenarismo financeiro arrepiante, em todas as suas vertentes e sem limites.
No meio deste "vandalismo" todo, para com as gestantes/parturientes (do Serviço Nacional de Saude e das instalações hospitalares privadas) estão instituições "desinformadas" que, de tão desinformadas, castradas, incapazes e ineptas, preferem fazer da indiferença, da inércia, o seu "coro busness".
Só para recordar, há dias, fiz um teste no qual eu dizia que, a STV, uma televisão privada, os seus jornalistas, uns "miudos e miudas inexperientes", sem que seja sua função, tinham melhor capacidade investigativa do que o conjunto formado por instituições do Estado, tais como a PGR, SISE e SERNIC que, conjuntamente, deveriam tomar a vanguarda, na investigação de tudo o que periga um Estado, que se digne Estado.
Estas instituições passam mais tempo em seminários, workshops, viagens de estudo e intercâmbio que, fora os lanches, almoços, banquetes, viagens e ajudas de custo, para o "Santo Povo de Deus", nunca trouxeram nada visível.
Jim Nhambau
Dr, está a procura de algo limpo dentro duma latrina?
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Henriques Luis Matsenguane
Dr Damiao Cumbane esse problema é antigo e ninguem quer resolver.
Em Fevereiro de 2000 tive que entrar nesse esquema porque vi que a vida da minha esposa e da bebê que esperavamos estava em perigo.
Eu tinha mania de que não ia subornar a ninguém, rendì.
As parturientes passam o que ninguém imagina para trazer ao mundo as crianças.
Minha esposa me contou que as parteiras passam por cada cama da parturiente e levantam a almofada como se estivessem a arrumar e na cama onde não apanham dinheiro simplesmente passam.
Minha esposa passou a noite toda e quando cheguei demanha ela me pergunou o que eu preferia entre entregar dinheiro e ela ter que morrer, nao tive como, entreguei dinheiro e ela foi colocar debaixo da almofada. Em trina minutos a "zeladora" das almofadas não tardou e veio recolher dinheiro e lá a minha esposa foi levada para sala de parto. Já lá vão 25 anos!
Estamos ferrados com este governo.
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António Azarias Manhiça
O mais triste é que a maldade referida no "post", na maioria dos casos é 99,05% perpetrada por outras mulheres (médicas, enfermeiras, parteiras). 




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Muday Madidiane Tchambule
Nada de novo…
Esse “normal “, brevemente será aprovado pela “nossa” AR (sob proposta do CM) e depois da devida ratificação pelo PR, publicado em BR!
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Edésio Covane
Muday Madidiane Tchambule seria melhor pois têm inocentes "dzanwanwas" que morrem por não saber dos links. Melhor oficializar.
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EL Taichona Mor
Assim como em todos ramos profissionais, existem más e boas parteiras, não imagino o que seriam das parturientes sem elas. Vamos valoriza las, elas são responsáveis pela nova vida ao mundo.
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Seli Marque
Dr Cumbane, no ano 2019 tive o meu filho que veio ao mundo dos vivos depois de pagar uma quantia de cinquenta mil meticais no hospital para o seu nascimento, não tive escolha. Optei por pagar e graças a Deus ele está comigo ee dando alegria de ser pai
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Janeth André Robate
Dar vida em Moçambique não está fácil. Em janeiro do ano em curso tive meu bebê, os médicos compatriotas no lugar de perceberem a gravidade da minha situação ficaram apenas a olhar me. Foram 3 dias de sofrimento, uma parteira aconselhou o médico para que me levassem ao bloco operatório mas os médicos recusaram.
Sucede que já no 3º dia entra um médico chinês que me observou e disse esta mulher precisa de uma cesariana urgente, porquê deixaram ela esse tempo todo estão a perigar a vida dela e do bebê.
Estamos a sofrer na nossa pátria.
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