sábado, 28 de março de 2020

Dos “Experts” de Circunstância à Falta de Liderança diante da Pandemia Covid




Benedito Mamidji
11 saat ·


Dos “Experts” de Circunstância à Falta de Liderança diante da Pandemia Covid

Tentei não escrever nada sobre isto. Sempre achei presunçoso comentar sobre uma tragédia quando muitos estão envolvidos a tentar soluções ou a salvar vidas. É ainda mais problemático quando há tanta informação circulando, dando nos mais dor de cabeça que o próprio vírus. O maior problema é que há muitos “experts” de circunstância que acham que sabem do que se passa mais que as autoridades. Pior ainda, armados com estatísticas e números fantasmagóricos, vaticinam o que vai acontecer no futuro. O mais recente que vi tem o seguinte título: “How the Pandemic Will End” (Como a Pandemia Vai Acabar). Um outro auto-intitulado estudo por um tal de Prof. Neil Fergunson diz que se o Governo Moçambicano nada fizer vão morrer no país entre 60.000 a 80.000 pessoas, 190.000 com precisão de leito hospitalar e 32.000 de cuidados intensivos. Há muito deste tipo de “estudo” a circular por aí, muito mais rápido que o próprio vírus. O seu efeito é único: criar mais pânico e levar a decisões precipitadas. Que estudioso sério pode dizer que sabe o que vai acontecer no futuro? Estes dados assustadores de mortes e gente em estado crítico são baseados em que tipo de projeção? Qual foi o método? O tal Prof. Fergunson esteve em Moçambique para fazer este estudo desde que começou a crise e já chegou a estas conclusões? E que decisões pode o Estado Moçambicano fazer para evitar tal catástrofe que não tenham já sido experimentadas pelos países mais desenvolvidos sem com isso travar a pandemia?

Esta doença é muito séria. Que não haja nenhuma dúvida em relação a isso. Mas será ela tão séria ao ponto de paralisar o mundo da forma como está? Até que ponto o distanciamento social é efectivo e, mais importante ainda, é exequível? O maior erro na resposta a esta pandemia começou na China, quando o próprio governo chinês pretendeu esconder o que de facto estava a acontecer. As lideranças mundiais ao invés de ajudar a China a conter o vírus, cada um ficou no seu quintal nacional, pensando que o problema era Chinês. Ninguém mandou especialistas para a China para ver o que se estava a passar e como lidar com a coisa. E quando o vírus chegou nos principais países do mundo, a reação foi a mais obtusa possível: fechar fronteiras. Estas decisões tiveram a aprovação da maior parte dos cidadãos, incluindo aqueles que mais se insurgem contra as políticas migratórias e os murros que os governos conservadores erguem para se insularem do resto do mundo. Ou seja, este vírus veio testar a genuinidade do nosso liberalismo. O vírus não respeita fronteiras nem quer saber de murros. Mais importante ainda, ele não respeita hierarquias sociais e de classe. Ouvimos príncipes, aristocratas, dirigentes políticos e celebridades culturais declararem terem sido infectados – gente que vive nos lugares mais luxuosos, palácios sumptuosos e espaçosos que cabem neles duma só vez todos os espectadores de um campo de futebol. Se nesses países o distanciamento social, o lock down, e os estados de emergência não estão a parar a propagação do vírus, como se pode pensar que os mesmos métodos irão funcionar em bairros como a Mafalala, Minguene, Maxaquene, etc, onde as pessoas partilham a mesma torneira de água, às vezes a mesma latrina? Quem vai impor o distanciamento social no mercado de Xiquelene ou Xipamanine? O que significa “ficar em casa” para muitos moçambicanos cujas casas servem apenas para dormir, pois toda a vida doméstica se faz no quintal ou mesmo na rua?

O provincialismo das lideranças mundiais – e grande parte de seus cidadãos, diga-se – mostra-nos que a humanidade não está preparada para este tipo de crises. Ao invés de ajudar a China, cada país correu para ir buscar os seus próprios cidadãos para casa, e assim importaram o vírus mais rapidamente. Em quase todos os países, o vírus espalhou-se mais depressa depois que se fecharam fronteiras e se impuseram medidas restritivas de movimentação. A África do Sul, com apenas dois mortos, fechou o país e com isso forçou milhares de migrantes a sair (entraram em Moçambique em menos de três dias mais de 20 mil pessoas, e não será de surpreender que algumas dessas pessoas tragam já consigo o vírus). Muitos países encerraram o espaço aéreo, permitindo apenas que entrem voos com cidadãos nacionais (como se o vírus escolhesse entre nacionais e estrangeiros). Pode ser que com essas medidas se consiga parar o vírus a longo prazo. Mas devíamos já saber que a humanidade é muito mais complexa para ser definida por um só problema. Quais são os custos sociais de um lock down e da paralisação de todas as actividades de um país? Como e quem será responsável pela recuperação económica e social após a crise em países pobres como o nosso? E os efeitos sociais, quais são? Há quem diga que a violência doméstica está a aumentar nos países com ordem de “ficar em casa”; e algumas mães já começam a perder a sanidade mental com todos os filhos em casa, a comer e a brigar toda a hora. Para quem, de facto, “em casa” é o lugar mais seguro para se estar durante uma crise?

A nossa resposta a esta crise deve ter em conta todos estes aspectos. Mas o mais importante é a repercussão económica e seus efeitos subsequentes. Os países mais ricos estão já a discutir orçamentos para enfrentar a crise. Nos EUA fala-se em 3 triliões de dólares! Na Inglaterra os números rondam os 300 biliões de Libras! Até aqui Moçambique está de mãos estendidas à espera de ajuda para lidar com a devastação do Ciclone Idai. Acima disso, está a pedir uns míseros 700 milhões de dólares para lidar com a crise e todas as suas consequências, e será um milagre se conseguir um terço desse valor. Temos guerra civil no norte e no centro do país. O governo Moçambicano precisa fazer uma avaliação muito séria desta situação antes de juntar-se ao coro dos países que têm condições de se reerguerem depois desta pandemia. Se o vírus já está em Moçambique, não há nada que o vai parar. Não há distanciamento social que o vai impedir. Se ele não parou nas ruas arrojadas de Milão, Paris, Nova Iorque, Londres, etc; o que lhe vai travar em Maputo ou na Beira? Por isso, a nossa questão é: quais são os custos reais de um lock down? O que vai significar impor um estado de emergência e paralisar todo o país? Irão os “parceiros” dar a mão depois que o vendaval passar?

Qualquer decisão que os países Africanos tomarem diante desta crise tem implicações mundiais profundas. Até aqui o combate tem sido individual, cada país implementando as suas próprias medidas. Mas esta é uma pandemia que não respeita fronteiras. O que significa conter o vírus nos EUA, se ele pode eclodir e se espalhar no México? O que significa o vírus desaparecer na Itália, se os migrantes que entram no país através do Mediterrâneo o trouxerem de volta do norte de África e do Médio Oriente? E se a África do Sul conter o vírus e reabrir as portas ao mundo, mas ele continuar em Moçambique? Irá a economia Sul-Africana viver sem a mão-de-obra barata de Moçambique? É possível policiar as fronteiras e impedir que os Moçambicanos entrem de forma ilegal na África do Sul? (Nem mesmo no tempo do Apartheid tal coisa era possível!).

O que os “experts” de circunstância recomendam é o play book dos países avançados: ficar em casa, distanciamento social, lock down, fechar fronteiras, etc. Nas condições objetcivas do nosso país, não há nenhuma garantia que estas medidas surtam algum efeito positivo. Até aqui nenhum país avançado já apresentou resultados positivos do lock down. Não houve sucesso na Itália, na Espanha, e agora nos EUA. As projeções de milhares de mortos que Fergunson e companhia fazem apenas servem para amedrontar quem já está no limite das suas capacidades. Querer que o governo moçambicano faça mais do que está a fazer é pedir milagres. Exigir que as pessoas mudem de comportamento e isolarem-se é estar completamente cego às condições objectivas do nosso país. Nenhum estudo provou que as escolas sejam mais perigosas que as casas e os mercados. Evitar a superlotação dos chapa cem pode ser uma excelente medida sobre boas práticas rodoviárias e de segurança no transporte público. Mas não tem nenhum efeito para impedir a propagação do vírus (a OMS recomenda 1½ a 2 metros de distancia entre pessoas – esse é o tamanho da cabine do chapa cem!). Ficar em casa pode funcionar para as economias formais, como é o caso dos países avançados. A nossa é uma economia essencialmente informal. Ficar em casa significa morrer à fome.

Vi recentemente vídeos mostrando policiais a chamboquear pessoas que desobedecem o lock down na Índia. Na Itália diz-se que as autoridades já processaram milhares de cidadãos que violaram o lock down, incluindo estabelecimentos comerciais e restaurantes. Na Inglaterra o premier Borges gritou aos quatro ventos para as pessoas ficarem em casa até que ele próprio ficou infectado pela coisa. Mas há gente que continua a circular nas ruas. Como é que se forçam as pessoas a obedecer um Estado de Emergência? Durante quanto tempo? Iremos nós também ressuscitar o chamboco?

A abordagem mais realista para a nossa condição seria identificar o grupo mais vulnerável – os idosos e as pessoas com problemas de saúde – e focar os nossos esforços para que menos pessoas desse grupo estejam expostas ao vírus. Isso implica modificar a mensagem, de geral para particular. Sim, todos devem observar as regras de higiene. Mas quem deve de facto ficar cem por cento em alerta é quem pertence ao grupo mais vulnerável. Declarar um estado de emergência por cousa desta pandemia em Moçambique não seria muito diferente das campanhas militares que se têm feito em Cabo Delgado. Os ganhos reais não são significativos e não resolvem o problema em causa. Os esforços gigantescos que os países avançados estão a levar a cabo sem grandes sucessos deve nos ensinar uma lição: este vírus não se verga diante da musculatura política e económica. As soluções para uns não se aplicam para todos.




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Maria Paula Meneses Imperial colleague research team... rings a bell?
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Francisco Jose Foi descrita a metodologia de investigacao... Nao subestimemos o problema. A peste bubonica, a negra, a gripe espanhola dizimou milhoes de seres humanos. Vamos aprender com os erros alheios. "Bem aventurados os que acreditam sem ver..."
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Catarina Costa O grupo vulnerável já somos todos. Estão a morrer, desde adolescentes a gente na faixa dos 20 a 50 anos, sem problemas de saúde antecedentes... A Grã-Bretanha está a pagar caro o seu atraso na implementação de medidas (e foi mesmo obrigada a retroceder nas suas intenções, já que começou por uma abordagem semelhante à tua)... Falas de casos em que ainda estão em plena expansão, mas não falas dos casos de sucesso como a Coreia ou Macau... como conseguiram eles o seu sucesso?
E já agora, explica- me lá que economia sobrevive sem as pessoas? Mas afinal nós só servimos para servir a economia? Devemo-nos sacrificar e sacrificar os nossos entes queridos por uma economia que não quer saber de nós, a sério?!? Compreendo quando dizes que em países como Moçambique, não sair de casa para arranjar algum dinheiro representa morrer de fome... (quanto a mim parece-me uma escolha entre 2 mortes)... E se calhar, os números a que te referes saem realmente desta visão... não te iludas, vai morrer muitíssima gente, e, como habitualmente, os mais pobres vão pagar um preço incomensuravelmente mais alto, com a agravante de que provavelmente as ajudas externas não vão chegar como habitualmente (de resto, a maioria delas já não chegavam a quem mais precisa, mesmo)... mas agora pergunto- te eu, as perguntas que aqui expões, não deviam ser endereçadas às elites políticas de Moçambique? Porque raio se vota em políticos que não apresentam um plano de proteção? E queres votar num político que diz que a tua vida e a vida da tua família vale menos do que a manutenção da economia do país e do seu lobby económico? A sério? (Já agora, os países em franca expansão, são precisamente aqueles que demoraram a implementar medidas para tentar precaver a economia...) E não te esqueças, que pandemias são uma constante na evolução humana, e algumas das grandes mudanças económicas, políticas e sociais se deveram a alturas destas... portanto não te preocupes, o mundo continuará, provavelmente noutros moldes e com outro sistema, pior ou melhor ninguém sabe, só demasiados de nós não estarão cá para testemunhar, mas o mundo não vai parar!
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Jamie Andreson yanıtladı · 4 Yanıt 7s


Tchya Jaques Nkomo Muito profundo e reflexivo este artigo...!!!
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Serena Stein Your final paragraph, on a more targeted approach because of the needs of families in terms of food security and the limited ability of the state to step in with stimulus on par with Europe and America, I agree with in many ways. But How you get there? Problematic. I’m not sure if you’ve studied epidemiology, but I am connected to networks of epi scholars putting out their best attempts to model and interpret the sketchy data we have across countries. They are very clear, from the imperial college study to others, the many limitations and many of their projections present scenarios of various interventions (isolation, distancing) not just worst case, and biased to the cases from which we have the most data, which is South Korea (the most complete testing) and Italy (the most confirmed cases until the us superseded). The reporting on the methods is bound to be sloppy by some journalists but others get it right. Questioning these methods (which are cognizant of their limitations in all I have read so far) only plays into the building denial movement. Asking what good the measures taken in countries like Italy so far (because they are still having many cases) is also dangerous. We will never know how effective distancing is. We have to trust things would be much worse without it. Again, denying that plays into the hands of those who value stock markets over human lives. Highlighting the ways that distancing approaches are inappropriate to many countries now facing the virus is important, but a cautious approach is also called for until we learn more about how the virus behaves country by country. So far we have learned from Italy that being elderly and a history of smoking is prejudicial. In the United States we are learning that younger people with less serious or no comorbidities are vulnerable. This also relates to healthcare access and intensive care with ventilators. How will coronavirus behave across a population where half of children are considered malnourished? Where malaria and intestinal parasites are more rampant than anywhere the virus has hit so far? If those or other factors make people vulnerable to the virus, the effects could be catastrophic and makes taking targeted and surgical approaches more difficult if not impossible. I agree that these things will have to adapt in time. But keep in mind the virus has not reached its peak in the US (projected 20 days away in most places) and it is similarly “younger” moving through africa. There is almost no data because of low testing. I don’t think we should let the pandemic upend people’s livelihoods or food security either, but I also don’t think it is uncalled for to learn more about the virus first. Focus on testing, and yes focus on the vulnerable groups (as we can only anticipate them so far) and not beat vegetable sellers in the street for selling their goods, but focus on hygiene campaigns and helping people make arrangements to physically distance from family members as best as they can if they suspect infection (masks, sleeping in different room or with friends or on porch under net, etc).

On another note, I imagine it was fun watching Europeans and Americans get lessons on hand washing after so many health projects in development have sent Europeans and Americans to africa to teach people how to wash their hands 😆
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Serena Stein yanıtladı · 11 Yanıt 5s


Tozio Domingos Dercio Gabriel Machavate
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Marlino Mubai Nail Ferguson é um apoiante confesso do imperialismo britânico. Sobre o que diz de Moçambique precisamos saber quando e os métodos usados para chegar a tal conclusão. Como dizes, está é uma doença sem respeito, ataca a todos. Para Moçambique e África no geral, a opção é escolher se morre de violência, fome, malária, COVID-19, etc.
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Benedito Mamidji yanıtladı · 1 Yanıt 7s


Ivo Neto Costa Benedito, eventualmente os casos d sucesso no combate ao COVid 19 não tem enchido as " paragonas" dos jornais ( leste europeu e parte d Asia) Os governos têm tomar medidas " difíceis mas realizaveis". Pior é " ver a banda passar" a situação é com c
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Ivo Neto Costa * Complicada mas exige ponderacao
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Benedito Mamidji yanıtladı · 1 Yanıt 7s


Massassana A Fela Kwatine Subscrevo porque conheço a realidade do nosso país e em particular dos bairros suburbanos de Maputo, tais como Chiquelene e Magoanine de onde viemos. Como irá sobreviver aquele que precisa vender tomate, pão, etc para ganhar abaixo de 1 dólar por dia e comprar farinha de milho para confeccionar?
Não estamos prontos para o lock down.
Só com a paralisação da indústria de aviação, quantas agências de viagens, hotéis e restaurantes irão despedir seus funcionários?
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Benedito Mamidji yanıtladı · 1 Yanıt 7s


Lucio Posse Benedito Mamidji, uma reflexão muito interessante. Acredito que a demora do governo em tomar certas medidas se deve ao ponto que aqui apresentas. Mas talvez estejamos num momento em que é preciso tomar medidas... quais? talvez pensar nas que podem salvar mais vidas. E até ao momento apesar do fracasso do distanciamento social em Itália, etc. Parece que continua a ser a que melhor resultados apresenta quando tomada no início do combate. E Moçambique ainda está no início (olhando para os dados oficiais). É certo que falar de distanciamento social é falar de comportamento das pessoas. E as pessoas ainda não estão a levar a sério: muitos se riem dos que procuram seguir as medidas “ahhhh, está com medo de Coronavirus”; outros (jovens, negros e sei mais quem) acham que são imunes ao vírus ou ainda que é problema dos outros - como aconteceu no início da pandemia. Talvez isto é que vai anular qualquer medida de prevenção tomada pelo governo.
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Lucio Posse yanıtladı · 2 Yanıt 6s


Maria Paula Meneses Na África do Sul dizem para as pessoas irem aos supermercados. Mas as condições económicas dominantes levam as pessoas a comprar enquanto há dinheiro, ou seja, numa base diária. Bancas da rua, mercadinhos etc
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Maria Paula Meneses yanıtladı · 3 Yanıt 6s


Helder Pires Execelente texto e questões bastante pertinentes. Compartilho de muitas delas, mas como você próprio sugere as soluções de uns não podem ser para todos, a ideia de vulnerabilidade também muda dependendo do contexto. No nosso caso (Moçambique), quem são os grupos mais vulneráveis? Serão apenas idosos e pessoas com outros problemas de saúde? Isso teria que ser igualmente avaliado pensando nas condições sociais e econômicas de vida da maioria das pessoas em Moz e em África de um modo geral.

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