Ruanda: Hutus e tutsis reconciliam-se após genocídio
Em 1994, o massacre no Ruanda não poupou vizinhos, nem mesmo famílias. Muitos hutus mataram os seus cônjuges e até os seus filhos. Mas, 25 anos depois, há famílias que abriram as portas à reconciliação.
Em abril de 1994, o genocídio do Ruanda chocou o mundo. Extremistas hutus atacaram a minoria tutsi no país, fazendo milhares de mortos. O massacre em grande escala não poupou vizinhos ou mesmo famílias. Muitos hutus mataram os seus próprios cônjuges por não partilharem a mesma etnia. Houve mesmo hutus que, sendo casados com mulheres tutsis, mataram os seus próprios filhos por entenderem que estes tinham características ou aparência de tutsis.
De 1994 para cá, a reconciliação do país é um tema que marca a agenda do governo. Nas montanhas de Cyangugu, no oeste do Ruanda, perto da fronteira com a República Democrática do Congo, a DW foi ao encontro de algumas famílias que decidiram colocar o passado atrás das costas e perdoar as atrocidades que ali se viveram há vinte e cinco anos atrás.
Thomas Ntanshutimwe é tutsi, Laurence Niyonsaba é hutu.
Os dois decidiram passar por cima das fronteiras étnicas e religiosas que os separavam e casaram em 2012, abrindo portas a uma história de amor, da qual nasceram já cinco filhos.
Em abril de 1994, o genocídio do Ruanda chocou o mundo. Extremistas hutus atacaram a minoria tutsi no país, fazendo milhares de mortos. O massacre em grande escala não poupou vizinhos ou mesmo famílias. Muitos hutus mataram os seus próprios cônjuges por não partilharem a mesma etnia. Houve mesmo hutus que, sendo casados com mulheres tutsis, mataram os seus próprios filhos por entenderem que estes tinham características ou aparência de tutsis.
De 1994 para cá, a reconciliação do país é um tema que marca a agenda do governo. Nas montanhas de Cyangugu, no oeste do Ruanda, perto da fronteira com a República Democrática do Congo, a DW foi ao encontro de algumas famílias que decidiram colocar o passado atrás das costas e perdoar as atrocidades que ali se viveram há vinte e cinco anos atrás.
Thomas Ntanshutimwe é tutsi, Laurence Niyonsaba é hutu.
Os dois decidiram passar por cima das fronteiras étnicas e religiosas que os separavam e casaram em 2012, abrindo portas a uma história de amor, da qual nasceram já cinco filhos.
10/05/2019
Da suspeita à condenação
Desde o dia 5 de Outubro de 2017 que a situação de segurança no norte da província de Cabo Delgado tem sido motivo de grande preocupação para todos aqueles que desejam a paz, a estabilidade e desenvolvimento deste país.
E obviamente que para o Presidente da República, como garante da segurança e estabilidade nacionais, este assunto deve ser de presença permanente no seu pensamento e em tudo o que faz, particularmente numa altura em que a agenda da paz está no centro das atenções do governo.
Não há estatísticas exactas sobre o número de mortos desde que a onda de ataques foi desencadeada em Cabo Delgado, mas os níveis de destruição e de instabilidade são severos, obrigando as pessoas a viverem num ambiente de incerteza, corroendo assim o tecido económico e social da região.
A desestabilização que ocorre no norte de Cabo Delgado é protagonizada por malfeitores que actuam sem piedade, sem rosto e obedecendo a um comando sem respeito a qualquer tipo de regras sobre a necessidade de poupar alvos não militares. É um enorme desafio às forças de defesa e segurança que procuram, por todos os meios, proteger a população civil e impor a ordem e tranquilidade.
Não terá sido surpreendente, por isso, que o Presidente da República se tenha referido à grave situação que se verifica em Cabo Delgado, no discurso inaugural da sessão do Comité Central do seu partido, no último fim de semana.
Mas, mesmo na melhor das intenções, as palavras podem conduzir a interpretações adversas ao verdadeiro significado que delas se pretende transmitir.
No terreno movediço que se tornou o conflito em Cabo Delgado, o Presidente Filipe Nyusi está naturalmente preocupado com o facto dos tribunais terem decidido absolver alguns dos acusados de envolvimento com os grupos de malfeitores que aterrorizam a população local e destroem os seus bens, comprometendo ainda os investimentos que estão a ser realizados.
“Notamos que há arguidos absolvidos, porque se diz que não há matéria. Isso é mau, desmotiva o trabalho daqueles que, debaixo de todos os riscos, lutam para proteger a população e seus bens”.
E obviamente que para o Presidente da República, como garante da segurança e estabilidade nacionais, este assunto deve ser de presença permanente no seu pensamento e em tudo o que faz, particularmente numa altura em que a agenda da paz está no centro das atenções do governo.
Não há estatísticas exactas sobre o número de mortos desde que a onda de ataques foi desencadeada em Cabo Delgado, mas os níveis de destruição e de instabilidade são severos, obrigando as pessoas a viverem num ambiente de incerteza, corroendo assim o tecido económico e social da região.
A desestabilização que ocorre no norte de Cabo Delgado é protagonizada por malfeitores que actuam sem piedade, sem rosto e obedecendo a um comando sem respeito a qualquer tipo de regras sobre a necessidade de poupar alvos não militares. É um enorme desafio às forças de defesa e segurança que procuram, por todos os meios, proteger a população civil e impor a ordem e tranquilidade.
Não terá sido surpreendente, por isso, que o Presidente da República se tenha referido à grave situação que se verifica em Cabo Delgado, no discurso inaugural da sessão do Comité Central do seu partido, no último fim de semana.
Mas, mesmo na melhor das intenções, as palavras podem conduzir a interpretações adversas ao verdadeiro significado que delas se pretende transmitir.
No terreno movediço que se tornou o conflito em Cabo Delgado, o Presidente Filipe Nyusi está naturalmente preocupado com o facto dos tribunais terem decidido absolver alguns dos acusados de envolvimento com os grupos de malfeitores que aterrorizam a população local e destroem os seus bens, comprometendo ainda os investimentos que estão a ser realizados.
“Notamos que há arguidos absolvidos, porque se diz que não há matéria. Isso é mau, desmotiva o trabalho daqueles que, debaixo de todos os riscos, lutam para proteger a população e seus bens”.
Posted at 17:59 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Banco de Moçambique surpreendido com forwards e SWAPs na banca revê Lei Cambial e trava depreciação do Metical
Os bancos comerciais e algumas das principais empresas exportadores e importadoras aproveitaram a flexibilização da Lei Cambial para ganharem milhões através de transacções forwards e SWAPs. “Nós no banco central, infelizmente, fomos apanhados em contrapé”, admitiu Felisberto Navalha, Administrador do Banco de Moçambique (BM) que revelou que essas operações foram suspensas pois as grandes empresas chegavam aos bancos e “começaram a fazer leilões de taxas de juro com prazo de duas, três ou quatro semanas e o mercado não está regulamentado para isso”. Durante o primeiro mês de vigência da suspensão a depreciação do Metical foi interrompida.
O BM proibiu, desde o passado dia 4 de Abril, nas operações de compra e venda de moeda estrangeira: “O recurso à taxa de câmbio a prazo; O aprovisionamento de contas em moeda estrangeira por conversão de fundos provenientes de contas em moeda nacional.”
“A compra e venda de moeda estrangeira só deve ocorrer por aplicação da taxa de câmbio à vista, em vigor na data e no momento da realização da operação”, determinou ainda o banco central através do Aviso nº5/GBM/2019.
Estas proibições surgem do aproveitamento que algumas grandes empresas a operarem em Moçambique, que obtém milhões de dólares através da exportação, fizeram desde em Outubro de 2018 quando o banco central aboliu o imperativo que existia da conversão em 90 dias de 50 por cento da retenção no repatriamento das receita de exportação.
“As grandes empresas no país chegavam aos bancos e em vez de serem meros compradores de divisas a empresas começaram a ser operadores cambiais, começaram a fazer leilões de taxas de juro com prazo de duas, três ou quatro semanas e o mercado não está regulamentado para isso” revelou nesta quinta-feira (09) o Administrador do Pelouro de Estabilidade Monetária do BM.
Um dos principais oradores do Economic Briefing da Confederação das Associações Económicas (CTA), Felisberto Navalha esclareceu que através de operações cambiais à prazo, denominadas forwards, e da negociação de um cambio fixo e previamente acordado, SWAPs, os bancos comerciais e algumas grandes empresas encontraram uma nova forma de ganhar dinheiro mesmo durante estes anos de aguda crise económica e financeira em Moçambique.
“O que aconteceu com forwards e SWAPs é que os bancos e as empresas adiantaram-se, começaram a fazer esse tipo de transações e não há normativo para isso. Nós no banco central, infelizmente, fomos apanhados em contrapé, percebemos o que os bancos estavam a fazer, o que as empresas faziam que o fizessem, era um produto que o mercado realmente precisa, mas a dado passo, por falta de normativo, começou a haver um mau uso”, explicou.
O BM proibiu, desde o passado dia 4 de Abril, nas operações de compra e venda de moeda estrangeira: “O recurso à taxa de câmbio a prazo; O aprovisionamento de contas em moeda estrangeira por conversão de fundos provenientes de contas em moeda nacional.”
“A compra e venda de moeda estrangeira só deve ocorrer por aplicação da taxa de câmbio à vista, em vigor na data e no momento da realização da operação”, determinou ainda o banco central através do Aviso nº5/GBM/2019.
Estas proibições surgem do aproveitamento que algumas grandes empresas a operarem em Moçambique, que obtém milhões de dólares através da exportação, fizeram desde em Outubro de 2018 quando o banco central aboliu o imperativo que existia da conversão em 90 dias de 50 por cento da retenção no repatriamento das receita de exportação.
“As grandes empresas no país chegavam aos bancos e em vez de serem meros compradores de divisas a empresas começaram a ser operadores cambiais, começaram a fazer leilões de taxas de juro com prazo de duas, três ou quatro semanas e o mercado não está regulamentado para isso” revelou nesta quinta-feira (09) o Administrador do Pelouro de Estabilidade Monetária do BM.
Um dos principais oradores do Economic Briefing da Confederação das Associações Económicas (CTA), Felisberto Navalha esclareceu que através de operações cambiais à prazo, denominadas forwards, e da negociação de um cambio fixo e previamente acordado, SWAPs, os bancos comerciais e algumas grandes empresas encontraram uma nova forma de ganhar dinheiro mesmo durante estes anos de aguda crise económica e financeira em Moçambique.
“O que aconteceu com forwards e SWAPs é que os bancos e as empresas adiantaram-se, começaram a fazer esse tipo de transações e não há normativo para isso. Nós no banco central, infelizmente, fomos apanhados em contrapé, percebemos o que os bancos estavam a fazer, o que as empresas faziam que o fizessem, era um produto que o mercado realmente precisa, mas a dado passo, por falta de normativo, começou a haver um mau uso”, explicou.
Posted at 16:47 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
Editorial: Precisa-se de um Governo sério
A seriedade de um país vê-se em pequenos actos, como é o caso do investimento feito pelo Governo de turno. O caso de Moçambique fica claro que os moçambicanos estão entregues a sua própria sorte. Há quatro décadas que o Governo da Frelimo tem estado a retardar o desenvolvimento do país, implantando as suas políticas terroristas contra a população.
É deveras preocupante que, volvidos 44 anos de Independência, o país continue a debater-se com problemas básicos, como é o caso de transporte público. Todos os dias, os moçambicanos são obrigados a arriscar as suas próprias vidas para se deslocarem de um ponto para outro. Desde os meios aéreos, passando pelos terrestres até aos marítimos e fluviais, a situação é a mesma: a precariedade dos serviços prestados.
Relativamente ao transporte marítimo, a realidade é gritante. Quase sempre há registos de naufrágio. Por exemplo, nesta semana, pelo menos dez pessoas morreram e 13 estão desaparecidas na sequência do naufrágio, de uma pequena embarcação que fazia o transporte de passageiros entre os distritos de Chinde e Marromeu, nas Províncias da Zambézia e de Sofala, respectivamente.
Esse tipo de acidentes tem como principal responsável o Governo da Frelimo que tem estado a permitir que os moçambicanos continuem a ser transportados em embarcações precárias, enquanto dá primazia à Cidade de Maputo e arredores na alocação dos transportes públicos.
Enquanto o Governo da Frelimo continuar a liderar este país, os moçambicanos continuarão a assistir a mais tragédias dessa natureza. O caso particular de Chinde e Marromeu, a viagem, que dura pelo menos 5 horas, acontece sem as mínimas condições de segurança. Na verdade, as viagens são efectuadas em embarcações frágeis desde que o batelão que operava na região avariou em 2015 e desde, então aguarda por cerca de 10 milhões de Meticais para a sua reabilitação.
Na sua habitual e estúpida decisão, o Ministério dos Transportes e Comunicações rapidamente criou uma equipa de burocratas baseados nos escritórios climatizados de Maputo para olhar para a situação e apurar as circunstâncias e causas do acidente. Não é necessário um inquérito para se chegar a conclusão de que as tragédias sem devem ao descaso do Governo da Frelimo.
O mais caricato, portanto, nessa história toda é que o Governo da Frelimo endividou os moçambicanos em 2,2 biliões de Dólares norte-americanos para comprar barcos que não os servem.
@VERDADE – 10.05.2019
É deveras preocupante que, volvidos 44 anos de Independência, o país continue a debater-se com problemas básicos, como é o caso de transporte público. Todos os dias, os moçambicanos são obrigados a arriscar as suas próprias vidas para se deslocarem de um ponto para outro. Desde os meios aéreos, passando pelos terrestres até aos marítimos e fluviais, a situação é a mesma: a precariedade dos serviços prestados.
Relativamente ao transporte marítimo, a realidade é gritante. Quase sempre há registos de naufrágio. Por exemplo, nesta semana, pelo menos dez pessoas morreram e 13 estão desaparecidas na sequência do naufrágio, de uma pequena embarcação que fazia o transporte de passageiros entre os distritos de Chinde e Marromeu, nas Províncias da Zambézia e de Sofala, respectivamente.
Esse tipo de acidentes tem como principal responsável o Governo da Frelimo que tem estado a permitir que os moçambicanos continuem a ser transportados em embarcações precárias, enquanto dá primazia à Cidade de Maputo e arredores na alocação dos transportes públicos.
Enquanto o Governo da Frelimo continuar a liderar este país, os moçambicanos continuarão a assistir a mais tragédias dessa natureza. O caso particular de Chinde e Marromeu, a viagem, que dura pelo menos 5 horas, acontece sem as mínimas condições de segurança. Na verdade, as viagens são efectuadas em embarcações frágeis desde que o batelão que operava na região avariou em 2015 e desde, então aguarda por cerca de 10 milhões de Meticais para a sua reabilitação.
Na sua habitual e estúpida decisão, o Ministério dos Transportes e Comunicações rapidamente criou uma equipa de burocratas baseados nos escritórios climatizados de Maputo para olhar para a situação e apurar as circunstâncias e causas do acidente. Não é necessário um inquérito para se chegar a conclusão de que as tragédias sem devem ao descaso do Governo da Frelimo.
O mais caricato, portanto, nessa história toda é que o Governo da Frelimo endividou os moçambicanos em 2,2 biliões de Dólares norte-americanos para comprar barcos que não os servem.
@VERDADE – 10.05.2019
Perdiz responde críticas de PR sobre o processo da paz
Nyusi quer branquear imagem do governo da Frelimo
Cinco dias após Filipe Nyusi ter exigido o desarmamento da Renamo antes das eleições de Outubro, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, afirmou ao SAVANA/mediaFAX que a sua organização está a cumprir integralmente com os termos acordados no Memorando de Entendimento, referente ao processo de paz, assinado em Agosto de 2018. O memorando foi assinado por Filipe Nyusi, Presidente da República (PR), e Ossufo Momade, Presidente da Renamo.
Na última sexta-feira, 03, na abertura da reunião do Comité Central da Frelimo, Filipe Nyusi disse que, no capítulo de paz, o seu governo continua a trabalhar na operacionalização do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais da Renamo.
Segundo Nyusi, o dossier da paz tem sido bastante lento devido à inflexibilidade da Renamo no cumprimento dos prazos. Para Nyusi, o povo deve saber que a Frelimo está pronta para tudo fazer, aguardando actos concretos da Renamo. Sublinhou que a Renamo deve dizer quantos e quais guerrilheiros existem e indicar as bases onde se devem juntar com as respectivas armas, como foi acordado nas discussões com o falecido líder Afonso Dhlakama, visto que o pacote de Descentralização e a questão da Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração são duas componentes indissociáveis que devem caminhar no mesmo ritmo e na mesma direcção.
“Estamos mais interessados”
Reagindo aos pronunciamentos do PR, José Manteigas disse que é do domínio público que quem está mais interessado na conclusão do processo da paz é a Renamo. Manteigas disse que, por exemplo, o Memorando de Entendimento previa a integração de 14 oficiais superiores da Renamo nos postos de chefia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e 10 oficiais na Polícia da República de Moçambique (PRM) e o partido cumpriu com o seu dever indicando nomes para essas posições.
Cinco dias após Filipe Nyusi ter exigido o desarmamento da Renamo antes das eleições de Outubro, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, afirmou ao SAVANA/mediaFAX que a sua organização está a cumprir integralmente com os termos acordados no Memorando de Entendimento, referente ao processo de paz, assinado em Agosto de 2018. O memorando foi assinado por Filipe Nyusi, Presidente da República (PR), e Ossufo Momade, Presidente da Renamo.
Na última sexta-feira, 03, na abertura da reunião do Comité Central da Frelimo, Filipe Nyusi disse que, no capítulo de paz, o seu governo continua a trabalhar na operacionalização do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais da Renamo.
Segundo Nyusi, o dossier da paz tem sido bastante lento devido à inflexibilidade da Renamo no cumprimento dos prazos. Para Nyusi, o povo deve saber que a Frelimo está pronta para tudo fazer, aguardando actos concretos da Renamo. Sublinhou que a Renamo deve dizer quantos e quais guerrilheiros existem e indicar as bases onde se devem juntar com as respectivas armas, como foi acordado nas discussões com o falecido líder Afonso Dhlakama, visto que o pacote de Descentralização e a questão da Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração são duas componentes indissociáveis que devem caminhar no mesmo ritmo e na mesma direcção.
“Estamos mais interessados”
Reagindo aos pronunciamentos do PR, José Manteigas disse que é do domínio público que quem está mais interessado na conclusão do processo da paz é a Renamo. Manteigas disse que, por exemplo, o Memorando de Entendimento previa a integração de 14 oficiais superiores da Renamo nos postos de chefia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e 10 oficiais na Polícia da República de Moçambique (PRM) e o partido cumpriu com o seu dever indicando nomes para essas posições.
Posted at 16:24 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
"Endeusam-lhe; o senhor, um simples mortal. Estamos ainda em Moçambique ou Coreia do Norte?"
EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (149)
Bom dia, Presidente. Não lhe escrevi sexta-feira passada porque esperava alguma informação adicional do seu Governo por não ter conseguido pagar atempadamente os salários de Abril da Função Pública.
É que o comunicado do Ministério da Economia e Finanças foi vago. Não explicou o que efectivamente aconteceu em Abril e se o problema foi só daquele mês ou teremos mais. Presidente: sinceramente, não basta o Governo dizer que houve problemas técnicos. Isto não quer dizer nada.
Que problemas técnicos foram esses? De quem é a culpa? Não acha, Presidente, que o povo, o seu patrão como o senhor diz, precisa de esclarecimentos adicionais. Não se deve permitir que o Governo da Frelimo brinque com o Aparelho do Estado como se fosse sua propriedade. Precisamos de saber quem foi o responsável deste atraso salarial, já que o Governo não assume que foi por falta de liquidez.
O ministro das Finanças, numa situação como esta, devia ter vindo a público dizer qualquer coisa. Comunicados não bastam. Os governantes sabem o que é não ter salário atempadamente-que já por si é magro-?
Muito provavelmente, enquanto o pobre trabalhador chorava por não ter comida à mesa, Adriano Maleiane comia estrogonofe regado com vinhos importados. Isto para não dizer o que o Presidente da República, o chefe de Adriano Maleiane, comia. Não brinquem com o povo, senhores!
Aquele documento vago que justificava a demora salarial, nós nem sabemos em que circunstâncias foi elaborado. Talvez depois de um bom regabofe, resolveram dizer qualquer coisa ao parvo povo. E ficou-se por ai. Até hoje. Não acha Presidente que há que melhorar qualquer coisa? Vocês podem não ter sentido a falta desse dinheiro. Têm salários gordos, mordomias, boladas…e nós?
Cartas ao Presidente da República (149)
Bom dia, Presidente. Não lhe escrevi sexta-feira passada porque esperava alguma informação adicional do seu Governo por não ter conseguido pagar atempadamente os salários de Abril da Função Pública.
É que o comunicado do Ministério da Economia e Finanças foi vago. Não explicou o que efectivamente aconteceu em Abril e se o problema foi só daquele mês ou teremos mais. Presidente: sinceramente, não basta o Governo dizer que houve problemas técnicos. Isto não quer dizer nada.
Que problemas técnicos foram esses? De quem é a culpa? Não acha, Presidente, que o povo, o seu patrão como o senhor diz, precisa de esclarecimentos adicionais. Não se deve permitir que o Governo da Frelimo brinque com o Aparelho do Estado como se fosse sua propriedade. Precisamos de saber quem foi o responsável deste atraso salarial, já que o Governo não assume que foi por falta de liquidez.
O ministro das Finanças, numa situação como esta, devia ter vindo a público dizer qualquer coisa. Comunicados não bastam. Os governantes sabem o que é não ter salário atempadamente-que já por si é magro-?
Muito provavelmente, enquanto o pobre trabalhador chorava por não ter comida à mesa, Adriano Maleiane comia estrogonofe regado com vinhos importados. Isto para não dizer o que o Presidente da República, o chefe de Adriano Maleiane, comia. Não brinquem com o povo, senhores!
Aquele documento vago que justificava a demora salarial, nós nem sabemos em que circunstâncias foi elaborado. Talvez depois de um bom regabofe, resolveram dizer qualquer coisa ao parvo povo. E ficou-se por ai. Até hoje. Não acha Presidente que há que melhorar qualquer coisa? Vocês podem não ter sentido a falta desse dinheiro. Têm salários gordos, mordomias, boladas…e nós?
Orquestra de Dan Hill e João Maria Tudela(1960's) - Para recordar(Face A)
"Só faltava mais esta!!"
Quando foram dizer a Salazar que havia petróleo em Cabinda, a resposta do ditador não podia ter sido mais lacónica.
Só faltava mais esta!!
Em Afungi, lá no Norte de Moçambique, ainda não foi explorado um metical de gás, mas as guerras para dividirem a riqueza do gás sempre pelos mesmos, estão aí.
Os 28 milhões de Moçambicanos vão ver a riqueza do gás natural por um canudo, nada vai beneficiar o bom povo Moçambicano.
Os Mwani povo Muçulmano, estão a ser instrumentalizados para cortar cabeças, queimar e destruir o pouco ou nada que as populações lá no norte tem.
Diz-se que gente grande da Frelimo está por trás, gente que vai perder os negócios escuros, que lhes tem permitido acumular fortuna ao longo dos últimos 20 anos.
Achamos estranho os ataques, as aldeias Makondes ali tão perto e nenhuma aldeia Makonde foi atacada até ao momento.
Depois dos ataques onde já foram assassinadas mais de 200 pessoas, apareceu o ciclone Kenneth, não foi tão mortífero como o Idai mas destruiu milhares de habitações rudimentares.
E agora, só faltava mais esta!!!
A Anadarko decidiu ser comprada pelo Oxi, que imediatamente vai vender os ativos em Africa por 8,8 biliões de usd à Total.
O rasto da Total em Africa relativamente à exploração petrolífera não é o mais favorável, anteriormente conhecida como Elf, os escândalos foram tantos, suporte a ditadores Africanos, negócios escuros, subornos e corrupção foi o rasto deixado pela Elf em Africa.
Agora mudou de nome, tem um nome pomposo Total, as moscas mudaram mas infelizmente a mer..a é a mesma.
Não são noticias nada boas a troca da Anadarko pela Total para o bom povo Moçambicano, para os Franceses no jogo vale tudo desde que atinjam os seus objectivos e ética é aquilo que a Total tem de muito pouco.
(Recebido por email)
Só faltava mais esta!!
Em Afungi, lá no Norte de Moçambique, ainda não foi explorado um metical de gás, mas as guerras para dividirem a riqueza do gás sempre pelos mesmos, estão aí.
Os 28 milhões de Moçambicanos vão ver a riqueza do gás natural por um canudo, nada vai beneficiar o bom povo Moçambicano.
Os Mwani povo Muçulmano, estão a ser instrumentalizados para cortar cabeças, queimar e destruir o pouco ou nada que as populações lá no norte tem.
Diz-se que gente grande da Frelimo está por trás, gente que vai perder os negócios escuros, que lhes tem permitido acumular fortuna ao longo dos últimos 20 anos.
Achamos estranho os ataques, as aldeias Makondes ali tão perto e nenhuma aldeia Makonde foi atacada até ao momento.
Depois dos ataques onde já foram assassinadas mais de 200 pessoas, apareceu o ciclone Kenneth, não foi tão mortífero como o Idai mas destruiu milhares de habitações rudimentares.
E agora, só faltava mais esta!!!
A Anadarko decidiu ser comprada pelo Oxi, que imediatamente vai vender os ativos em Africa por 8,8 biliões de usd à Total.
O rasto da Total em Africa relativamente à exploração petrolífera não é o mais favorável, anteriormente conhecida como Elf, os escândalos foram tantos, suporte a ditadores Africanos, negócios escuros, subornos e corrupção foi o rasto deixado pela Elf em Africa.
Agora mudou de nome, tem um nome pomposo Total, as moscas mudaram mas infelizmente a mer..a é a mesma.
Não são noticias nada boas a troca da Anadarko pela Total para o bom povo Moçambicano, para os Franceses no jogo vale tudo desde que atinjam os seus objectivos e ética é aquilo que a Total tem de muito pouco.
(Recebido por email)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 21 - 09 de Maio de 2019
Como vai o recenseamento eleitoral?
Na maioria dos postos, o recenseamento eleitoral vai bem. Não são reportados casos graves que obriguem à paralisação do processo. Fora os já habituais casos de avarias das máquinas e falta de corrente eléctrica, há histórias inéditas narradas pelos nossos correspondentes espalhados um pouco por todo o país, que vale a pena partilhar com os nossos leitores….
Leia aqui Download Eleicoes_Gerais_21-09-05-19
Na maioria dos postos, o recenseamento eleitoral vai bem. Não são reportados casos graves que obriguem à paralisação do processo. Fora os já habituais casos de avarias das máquinas e falta de corrente eléctrica, há histórias inéditas narradas pelos nossos correspondentes espalhados um pouco por todo o país, que vale a pena partilhar com os nossos leitores….
Leia aqui Download Eleicoes_Gerais_21-09-05-19
09/05/2019
STV-Opinião no Feminino 09.05.2019(video)
Comentários de Essita Sigauque e Fátima Mimbire. Não editado pela STV-SOICO
Ministro sul-africano promete decidir extradiçao Manuel Chang até 25 de Maio
O ministro sul-africano da Justiça e de Serviços Correcionais, Michael Masutha, promete decidir sobre a extradição do antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, até ao dia 25.
“O assunto ainda está administrativamente a ser processado pelo meu Ministério. Logo que os oficiais terminarem o seu trabalho, o assunto vai retornar à minha mesa e depois vou tomar a decisão”, disse o ministro depois de votar na quarta-feira, 8, acrescentando que a partir de agora não vai levar muito tempo.
Apesar de deixar o Ministério no dia 25, quando toma posse o novo Governo saído das eleições de ontem, Masutha lembra falta duas semanas.
“Se não finalizar o assunto antes de deixar o cargo, então vai depender de outro ministro e quem será esse ministro para fazer isso", sublinhou o responsável pela pasta da Justiça e Serviços Correcionais.
O antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, foi detido na África do Sul em final de Dezembro de 2018, a pedido da justiça americana, e aguarda a extradição para Estados Unidos ou para Moçambique, de acordo com a decisão do juiz do tribunal distrital de Kempton Park.
Entretanto, a ministra moçambicana da Juventude e Desportos e membro da Comissão Política da Frelimo, Nyeleti Mondlane, que se encontra na África do Sul em missão partidária para observação das eleições, disse que para o caso de extradição de Manuel Chang o único lobby que pode fazer junto de dirigentes sul-africanos é que se respeite a justiça.
Chang é apontado como sendo o principal responsável pelo caso das chamadas “dívidas ocultas”, que, com a ajuda de banqueiros e empresários estrangeiros, e agentes moçambicanos, lesaram o Estado moçambicano em cerca de dois mil milhões de dólares.
VOA – 09.05.2019
“O assunto ainda está administrativamente a ser processado pelo meu Ministério. Logo que os oficiais terminarem o seu trabalho, o assunto vai retornar à minha mesa e depois vou tomar a decisão”, disse o ministro depois de votar na quarta-feira, 8, acrescentando que a partir de agora não vai levar muito tempo.
Apesar de deixar o Ministério no dia 25, quando toma posse o novo Governo saído das eleições de ontem, Masutha lembra falta duas semanas.
“Se não finalizar o assunto antes de deixar o cargo, então vai depender de outro ministro e quem será esse ministro para fazer isso", sublinhou o responsável pela pasta da Justiça e Serviços Correcionais.
O antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, foi detido na África do Sul em final de Dezembro de 2018, a pedido da justiça americana, e aguarda a extradição para Estados Unidos ou para Moçambique, de acordo com a decisão do juiz do tribunal distrital de Kempton Park.
Entretanto, a ministra moçambicana da Juventude e Desportos e membro da Comissão Política da Frelimo, Nyeleti Mondlane, que se encontra na África do Sul em missão partidária para observação das eleições, disse que para o caso de extradição de Manuel Chang o único lobby que pode fazer junto de dirigentes sul-africanos é que se respeite a justiça.
Chang é apontado como sendo o principal responsável pelo caso das chamadas “dívidas ocultas”, que, com a ajuda de banqueiros e empresários estrangeiros, e agentes moçambicanos, lesaram o Estado moçambicano em cerca de dois mil milhões de dólares.
VOA – 09.05.2019
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Ex-Presidente Michel Temer entrega-se à justiça brasileira
O ex-Presidente brasileiro Michel Temer apresentou-se hoje à Polícia Federal de São Paulo, pouco antes das 15:00 (19:00 em Lisboa), para cumprir prisão, após a revogação do 'habeas corpus' que o mantinha livre.
O antigo chefe de Estado deixou a sua casa na tarde de hoje, na Zona Oeste de São Paulo, dirigindo-se até a Superintendência da Polícia Federal, escoltado.
LUSA – 09.05.2019
O antigo chefe de Estado deixou a sua casa na tarde de hoje, na Zona Oeste de São Paulo, dirigindo-se até a Superintendência da Polícia Federal, escoltado.
LUSA – 09.05.2019
MDM confirma Daviz Simango como candidato presidencial
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido, confirmou hoje a candidatura de Daviz Simango à Presidência da República nas eleições gerais de 15 de Outubro, em cumprimento da decisão do congresso da organização, realizado em 2017.
"Claramente [Daviz Simango é o candidato do MDM], o congresso assim definiu", declarou Moisé Chechene, porta-voz do Conselho Nacional do MDM, órgão que está reunido de hoje a domingo na cidade da Beira, centro de Moçambique.
José Chechene adiantou que o Conselho Nacional do MDM e a Comissão Política Nacional, também reunida na Beira, vão reconfirmar a aposta em Daviz Simango para as presidenciais de 15 de outubro.
José Chechene considerou que o recenseamento para as eleições gerais tem sido marcado por irregularidades, “algumas de rotina”, mas sem especificar.
O Conselho Nacional e a Comissão Política Nacional do MDM vão igualmente aprovar o manifesto eleitoral e analisar os efeitos dos ciclones Idai e Kenneth, que atingiram o centro e norte do país, entre março e abril deste ano.
Daviz Simango é autarca da Beira, uma das principais cidades de Moçambique, desde 2003, e será a terceira vez a candidatar-se à Presidência da República, depois de ter ido a votos em 2009 e 2014.
LUSA – 09.05.2019
"Claramente [Daviz Simango é o candidato do MDM], o congresso assim definiu", declarou Moisé Chechene, porta-voz do Conselho Nacional do MDM, órgão que está reunido de hoje a domingo na cidade da Beira, centro de Moçambique.
José Chechene adiantou que o Conselho Nacional do MDM e a Comissão Política Nacional, também reunida na Beira, vão reconfirmar a aposta em Daviz Simango para as presidenciais de 15 de outubro.
José Chechene considerou que o recenseamento para as eleições gerais tem sido marcado por irregularidades, “algumas de rotina”, mas sem especificar.
O Conselho Nacional e a Comissão Política Nacional do MDM vão igualmente aprovar o manifesto eleitoral e analisar os efeitos dos ciclones Idai e Kenneth, que atingiram o centro e norte do país, entre março e abril deste ano.
Daviz Simango é autarca da Beira, uma das principais cidades de Moçambique, desde 2003, e será a terceira vez a candidatar-se à Presidência da República, depois de ter ido a votos em 2009 e 2014.
LUSA – 09.05.2019
Moçambique precisa de acelerar o passo nas energias renováveis, o mundo está a mudar e Moçambique está a perder o comboio
A central solar de Mocuba, já está quase terminada e em breve a bombar energia para a rede, terá custado uns 60 a 70 milhões de usd, mas o que é isso comparado com os 40 milhões de usd que a Zambia não pagou em energia e os milhões e milhões de usd que o Malawi e o Zimbabwe continuam a não querer pagar e a energia não é cortada.
Essas dividas de energia ao povo Moçambicano, davam para fazer umas 10 ou 12 centrais solares semelhantes a Mocuba espalhadas pelo pais, melhorando a resiliência da rede e reduzindo os constantes apagões.
Parece que em breve uma central ligeiramente maior que Mocuba vai ser construida em Nacala, esperemos que daqui a um ano já esteja a funcionar, de modo a Moçambique poder mandar embora o navio dos Turcos que está a poluir a baía de Nacala.
O navio Turco da energia, não é mais que uma bolada da querida EDM e quanto Moçambique já pagou ao navio Turco da Eletricidade ao longo de pelo menos 4 anos??
Um milhão a dois milhões de usd por mês??
Um gerador eólico, contas redondas custará 2 milhões de usd, não gasta petroleo, cria postos de trabalho e vento não falta na costa Moçambicana.
Com o dinheiro que foi para os Turcos da bolada da EDM já poderiam estar a funcionar uns 20 ou 30 geradores eólicos a abastecer a Vale e as cidades do norte de Moçambique, o vento não custa dinheiro.
Moçambique tem a benção de ter Cahora Bassa, que tem potência suficiente para regular a rede. Isso permite que quando não há sol ou vento, Cahora Bassa regula a rede e estabiliza.
Essas dividas de energia ao povo Moçambicano, davam para fazer umas 10 ou 12 centrais solares semelhantes a Mocuba espalhadas pelo pais, melhorando a resiliência da rede e reduzindo os constantes apagões.
Parece que em breve uma central ligeiramente maior que Mocuba vai ser construida em Nacala, esperemos que daqui a um ano já esteja a funcionar, de modo a Moçambique poder mandar embora o navio dos Turcos que está a poluir a baía de Nacala.
O navio Turco da energia, não é mais que uma bolada da querida EDM e quanto Moçambique já pagou ao navio Turco da Eletricidade ao longo de pelo menos 4 anos??
Um milhão a dois milhões de usd por mês??
Um gerador eólico, contas redondas custará 2 milhões de usd, não gasta petroleo, cria postos de trabalho e vento não falta na costa Moçambicana.
Com o dinheiro que foi para os Turcos da bolada da EDM já poderiam estar a funcionar uns 20 ou 30 geradores eólicos a abastecer a Vale e as cidades do norte de Moçambique, o vento não custa dinheiro.
Moçambique tem a benção de ter Cahora Bassa, que tem potência suficiente para regular a rede. Isso permite que quando não há sol ou vento, Cahora Bassa regula a rede e estabiliza.
Posted at 18:42 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião | Permalink | Comments (0)
Banco central prevê redução do crescimento económico para 2% em 2019
O Banco de Moçambique prevê um crescimento económico do país de cerca de 2% este ano, uma quebra face ao ano anterior devido ao efeito das calamidades naturais e incertezas associadas às eleições gerais de 15 de outubro.
"O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será à volta de 2% (de crescimento), ficaremos abaixo dos 3,3% registados no ano passado", afirmou Felisberto Navalha, administrador do Banco de Moçambique, falando em Maputo, na conferência "Conjuntura atual e perspetivas económicas 2019".
Felisberto Navalha adiantou que a inflação média poderá acelerar ligeiramente devido ao impacto negativo das calamidades naturais sobre a oferta, mas terminará com uma taxa de um dígito.
"Teremos uma inflação na casa de um dígito, o que é razoável, tendo em conta a meta de convergência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês), que é de 7%", acrescentou Felisberto Navalha.
Por seu turno, o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, também estimou um abrandamento no ritmo de crescimento este ano, mas anteviu uma recuperação em 2020.
"Vai haver um crescimento inferior este ano, mas vai haver uma recuperação muito forte já em 2020", disse Aisen.
O FMI, prosseguiu, ainda não mediu a magnitude da reação do PIB ao efeito das mudanças climáticas.
Ari Aisen apontou igualmente para o incremento de preços devido à destruição de culturas agrícolas provocada pelo ciclone Idai na região centro, mas manifestou otimismo em relação a 2020.
Enilde Sarmento, do Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, disse que o Governo está a finalizar o levantamento das necessidades de reconstrução dos danos provocados pelas calamidades naturais, assinalando o imperativo de assegurar um rápido financiamento para permitir a retoma da atividade económica e da produção.
"O setor da agricultura é o que ficou mais afetado, cerca de 14% da área planeada para cultivo foi destruída, mas também tivemos prejuízos nos setores de transportes e comunicação e serviços", afirmou Enilde Sarmento.
O governo está a ponderar atribuir incentivos fiscais e isenções ao setor privado para favorecer uma mobilização de recursos que permita a recuperação do tecido empresarial afetado pelas calamidades naturais, acrescentou.
Moçambique foi assolado por dois ciclones em menos de duas semanas, entre março e abril, o Idai no centro e o Kenneth no norte.
LUSA – 09.05.2019
"O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será à volta de 2% (de crescimento), ficaremos abaixo dos 3,3% registados no ano passado", afirmou Felisberto Navalha, administrador do Banco de Moçambique, falando em Maputo, na conferência "Conjuntura atual e perspetivas económicas 2019".
Felisberto Navalha adiantou que a inflação média poderá acelerar ligeiramente devido ao impacto negativo das calamidades naturais sobre a oferta, mas terminará com uma taxa de um dígito.
"Teremos uma inflação na casa de um dígito, o que é razoável, tendo em conta a meta de convergência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês), que é de 7%", acrescentou Felisberto Navalha.
Por seu turno, o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, também estimou um abrandamento no ritmo de crescimento este ano, mas anteviu uma recuperação em 2020.
"Vai haver um crescimento inferior este ano, mas vai haver uma recuperação muito forte já em 2020", disse Aisen.
O FMI, prosseguiu, ainda não mediu a magnitude da reação do PIB ao efeito das mudanças climáticas.
Ari Aisen apontou igualmente para o incremento de preços devido à destruição de culturas agrícolas provocada pelo ciclone Idai na região centro, mas manifestou otimismo em relação a 2020.
Enilde Sarmento, do Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, disse que o Governo está a finalizar o levantamento das necessidades de reconstrução dos danos provocados pelas calamidades naturais, assinalando o imperativo de assegurar um rápido financiamento para permitir a retoma da atividade económica e da produção.
"O setor da agricultura é o que ficou mais afetado, cerca de 14% da área planeada para cultivo foi destruída, mas também tivemos prejuízos nos setores de transportes e comunicação e serviços", afirmou Enilde Sarmento.
O governo está a ponderar atribuir incentivos fiscais e isenções ao setor privado para favorecer uma mobilização de recursos que permita a recuperação do tecido empresarial afetado pelas calamidades naturais, acrescentou.
Moçambique foi assolado por dois ciclones em menos de duas semanas, entre março e abril, o Idai no centro e o Kenneth no norte.
LUSA – 09.05.2019
Posted at 18:01 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
Governo não consegue vender Dívida Pública, embora investidores tenham liquidez de Meticais
O Governo de Filipe Nyusi voltou nesta terça-feira (07) a tentar vender Dívida Pública Interna para continuar a financiar o seu deficitário Orçamento de Estado, pretendia 2,8 biliões de Meticais, mas os bancos comerciais voltaram a mostrar pouco interesse. As taxas de juro ainda altas, acima dos 20 por cento, propiciam mais rendimento aos investidores que tem abastada liquidez de Meticais emprestando aos moçambicanos do que ao Tesouro.
Falhada a tentativa vender 3 biliões de Meticais em Obrigações do Tesouro da 6ª, 7ª e 8ª Séries, no passado dia 23 de Abril o Executivo voltou à Bolsa da Valores para tentar obter fundos para financiar o Orçamento de Estado que este ano iniciou com um défice de 90,9 biliões de Meticais.
Com as Obrigações do Tesouro 2019 – 6ª Série pretendia obter 1 bilião de Meticais, com as Obrigações do Tesouro 2019 – 7ª Série queria 900 milhões, e mais 900 milhões tentava obter com as Obrigações do Tesouro 2019 – 8ª Série.
Porém, apesar da liquidez em moeda nacional existente no sistema financeiro, particularmente na posse dos bancos comerciais, os principais investidores na Dívida Pública Interna, não houve apetência pelos Títulos do Tesouro.
Falhada a tentativa vender 3 biliões de Meticais em Obrigações do Tesouro da 6ª, 7ª e 8ª Séries, no passado dia 23 de Abril o Executivo voltou à Bolsa da Valores para tentar obter fundos para financiar o Orçamento de Estado que este ano iniciou com um défice de 90,9 biliões de Meticais.
Com as Obrigações do Tesouro 2019 – 6ª Série pretendia obter 1 bilião de Meticais, com as Obrigações do Tesouro 2019 – 7ª Série queria 900 milhões, e mais 900 milhões tentava obter com as Obrigações do Tesouro 2019 – 8ª Série.
Porém, apesar da liquidez em moeda nacional existente no sistema financeiro, particularmente na posse dos bancos comerciais, os principais investidores na Dívida Pública Interna, não houve apetência pelos Títulos do Tesouro.
Posted at 17:02 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Populares perseguem e matam quatro supostos insurgentes
Munida de flechas, catanas e uma arma do tipo caçadeira, a população de Licangano, Nguiga e Ntapuala, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, perseguiu, neutralizou e matou, no último fim-de-semana, quatro supostos insurgentes, mas dois dos elementos do grupo civil ficaram gravemente feridos.
Um dos feridos é um cidadão com mais de 40 anos de idade, que foi atingido por um tiro no braço direito, depois de o projéctil o ter raspado na barriga. O indivíduo encontra-se internado no Hospital Provincial de Cabo Delgado, na cidade de Pemba, a receber tratamentos, mas fora de perigo. Quanto ao outro, não há clareza sobre o tipo de ferimentos, sabendo-se apenas que também se feriu durante a troca de tiros com os insurgentes.
Segundo as fontes, que contaram a estória à "Carta", o episódio deu-se durante sábado e domingo, quando a população decidiu seguir os rastos dos insurgentes para "acertar contas", depois destes terem atacado as aldeias de Nakate e Ntapuala, naquele distrito de Cabo Delgado.
As fontes realçam que o grupo, que estava a ser perseguido pela população, era composto por sete elementos, mas nenhum deles é conhecido naquelas aldeias. Os atacantes, que desgraçaram a vida dos residentes de alguns distritos de Cabo Delgado, já causaram muitos mortos e destruíram muitos bens, em alguns casos com a presença de algumas unidades das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Aliás, segundo as nossas fontes, um jovem de 25 anos, de nome Abuchir, foi também baleado, no último domingo (5 de Maio) por um militar nas duas pernas. Conforme contam, tudo começou quando o jovem negou carregar uma motorizada de marca Xintian, pertencente ao militar, para fazê-la atravessar o rio que separa a aldeia de Napala e o Posto Administrativo de Mucojo.
Garantem as fontes que a vítima fazia parte de um grupo de 14 jovens que saíram de Mucojo-sede para aldeia de Muituro, onde ajudavam as pessoas, carregando bens dos passageiros que saíam de Macomia para Mucojo e vice-versa.
Informações apuradas pela "Carta" indicam ainda que duas raparigas com idades que variam entre 16 e 17 anos foram raptadas por desconhecidos, quando iam à pesca na região entre as aldeias de Milamba e Mitacata, no posto administrativo de Quiterajo, ainda no distrito de Macomia.
Devido a esta situação, o medo voltou a tomar conta da população do distrito de Macomia, que, para além dos insurgentes, enfrenta o desastre deixado pelo ciclone Kenneth que matou 33 pessoas naquele distrito e deixou um rasto de destruição.
CARTA – 09.05.2019
Um dos feridos é um cidadão com mais de 40 anos de idade, que foi atingido por um tiro no braço direito, depois de o projéctil o ter raspado na barriga. O indivíduo encontra-se internado no Hospital Provincial de Cabo Delgado, na cidade de Pemba, a receber tratamentos, mas fora de perigo. Quanto ao outro, não há clareza sobre o tipo de ferimentos, sabendo-se apenas que também se feriu durante a troca de tiros com os insurgentes.
Segundo as fontes, que contaram a estória à "Carta", o episódio deu-se durante sábado e domingo, quando a população decidiu seguir os rastos dos insurgentes para "acertar contas", depois destes terem atacado as aldeias de Nakate e Ntapuala, naquele distrito de Cabo Delgado.
As fontes realçam que o grupo, que estava a ser perseguido pela população, era composto por sete elementos, mas nenhum deles é conhecido naquelas aldeias. Os atacantes, que desgraçaram a vida dos residentes de alguns distritos de Cabo Delgado, já causaram muitos mortos e destruíram muitos bens, em alguns casos com a presença de algumas unidades das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Aliás, segundo as nossas fontes, um jovem de 25 anos, de nome Abuchir, foi também baleado, no último domingo (5 de Maio) por um militar nas duas pernas. Conforme contam, tudo começou quando o jovem negou carregar uma motorizada de marca Xintian, pertencente ao militar, para fazê-la atravessar o rio que separa a aldeia de Napala e o Posto Administrativo de Mucojo.
Garantem as fontes que a vítima fazia parte de um grupo de 14 jovens que saíram de Mucojo-sede para aldeia de Muituro, onde ajudavam as pessoas, carregando bens dos passageiros que saíam de Macomia para Mucojo e vice-versa.
Informações apuradas pela "Carta" indicam ainda que duas raparigas com idades que variam entre 16 e 17 anos foram raptadas por desconhecidos, quando iam à pesca na região entre as aldeias de Milamba e Mitacata, no posto administrativo de Quiterajo, ainda no distrito de Macomia.
Devido a esta situação, o medo voltou a tomar conta da população do distrito de Macomia, que, para além dos insurgentes, enfrenta o desastre deixado pelo ciclone Kenneth que matou 33 pessoas naquele distrito e deixou um rasto de destruição.
CARTA – 09.05.2019
Posted at 16:50 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (1)
Dívida insustentável limita expansão da rede eléctrica
A Electricidade de Moçambique aponta para a limitada capacidade de produção, má gestão de negócios e dívida insustentável como os maiores obstáculos para a melhoria do desempenho da instituição.
Mapear e colocar os trabalhadores onde podem ter melhor desempenho profissional tem sido uma das estratégias do novo Conselho de Administração da EDM para a sua fortificação. Entretanto o PCA, Aly Sicola, diz que isto daria melhores resultados se a empresa não estivesse nas más condições em que se encontra agora.
Aly Sicola falava, esta quinta-feira, na abertura da Reunião Nacional de Balanço das Actividades da EDM em 2018. Um ano em que a EDM não atingiu as metas em termos de novas ligações, tendo-se fixado em 86 por cento. Mas em comparação com o ano anterior houve melhorias.
Para já as metas deste ano poderão estar também comprometidas devido à ocorrência de dois ciclones no país, Idai no centro e Kenneth no norte o que precisou de um investimento adicional da parte da empresa.
A Reunião Nacional de Balanço vai durar dois dias e além de fazer balanço, vai traçar estratégias de acção para este e próximos anos.
O PAÍS – 09.05.2019
Mapear e colocar os trabalhadores onde podem ter melhor desempenho profissional tem sido uma das estratégias do novo Conselho de Administração da EDM para a sua fortificação. Entretanto o PCA, Aly Sicola, diz que isto daria melhores resultados se a empresa não estivesse nas más condições em que se encontra agora.
Aly Sicola falava, esta quinta-feira, na abertura da Reunião Nacional de Balanço das Actividades da EDM em 2018. Um ano em que a EDM não atingiu as metas em termos de novas ligações, tendo-se fixado em 86 por cento. Mas em comparação com o ano anterior houve melhorias.
Para já as metas deste ano poderão estar também comprometidas devido à ocorrência de dois ciclones no país, Idai no centro e Kenneth no norte o que precisou de um investimento adicional da parte da empresa.
A Reunião Nacional de Balanço vai durar dois dias e além de fazer balanço, vai traçar estratégias de acção para este e próximos anos.
O PAÍS – 09.05.2019
Posted at 16:24 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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