Sobre Feminismo e Jornalismo
Conta uma estória, que um homem, feito de malandro, tinha a mania de dar umas palmadinhas na sua esposa, e esta dava aquela zanga, e se seguia aquele cerimonial típico de amor amor ai mi sorry ai lovi yu, e ja passou. Porem, depois que foram criados uns gabinetes especiais nas esquadras, uma dessas vezes o malandro levantou a mao, e ela foi logo a correr para o gabinete, e os agentes apareceram, recolheram o gajo sem mais nem menos, por uns dias, ate que lhe foi apresentado ao juiz, digo, à juiza, e lhe deu pena exemplar. O malandro nao so cumpriu a pena à risca, como aprendeu que nao se deveria mais meter com sua mulher: o homem voltou mudado. Cumprida a pena, voltou à casa para os braços de sua bela dona. Passado um tempo, varias situações tipicas e ate mais graves que aquelas que faziam o homem levantar a mao antes foram acontecendo, e ele nem miau menos piau, ate que num belo dia, ela decide dar um bom tabefe nele. Ele, sem mais nem menos, saiu dali, e foi para la naquela esquadra onde ima vez foi recolhido, para fazer queixa contra sua bela dona por violência domestica de rodo tipo e estirpe. Conta a estória que os homens e mulheres do gabinete, digo, os agentes da lei e ordem, puseram-se a rir dele, afinal, "que homem é voce que aceita ser insultado, ser gritado, e pior, ser txaiado por uma mulher"? O homem se manteve calmo, e decidido a abrir a queixa, ate que o agente-em-chefe, feito de mais entendido em leis e direito de família, chamou o homem para um canto mais privado, para aconselhar o homem a perdoar a mulher, procurar conselhos familiares, e voltar para sua casa e salvar o seu lindo casamento. Mas o homem estava irredutível. Queria que queria abrir a queixa, e começou a lhes contar um filme, sob condição de trazerem a su mulher para ali no gabinete. A resposta que teve foi de que "voce conhece a sua casa, conhece a sua mulher, vai voce trazer a ela". Ele disse que nao faria, e que preferia que lhe colocassem numa cela, se nao fossem a casa dele recolher a esposa. Entre risadas e chacota, o homem pernoitou ali, ate que dia seguinte se mandou trazer educadamente a esposa. Ela chegou, e ele começou:
- Chefes, voces nao se recordam de mim ne? Uma dessas vezes vieram a minha casa, a minha esposa so disse "é ele", e voces, sem me dizer de que se tratava, começaram a me sovar, me recolheram para a vossa cela especial, onde também me deram tratamento especial, e no julgamento, a juiza, mesmo eu provando que a minha esposa era a verdadeira malandra, me condenou exemplarmente. Cumpri a pena, voltei para casa, e ela voltou a fazer o mesmo e pior, agora passou para bater, e eu venho para voces, e me ensinam que ha que ir conversar, ha que nos entendermos, ha que isto e aquilo. Onde estavam esses conselhos naquela vez? Dito isso, ou fecham a ela naquela cela, depois lhe apresentam àquela juiza, melhor se for juiz, ou fecham a mim, porque daqui nao saímos os dois para casa. Conta a estoria que os agentes nao tiveram outra saída, tiveram de ceder, afinal, era o apanágio, baseado no queixismo. O resto é resto.
Esta estória me vem a baila por conta do movimento condenatório contra aquele "gestor branco malcriado que devia ser deportado para a terra dele". Alem disso, ninguém se pergunta mais nada, nem coisas básicas, tipo porque o malandro decidiu ir para cima daquele. Do video, nada se pode deduzir, mas se pode ver que no meio a tantos (o ministério levou uma equipa sim senhor), furou e foi ter com aquele. No meio a isso, se ouve algo como "voce acha que tenho medo de si, eu nao tenho medo de si", tufa tufa, e do outro lado, o homem se levanta e vai de novo para o campeão de kung fu e com dedo provocador, a mao a ir para o pescoço do malandro, diz "vou te processar, vou abrir processo contra ti".
A questão é, sim, a classe é protegida por isto e aquilo, mas onde fica a proteção dos direitos dos outros? O que ja se apurou, para se concluir que o outro nao foi o primeiro a agredir o que defendemos sua deportação?
Enquanto a classe da pena se achar no direito de se meter ate em areas restritas a assuntos de sexo oral, so porque vai processar, a coisa nao sera diferente daquela senhora que sabendo que podia se livrar do marido, podia provocar neste, e bastando uma palmada na bunda, ela ia a correr para o gabinete, e o gabinete recolhia o homem.
Ali estavam tantas pesoas, ha que ouvi-las, porque conclusões baseadas naquele vídeo de segundos, que so mostra dois gajos cada um mais malandro que o outro, nao nos ajudam em nada.
Eu tenho muitas "amigas mulheres", e muitos amigos jornalistas, e temos papo na boa, e espero continuar a ter.
Desculpa ai "qualqueracoisa".
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