Pároco de Santa Cruz da Trapa foi pai há três semanas
Bombeiro, motard e pai de uma bebé prematura que nasceu há três semanas, mas também padre. José Júlio Almeida, de 38 anos, assumiu a paternidade da criança nascida de uma relação que manteve com uma educadora de infância, mas fez saber que desejava continuar a ser pároco. O Bispo de Viseu autorizou e a paróquia não levantou obstáculos, avança o Jornal de Notícias. Vai continuar a ser o padre de Santa Cruz da Trapa, em S. Pedro do Sul.
Ao Diário de Notícias, o Bispo de Viseu, Ilídio Leandro, não quis comentar o assunto, alegando que "já estava tudo dito" sobre o caso, mas confirmou a continuação do padre à frente da paróquia.
Ordenado há quase 13 anos, o padre esteve nove anos à frente das paróquia de Arcozelo das Maias e Ribeiradio, em Oliveira de Frades - saiu em setembro de 2017 - e que terá sido aí que manteve uma relação com uma educadora de infância e catequista, que deu à luz, prematuramente, há três semanas. Decidiu assumir a paternidade da filha e os "encargos com a criança", de acordo com o Bispo de Viseu, Ilídio Leandro.
O Bispo acrescentou que "o casamento [do padre com a mãe da criança] ficou fora de hipótese por opção dos pais" e confirmou a decisão de deixar José Júlio Almeida continuar a dirigir a paróquia de Santa Cruz de Trapa. "Decidi autorizar que continuasse a ser padre", afirmou.
Ao Correio da Manhã, o Bispo de Viseu disse ainda que "o facto de o padre ter assumido a paternidade em nada belisca a credibilidade da Diocese".
Os paroquianos também não levantaram nenhuma objeção a que o pároco continue à frente dos destinos da igreja da freguesia, mesmo depois de ter sido pai.
"Um padre é como outro homem qualquer e as pessoas têm de se convencer que é mesmo assim. Há muito que defendo que deviam casar", disse ao JN Américo Oliveira, de 84 anos, um dos membros da paróquia onde José Júlio Almeida continuará a dar missa.
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