Negociações de paz para a Síria organizadas por Moscovo e marcadas para final de janeiro não contarão com a presença de 40 grupos rebeldes. Fações militares acusam Rússia de ser "país agressor".
Cerca de 40 grupos rebeldes sírios anunciaram esta segunda-feira que não se sentarão à mesa das negociações para discutir a paz num encontro organizado por Moscovo. “A Rússia é um país agressor que cometeu crimes de guerra contra os sírios”, declararam em comunicado, justificando assim a sua recusa em participar nestas conversações. De acordo com a Reuters, alguns destes grupos participaram nas anteriores negociações em Genebra, organizadas pelas Nações Unidas.
“A Rússia não deu um passo para aliviar o sofrimento dos sírios e não pressionou o regime do qual é o garante para que criasse um caminho que levasse a uma solução”, diz o comunicado. “Apoiou militarmente o regime [sírio] e defendeu-o politicamente durante sete anos, impedindo a condenação da ONU ao regime de [Bashar Al-Assad.”
Moscovo, que tem apoiado o Governo de Assad no terreno, vai organizar conversações de paz na cidade de Sochi, a 29 e 30 de janeiro. A iniciativa já contou com o apoio da Turquia e do Irão, este último também aliado do regime de sírio.
Ainda não é conhecida a posição de todos os grupos rebeldes sírios relativamente à sua participação ou não nestas negociações.