05 de Dezembro 07h43 - 9 Visitas
O clima de crispação surge na sequência do conflito que havia entre o partido e Mahamudo Amurane e da conflituosa sucessão naquele no Município, depois do seu assassinato. Aliás, a indicação do candidato do MDM para as eleições intercalares de Janeiro próximo veio aumentar a tensão dentro do MDM. Entretanto, com a realização do Congresso precisamente no epicentro do furação que está a estremecer os alicerces do partido, o MDM quer procurar formas de se reunificar e sair de cabeça erguida da crise para enfrentar os desafios imediatos.
Primeiro, tentar não perder Nampula para os seus adversários, que também em Janeiro vão aproveitar-se da crise instalada naquela cidade para arrancar a direcção do Município, mas também há o desafio de nas eleições autárquicas de Outubro conseguir manter as actuais autarquias sob sua gestão e tentar conquistar outros, como Cidade Maputo, Matola, Mocuba, que por muito pouco não os conquistou no último pleito.
O congresso deverá, ainda, definir a estratégia a ser seguida pelo “galo” para melhorar a sua performance nas eleições gerais de 2019, aumentando os assentos na Assembleia da República, nas assembleias provinciais e, se possível, eleger governadores e conquistar algumas províncias. O partido dirigido por Daviz Simango sonha em conquistar a Ponta Vermelha em 2019, segundo Lutero Simango, membro da Comissão Política Nacional do MDM, que falou, ontem, aos jornalistas sobre a agenda da magna reunião.
Neste sentido, o candidato do partido às eleições presidenciais de 2019 poderá igualmente ser declarado nesta reunião, à semelhança do partido Frelimo. Tudo indica que o presidente do MDM a ser eleito poderá, igualmente, ser candidato presidencial.
Até ontem, apenas se conhecia Daviz Simango como candidato à sua própria sucessão. No entanto, segundo uma fonte do partido, as candidaturas continuam abertas para todos os membros que quiserem desafiar o actual presidente se candidatarem. Pelo que, esta terça-feira, data limite para a manifestação de interesse de concorrer à eleição interna, a comissão eleitoral poderá anunciar os candidatos.
Segundo Lutero Simango, os estatutos do partido vão nesta reunião ser alvo de revisão, cujos detalhes poderão ser tornados públicos numa próxima ocasião. A reunião vai, ainda, aprovar os relatórios de actividades dos diferentes órgãos do partido no intervalo entre os congressos. O encontro de Nampula deverá, igualmente, eleger os membros do Conselho Nacional, que por sua vez vai eleger a Comissão Política Nacional, o secretário-geral - os candidatos ainda não são conhecidos - e o Conselho Jurisdicional Nacional.
Participam no segundo congresso do MDM mais de mil e trezentos delegados, provenientes de todas as províncias do país, e mais de duzentos convidados, entre nacionais e estrangeiros, com destaque para a presença de representantes da UNITA, da coligação CASA-CE, ambos de Angola, e do MDC do Zimbabwe.
Recorde-se que o primeiro congresso do MDM teve lugar há exactos cinco anos, na cidade da Beira.
Daviz Simango aconselha membros do MDM a concorrerem nas autárquicas
O presidente do MDM, Daviz Simango, disse na segunda-feira, em Nampula, que ainda não apresentou a sua candidatura às próximas eleições municipais e legislativas. Simango explicou que, na qualidade de fundador do partido, está neste momento a aconselhar para que os membros que assim o entendam possam apresentar as respectivas candidaturas. “Aconselho que muita gente concorra, porque quando fundámos o partido, era para trazer mais pessoas e ficamos satisfeitos por termos cumprido a missão de mais pessoas poderem participar na democracia no país”, disse Simango. Estas declarações foram corroboradas pelo porta-voz do MDM, Sande Carmona, em Nampula, onde inicia hoje o segundo congresso do partido, que vai decorrer durante quatro dias.
O presidente do MDM, Daviz Simango, disse na segunda-feira, em Nampula, que ainda não apresentou a sua candidatura às próximas eleições municipais e legislativas. Simango explicou que, na qualidade de fundador do partido, está neste momento a aconselhar para que os membros que assim o entendam possam apresentar as respectivas candidaturas. “Aconselho que muita gente concorra, porque quando fundámos o partido, era para trazer mais pessoas e ficamos satisfeitos por termos cumprido a missão de mais pessoas poderem participar na democracia no país”, disse Simango. Estas declarações foram corroboradas pelo porta-voz do MDM, Sande Carmona, em Nampula, onde inicia hoje o segundo congresso do partido, que vai decorrer durante quatro dias.
30 de Novembro 19h04 - 610 Visitas
O chefe da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, convocou a imprensa, hoje, para, primeiro, anunciar que a partir de amanhã os deputados do seu partido não estarão na Assembleia da República, uma vez que viajam para Nampula para o II Congresso que acontece naquela cidade nortenha de 05 a 08 de Dezembro corrente.
“Vamos ao Congresso com muita força, com a presença máxima dos deputados da Assembleia da República”, anunciou Lutero Simango. Se, por um lado, o MDM está seguro da presença dos seus membros naquele evento, o mesmo não pode dizer em termos de segurança. É que desde a morte de Mahamudo Amurane Nampula está em reboliço e o terreno parece bastante movediço. Pior quando nesse clima de tensão entram mais actores: “um deputado da bancada da Frelimo, o senhor Vasco Moreira, apareceu a dizer que o MDM não devia realizar o seu II Congresso na cidade de Nampula porque vai ser um Congresso manchado, não aceite pela população de Nampula e também proferiu algumas ameaças que julgamos serem de grande importância que a Procuradoria-Geral da República esteja atenta, incluindo as autoridades policiais. Queremos reafirmar aqui que o II Congresso do MDM foi convocado no ano passado”, denunciou a fonte e não se ficou por aí.
Falou do assassinato do edil Mahamudo Amurane, tendo acusado a Frelimo de ser parte interessada pelo desaparecimento físico daquele, com uma explicação, na sua lógica: “e nós sabemos, de acordo com a história que Lázaro Kavandane e Joana Simião foram eliminados fisicamente pelo partido no poder. Portanto, o interesse na eliminação do companheiro Amurane, é obviamente do interesse do partido no poder para que não surja na região Norte uma figura incontestável”.
Criado em 2009, o Movimento Democrático de Moçambique surgiu como uma força política alternativa e em pouco tempo ganhou a simpatia da população, sobretudo nos centros urbanos. Entretanto, o péssimo resultado nas eleições gerais de 2014 e o assassinato de Mahamudo Amurane que chegou a edil de Nampula pelo MDM, em 2013, baixou de popularidade e vive actualmente o pior momento da sua história recente.
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