Tuesday, December 6, 2016

Foi Fanuel Gideon Mahluza quem convidou Eduardo Mondlane para dirigir a Resistencıa



Eusébio A. P. Gwembe adicionou 4 fotos novas.
Ontem às 11:48 ·



Em 1961, Fanuel Gideon Mahluza (um dos fundadores da FRELIMO) escreveu três cartas a convidar Eduardo Mondlane para aderir a UDENAMO e poder liderar a Luta pela Independência Nacıonal. Uma das cartas deixa transparecer que antes de 1950 eles já se conheciam. Deixo aqui as duas.

Carta 2
Dr. E. Mondlane
C/ Trusteeship Division
United Nations
New York


Dear Dr. Mondlane
Estou concretizado que depois de muitos anos de nossa separação, devera V. Senhoria não recordar-se de mim. Pertenço a família Manyike ou Mahluza, que tem a sua origem na tribo Makhabane aqui V. Senhoria também é pertencente natural de Chai – Chai.

Reconheço por muito as suas qualidades, como homem que, mui deseja a libertação do povo Moçambicano.
Recordo-me, quando em 1949 fundou o Núcleo dos Estudantes Secundários em L. marques, que foi a primeira elucidação e, inicio do seu amor a pátria moçambicana.

Sou conhecedor de quão sua Senhoria é importante aa vida social e politica pelo que apoio-me em convidar-lhe como Moçambicano, a aderir aa União Democrática nacional de Moçambique, que esta lutando para a libertação e liquidação imediata do imperialismo, colonialismo e simultaneamente prevenir-se ao neo-colonialismo para a manutenção do bem-estar das massas populares que estão sendo oprimidas durante seculos.

Escrevi-lhe duas cartas que, até aqui não tive resposta sua e mais uma ao senhor Guilherme A. Mabunda, e é o meu belíssimo amigo, a quem V. Senhoria devera ter mais explicações acerca de mim.
A UDENAMO espera e, bem aceita o seu aderimento.
O seu pela libertação de Moçambique
Fanuel G. Mahluza

Carta 1
Dr. Eduardo Mondlane
Trusteeship Division
United Nations

Gostaria imenso de que esta carta o encontrasse de boa saúde na companhia dos seus. Não lhe falto ao respeito por lhe escrever nesta língua, mas estou a dar valor e importância ao idioma que Deus indicou para falar, ele é sempre o nosso insubstituível instrumento oral e, a propósito lhe faço lembrar esta língua, faço-lhe simultaneamente lembrar da miséria que deixou em Moçambique.

Aqui em Dar es Salaam já criamos uma organização sob denominação União Democrática Nacional. Esperamos de vos que saístes há já anos para o Estrangeiro a procura da Educação e instrução e até meios de libertar a infeliz população de Moçambique e qual encarra barreiras ao acesso aquelas fontes de progresso.
Nós não fundamos a UDENAMO com intuito de um dia sermos “grandes”, ela é apenas um caminho aberto para todos o moçambicano. Por consequência, convidamo-lo a inscrever-se no nosso exército e muito principalmente para nos elucidar em problemas deste género, dada a sua alta perícia nos assuntos políticos de hoje.

Fiquei muito contente ao ver ou ler a sua exposição, descrevendo com minucia a viagem em Moçambique. Serviu-nos como um “avante” e contamos desde ai com a sua presença em luta. Como ficarei muito mais contente ainda quando receber e responder a esta carta.

Todo seu lugar-tenente na luta pela liberdade.


Comentários


Almeida F. Massango Moçambique e nos Mocambicanos precisamos sempre de saber dessa parte da historia nacional
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Eduardo Domingos E carta que fez em changana que dizia que se devia evitar que os irmaos do centro e norte dirigir a organizacao onde está Eusebio gwembe?
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Eusébio A. P. Gwembe Nao a encontreı, Eduardo Domingos. Pode ser que tenha exıstıdo, pode ser que seja uma ınvencao da ultıma hora. Duvıdo que ele fosse capaz de escrever a Mondlane com esse tıpo de conteudo. Veja como o trata nestas cartas e descubra o respeıto que tem para com o homem
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Gabriel Muthisse Na entrevista que deu ao Moyana falou da ultima carta, aquela que ele escreveu em Xangana
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Narcísio Mula Na Entrevista que deu a Emilio Manhique (disponivel na Youtube) fala dessa carta em Changana. Me pareceu estar a ser sério.


Eusébio A. P. Gwembe Pois falou, Gabriel Muthisse. Mas houve quem duvidasse, so para sustentar que quem convıdou Mondlane teria sido Nyerere.
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Eduardo Domingos Eusebio Eusébio A. P. Gwembe ele proprio falou na entrevista que deu no savana
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Eusébio A. P. Gwembe Na entrevista ao Savana foı maıs uma ınterpretacao da carta que ele terıa escrıto, meıo seculo antes. Foı essa a mınha percepcao,Eduardo Domingos., e depoıs de pesquısas, acho que nao estou longe da verdade. Conseguı ver as cartas manuscrıtas e a resposta de Mondlane.
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Gabriel Muthisse Creio que foi uma confluência de esforços: Nyerere, Mahluza, Marcelino, as pessoas com quem falou em Moçambique, aquando da sua visita... Foi uma confluência de factores. Em minha opinião, o factor Mahluza não exclui os outros, mesmo aqueles que desconhecemos.

Ademais, as preocupações nacionalistas de Mondlane são antigas. Mahluza fala, por exemplo, da fundação do NESAM.

Seria preciso estudar, também, a correspondência de Mondlane.
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Eduardo Domingos Nao foi uma interpretacao tendenciosa, eusebio Eusébio A. P. Gwembe, os seguintes passo confirmaram tudo.
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Nhecuta Phambany Khossa Li algo numa entrevista que o Malhuza deu no Savana. Entretanto, no livro do Presidente Chissano, tem algumas referências sobre as intervenções do Malhuza na Frelimo, sobretudo a casca de banana que tinham montado contra o Camarada Marcelino Dos Santos. O Camarada Lopes Tembe Ndelane, um dos fundadores da Udenamo e da Frelimo, também faz interessantes revelaçoes sobre Malhuza.
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Eusébio A. P. Gwembe Enauqnto nao encontro contınua uma possıbılıdade,Eduardo Domingos. Sim, Gabriel Muthisse, concordo consıgo em tudo. Porem, por vezes a ınterpretacao a que muitos chegam e que Mondlane foı sujeıto, em relacao ao Nyerere. Numa das respostas a Mahluza ele diz que demorou responder por tınha que entrar em contacto com as autorıdades do Tanganyıka para confırmar o conteudo da carta. E aconselha a contınuar com esforços de unıao, Numa outra carta promete que passara por Tanganyıka.
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Gil Gabriel Parabéns pelas pesquisas Eusébio A. P. Gwembe
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Eusébio A. P. Gwembe ThanksV


Eusébio A. P. Gwembe A casca de banana contra Marcelino dos Santos tinha seus antecedentes que, infelizmente, nao foram levantados por Chissano,Nhecuta Phambany Khossa.
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Benjamim Rosa Me parece que agora estou a ver a historia ao vivo, pois tinha aprendido que Eduardo Mondlane ouviu falar da FRELIMO desde a decada 60
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Gabriel Muthisse Ele ouviu falar da FRELIMO desde quando, amigo? A FRELIMO não foi fundada em 1962?
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Benjamim Rosa Sim. E a tese ora apresentada fala de 1961 e esta parte esta ausente na maioria dos livros de Historia de Moçambique a qual pouco conheço. A minha intenção nao é de criticar mas sim de agradecer a benevolencia de Eusébio A. P. Gwembe, por trazer um exerto importantissimo e que foi inedito durante os meus anos escolares.
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Gabriel Muthisse O Mahluza não escreve para Mondlane em nome da FRELIMO. Fa-lo em nome da UDENAMO, movimento de que era um dos dirigentes. Creio que Vice-Presidente. A FRELIMO veio a ser fundada em 1962
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Benjamim Rosa Sim esta é a parte que eu nunca vi em qualquer livro de Historia de Moçambique
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Gabriel Muthisse Benjamim Rosa, não são todas as coisas que aparecem nos manuais de história. Vou citar três motivos porque nao aparecem todos os factos: (i) primeiro, porque os factos históricos de um país são inesgotáveis. Não podem, todos, caber nos livros ou manuais de história que nós conhecemos; (ii) em segundo lugar, porque nem todos os factos do passado estão, todos, sistematizados. Por exemplo, alguns podem estar ainda em arquivos classificados; e (iii) a disciplina de história, sobretudo no ensino primário e secundário, é uma das principais fontes de educação patriótica. Por isto mesmo, vários países costumam seleccionar para esses manuais as partes da história nacional mais nobres (ou mais enobrecidas pelos vencedores). As partes menos heróicas ou menos nobres costumam ser deixadas para especialistas.
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Benjamim Rosa Obrigado Dr. Gabriel Muthisse, o terceiro motivo esta claro e mostra a sensibilidade dos que precisam salvaguardar a bem da patria.
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Benjamim Rosa Mas penso que por necessidade uma e outra coisa de ir ao publico
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Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Boa esplanacao do Gabriel Mutisse e logo a partir do ultimo ponto concorda com oque tanto tem se dito que "Existe muita estoria de Mocambique e mocambicanos que está muito oculta". Mas ja era tempo de popularizar incluindo ate alguns defeitos que dada circunstancia, tenhamos cometido erros grosseiros. A exemplo do que falo é a propria fundacao do meu glorioso partidao, o desaparecimento de figuras que tanto trabalharam para a fundacao como é da figura que escreve as cartas etnicas, o ataque ao chai, etc. Ou seja, pôr a publico em funcao da relevancia do conteudo.


Ngonhamo Ngonhamo Assim sendo , isto indica que a minha geracao aprendeu uma historia incompleta ou fraudulenta !A patria amada tem mais herois anonimos ,que tanto fizeram pra a libertacao do homem .A pergunta da inquietacao ainda continua a mesma : Porque ocultaram esses e tantos acontecimentos ?Porque negam a nacao de saber a verdadeira historia da Libertacao nacional?Porque apagaram os nomes desses revulucionario pensadores ?
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Benjamim Rosa A verdade era de medo de dar a conhecer a verdade
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Inusso Jamal Porque nem todos gostamos das mesmas cores, felizmente.
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Eusébio A. P. Gwembe Ngonhamo Ngonhamo, em cıencıa exıste aquılo que se chama o estagıo actual da ınvestıgacao e na hıstorıa e a mesma coısa. Ha um ponto de partıdo e pouco a pouco os cıentıstas vao acrescentando o que aında nao foı apresentado ou dıscutındo o que ja foı apresentado. Muıta coısa foı escrıta sobre a hıstorıa de Mocambıque e facto de eu nao saber nao sıgnıfıca necessarıamente que nao tenha sıdo apresentado.
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Armando Cuna Apenas para os guebuzas ca do burgo nos pudessem dizer: "eu libertei este Pais".
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Metical Birira Jovo A historia é arma q pode ser usada para dominar ou libertar. E eles usaram-na para dominar.
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Ngonhamo Ngonhamo Eles os tais libertadores que saibam ,que o Mocambique de hoje eh bem diferente do mocambique de ontem ,hoje o mocambicano eh atento e contem um vernaculo apurado ;
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Gabriel Muthisse Se vocês não sabiam que Mahluza fosse um dos fundadores, isso não se deve a nenhum libertador. Se deve ao gosto de leitura. Essa informação esteve sempre aí.
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Gabriel Muthisse Mahluza foi, sempre, um protagonista importante na Udenamo, nos primórdios da FRELIMO e no COREMO. Qualquer pessoa que lê livros sabe disso. Nenhum libertador escondeu isso.
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Gabriel Muthisse Se vocês não sabiam que Mahluza fosse um dos fundadores, isso não se deve a nenhum libertador. Se deve ao gosto de leitura. Essa informação esteve sempre aí.
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Gabriel Muthisse Se vocês não sabiam que Mahluza fosse um dos fundadores, isso não se deve a nenhum libertador. Se deve ao gosto de leitura. Essa informação esteve sempre aí.
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Manuel Chipeja Convenhamos Dr. Muthisse isso nunca se ensinou na escola na História de Mocambique como está a ser apresentado agora.
Todos nós tivemos história de Moçambique
E desafio lhe a mostrar um livro de História de Moçambique com estes factos apresentados.
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Gabriel Muthisse Isso nunca vai acontecer. Nem todos os factos vão para manuais de história.
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Benjamim Rosa A minha questao Dr Gabriel Muthisse é porque não podemos conhecer estes factos enquanto somos todos desta patria, para quem se guardam esta parte historia na qual nos fazemos parte?
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Gabriel Muthisse Respondi-te noutro lado, Benjamim Rosa. Mas posso trazer a resposta para esta janela, também
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Gabriel Muthisse Benjamim Rosa, não são todas as coisas que aparecem nos manuais de história. Vou citar três motivos porque nao aparecem todos os factos: (i) primeiro, porque os factos históricos de um país são inesgotáveis. Não podem, todos, caber nos livros ou manuais de história que nós conhecemos; (ii) em segundo lugar, porque nem todos os factos do passado estão, todos, sistematizados. Por exemplo, alguns podem estar ainda em arquivos classificados; e (iii) a disciplina de história, sobretudo no ensino primário e secundário, é uma das principais fontes de educação patriótica. Por isto mesmo, vários países costumam seleccionar para esses manuais as partes da história nacional mais nobres (ou mais enobrecidas pelos vencedores). As partes menos heróicas ou menos nobres costumam ser deixadas para especialistas.
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Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Embora seja necessario, nao vai acontecer nunca. Quer dizer, alguem vir a publico que eu para ser o que sou é na batalha matei o meu chefe e corri para fazer intriga aos superiores. De certeza, o sr Mutisse está ser muito coerente, principalmente no terceiro ponto das razoes da nao publicacao da parte ocultada.
Não gosto · Responder · 2 · 17 h


Germano Milagre O problema e exactamente esse... quem decide o que é mais patriótico e o que é menos patriótico ? Por via deste inconveniente a minha humilde opinião é que deveria haver um grupo de historiadores/cientistas que em total abertura há sociedade e exigência cientifica que actualizassem a historia com rigor. De facto é possível ( embora difícil ) tratar a historia com o banho necessário de ciência e isenção politico-partidária como o Eusébio A. P. Gwembe o faz bastante bem na minha opinião. Também discordo que a história deva ser um instrumento de exaltação a heróis ... ela ao transcrever a verdade dos factos exaltará sempre os verdadeiros heróis e evitará falsos heróis ou cultos de personalidade já exercidos por essa via.


Gabriel Muthisse Qual história fraudulenta que aprendeu, Ngonhamo Ngonhamo? Eusébio Eusébio A. P. Gwembe não está a escrever um manual de história da quinta classe ou da sétima. Está escrever uma tese de doutoramento. A tese de Eusébio e centenas de outros trabalhos científicos já escritos, a escrever ou ainda a serem escritos vão trazer casa vez mais luz à nossa história. E podem levar à melhoria dos dados dos manuais de história. É assim em todo o mundo.

Ninguém escreve um livro de história definitivo, sem lacunas. Cada trabalho investigativo que se faz, melhora as obras anteriores. Melhora o conhecimento anterior
Gosto · Responder · 4 · Ontem às 13:40


Gabriel Muthisse Qual história fraudulenta que aprendeu, Ngonhamo Ngonhamo? Eusébio Eusébio A. P. Gwembe não está a escrever um manual de história da quinta classe ou da sétima. Está escrever uma tese de doutoramento. A tese de Eusébio e centenas de outros trabalhos científicos já escritos, a escrever ou ainda a serem escritos vão trazer cada vez mais luz à nossa história. E podem levar à melhoria dos dados dos manuais de história. É assim em todo o mundo.

Ninguém escreve um livro de história definitivo, sem lacunas. Cada trabalho investigativo que se faz, melhora as obras anteriores. Melhora o conhecimento anterior
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Benjamim Rosa Concordo plenamente. Mas atraves destas imangens ilustrativas podemos acreditar que algum conteudo inserido na historia de Moçambique foi precipitado, pois omite uma certa realidade que quando um Moçambicano nao a conhece cria uma tristeza.
Gosto · Responder · 2 · Ontem às 13:49


Ngonhamo Ngonhamo Tristeza mesmo ca entre nos quem sabia que o FANUEL GUIDIONE MALHUZA foi um dos fundadores da frelimo.Eh mui triste mesmo.
Gosto · Responder · Ontem às 14:47


Gabriel Muthisse Os que lêem sabiam. Eu sabia. Nhecuta Phambany Khossa sabia. Eusebio Eusébio A. P. Gwembe sabia. Os que só conhecem aquela história que consta dos manuais do ensino primário e secundário não sabiam
Gosto · Responder · Ontem às 14:49


Gabriel Muthisse A FRELIMO foi fundada por dezenas de pessoas. Se não centenas mesmo. Alguns são mais conhecidos que outros.
Gosto · Responder · Ontem às 14:50


Ngonhamo Ngonhamo Esclarecendo ,queres dizer que so voces os tres sabiam .Doutor seja razuavel, somos quaze vinte tres milhoes de de mocambicanos e os unicos que leram e sabem do Fanuel Malhuza so sao voces os tres doutores ?Aposto que cavaram muito pra descobrirem este assunto , mas como nao ha verdade que se esconda pra sempre ai esta ja sabemos .
Gosto · Responder · 1 · 23 h · Editado


Gabriel Muthisse Não te exponhas, Ngonhamo Ngonhamo!!!! As coisas que tu não sabes não quer dizer que alguém as tenha ocultado. Quer simplesmente dizer que os teus hábitos de leitura são duvidosos. Nem todas as coisas, de história, se ensinam no manualzinho que tu leste na quinta ou na sétima. Há muitos trabalhos de pesquisa sobre a história de Moçambique que os preguiçosos não lêem. Mesmo a tese do amigo Eusébio A. P. Gwembe, muitos não hao-de ler. Vão ficar-se por esta partilha que ele faz aqui no facebook
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Ngonhamo Ngonhamo SR Gabriel Muthisse,estas a deixar de ser coerrente ,me exponho em o que?, por acaso conheces o neu nivel academico?Acho que uma coisa nao tem nada haver com outra, um intelecto como o senhor se acha devia no minimo ser cautelozo primeiro por ser uma figura publica e segundo por responder pelo nome Doutor,o facto de eu nao pussuir o seu nivel de PHD nao quer dizer que sou individio incapaz de racionalizar ,julgar e conpreinder.Isto nao eh nada pessoal Sr Doutor.



Gabriel Muthisse Qual história fraudulenta que aprendeu, Ngonhamo Ngonhamo? Eusébio Eusébio A. P. Gwembe não está a escrever um manual de história da quinta classe ou da sétima. Está escrever uma tese de doutoramento. A tese de Eusébio e centenas de outros trabalhos científicos já escritos, a escrever ou ainda a serem escritos vão trazer cada vez mais luz à nossa história. E podem levar à melhoria dos dados dos manuais de história. É assim em todo o mundo.

Ninguém escreve um livro de história definitivo, sem lacunas. Cada trabalho investigativo que se faz, melhora as obras anteriores. Melhora o conhecimento anterior
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Muhamad Yassine Então o Mahluza nunca mentiu...somente foi desmentido
Gosto · Responder · 4 · Ontem às 14:00


Gabriel Muthisse Há coisas que ele diz, na tal entrevista, que não fazem sentido histórico. Refiro-me, Muhamad Yassine, à fábula que ele conta sobre a origem dos Ndaus e dos Xanganas.


Ngonhamo Ngonhamo Apesar de todo esforco e cuidado que o Sr Gabriel Muthisse postou na elaboracao da sua resposta ,mas nao considerou a frase incopleta e so analizazou a fraude.Dizia :TUDO INDICA QUE A MINHA GERACAO APRENDEU UMA HISTORIA INCOMPLETA OU FRAUDULENTA!Assim sendo nao esta nada afirmado segundo reza as regras da pontuacao. Agradeco a sua explicacao embora que ja sabia que as obras de literatura ou historia sao susceptivel de conter possives falhas e as informacoes novas sao adquiridos nas novas envestigacoes.OBRIGADO
Gosto · Responder · 1 · Ontem às 14:29 · Editado


Heleno Bombe Grande abordagem sobre a nossa história
Gosto · Responder · 1 · Ontem às 14:48


Alberto Kavandame Fanuel eh a pessoa que sugeriu o acronomo de Frente de Libertacao de Mocambique (FRELIMO)para mais tarde ele juntamente com os outros fundadores serem escorrecados do movimento.
Gosto · Responder · 5 · 23 h · Editado


Ngonhamo Ngonhamo Certissimo



Alberto Kavandame Estamos num Pais em que as pessoas se chateam de alguem que fala a verdade, mas a verdade deve ser dita. Sinto vergonha em ver pessoa mais velha que eu, e que participou na Luta de Libertacao Nacional e nao sabe contar a sua propria historia, apenas grava na sua cabeca historia contada por Chipande e Pachinuapa.
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Albazino Ricardo Cumbane Senhores posso meter o meu dedo em alucoçõe de entendidos? Só para arriscar a dizer que a tese de que a história é contada pelos vencedores foi exagerada ao decidir dizer-nos alguma verdade sobre a formação, luta armada, etc. Já agora num jeito mais bem disposto só para terminar "está explicada de onde vem a veia mentirosa ou de sonegar informações!..."
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Manuel Nelinho Cossa "...Nós não fundamos a UDENAMO com intuito de um dia sermos “grandes”, ela é apenas um caminho aberto para todos o moçambicano. Por consequência, convidamo-lo a inscrever-se no nosso exército e muito principalmente para nos elucidar em problemas deste género, dada a sua alta perícia nos assuntos políticos de hoje..." Não há dúvidas, que os VERDADEIROS FUNDADORES, tinham esse carisma!
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Olympius J. Mondlane Acredito que aquela história que estudei sobre a libertação de moçambique não passou de uma mera invenção, e isso é crime acho eu, digo isso porque há uma falsidade em dados. Agora precisamos conhecer quem foi o autor da tanta desinformação e o levar à justiça ainda enquanto vivo.
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Comentários


Amilcar Antonio Esdor Sinceramente
Gosto · 2 · 6 h


Afonso Chicuare Chicuare Triste
Gosto · 3 · 6 h


NicriSs Manejo Jr. Historia forjada
Gosto · 1 · 5 h


Amilcar Antonio Esdor Exactamente
Gosto · 1 · 5 h


Muchuquetane Guenjere Precisamos reescrever a nossa Historia.
Gosto · 2 · 5 h


Grin Messenda Qualquer dia a verdade sera dita a esperanca e ultama coisa amorrer.
Exemplo disso. Ninguem contava a oposicao da 3a pasicao em mocambique ate ganhar alguns municipios em governacao, actualmente. Povo amanha nao se sabe se na verdade o povo vive e viveu num momento critico nao vai esquecer.
Um proverbio yao .... O que viu olho coracao nao esquece.
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Sergio Maguidja Muhlanga Quem vive tem a esperança.
Gosto · 1 · 5 h


Jose De Castro Escova Exes gajos nunca vao ns dizer nada se nao nos mesm mudar isto com os nossos dedos, dai k moz vai ser pais verdadeirament democratico e ai a historia verdadeira vira
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Marcelo Lopes Jaime
Gosto · 1 · 5 h


Pedro Laice

Gosto · 1 · 5 h


Simao Francisco Matavele Meu Deus! O meu agradecimento vai aos jornalistas U. Cambuma, Afonso e outros q incansavelmente nos trazem este tipo de notícias ñ só e nossa história também. Ñ esqueço também os descobridores do Fbook. Se esperassemos das televisões e rádios em q ano teríamos essas histórias....
Gosto · 1 · 4 h


Dionantonio Sambo Povo mocambicano eu tambem nao apoio segredos desses governantes mas frelimo e apenas um partido.nos mocambicanos morremos pelos partidos nao pela propria patria.nos ja nao queremos saber de mais herois k ainda a familia vai deixar de trabalhar passar a se oportunar da historia do bisavo k morreu a sec basta esses ladroes k tao nos roubando.oqui eu saiba nem k dlhakama entrasse governar mocambique vao nos roubar.nos paises da p.d escolhem um rico pra governar vces ainda precisa de um pobre k ainda vai querer roubar meter seus familiares k nem tem classe pra serem mistros
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Castigo Jose Ngomacha Ta's muito errado,pork na sua Terra mocmbique nao tem me nenhum Rico d sacrificio...
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Sidonio Bras Repôr a História poderá implicar repôr a Frelimo. Todos ou muitos dos moçambicanos temos os direito violados
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Nelson Arnaldo Arnaldo Arnaldo Yowe yneeeee ....
Gosto · 3 · 4 h


Rodrigues Jacinto Bras Tenho uma sugestao:-Na minha modesta opiniao, seria bom reescrever-se a Historia da Luta de Libertacao Nacional, ou abolir-se a Disciplina de Historia nas Universidades Mocambicanas, senao vao continuar a mentir-nos.Mais nao disse.
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Muhove Tata A frelimo escondeu muita coisa
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Gildo Marrumete Hummmmm? Ya: Fiz 41 anos a ser engado?
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Joaquim Mavone poooxas
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Simo Cassimo Nddemula Tenho pena dos que nasceram em 1976 que viveram no mundo de mentira. Nós de agora estamos abrir olhos e podemos acreditar mas quem é de 1976 não vai acreditar dapos de 41anos a ser formatado mentalmente não vai lhe dizer que a história de Moçambique esta mal contada ele vai dizer é política mas de verdade há muita mentira na história do nosso país. Kkkkkkkkkkkkkk oque mi precupa é quando ganhar outro partido vai trazer a sua versão. Kkkkkkkkkkkkkk. Vamos parar de estudar o nosso país até nos trazerem a história verdadeira. Chega meus senhores não digam que não avizei. Cuidado.
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Tiago Tonico Valva estragado fre
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Francisco Joao Moiana A frelixo sempre ensinou a história falsa ao povo moçambicano,como saiba que coisa que tem chifre não se esconde no saco,todo o povo saberá a verdade tarde ou cedo.
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Cimindila Luabo Muita coisa da nossa historia foi ofuscada
Não gosto · 3 · 2 h


Romeu J Maluleque Maluleque Ninguem para o vento com as maos.
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Gildo Marrumete Simo Cassimo Nddemula. Primeiro, quem tem 41 anos nasceu em 1975 e nao 1976. A indepêndencia foi em 1975. Comecei a estudar 1981.
As mentiras nao vieram so em 1975. Ate hoje as mentiras prevalence e todos fomos formatados.
Nao ha os da muito tempo e os de agora.
Não gosto · 2 · 1 h


Gildo Marrumete Pur me nem devia ter penas. Todos nos tiramos boas notas pur esta mentiras.
Tormas bons alunos com esta mentira.
Muitos tiverao bolsa de estudo pur esta mentiras.
Estamos todos no mesmo barco. 

Comments

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Eusébio said in reply to Francisco Moises...
Caro Moıses
De facto "Adelino Gwambe nunca gostou da interferência do Nyerere em ditar que Mondlane fosse o líder da Frelimo". Numa conversa com um dos mınıstros de Nyrerere, sua libertação em Julho de 1962, ele manifestava-se admirado e nao compreendia como alguém que "no ano passado foi bem recebido pelas altas individualidades do governo de Portugal e declarou que queria ver Moçambique estar sob administração portuguesa para ser desenvolvido como Brasil" pode de facto liderar uma luta contra o regime que admira. O ministro em causa disse-lhe que também se encontrava admirado pelo facto de que ja tinha informações que davam conta que "o Dr. Franco Garin (embaixador de Portugal na ONU) era o seu melhor amigo nas Naçoes Unidas e foi visto muitas vezes nas instalações da Embaixada portuguesa e e considerado como sendo o futuro primeiro embaixador africano do governo Português".
Sobre as eleições, FM pensa "que houve aldrabice para conceder a vitoria a Mondlane para ele ser o líder". Os documentos e relatórios do andar da campanha eleitoral nas duas semanas que antecederam a eleição mostram que "com a vinda de Mondlane pudemos ver a cor do dinheiro e como agradecimento nele depositamos o nosso voto em desfavor do Gwambe" para citar as palavras de Juliao de Arriaga, (Boletim de difusão de Informação 110/62 de 10 de Novembro). Os documentos da CIA também revelam que Gwambe foi prejudicado pelos seus próprios membros não por questões de imaturidade politica mas pelo dinheiro.
Por ultımo, quem le Sergıo Vıeıra nota que possuı muıtas versoes sobre o mesmo facto. Talvez seja pela ıdade , talvez seja por reconhecer que ha coısas que ja nao podem ser encobertas.
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Francisco Moises said in reply to Eusébio...
Caro senhor Eusébio,
É muito possivel que o encontro entre Mondlane, que trabalhava nas Naçoes Unidas, e Nyerere, que la foi apresentar o caso do seu pais antes da independênca do Tanganyika no dia 9 de Dezembro de 1961, foi devido a Mahluza que tivesse dito aos tanzanianos que havia Eduado Mondlane que podia dirigir a Frelimo. Adelino Gwambe nunca gostou da interferência do Nyerere em ditar que Mondlane fosse o lider da Frelimo que ele nao fundou. Nyerere disse claramente aos fundadores que ele conhecia um moçambicano educado na América que podia liderar a Frelimo.
E Mondlane deixou bem claro que entraria na Frelimo somente como o lider maximo, sem mais nem menos; ou prefereria continuar a ensinar a Sociologia na Universidade de Syracuse na regiao de Nova Iorque. E sua tao propalada eleiçao e vitoria na Frelimo nao acredito ter sido genuina. Penso que houve aldrabice para conceder a vitoria a Mondlane para ele ser o lider.
Mondlane queria trabalhar para a sua pensao, mas quando a CIA, a qual foi apresentado por Edward Kennedy, lhe assegurou que havia de o ajudar (Professor Ungar, "Africa" Stanford University, 1982, entao Mondlane ja nao tinha receio de que se nao trabalhasse e nao contribuisse para a sua pensao, podia tornar-se velho sem pensao na América, o que podia ser muito duro para ele no futuro na América.
Que Mondlane fundou a Frelimo, esta é a historia propalada for Sérgio Vieira que deturpa tudo. Foi ele e os seus comparsas que vieram depois a dizer Mondlane morreu no escritorio da Frelimo, enquanto o homem moreu na residencia da Betty King, a sua amiga americana em Oyster Bay, Dar Es Salaam. Sérgio Vieira e o seu amigo Joaquim Chissano depois inventaram a historia de que foi o padre Belga Pollet que, vindo de Moçambique, levou o engenho explosivo de Blantyre, no Malawi, que matou Mondlane. Pollet tinha sido escoraçado de Moçambique pelos portugueses em 1967, logo depois da morte do bispo Sebastiao de Rezende da Beira e nao estava em Moçambique, nem nunca pisou o Malawi depois da sua expulsa de Moçambique.
Confrontado com os factos que apresentei neste blog, Sérgio Vieira mudou a cantiga e por duas vezes na STV mui recentement afirmou com rigor, vigor e clareza, depois de cossar a sua barba desordenada e tossir com um tuberculoso, que foi Orlando Cristina, antigo secretario-geral da Renamo quefoi assassinado numa quinta 70 kms a nordeste de Pretoria, na Africa d Sul, que levou a encomenda do Malawi para a Tanzania. Tal é Sérgio Vieira, historiador-mor da Frelimo.
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Eusébio said in reply to Eusébio...
Daquılo que lı das respostas de Mondlane, fıqueı com a ımpressao de que o encontro deste com Nyerere foı motivado pelas cartas de Mahluza. Numa delas ele confessa que "demorei responder porque tınha que saber das autoridades tanzanianas acerca da vossa organização"; para noutra carta prometer que ırıa passar por Tanzanıa. Seja como for, acho que a fundaçao da frelımo contou com muıtas mentes. O mesmo se dıga sobre a vında de Mondlane, sobretudo se analısarmos o dıscurso que proferıu aquando da vısıta a entao provıncıa de Moçambıque
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Francisco Moises said in reply to Eusébio...
Caro Eusébio,
Grato por ter trazido a luz para os historiadores se aperceberem da verdade historica. Houve um lapso na carta do Malhuza, este sendo que Udenamo nao foi fundada em Dar Es Salaam, mas sim na clandestinidade na Rodésia do Sul, entao colonia da Coroa britanica que era, e ainda é, aliada de Portugal desde a idade média, desde o ano de 1373 (Francisco Moises no "Daring to Survive", 2016 e "The Struggle to be Free" [obra de ficçao] a ser publicado brevemente.)
Simango, Mabunda, Khamba, Mahluza e outros tiveram que debandar para o Tanganyika que acabava de conseguir a sua independencia no 9 de Dezembro de 1961 visto que a PIDE estava ao seu encalce na Rodesia e os colonialistas britanicos podiam os prender e entregar aos portugueses.
Vi a conhecer o velho Fanuel Gideon Mahluza em Nairobi onde ele chegou depois duma fuga épica do campo de concentraçao de Ruarua em Cabo Delgado. Mahluza foi um dos fundadores da Udenamo, da Frelimo em Fevereiro de 1962 em Accra no Ghana onde a Udenamo e a Manu decidiram se unir para formar a Frelimo e depois do Coremo (Comite revolucionario de Mocambique) fundado em Lusaka, Zambia, por ex-fundadores da Frelimo que vieram a estar desagradados com a lideranca do tal Mondlane. No Coremo, Mahluza desempenhou a funcao do chefe do departamento da Defesa. A Unami do tal Baltasar Chagonga de Tete veio a unir-se na Frelimo mais tarde.
Mahluza dizia que ele escreveu uma a Mondlane em changane para ir se ajuntar e dirigir a Frelimo. Escreveu em changane que era para os outros membros da Frelimo nao saberem disto e o acusar de promover o tribalismo. Ele disse que pressionou a Mondlane que era para evitar que alguem nao do sul, de Gaza, viesse a ser liderar a Frelimo. Esta é a carta duma conspiracao de alguns sulistas que nao temos. Se alguem jamais a conseguir, tera que ser traduzida e a traduçao verificada por outros para nao haver deturpaçoes.
Mas Mondlane chegou de ir se ajuntar a Frelimo por pedido do Julius Kambarage Nyerere e pressao da CIA que lhe prometeu fundos e lhe fornecia fundos quando ele era chefe-mor da organisacao terrorista baseada em Dar es Salaam (Professor Ungar, "Africa", Stanford University, 1982). A CIA preocupada com avanco do comunismo em Africa queria que ele estivesse na Frelimo para ele ser "os nossos olhos e os nossos ouvidos").
Mondlane nao fundou a organisacao terrorista.
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Eusébio said...
Carta 1
Dr. Eduardo Mondlane
Trusteeship Division
United Nations
Gostaria imenso de que esta carta o encontrasse de boa saúde na companhia dos seus. Não lhe falto ao respeito por lhe escrever nesta língua, mas estou a dar valor e importância ao idioma que Deus indicou para falar, ele é sempre o nosso insubstituível instrumento oral e, a propósito lhe faço lembrar esta língua, faço-lhe simultaneamente lembrar da miséria que deixou em Moçambique.
Aqui em Dar es Salaam já criamos uma organização sob denominação União Democrática Nacional. Esperamos de vos que saístes há já anos para o Estrangeiro a procura da Educação e instrução e até meios de libertar a infeliz população de Moçambique e qual encarra barreiras ao acesso aquelas fontes de progresso.
Nós não fundamos a UDENAMO com intuito de um dia sermos “grandes”, ela é apenas um caminho aberto para todos o moçambicano. Por consequência, convidamo-lo a inscrever-se no nosso exército e muito principalmente para nos elucidar em problemas deste género, dada a sua alta perícia nos assuntos políticos de hoje.
Fiquei muito contente ao ver ou ler a sua exposição, descrevendo com minucia a viagem em Moçambique. Serviu-nos como um “avante” e contamos desde ai com a sua presença em luta. Como ficarei muito mais contente ainda quando receber e responder a esta carta.
Todo seu lugar-tenente na luta pela liberdade.
Carta 2
Dr. E. Mondlane
C/ Trusteeship Division
United Nations
New York
Dear Dr. Mondlane
Estou concretizado que depois de muitos anos de nossa separação, devera V. Senhoria não recordar-se de mim. Pertenço a família Manyike ou Mahluza, que tem a sua origem na tribo Makhabane aqui V. Senhoria também é pertencente natural de Chai – Chai.
Reconheço por muito as suas qualidades, como homem que, mui deseja a libertação do povo Moçambicano.
Recordo-me, quando em 1949 fundou o Núcleo dos Estudantes Secundários em L. marques, que foi a primeira elucidação e, inicio do seu amor a pátria moçambicana.
Sou conhecedor de quão sua Senhoria é importante aa vida social e politica pelo que apoio-me em convidar-lhe como Moçambicano, a aderir aa União Democrática nacional de Moçambique, que esta lutando para a libertação e liquidação imediata do imperialismo, colonialismo e simultaneamente prevenir-se ao neo-colonialismo para a manutenção do bem-estar das massas populares que estão sendo oprimidas durante seculos.
Escrevi-lhe duas cartas que, até aqui não tive resposta sua e mais uma ao senhor Guilherme A. Mabunda, e é o meu belíssimo amigo, a quem V. Senhoria devera ter mais explicações acerca de mim.
A UDENAMO espera e, bem aceita o seu aderimento.
O seu pela libertação de Moçambique
Fanuel G. Mahluza
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Eusébio said in reply to Francisco Moises...
De facto, Mahluza escreveu a Mondlane. Antes da Formação da Frelımo, em 1961. Tenho 3 cartas e vou transcrever uma que julgo corresponder ao que se fala aquı.
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Francisco Moises said...
Penso que o Dr. Khamba tem razao num aspecto. Algumas pessoas falaram da carta de Mahluza a Mondlane escrita em 1961 sem mencionar o conteudo. Apareceu isto no Internet -- um titulo que nao continha o conteudo da carta, quando tentei abri-lo. 
Embora lembro-me do conteudo do artigo em que Mahluza falava da carta que ele escrevera com alguns gazenses para apelar que Mondlane aceitasse ir a Tanzania para se tornar dirigente da Frelimo, a data nao podia ter sido 1961 visto que os tres partidos que formaram a Frelimo nao o tinha feito ainda.
Nao penso que Khamba estaria ao par disto visto que o conteudo era altamente tribalista e anti-nacional. Pode-se dizer que foi um complote contra Uria Simango. No artigo, Mahluza falou muito do desprezo que os do sul tinham para com os ndaus e como os proprios ndaus sentiam um complexo de inferioridade perante as pessoas do sul. Escreveu este artigo depois de regressar do Quénia para viver em Maputo onde viria a morrer alguns anos mais tarde.
O artigo de Mahluza apereceu no sitio Africamente que tinha duas facetas, uma para artigos historicos e a outra para discussoes em Português. Este sitio cessou as suas actividades. O endereço que tenho ainda para a pagina de discussoes ja nao mostra nada (www.africamente.com/africamente/art_forun.asp?cod_artigo=116057).
No artigo que li tantas vezes, mas nao copiei, Mahluza dizia claramente que ele e outros gazenses tinham escrito uma carta em ronga (nao changaane) como tinha dito doutra vez para pressionar a Mondlane que fosse tomar a cadeira da Frelimo. Isto era para impedir que o poder fosse a Uria Simango. Esta conspiraçao podia so ter acontecido no tempo em que a Frelimo se formava ou depois da sua formaçao em 1962.
Como ja disse aqui muitas vezes, os exilados moçambicanos nao conheciam e muitos nao tinham ouvido falar de Mondlane. Foi na verdade, o presidente Nyerere que trouxe esta iddea de fazer do Mondlane o chefe da Frelimo. Nyerere tinha o visto na America quando o Nyerere proprio fazia esforço para conseguir a independencia para o seu pais, Tanganyika, que se tornou independente em 9 de Dezembro de 1961.
Entre os moçambicanos que conhecessem Mondlane, havia Uria Simango que tinha sido educado por missionarios na America. É possivel que durante os seus estudos tivesse ouvido falar de Mondlane ou mesmo se tivesse encontrado com ele la. Devo salientar aqui que muitos daqueles que formaram a Frelimo nao estavam muito entusiasmado em ter alguem que nao estava presente na formaçao da Frelimo como o lider da Frelimo. Na data da formaçao da Frelimo, a noticia da viagem de Mondlane par Lourenço Marques em 1961 ja se tinha tornado uma informaçao publica. Isto quer dizer que quando os outros faziam esforços nacionalistas, Mondlane ia a Lourenço Marques com a sua esposa Janet Rae Mondlane. E durante a sua visita la falou de "o meu orgulho em ser português."
Quanto a questao dos Padres Brancos, que agora mudaram o seu nome para Missionarios da Africa, que isto esteja claro. Ja falei aqui de dois acontecimentos relacionados com os padres brancos. Falei da expulsao dos padres brancos do seminario do Zobue em 1967,o ano quando deixei o seminario e Moçambique depois de ter estado em Zobue desde 1963.
Os padres brancos fundaram o seminario de Zobue e os professores la eram padres brancos que foram substituidos por padres jesuitas portugueses vindo da Missao de Boroma. Tentei ver se podia aturar os jesuitas, mas tive que abandonar o seminario em Outubro e Moçambique no dia 17 de Novembro de 1967 na fronteria de Zobue. A expulsao dos professores padres brancos do seminario de Zobue nao anunciada oficialmente. Foi mantida como segredo do alto clero portugues, que creio tomou a decisao, que agradou o governo de Salazar.
A mudança so afectou o seminario de Zobue. A missao de Zobue na Vila de Zobue, que nao estava ligada ao seminario, continuou nas maos dos padres brancos e os padres brancos continuaram em controlo de muitas missoes em Tete, Manica e Sofala. Em Tete, as missoes de Charre e Traquino continuaram nas maos dos padres brancos.
O padre Pollet ja tinha sido expulso pelos portugueses immediatamente depois da morte do bispo da Beira no dia 25 de Janeiro de 1967. Pollet foi expulso da sua missao de Gorongosa para onde tinha sido transferido como superior depois de muitos anos na Missao de Murraça que fundou. Os padres brancos, que foram expulsos de Zobue, foram integrados nas missoes dos padres brancos em Tete, Manica e Sofala.
As relacoes entre o governo colonial e os padres brancos europeus e os padres de Burgos espanhois, que tinham algumas missoes em Tete inclusive a Missao de Moatize, eram muito mas. Estes missionarios condenavam os massacres que as tropas portuguesas cometiam em Tete. Lembremo-nos aqui que foram os padres de Burgos espanhois que deram informaçoes sobre o massacre de Wiryamu ao padre branco ingles Hastings que depois veio a fazer muito barulho na Inglaterra, principalmente no Jornal "The Times."
Em 1971, o superior dos padres brancos em Roma disse que os seus missionarios nao podiam mais aturar a situaçao em Moçambique e que ia retira-los de Moçambique. Depois deste anuncio, o governo português declarou que expusava os padres padres (www.Google.com).
Quando os padres brancos e (de Burgos)foram expulsos em bloco de Moçambique, eu ja estive em Nairobi a estudar no Eastleigh Secondary School depois de ter abandonado a Frelimo em 1968 e a Tanzania em 1969. Estive na classe de Form 2 (equivalente da 10a classe). Segui toda a noticia da expulsao dos padres brancos pela média. Um dos padres professores do Zobue, o belga Robert Roesems, veio depois nos visitar em Nairobi. Foi o meu hospede na minha casa em Nairobi. Esta é a historia da expulsao dos padres brancos de Moçambique.

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