terça-feira, 2 de agosto de 2016

Polícia moçambicana atribui à Renamo sete ataques nos últimos dias

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) atribuiu hoje a homens armados da Renamo a autoria de sete ataques nos últimos dias, que resultaram em dois mortos e três feridos, um dos quais em estado grave.
Em conferência de imprensa sobre a atividade policial e a crise político-militar no país, o porta-voz do comando-geral da PRM, Inácio Dina, afirmou que os óbitos, incluindo um recluso, deram-se quando alegados homens armados da Renamo atacaram, no sábado, a vila sede do distrito de Mopeia, província da Zambézia, norte do país.
"Infelizmente, os últimos dias voltaram a ser caracterizados por ações de bandidos armados da Renamo", afirmou Dina, usando o nome com o qual o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) se referia ao braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) durante os 16 anos de guerra civil que terminou em 1992.
Numa outra ação, o porta-voz do comando-geral da PRM afirmou que homens armados do principal partido de oposição atacaram na segunda-feira um posto de controlo da polícia no distrito de Moatize, província de Tete, centro de Moçambique, mas sem provocar vítimas.

Ainda no domingo, o braço armado da Renamo atacou um posto de saúde, no distrito de Maúa, na província de Niassa, norte-de Moçambique, roubando medicamentos, acusou Inácio Dina.
"As Forças de Defesa e Segurança têm repelido prontamente os ataques dos bandidos da Renamo, para que não aconteça o pior, reforçando a presença nos locais que estão sob ameaça", declarou Dina, quando questionado se o conflito militar estaria a alastrar-se no país.
Ainda na semana passada, a polícia moçambicana registou ataques nas províncias de Manica e de Sofala, centro do país, que, a par da Zambézia, têm sido as mais assoladas pelo conflito.
Segundo Inácio Dina, além dos dois óbitos e três feridos, os ataques pelos alegados homens da Renamo resultaram ainda na destruição de quatro viaturas.
Apesar da frequência de casos de violência política, Governo e Renamo voltaram ao diálogo em Maputo, mas o processo negocial foi suspenso até ao regresso dos mediadores internacionais, previsto para 08 de agosto.
PMA // EL
Lusa – 02.08.2016

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