A consultora britânica PGI Intelligence considerou hoje que os confrontos entre as forças governamentais e homens armados da Renamo podem perturbar a actividade mineira na província de Tete, no centro de Moçambique, e existir ataques a projectos de infraestruturas.
Uma escalada no conflito entre os dois lados coloca um risco ao movimento de bens no corredor logístico de Nacala, uma vez que as infraestruturas podem ser sabotadas, disse à agência financeira Bloomberg a consultora de risco com sede em Londres.
“À medida que a violência aumenta, os ataques aos transportes e as perturbações às viagens rodoviárias vão continuar a ser as principais preocupações de segurança em algumas zonas do norte e centro de Moçambique”, salientou a PGI.
Uma ofensiva governamental contra o partido da oposição pode levar a uma “escalada da violência”, e não vai desalojar as forças da Renamo, acrescenta a consultora.
O Zimbabwe e o Malawi, vizinhos de Moçambique, estão “em risco de disrupção” por causa do fluxo de refugiados devido à intensificação dos confrontos e “qualquer ofensiva lançada pelo governo vai aumentar a probabilidade de mais disrupção, particularmente em Manica e Sofala”, segundo a consultora.
Pelo menos 11.500 civis terão já fugido do conflito para o Malawi desde dezembro, de acordo com os números da Agência da Nações Unidas para os Refugiados.
O Governo de Moçambique está a tentar atrair investimentos para explorar as reservas de gás, principalmente no norte do país, na esperança de que a exploração destes recursos naturais, nomeadamente no gás, em que pode ser o terceiro maior exportador mundial, possam aumentar as receitas e melhorar a economia.
Fonte: Lusa
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