Porto de Macuse: Cidadãos exigem informação clara
Cidadãos da cidade de Quelimane exigem informação detalhada à empresa responsável na construção da linha férrea Moatize-Macuse e o respectivo Porto na zona de Supinho em Maquival. A manifestação, foi levantada recentemente aquando da divulgação do primeiro relatório preliminar sobre Avaliação do Impacto Ambiental(AIA), estudo levado a cabo pela IMPACTO.
Vários intervenientes que tomaram a palavra em várias áreas de conhecimento pediram a empresa para que nos próximos tempos disponibilize mais informação sobre este empreendimento visto que a construção da linha férrea Moatize-Macuse e também o respectivo Porto mexe com a vida das pessoas no presente e também no futuro.
Uma das áreas que foi bastante aflorada tem a ver com as questões ambientais, aliás, era esse objectivo da instituição que levou a cabo este estudo. Nas pescas por exemplo, os cidadãos querem saber como é que as populações de Supinho e não só, do traçado onde esta linha poderá passar, vão sobreviver já que a sua actividade era a pesca.E não só, outros participantes falam da componente do ar. Neste aspecto, preocupa lhes a qualidade do próprio ar sabendo-se que Zalala(praia), dista cerca de 12 km de Supinho, ai receia-se que o turismo na praia de Zalala venha a ser esquecido(mas disso falaremos quando estudos forem concluídos com a construção ou funcionamento do próprio Porto.
Os responsáveis encarregues neste estudo preliminar explicaram aos presentes que este não é último estudo a ser feito e muito menos apresentado, por isso, as questões levantadas nesta auscultação pública serão tomados em conta porque por um lado, são de pessoas que conhecem a realidade e por outro, as mesmas enquadram-se no padrão deste tipo de trabalho.
Refira-se que neste mesmo encontro foi apresentado o resumo do projecto sobre o Porto de Macuse pela Thai Moçambique Logística, SA, uma holding onde participam os Caminhos de Ferro de Moçambique e o Corredor de Desenvolvimento Integrado da Zambézia(CODIZA).
01-10-2014
Concessão do corredor de Macuse
Pires da Fonseca lidera megaprojeto em Moçambique
José Pires da Fonseca foi nomeado CEO da Thai Moçambique Logística, o consórcio que ganhou o contrato para a concessão e exploração da linha ferroviária que liga Moatize (Tete) a Macuse (Zambézia), numa extensão de 600 quilómetros, e do terminal portuário de Macuse. Trata-se do maior projeto de infraestruturas em Moçambique que vai representar um investimento de aproximadamente cinco mil milhões de dólares. A concessão tem um prazo de 30 anos e tem como objetivo inicial assegurar o transporte de carvão entre a Zambézia e o novo porto de Macuse, que também vai ser construído de raiz.
O projeto deverá estar concluído dentro de quatro anos, devendo a operação arrancar no quinto ano. Para assegurar o serviço ferroviário serão utilizados comboios com três locomotivas e 204 vagões que transportarão cerca de 25 mil toneladas de carvão. Em termos anuais, este corredor permitirá movimentar cerca de 35 milhões de toneladas de carvão.
A Thai Moçambique Logística é um consórcio constituído pela empresa tailandesa Italthai Industrial Company Limited, com uma participação de 60 por cento, pelos Caminhos-de-Ferro de Moçambique, com 20 por cento, e pela CODISA, um consórcio que reúne várias companhias moçambicanas do Vale do Zambeze, que detém os restantes 20 por cento. A concessão da linha Moatize-Macuse prevê ainda o desenvolvimento de todo um complexo ferroviário multiusos, que poderá incluir o transporte de passageiros ao longo daquele corredor.
O projeto deverá estar concluído dentro de quatro anos, devendo a operação arrancar no quinto ano. Para assegurar o serviço ferroviário serão utilizados comboios com três locomotivas e 204 vagões que transportarão cerca de 25 mil toneladas de carvão. Em termos anuais, este corredor permitirá movimentar cerca de 35 milhões de toneladas de carvão.
A Thai Moçambique Logística é um consórcio constituído pela empresa tailandesa Italthai Industrial Company Limited, com uma participação de 60 por cento, pelos Caminhos-de-Ferro de Moçambique, com 20 por cento, e pela CODISA, um consórcio que reúne várias companhias moçambicanas do Vale do Zambeze, que detém os restantes 20 por cento. A concessão da linha Moatize-Macuse prevê ainda o desenvolvimento de todo um complexo ferroviário multiusos, que poderá incluir o transporte de passageiros ao longo daquele corredor.
por: Carlos Moura
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