quinta-feira, 2 de abril de 2015

Agora o empecilho e’ Edson Macuacua

Autonomias?

Veja-se:
A polémica e controversa lei das autarquias provinciais, submetida à Assembleia da República pela bancada da Renamo, continua a seguir caminhos verdadeiramente sinuosos, o que torna cada vez mais incógnito o resultado final que poderá merecer o projecto que tem estado a marcar os discursos do líder da Renamo, no périplo que continua a fazer pelas províncias onde tem uma grande aceitação popular. Depois de submetido, o projecto foi alinhado no 11º lugar das 25 matérias que devem ser discutidas até ao fim desta, que é a primeira sessão da VIII legislatura.
Entretanto, a Renamo apresentou reclamação e exigiu que o documento fosse colocado no topo no sentido de ser um dos primeiros a merecer debate parlamentar, mas a bancada maioritária da Frelimo mostra uma sensibilidade diferente.
Assim, ainda não se sabe em lugar vai constar a proposta das autarquias provinciais, isto no alinhamento e sequência de discussão das 25 matérias programadas.
Encaminhado para a Comissão especializada para o respectivo parecer, eis que se decide que o documento deve ser encaminhado para o que o Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade chama “auscultação pública”. Ou seja, o projecto das autarquias provinciais vai agora à auscultação pública, o que significa que o documento agora vai dar voltas por aquilo que Edson Macuácuá considera “instituições relevantes” nesta matéria.
“A Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade nunca irá tomar uma decisão sem antes auscultar os destinatários da lei, os operadores jurídicos, as instituições relevantes na área da administração da justiça, de modo que o parecer da Comissão possa reflectir as mais variadas sensibilidades e corresponder com as expectativas dos destinatários da lei”- explicou Edson Macuácuá.
Extracto do MediaFax 02-04-2015
Enquanto isso
Descontentamento no seio da RENAMO em Sofala
Uma ala de membros e simpatizantes da RENAMO na província central de Sofala está de costas voltadas com a liderança do partido. Dizem estar ansiosos por ver progressos na proposta de criação de regiões autónomas.
Alguns simpatizantes e membros influentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), ouvidos pela DW África, confessam estar frustrados com a liderança do maior partido da oposição. Dizem que, desde as eleições de 1994, contestadas pela RENAMO, tem faltado seriedade para com os eleitores que votaram no partido.
Pedem mais firmeza às chefias da "Perdiz" para cumprir o que se prometeu. E fazem também uma ameaça: se não houver progressos na pretensão de autonomizar as regiões centro e norte de Moçambique, vão sair do partido.
Os membros da RENAMO queixam-se que, por ainda estarem na oposição, têm sido alvo de perseguições e ameaças de morte por algumas pessoas, que se supõe serem da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o partido no poder.
"Desde 15 de outubro de 2014 até hoje estamos à espera e nem sabemos em que data haverá resultados. Estamos só em casa, onde nem comida entra", critica um militante do principal partido da oposição moçambicana.
Outro membro da RENAMO, que também preferiu não divulgar o nome, disse estar "muito preocupado" com o partido. "Fomos roubados", sublinhou.
Debate do projecto-lei
Manuel Bissopo, secretário-geral da RENAMO, tenta amainar a situação.
"Disseram que tínhamos de fazer um projeto para apresentar na Assembleia da República. Nós não perdemos nada, só ganhámos e vamos demonstrar ao mundo. É isto que orienta a liderança" do partido, declarou, assegurando que esse dia "vai chegar".
No seio do partido, há quem peça para que se acelere o dia do debate do projecto-lei sobre as províncias autónomas na Assembleia Nacional.
"As pessoas já não acreditam que vai ser implementado naqueles moldes que foram definidos", disse recentemente Manuel Bissopo.
"Se a FRELIMO recusar aprovar essa lei, transformar essa vontade popular da maioria, vamos fazer tudo para que, de facto, essas autonomias sejam uma realidade", prometeu o secretário-geral da RENAMO.
DW – 31.03.2015
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  • Armando Tomas Fernando Fernando Se a renamo nao cocretizar os anseio do povo do centro e norte nunca mais vou votar neste partido, eles aceitas isso de escultacao publica ,eles nao consegue ver que a frelimo esta entrenter a renamo?
  • Valerio Ussene É claro, o que devia-se esperar? Quando se tratou da lei das regalias do seu presidente e eles próprios nunca pensaram em submeter às tais ´´instituições relevantes´´ para ouvir os seus pareceres. Qual foi o parecer da Ordem dos advogados sobre a lei das regalias aprovadas nos finais do mandato passado? Em que instituição ´´relevante´´ tinha sido submetida esta lei das mordomias dos seus chefes e deles mesmos? Onde estavam estas instituições relevantes? Quais são as instituições que não são relevantes nesse pais? A que representam as tais ´´instituições relevantes´´? Ao povo Moçambicano? Quantas leis aprovadas pela AR ja mereceram auscultação publica envolvendo somente as tais ´´instituições relevantes´´? Mais uma vez, ´´quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito´´.
    8 hrs · 5
  • Cristina Ussene sera solucao mais adequada nhanhalar seu partido?
  • Felix Alexandre Raposo A demora provoca derrota.
  • Valerio Ussene Aprovacao desse Projecto da Renamo pela Frelimo é sinonimo de entrega , de bandeja, do poder à Renamo. As Provincias envolvidas pelo Projecto de autarquias de nivel superior representam altos interesses de poder economico e até eleitoral. Por isso dificilmente alguem vai abdicar-se de animo leve.... desas provincias em nome de autonomia! a Ver vamos...!
    8 hrs · 1
  • Charman Della Vedova São manobras para bloquear a proposta, na verdade, essas voltas que o documento vai dar pelas instituições eh para se detectarem defeitos e criar-se a fundamentação para o chumbo do mesmo, eu sempre disse que este anteprojecto foi sempre um nado-morto. Isso ate pode levar 10 anos a andar por ai sem resultados, alias nunca vai haver um parecer favorável, a demora provoca derrota.
    8 hrs · Edited · 1
  • Valerio Ussene A renamo está sob prisao de custodia, apenas para esperar os animos acalmarem-se....!See Translation
    8 hrs · 1
  • Valerio Ussene Mas tambem a RENAMO nunca aprende, onde ja se viu um compromisso sério a ser oral? Parece uma conversa de rua que tanto se fala, mas ninguem escreve nada.....! e amanha outras conversas vao rolar no mesmo ciclo....! kikiki, os lideres nao toparam logo que se tratava de desprezo a seu respeito...?
    7 hrs · 2
  • Valerio Ussene Se por via de Satunjira a Renamo nao acabou, esta agora vislumbra-se vir a ser a via mais infernal para a Renamo...! Que desculpas vai apregoar em caso de nao vier ser aprovado o seu projecto de autarquias de nivel superior? Parece que agora o inimigo encontrou o antídoto.....ignorar as suas incurçoes e deixar ela propria a afundar-se por via de promessas ate certo ponto utópicas....! O final desse filme poderá ser engraçado para alguns e doloroso para outros...!
    7 hrs · 1
  • Charman Della Vedova Dlhakama nao eh serio e firme.
  • Raul Alfredo Nhagumbe Eu não prefiro a autonomia de 6 provincias porque isso não vai ser eficaz. Gostaria que se revesse a CRM de modo que as provincias sejam Estados e os governadores Estaduais fossem eleitos. Neste caso teriamos 10 ou 11 Estados. O PM també devia ser eleito.
    7 hrs · 1
  • Raul Alfredo Nhagumbe Dai convocava-se eleições antecipadas.
  • Valerio Ussene O problema nao é o Projecto em si, mas sim quem o propoe. As as autarquias de nivel superior sao constituicionais, entao o probema nao esta na proposta em si. O facto de serem propostas 6 provincias apenas nao é problem em si, na minha opiniao. Ate porque mesmo as autarquias que hoje temos nem todas foram autarquias em 2008. Ou seja, algumas vilas foram sendo integrados no grupo de autarquias ao andar do tempo. e isso nunca foi problema. O que está em jogo aqui sao ´´interesses´´.
    6 hrs · 2
  • Makhandazi Makhalela A FRELIMO esta' somando vantagem: enquanto o senhor Dlakama vai alongando o tempo de espera as massas se vao esgotando e saturando e ele vai se descredibilizando. Isto vai resultar em "desistencias" e perca de confianca que nunca ele voltara a recuperar e e' precisamente isso que a FRELIMO esta' querendo demosntrar, que Dlakama nao tem palavra.
    3 hrs · 1
  • Makhandazi Makhalela “A Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade nunca irá tomar uma decisão sem antes auscultar os destinatários da lei, os operadores jurídicos, as instituições relevantes na área da administração da justiça, de modo que o parecer da Comissão possa reflectir as mais variadas sensibilidades e corresponder com as expectativas dos destinatários da lei”- explicou Edson Macuácuá. HAVENDO SERIEDADE NO TRATO, DE HOJE EM DIANTE, OS DEPUTADOS NUNCA SE PRONUNCIARIAM DIANTE DE UM PROJETO DE LEI SIMILAR QUE NAO PASSASSE POR ESSE PERCURSO.
    3 hrs · 1

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