Quanto às causas do assassinato do Prof. Gilles Cistac, e, ligado a isso, sobre os supostos autores morais do mesmo, a Frelimo – que, através do comunicado da sua Comissão Política, do seu porta-voz e dos seus analistas têm estado a desdobrar-se, nos últimos dias, pelos media áudio-visuais, clarificando que várias hipóteses têm que ser consideradas, e não apenas uma – me parece ter muita razão!
Só que, de entre várias hipóteses de trabalho possíveis, talvez exista a que seja de ouro, tendo em conta o contexto em que o assassinato ocorreu. Duas ‘prováveis hipóteses’ (perdoem-me a redundância): A. Cistac foi assassinado devido ao seu pensar diferente, devido à forma como, tecnicamente, procurava interpretar a Constituição da República. B. Cistac foi assassinado por um grupo de estudantes, que reprovaram na sua disciplina, no último semestre.
A ‘provável hipótese’ A, que é a de ouro, talvez tenha um peso de 90% ou mesmo de 99%, enquanto a outra, a ‘provável hipótese’ B, talvez tenha um peso de 10% ou mesmo de 1%.
Mas, que fique claro, a Frelimo tem razão! É desonesto considerar só uma hipótese. Ainda que tal seja dito por aqueles que, de todas as formas possíveis, procederam ao assassinato de carácter de Gilles Cistac, até com recurso a vergonhosos expedientes rácicos [nunca veementemente condenados por Damião José ou outro quadro da Frelimo, ou analista seu], a Frelimo tem sim razão. Só uma hipótese, não! Mas há hipóteses e hipóteses...
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