Kenmare vai despedir mais de 160 trabalhadores
Caos na indústria extractiva
A decisão da Kenmare Moma Mining Limited, empresa que explora as areias pesadas de Moma em Nampula, de despedir parte da sua mão-de-obra como consequência dos prejuízos e a necessidade de reestruturação é mesmo irreversível. Mesmo depois de várias rondas de negociações envolvendo a Inspecção-Geral do Trabalho (IGT), o Centro de Mediação e Arbitragem Laboral (CEMAL), o Comité Sindical e o Comité Provincial do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil, Madeiras e Minas (SINTICIM), a empresa vai despedir 161 trabalhadores de diversas áreas.
A decisão inicial era de mandar para casa 375 trabalhadores. Aliás, já havia iniciado um processo de notificação aos trabalhadores para um despedimento colectivo, mas um encontro directo entre a ministra do Trabalho, Vitória Dias Diogo, e o representante da empresa Kenmare em Moçambique, Gareth Clifton, viria a culminar com a suspensão do processo de distribuição de cartas de pré-aviso para o despedimento de alguns trabalhadores, acção que estava a ser levado a cabo por aquela empresa irlandesa.
O Governo teve de intervir para salvar a sua imagem e a promessa do “El Dourado” da indústria extractiva ao povo moçambicano. Nas negociações o Governo defendia um meio-termo que passava por uma sangria menor. Mas os argumentos de prejuízos levantados pela gigante irlandesa falaram mais alto e 161 trabalhadores acabaram mesmo no olho da rua, mantendo 214 postos.
A decisão inicial era de mandar para casa 375 trabalhadores. Aliás, já havia iniciado um processo de notificação aos trabalhadores para um despedimento colectivo, mas um encontro directo entre a ministra do Trabalho, Vitória Dias Diogo, e o representante da empresa Kenmare em Moçambique, Gareth Clifton, viria a culminar com a suspensão do processo de distribuição de cartas de pré-aviso para o despedimento de alguns trabalhadores, acção que estava a ser levado a cabo por aquela empresa irlandesa.
O Governo teve de intervir para salvar a sua imagem e a promessa do “El Dourado” da indústria extractiva ao povo moçambicano. Nas negociações o Governo defendia um meio-termo que passava por uma sangria menor. Mas os argumentos de prejuízos levantados pela gigante irlandesa falaram mais alto e 161 trabalhadores acabaram mesmo no olho da rua, mantendo 214 postos.
CANALMOZ – 10.03.2015
Sem comentários:
Enviar um comentário