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O asteroide Apophis atraiu novamente a atenção dos cientistas. Este objeto cósmico, segundo os cálculos de uma série de especialistas, pode representar uma séria ameaça para a Terra. E se na quarta-feira, 9 de janeiro, ele voou a uma distância de 14,5 milhões de quilômetros da Terra, no futuro, segundo previsões dos astrônomos, ele pode mudar sua órbita e em 2036 chocar-se com nosso planeta.
O asteroide, que leva o nome do antigo deus egípcio das trevas e destruição, é um enorme bloco de 50 milhões de toneladas e diâmetro de cerca de 300 metros. Em abril de 2029 – dizem os especialistas – ele passará a uma distância de cerca de 36 mil quilômetros da Terra. É a altura dos satélites geoestacionários. E se o Apophis encontrar-se exatamente na distância de 30.404,5 quilômetros da Terra, ele, como dizem os cientistas, pode cair no buraco da fechadura gravitacional. Nele a força de gravidade da Terra é capaz de virar o asteroide para uma direção perigosa. Entretanto não vale a pena exagerar o risco de choque do Apophis com a Terra – salienta o funcionário do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, Dmitri Vibe:
“O risco de sua colisão é avaliado pelos parâmetros de sua órbita. Hoje ele é de um para 50 mil, isto é, a probabilidade de colisão em 2036 é extremamente pequena. No entanto atentam para ele, porque apesar das dimensões suficientemente pequenas, ele tem uma massa considerável e velocidade e, consequentemente, energia cinética. Por isso em sua colisão com a Terra haverá uma explosão muito considerável, segundo avaliações da ordem de vários milhares de megatons. Isto será uma catástrofe de caráter regional.”
Surge a questão natural, poder-se-á livrar do possível perigo que parte do cosmos em forma de Apophis? Os cientistas propõem diferentes variantes, por exemplo, tentar abatê-lo com algo ou tentar mudar a trajetória de vôo. Fala Dmitri Vibe:
“Existem vários projetos, que possibilitam desviar de leve a tempo o Apophis a fim de evitar a colisão com ele no futuro. Mas aqui é necessário agir com cautela, porque agora a probabilidade de colisão com ele é muito pequena. Mas nós, com nossas ações irrefletidas podemos fazer com que ela aumente”.
Entretanto, entre os cientistas, existem adversários ferrenhos de tentativas de interferir no vôo do Apophis. Segundo o secretário de imprensa do Observatório de Pulkovo da Academia de Ciências da Rússia, Serguei Smirnov, este asteroide é um verdadeiro presente para os astrônomos:
“Os encontros periódicos com ele são úteis para a melhor compreensão da natureza dos corpos celestes. Por isso o melhor é instalar aparelhos nele, que possibilitem registrar com mais exatidão sua posição no espaço cósmico. E se acontecer de em 2029 a aproximação ser mais perigosa do que se supunha, então mudar um pouco esta órbita. Aqui há uma coleção inteira de projetos. Inclusive a pintura de lados diferentes do asteroide em cores branca e escura para mudar o caráter de sua rotação. Então a força reativa mudará um pouco a órbita”.
Para acompanhar a movimentação do Apophis no espaço cósmico, os cientistas preparam-se para instalar no asteroide, ou perto dele, um radiofarol. A técnica possibilitará aumentar a precisão do prognóstico do futuro movimento do corpo celeste. Planeja-se lançar a nave cósmica, que levará ao asteroide um satélite-radiofarol depois de 2020.
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