Joe Penney/Reuters
Ao início da noite de segunda-feira, testemunhas locais afirmaram que os radicais islâmicos abandonaram as cidades que ocupavam no norte do Mali, nomeadamente Gao e Timbuctu. "Estamos livres!" regojizava-se um habitante de Gao, contactado por telefone. Um dos grupos extremistas fala em "recuo tático".
Senda Ould Boumama, porta-voz do Ansar Dine, um dos grupos extremistas, diz que as forças islamitas abandonaram as anteriores posições para se recolocarem no terreno. A reação foi publicada num site de informações da Mauritânia, próximo dos islamitas, o Alakhbar.
"Estamos livres. Não vimos hoje um único mujaheddin aqui. Eles abandonaram a cidade e os seus chefes estão escondidos," garantiu um habitante de Gao.
O reposicionamento dos islamitas pode significar uma nova fase nos combates. Esta segunda-feira o exército francês presente na Costa do Marfim foi mobilizado para o Mali.
De acordo com testemunhos, cerca de 30 carros-armados escoltados por um helicóptero atravessaram a fronteira em Pôgô, aplaudidos por multidões "imensas" nas cidades e aldeias ao longo do trajeto, de acordo com o jornal francês Le Monde.
O grupo rebelde independentista Tuareg MNLA, afastado pelos islamitas após uma colaboração inicial contra as tropas malianas, há um ano, afirmou esta segunda-feira estar disposto a colaborar com as forças francesas contra os extremistas islâmicos.
O MNLA (Movimento Nacional para a Libertação do Azawad) não assume filiações religiosas e propõe-se realizar o "trabalho no terreno" baseado no seu "grande conhecimento local e das populações." Promete igualmente desistir das suas pretensões separatistas.
Também esta segunda-feira e reagindo ao apelo francês, a Argélia encerrou as suas extensas fronteiras terrestres com o Mali.
Paris tinha dito no domingo que se as tropas africanas tivessem de subir para norte, a Argélia teria de fechar as fronteiras.
Argel já anunciou várias vezes o seu apoio ao governo de Bamako na sua luta contra os terroristas e o crime organizado. Autorizou ainda a força aérea francesa a sobrevoar o seu território.
Islamitas conquistam Diabaly
Além do seu recuo, os islamitas tomaram esta tarde uma cidade a oeste do Mali, após intensos combates com as tropas malianas. Os habitantes de Diabaly, a 400 quilómetros da capital Bamako, afirmam que os islamitas vieram de uma zona junto à fronteira com a Mauritânia, fortemente bombardeada.
A França afirma que a movimentação islamita "já era esperada". O avanço francês e maliano tem-se baseado até agora em bombardeamentos através da aviação francesa, com a ofensiva terrestre a ser efetuada sobretudo pelas tropas malianas.A Cruz Vermelha Internacional afirma ter recebido mais de 80 feridos nos combates, nos seus hospitais de Gao (norte) e Mopti (centro), estes últimos, a maioria, vindos de Konna, recuperada pelas forças malianas este fim-de-semana após ter caído na posse dos extremistas no dia 10 de janeiro de 2013.
O Mali reconhece até hoje 11 mortos e 60 feridos nas suas fileiras e ainda um morto nas tropas francesas, este falecido de ferimentos recebidos durante a ofensiva.
Os islamitas recusam-se a dar números sobre as suas baixas. De acordo com responsáveis malianos, os islamitas terão perdido mais de cem homens em Konna e pelo menos 60, provavelmente mais, em Gao.
"Estamos livres. Não vimos hoje um único mujaheddin aqui. Eles abandonaram a cidade e os seus chefes estão escondidos," garantiu um habitante de Gao.
O reposicionamento dos islamitas pode significar uma nova fase nos combates. Esta segunda-feira o exército francês presente na Costa do Marfim foi mobilizado para o Mali.
De acordo com testemunhos, cerca de 30 carros-armados escoltados por um helicóptero atravessaram a fronteira em Pôgô, aplaudidos por multidões "imensas" nas cidades e aldeias ao longo do trajeto, de acordo com o jornal francês Le Monde.
O grupo rebelde independentista Tuareg MNLA, afastado pelos islamitas após uma colaboração inicial contra as tropas malianas, há um ano, afirmou esta segunda-feira estar disposto a colaborar com as forças francesas contra os extremistas islâmicos.
O MNLA (Movimento Nacional para a Libertação do Azawad) não assume filiações religiosas e propõe-se realizar o "trabalho no terreno" baseado no seu "grande conhecimento local e das populações." Promete igualmente desistir das suas pretensões separatistas.
Também esta segunda-feira e reagindo ao apelo francês, a Argélia encerrou as suas extensas fronteiras terrestres com o Mali.
Paris tinha dito no domingo que se as tropas africanas tivessem de subir para norte, a Argélia teria de fechar as fronteiras.
Argel já anunciou várias vezes o seu apoio ao governo de Bamako na sua luta contra os terroristas e o crime organizado. Autorizou ainda a força aérea francesa a sobrevoar o seu território.
Islamitas conquistam Diabaly
Além do seu recuo, os islamitas tomaram esta tarde uma cidade a oeste do Mali, após intensos combates com as tropas malianas. Os habitantes de Diabaly, a 400 quilómetros da capital Bamako, afirmam que os islamitas vieram de uma zona junto à fronteira com a Mauritânia, fortemente bombardeada.
A França afirma que a movimentação islamita "já era esperada". O avanço francês e maliano tem-se baseado até agora em bombardeamentos através da aviação francesa, com a ofensiva terrestre a ser efetuada sobretudo pelas tropas malianas.A Cruz Vermelha Internacional afirma ter recebido mais de 80 feridos nos combates, nos seus hospitais de Gao (norte) e Mopti (centro), estes últimos, a maioria, vindos de Konna, recuperada pelas forças malianas este fim-de-semana após ter caído na posse dos extremistas no dia 10 de janeiro de 2013.
O Mali reconhece até hoje 11 mortos e 60 feridos nas suas fileiras e ainda um morto nas tropas francesas, este falecido de ferimentos recebidos durante a ofensiva.
Os islamitas recusam-se a dar números sobre as suas baixas. De acordo com responsáveis malianos, os islamitas terão perdido mais de cem homens em Konna e pelo menos 60, provavelmente mais, em Gao.
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