Unidade Nacional: o segredo reside na igualdade de oportunidades
Para
a Frelimo, para que os moçambicanos estejam unidos e coesos, devem ser
privilegiados de forma equilibrada nas opções económicas, nas políticas e
na construção de infra-estruturas. Esta é a primeira tese que sera
debatida no congresso de Pemba de 23 a 28 de Setembro em curso.
Faltam 10 dias para o início do 10º Congresso do Partido Frelimo.
“O
País” traz, nesta edição e nas próximas sete, o conteúdo das teses que o
partido leva à mesa de debate no congresso que decorre de 23 a 28 de
Setembro em curso.
Segundo
a Frelimo, e, derivado das contribuições dos seus membros nos distritos
e províncias, a governação da Frelimo deve fundar-se no princípio da
unidade na diversidade e isto deve traduzir-se em políticas de
desenvolvimento social, económico e cultural equilibradas em todo o
território nacional.
Ou
seja, os “camaradas” defendem que a construção de infra-estruturas, as
escolhas de desenvolvimento, as primazias de investimento, tudo deve ter
em conta a diversidade das províncias e distritos do país.
Esta
tese surge numa altura em que os projectos de grande dimensão
decorrentes de créditos com o governo chinês são aplicados no sul de
Moçambique. É o caso da circular de Maputo, um projecto cujo arranque
está previsto para este ano (devia começar em Junho), avaliado em 300
milhões de USD; e o projecto de desenvolvimento da zona sul, que integra
a construção de estrada Maputo/Ponta D´Ouro, Ponte Maputo/Ka Tembe e
estrada Boane/Bela-Vista, avaliado em 720 milhões de meticais. Em suma, são mais de mil milhões de meticais.
Com
certeza, a visão de um desenvolvimento equilibrado vem passar a
mensagem de que os distritos e províncias do país são tratados da mesma
maneira e que os projectos âncoras de desenvolvimento os contemplam de
forma igual.
Nessa
tese, os “camaradas” vendem também a imagem dos discursos como os de
que “a diversidade dos moçambicanos não deve ser um elemento de
separação, mas de união”. Daí entende que a tese da
unidade nacional será um factor de coesão nacional, estabilidade,
igualdade, desenvolvimento nacional sustentável e de plena integração de
Moçambique no concerto das Nações.