terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Frelimo continua a denunciar proposta de regiões autónomas

Paúnde foi mais longe ao dizer que as coisas não podem ser feitas segundo a vontade do líder da Renamo porque o país tem leis.

Em Moçambique, apesar dos encontros entre o Presidente da República e o líder da Renamo na semana passada em que foi abordada a proposta da criação de regiões autónomas, alguns sectores da Frelimo continuam a dizer que a ideia não tem pernas para andar.
Em conferência de imprensa em Nampula Filipe Paúnde, membro da brigada central da Frelimo, descartou mais uma vez a possibilidade de se criarem regiões autónomas em Moçambique, alegando que as eleições de 15 de Outubro do ano passado não foram regionais, nem provínciais, mas sim nacionais. 
Paúnde foi mais longe ao dizer que as coisas não podem ser feitas segundo a vontade do líder da Renamo, porque o país tem leis.
Recorde-se que dos encontros entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama resultou a ideia de a Renamo apresentar uma proposta formal à Assembleia da República de criação de regiões autónomas.
Esta foi a segunda proposta da Renamo depois de, na sequência das eleições de Outubro que considerou fraudulentas, o seu presidente Afonso Dhlakama ter defendido a criação de um Governo de gestão, que não foi aceite pela Frelimo.
Ministro moçambicano diz que regiões autónomas são perigosas para unidade nacional
Na sua primeira análise às intenções manifestadas por Afonso Dhlakama, Abduremane Lino diz que até agora tudo não passa de pura conversa.
O ministro moçambicano da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos classificou as intenções da Renamo do estabelecimento de regiões autónomas de questões juridicamente complexas e que precisam de uma melhor ponderação, porque podem por em causa a unidade nacional.
Na sua primeira análise às intenções manifestadas por Afonso Dhlakama, Abduremane Lino diz que até agora, tudo não passa de pura conversa.
Numa altura em que ainda se espera pela submissão do anteprojecto ao Parlamento, o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos considera tratar-se de uma intenção juridicamente complexa.
A Renamo prometeu que dentro de pouco mais de uma semana, o anteprojecto será depositado na Assembleia da República, cumprindo assim um dos acordos alcançados nos encontros entre o líder do partido e o presidente da república.
A Frelimo, partido que domina o parlamento nacional diz que apesar do anteprojecto que vai ao parlamento resultar de um acordo entre o presidente, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, não pode garantir que a proposta não deverá ser aprovada advertiu a chefe da brigada central da Frelimo, a nível da cidade de Maputo, Conceita Sortane.
VOA – 17.02.2015

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