segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

DE MANO PARA MANO

Por Zé Povinho

Sugiro este título para lembrar aos estimados leitores, quem na verdade não tem sido realista diante dos factos desse nosso belo Moçambique, quem não tem cumprido com as suas palavras. Talvez isso aconteça porque todos apostam na continuidade, tanto nos discursos como em acções. Senão vejamos as qualidades da obra viva, do actor e autor do seguinte trecho: “A minha vida é uma história de sacrifícios e batalhas vencidas em prol da libertação e do bem-estar do meu povo. Nessa longa caminhada estive sempre com o povo, e porque a razão é do povo, sempre venceremos”. Este grande homem e protagonista, não virou lâmina e nem fugiu com Seringa no rabo. Em todos os encontros já havidos, ele foi sempre vitima. Não fez promessas falsas que não enchem barriga do povo. Ele é o mesmo personagem que vem lá dos tempos lutando para que a democracia se efective, onde teve o primeiro de mano para mano um abraço e “aperto de bacalhau”, quer dizer aperto de mão com Joaquim Chissano, que culminou com a assinatura do Acordo Geral de Paz, não cumprido por parte do governo, alastrando-se até Armando Guebuza, onde houve também de mano para mano, culminando com assinatura de Acordos de Cessação das Hostilidades, criação da EMOCHIM e longas rondas de negociações no Centro Internacional de Conferencias Joaquim Chissano que nunca mais têm o seu fim e não está sendo cumprido por parte do governo. 

No Sábado dia 7 e Segunda-feira dia 9 de Fevereiro corrente, de novo vimos irredutível Afonso Dhlakama, a procura do bem estar para o povo Moçambicano, aceitando, apesar de estar em vantagem, a aceitar um novo, de mano para mano com o Auto - proclamado Presidente da República, Filipe Nyusi, onde sem acordos escritos, houve apertos de bacalhau e sem abraços desta vez. Talvez por causa de calor ou por que não vimos nada, já que foi tudo à porta fechada. Posto isso, a minha pergunta é: Quem é o traidor, que não cumpre com a palavra? Antes que a resposta vire polémica, não a quero, pois como vós já sabeis, vós já a tendes. Se alguém escreveu há dias que os dois grandes problemas que Nyusi enfrentaria, são Armando Guebuza e Afonso Dhlakama, tenho certeza que segundo ele já esta resolvendo de mano a mano e no bom caminho, mas como não há segundo sem o primeiro, apelo que resolva de uma vez por todas o primeiro. Papa Dhlakama, será que os modus operandi deles não serão aplicados desta vez na Assembleia da República, como tem sido habitual, gozando do ditado da maioria, reprovar sempre o que é bom e aprovar tudo o que lhes apraz? Eu não sei, mas muita força, luz ao diálogo entre as partes, rumo a verdadeira democracia em prol da paz. O Povo manda, o Povo vai mudar Moçambique!

RENAMO OCUPA OS SEUS ASSENTOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 

Tomaram posse os 89 deputados da RENAMO, o maior partido de Moçambique. Este elenco parlamentar remanescente dos escolhidos pelo povo nas últimas eleições gerais de 15 de Outubro de 2014 para a VIII legislatura da Assembleia da República, foram investidos numa cerimónia dirigida pela presidente daquele órgão legislativo e fiscalizador das acções do regime, Verónica Macamo. A tomada de posse dos deputados da RENAMO resulta do acordo alcançado nos dois encontros havidos entre o Presidente da Renamo Afonso Dhlakama e o Filipe Nuysi auto proclamado Presidente da República sobre as reivindicações daquele partido de não reconhecimento dos resultados das eleições gerais últimas que deram uma vitória fraudulenta à FRELIMO e seu candidato. graças a facilidades concedidas pela comissão nacional de eleições e pelo Conselho Constitucional, órgãos conduzidos por elementos apontados a dedo pelo regime. De referir por outro lado que, este parlamento vai dentro em breve discutir o ante-projecto a ser submetido pela RENAMO, sobre a criação das zonas autónomas nas províncias em que a “Perdiz” conseguiu impedir que o roubo de votos e outras falsifica- ções chegassem ao ponto de inverter os resultados das eleições. Depois da tomada de posse, a sessão extraordinária da Assembleia da República marcada para esta quinta-feira, procedeu a eleição dos primeiros e segundo vicepresidentes, bem como Dos membros, da Comissão Permanente, das Comissões de Trabalho, do Conselho de Administração e dos Grupos Nacionais. Ivone Soares foi confirmada chefe pela bancada da RENAMO nesta VIII legislatura, em substituição da Angelina Dique Enoque.

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