terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma mini-revolução made in Pemba

Uma mini-revolução made in Pemba
Guebuza mandou cessar primeiro-ministro, cinco ministros e quatro governadores.
Aires Ali cumpre a profecia traçada no Congresso. Surpresa mesmo é o arrastamento de Venâncio Massinga, Pedrito Caetano e Zeferino Martins e a “pequena” despromoção a Fernando Sumbana do Turismo para o Desporto.
O “O País” avançara, em primeira-mão, na edição da antepassada segunda-feira, que era inevitável uma remodelação no governo, após o que aconteceu no Congresso da Frelimo, em Pemba. Pois bem, cá está ela, precisamente uma semana após a nossa profecia: sem surpresa, Aires Ali deixa de ser primeiro-ministro.
O dado surpreendente desta remodelação está em quem o acompanha no pacote dos exonerados: Fernando Sumbana Jr. troca a pasta do Turismo, de que foi dono e senhor ao longo dos últimos 12 anos, pela menos exuberante pasta da Juventude e Desportos; Zeferino Martins termina sem glória a sua segunda passagem pela Educação; Pedrito Caetano sai de cena...como entrou (com discrição); Venâncio Massingue põe termo a dois anos de mandato, que pareciam ir às mil maravilhas, na Ciência e Tecnologia.
Neste pacote, Armando Guebuza incluiu, como era também previsível, os dois governadores que entraram na Comissão Política – Carvalho Muária (Sofala) e Alberto Vaquina (Tete) –, promovendo-os a tarefas de nível central e consentâneas com a sua condição de membros de tão importante órgão, no partido.
Guebuza incluiu ainda Itai Meque (Zambézia) e Felismino Tocoli (Nampula). O primeiro não se estava a dar bem no relacionamento com as estruturas do partido, naquela província; o segundo sai chamuscado por crises na sua vida pessoal.
O ocaso de Ali?
De todos, é Aires Ali o mais penalizado. Antes do congresso de Pemba, tinha a passadeira para a Ponta Vermelha praticamente estendida a seus pés. Era visto como o candidato mais bem posicionado para suceder a Guebuza na presidência da República, já em 2014. Contudo, em duas semanas, tudo mudou. Como do vinho para a água.
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1 comentário:

Anónimo disse...

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