segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Renamo - Mensagem de abertura da VI Sessão Ordinária - VII Legislatura da Assembleia da República - 2

Só poderemos falar de Paz
• Quando pararem de combater a pobreza com palavras, mas com diálogo, com reconhecimento do outrém, com negociação permanente e dentro da justiça social, envolvendo a todos sem excepção de espécie alguma e de forma efectiva.
• Quando a questão da alteridade for reconhecida entre os diferentes actores, como melhor forma para uma saudável convivência e meio para o alcance de uma Paz efectiva em Moçambique;
• Quando a luta contra a corrupção começar a fazer eco e a apresentar resultados apalpáveis, onde os cabecilhas são responsabilizados;
• Quando o sistema judicial deixar de ser partidarizado;
• Quando o Ministério Público poder, realmente, fiscalizar com eficiência a legalidade, se se tiver em conta de que o cumprimento da lei e dos princípios da legalidade se fundamenta num Estado de Direito Democrático;

Só poderemos falar de Paz
• Quando os processos de cidadãos honestos assassinados no cumprimento das suas missões, tiverem desfecho e os responsáveis ou mandantes exemplarmente punidos e feita a justiça, casos de Siba Siba Macuacua, Carlos Cardoso, Rafael Magune e tantos outros;
• Quando os partidos políticos da oposição poderem, livremente, exercer a sua actividade política á luz da lei, sem despertarem com a sua sede ou bandeira queimadas;
• Quando houver a coragem de responsabilizar as figuras da elite sobre os seus actos;
• Quando o cumprimento da lei for para todos os cidadãos e instituições, independentemente do seu grau;
• Quando, enfim, tivermos a consciência plena de que a Paz não é apenas o calar das armas, mas a reconciliação, a tolerância, o diálogo, a inclusão.

Aí sim! Poderemos falar de Paz.

Senhora Presidente da Assembleia da República
Digníssimos Mandatários do Povo
Respeitados Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Excelências

A 17 de Outubro passado a Renamo celebrou a passagem de mais um ano do perecimento de André Matade Matsangaice, 1° Comandante em Chefe da Resistência Nacional Moçambicana, RENAMO.

A VI sessão da Comissão Política Nacional reunida nos dias 2 e 3 de Outubro, na cidade central de Quelimane, cumprindo às decisões da última sessão do Conselho Nacional, a III ocorrida em Nampula, nos dias 5 e 6 de Julho de 2012, escolheu o distrito de Gorongosa na localidade de Muvuze, mais concretamente no povoado de Santungira, para comemorar o dia e marcar o regresso de Sua Excelência, Presidente do Partido Afonso Macacho Marceta Dlhakama, às zonas que deram origem ao Acordo Geral de Paz, que celebrou os vinte anos da sua existência.

E não só, marcar igualmente, o início da nova década da Assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), como dizia Sua Excelência Presidente do partido Renamo, Afonso Macacho Marceta Dlhakama, na cidade de Quelimane e cito “ a partir das zero horas do dia 4 de Outubro começa uma nova década do Acordo Geral de Paz, com nova atitude, nova maneira de ser e estar “ fim de citação.

O Presidente do partido Renamo, Afonso Macacho Marceta Dlhakama está em Gorongosa, sob pressão dos desmobilizados de guerra, e de toda a população que pretende ver respeitados, os principais direitos pelos quais lutaram durante 16 anos, como:

• A igualdade de direitos entre todos os moçambicanos;
• O estabelecimento de uma Democracia Multipartidária efectiva;
• A realização de eleições verdadeiramente livres, justas e transparentes, o que passa necessariamente pela aprovação de uma legislação eleitoral por consenso;
• A existência de uma polícia apartidária com integração de elementos da Renamo, para acabar com a humilhação, com o sofrimento do Povo;
• A integração efectiva dos soldados da Renamo em todas as unidades militares, em pé de igualdade com os da Frelimo;
• A extinção da PIR (Polícia de Intervenção Rápida) ou a sua constituição na base de 50% para cada parte.
• O cumprimento integral da Constituição da República e do Acordo Geral de Paz, que ainda prevalece vivo no espírito e na letra;
• O fim da partidarização das instituições do Estado, do sector privado e religioso;
• O fim da exclusão social por razões partidárias, da expropriação e espoliação do Povo Moçambicano.

Respeitados Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Excelências

Sua Excelência Presidente da Renamo e Líder de todos os moçambicanos Afonso Macacho Marceta Dlhakama, permanecerá ao lado dos seus companheiros de luta, com os quais durante 16 anos, se bateram com galhardia pela causa da maioria. Nesse espaço de país real, coberto pela natureza, aceitando sacrifício de toda espécie só sairá quando estiverem criadas as condições para que Moçambique pertença, efectivamente, aos moçambicanos.

Os moçambicanos amam Afonso Macacho Marceta Dlhakama e reconhecem-no como defensor dos desfavorecidos, dos excluídos, dos discriminados em todas as frentes.

A RENAMO e seu Presidente Afonso Macacho Marceta Dlhakama são pela Paz, Democracia e Diálogo permanente na busca de soluções concretas para os problemas que apoquentam o nosso Povo. É esta disponibilidade que levou a RENAMO e seu Presidente a honrar, durante vinte (20) anos, o compromisso de Roma.

Senhora Presidente da Assembleia da República
Senhor Primeiro Ministro do Governo de Moçambique
Senhores Membros da Comissão Permanente
Prezados Colegas Mandatários do Povo
Senhores Membros do Conselho de Ministros
Respeitados Convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores

Excelências

A Terminar desejo a todos os colegas meus pares votos de um bom trabalho ao longo desta VI Sessão Ordinária.

Pela vossa prestimosa atenção e paciência o meu muito obrigada

Maputo, 22 de Outubro de 2012
A Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo
________________________________________
Drª Maria Angelina Dique Enoque

Sem comentários: