sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Renamo abandona sessão em contestação à actuação de Verónica Macamo

 
“Abandonamos a sala porque não existia um ambiente democrático. A presidente da Assembleia da República ficou intimidada e não conseguiu dar espaço ao meu colega para responder a uma provocação do primeiro-ministro, Alberto Vaquina”- Arnaldo Chalaua, porta-voz da bancada da Renamo.
Maputo (Canalmoz) – A Renamo, a segunda maior força política de Moçambique, abandonou ontem a sessão parlamentar durante as insistências dos deputados às respostas do Governo, alegando que a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, recusou a dar palavra ao deputado Simon Macuiane, para uma resposta a um suposto “ataque” do primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
“A nossa retirada é justa e merecida. Nós na quarta-feira abrimos o debate e discutimos em volta dos pontos que as bancadas apresentaram e ficámos vaiados com o primeiro-ministro e calamos. Hoje (ontem) ele (Vaquina) no lugar de dar últimas considerações, como é hábito da casa, abriu um debate que merecia resposta. Mas a presidente não deixou”, disse o porta-voz da Renamo, Arnaldo Chalaua.
Segundo Chalaua, o PM trouxe algumas incoerências que não constituem a verdade. Ao invés de responder às preocupações sobre os recursos minerais, abriu o debate e cabia a ele a honra de tecer considerações.
Chalaua afirmou que a presidente da Assembleia da República ficou intimidada e não conseguiu dar espaço à Renamo, para evocar o regimento da AR e pedir o ponto de ordem de acordo com alínea d) do artigo 85 que diz que “Exercer o direito de defesa do ataque e reagir à ofensa e à honra ou considerações de vida”.
“Não podemos deixar o parlamento funcionar assim. A presidente está a ser refém do Executivo. O regimento não deve ser um documento decorativo, mas, sim, funcional. Não estamos numa Assembleia Popular. Não podemos alterar as regras do funcionamento da assembleia apenas por vontades políticas da presidente. Precisamos de uma Assembleia da República transparente”, disse Chalaua.
O porta-voz da Renamo disse que a presidente não quis dar palavra a Macuiane porque sabia que seria uma afronta ao novo primeiro-ministro. “Saímos da sala porque não existia um ambiente político. O PM não pode se comportar como um deputado, há uma confusão talvez porque ele é novo na casa do povo. Ele naquele momento não representa o partido, mas, sim, o Governo. A assembleia não é sede do comité do partido”, disse.
Antecedentes
Esta quarta-feira, primeiro dia de prestação de informação do Governo à Assembleia da República, a sessão esteve interrompido por uns 20 minutos para dar lugar a concertação das posições divergentes entre o mesmo deputado da Renamo, Simon Macuiane, e o primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
Vaquina dizia nas respostas que a Renamo formulou quatro perguntas. Macuiane fez um ponto de ordem para refutar e dizer que o seu partido formulou uma pergunta com quatro alíneas e não quatro perguntas.
Esta discussão para ser ultrapassada a presidente da Assembleia da República teve que consultar alguns membros da Comissão Permanente tais como Angelina Enoque, Margarida Talapa, Lucas Chomera e Viana Magalhães. Depois de Macuiane explicar-se, Vaquina foi convidado a continuar.
O que disse Vaquina
Alberto Vaquina disse que o deputado da Renamo, Francisco Maingue, levanta uma ideia de que os jovens de Tete são excluídos dos empregos em benefício dos jovens do sul. Segundo Vaquina, esta é uma ideia falsa e perigosa.
Disse também que “tanto julgo saber que Maingue é natural de Sofala. Mas é deputado pela província de Tete. De acordo com o seu raciocínio, certamente estará a tirar lugar a um possível deputado de Tete”, disse.
Na questão dos recursos minerais, reafirmou que “a colheita na machamba não se realiza no mesmo dia em que se faz a sementeira, nem na altura em que fazem as sachas. Com trabalho, determinação e paciência havemos de vencer a pobreza”. (Cláudio Saúte)

2 comentários:

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