domingo, 14 de outubro de 2012

Presidente da Mauritânia levado para França depois de ter sido atingido " por engano"

Abdel Aziz ferido em incidente mal esclarecido

                           

14.10.2012 - 18:48 Por AFP, PÚBLICO
Abdel Aziz, numa foto de 2011 Abdel Aziz, numa foto de 2011 (WATT ABDEL JELIL/AFP)
O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, ferido no sábado à noite num mal esclarecido “incidente”, foi transportado para França, onde está internado desde a tarde deste domingo, no hospital de Percy, em Clamart, nos arredores de Paris.

O governo mauritano informou que o Presidente foi “ligeiramente ferido” por uma bala disparada de uma unidade militar perto da capital, Nouakchott, “por engano”, quando regressava de uma viagem ao Norte do país.

“Foi um posto de controlo do Exército mauritano, um posto móvel. Eles não estavam informados da sua passagem”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hamadi Ould Hamadi.

No sábado, um responsável dos serviços de segurança mauritanos disse à AFP que Aziz foi “ligeiramente ferido no braço por uma bala disparada contra ele por um automobilista que o visou directamente”. Disse também que o Presidente tinha entrado pelo seu pé no hospital.

Antes de partir para Paris, para “tratamentos complementares”, Abdel Aziz disse, através da televisão, ter sido operado com “sucesso”. O Presidente apareceu deitado, com o corpo coberto por um lençol até ao pescoço.

“Quero (...) tranquilizar todos os cidadãos mauritanos. A operação a que fui submetido ontem à noite foi um sucesso”, disse, pálido mas com voz normal. Informações não confirmadas da imprensa privada mauritana indicam que teria sido atingido num braço e no abdomén.

O ministro Hamadi afirmou que situação“não tem nada de inquietante”, nem para o país nem para o Presidente, que “exerce na plenitude os seus poderes”.

Abdel Aziz, 55 anos, é um antigo general que chegou ao poder por golpe de Estado, em 2008, sendo eleito em 2009. Fez do combate “anti-terrorista” uma prioridade, tendo ordenado ataques contra bases da Al-Qaeda do Magrebe Islmâmico (AQMI), no Mali, em 2010 2011. A organização islamista, que tem actualmente sequestrados nove europeus, entre os quais seis franceses, ameaçou matá-lo.

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