“Ossufo Momade deve sair do quarto e mostrar o seu posicionamento sobre os resultados” – Manuel de Araújo
A Renamo é um dos partidos políticos que mais deu dor de cabeça a Frelimo, pelo menos até as sextas Eleições Gerais, mas os resultados do escrutínio realizado no dia 09 de Outubro corrente, mostram um cenário completamente diferente.
A perdiz pode ter tido o pior resultado da história, aparentemente devido a desavenças internas. Independentemente dos resultados até aqui divulgados, o estranho é o silêncio da liderança do próprio partido, sobretudo do presidente, Ossufo Momade.
Aliás, segundo uma publicação do Diário da Zambézia, na semana finda, entrevistado por uma estação de televisão nacional, o cabeça de lista da Renamo a Governador da Zambézia, Manuel de Araújo, mostrou-se preocupado com o silêncio de Momade.
“O presidente tem que sair do quarto e estar na rua, e mostrar o seu posicionamento sobre os resultados”, instou Araújo, para quem, “não pode continuar no quarto, é inaceitável”, entende o político.
Na mesma entrevista, o também edil de Quelimane, frisou que o seu partido perdeu uma grande renovação aquando do Congresso de Alto-Molócuè, “o que nós propusemos em Alto-Molócuè, era que o presidente Ossufo, continuasse no seu cargo, e que houve uma pessoa mais jovem que pudesse comunicar-se com a juventude para avançar com essa agenda”, lembrou De Araújo, tendo sublinhado que, “todo mundo quando saiu do congresso estava minimamente convencido de que essas eleições não seriam muito boas”, rebateu o político.
Mesmo assim, Manuel de Araújo, não descarta ter havido fraude. De referir que a Comissão Nacional de Eleições pode divulgar os resultados esta quarta-feira.
MZNews - 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 22:59 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Eleições em África: 5 motivos das alegadas fraudes [Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Em Angola a oposição alegou fraude eleitoral, em Moçambique a oposição já está alegar indícios de fraude eleitoral, no Quénia, na Serra Leoa, na Guiné-Equatorial, na Guiné-Bissau, no Uganda, no Congo-Záire, no Congo-Brazzaville, na Tanzânia, no Gabão, no Zimbabwe, no Ruanda e…até na África do Sul a oposição também “levantou” indícios de fraude eleitoral.
Africanos + atentos, europeus, americanos e asiáticos já algum dia se perguntaram, mas… por que razão sempre que há eleições em África há indícios de fraude eleitoral?
Podíamos levantar aqui como causas; factores históricos, muitos países africanos o 'processo de transição' entre a antiga Colónia e os Movimento[s] de libertação foi “duvidosa” onde até hoje há questões por esclarecer [resolver], há também questões ligados às Instituições, só para ilustrar, eu trouxe aqui para você [s] cinco pontos, motivados das alegadas fraude, o primeiro é o + importante tem a ver com as datas da “divulgação” de resultados.
Tempo para divulgação de resultados. Nós… em Africa os resultados são divulgamos, depois de cinco, sete, onze, quinze dias, é muito tempo e…esse tempo faz com que “gera espaço” para uma possível “alteração” de resultados, porquê o tempo que nós damos é muito e “gera ansiedade” e sobretudo “gera desconfiança” mesmo que não se altere resultados.
Mas… porquê é que precisa de cinco, seis dias, quinze dias para poder dar resultados finais! Não há necessidade, porque a contagem dos votos faz-se no mesmo dia das eleições! Épháaa…eu acho quê [24] horas é tempo “suficiente” para poder publicar resultados das eleições definitivos, mas…nós em África “precisamos” de dez/quinze dias e…claramente esse tempo todo dá espaço para alguém colocar a panela, água, cozinhar os resultados depois claramente divulgá-los.
Tem a ver também com a violência. Há muita “intimidação”, tanto nos agentes eleitorais, tanto a população a votante. Ou seja, há muita “intimidação” que acontece antes, durante e depois do processo eleitoral. Nas eleições em África as Forças de Segurança ficam todas armadas até aos dentes, claramente isso ameaça muita gente, por isso, eu acho que o nível de violência, de “intimidação” e ameaças também contribui para depois amanhã se possa “desconfiar” dos resultados.
Concorrência desigual. O uso “desigual” de recursos públicos há países em que o Governo usa maior tempo de antena da mídia, o Governo 'uso' maior o bolo do erário público, o Governo 'usa' os meios públicos: carros, edifícios... portanto, o abuso do 'uso' de bens públicos por um Partido geralmente pelo que está a governar, também claramente “abre espaço” para indício de fraude eleitoral.
E este problema do “uso desigual” da mídia , do dinheiro do erário público, de recursos públicos nós ouvimos em várias ONG’s no Ruanda, Angola…alegarem que Partidos governamentais estavam a 'utilizar' edifícios públicos para fazer publicidades, o tempo da antena da mídia é maior de um do que do outro e…isso claramente faz com que de facto no final o resultado seja beliscado.
Dúvidas ou [percepção de manipulação de resultados] é um tema que também é muito “vigente” em eleições em Angola, Moçambique, Ruanda, Tanzânia, Uganda…porquê? Porque a oposição sempre vem “alegar” indícios de “manipulação” antes, durante e depois das eleições isso aconteceu no Ruanda, aconteceu em Angola, onde a oposição queixou-se de violação de leis, isso faz com que os resultados amanhã são duvidosos. Por exemplo, quando existe eleição de membros da CNE que violam alguns “preceitos legais”, ou seja, qualquer “indício” que viola uma lei eleitoral claramente faz com que depois amanhã o resultado final das eleições é “claramente contestado”.
Tem, também o problema ligado a independência da CNE, que é eleita geralmente pelo Chefe do Governo quê muitas vezes “apesar de ouvir” Relatórios e indícios de lograções a vir da oposição, da população em geral, das ONG’s não leva a sério, vai 'ignorando informações' externas, desde a constituição do pessoal, a eleição de todo Órgão, a eleição do Presidente da CNE que também às vezes é líder de um Partido, claramente começam questões ligadas a indícios de fraude eleitoral, porque quando a CNE não fala das denúncias públicas, denúncias dos Partidos, quer dizer, ignora tudo isso faz com que essa CNE seja muito “frágil” e gera “desconfiança” e…consequentemente os seus “resultados finais”, também são claramente duvidosos.
E… como é que se resolvem todos esses problemas? Tem sim solução! Por exemplo, em relação a “independência” da CNE devia ser cada membro do Partido a concorrer enviar para ali um membro, esses membros elegem o Presidente da CNE.
Em relação ao tempo de contagem de resultados e sua “divulgação” devia sim ser reduzido para menor, ou seja, [24] horas havendo vontade temos resultados.
Em relação ao uso “desigual dos recursos” os tribunais deviam fazer alguma coisa! A CNE também devia fazer alguma coisa, porquê se a CNE se cala, os tribunais se calam em relação ao “uso desiguais” da mídia, do dinheiro do erário público, dos espaços: Escolas, Igrejas, Universidades, anúncios …geralmente aqui quando a CNE cala-se em relação a todos esses “preceitos” faz com que claramente o próprio resultado seja contestado, a CNE cria ela própria a sua “fragilidade”.
Por isso, que depois “surgem” outros Órgãos também a fazerem contagem e essa contagens começam a ganhar muito + valor do que, o valor da própria CNE, porque ela durante todo o processo das eleições deu espaço para que se torna-se ela própria muito + frágil.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [22] de Outubro, 20[24]
Posted on 22/10/2024 at 20:07 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Eleições 2024 Gerais, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Comunicado dos Bispos Católicos de Moçambique no contexto do Processo das Eleições Gerais de 2024
Queridos compatriotas,
1 - No passado dia 9 de Outubro realizámos mais um pleito eleitoral. Depois de uma campanha que se pautou geralmente pelo civismo, cumprimos o nosso direito e dever cívico. Todavia, no rescaldo eleitoral mais uma vez se fez o recurso à violência e agora manchado com uma cobarde emboscada como forma de calar, se não a verdade, pelo menos a democracia. Condenamos o bárbaro assassinato de duas figuras políticas a relembrar com evidência, com semelhanças no método, outros assassinatos de figuras políticas ou da sociedade civil, também ligadas a partidos da oposição, ocorridos na sequência de anteriores eleições.
2 - A Igreja Católica, enquanto instituição, é apartidária, não apoia candidatos e não tem partidos. Mas
isso não significa que renuncie ao seu compromisso político e social, a um caminho concreto para a construção de uma sociedade mais democrática, inclusiva, justa e fraterna, na qual todos devem viver em paz, com dignidade e futuro. Por isso, sendo voz da Igreja Católica, nós os Bispos não podemos omitir de denunciar esta grave situação que o país atravessa e a violência que gera mergulhando todos no caos.
Leia aqui Download Comunicado dos Bispos Catolico s_ Eleiçoes Gerais de 2024
Posted on 22/10/2024 at 18:17 in Eleições 2024 Gerais, Opinião, Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
Para uma luz no fundo do túnel
Por Tomás Vieira Mário
Daniel Francisco Chapo e Venâncio Bila Mondlane foram os dois candidatos presidenciais mais votados nas eleições de 9 de Outubro.
Este facto, sobre o qual penso não haver polêmicas, diz -nos que ambos têm responsabilidades particulares sobre o devir mais próximo de Moçambique, em nome do eleitorado que neles votou.
Nessa medida, e independentemente do veredicto a ser proclamado pelo Conselho Constitucional, a conduta de ambos, doravante,conta! Os seus actos ou omissões contam!
Nos últimos dois dias (Sábado e Domingo), dias muito tensos, os moçambicanos estiveram atentos, para ouvir o que um e outro iriam dizer, na sequência do baleamento cobarde de Elvino Dias e Paulo Guambe, figuras muito associadas à candidatura de Venâncio Mondlane.
Daniel Chapo veio a terreiro na tarde de Sábado, com um comunicado inequivocamente pessoal (Isto é distinto e separado do partido Frelimo), escrito na primeira pessoa (eu) e sem qualquer menção ou símbolo do seu partido. Um documento relativamente longo, marcado por declarações (ou reafirmação)de princípios e de valores de ética política e de democracia.
O documento qualifica esta morte como um "brutal assassinato"; um acto que "não é apenas um ataque contra indivíduos comprometidos com o Estado de Direito Democrático, mas uma "afronta à democracia". Além de exprimir "total repúdio a este crime e a qualquer tipo de violência e intolerância", Daniel Chapo declara o seu "compromisso em defender a verdade e a justiça em Moçambique".
É uma declaração pessoal extremamente forte, de gênero inédito entre a classe política moçambicana de um modo geral. Num período de grande volatilidade social, o valor e o alcance desta declaração podem ter várias leituras.
Mas a minha leitura individual é a seguinte: com esta declaração Daniel Francisco Chapo quis marcar uma posição de distanciamento perante este tipo de condutas criminosas, com feições de terrorismo de Estado. A conclusão lógica desta minha leitura é um pre-anúncio de que, se ele for declarado Presidente da República, este tipo de crimes vai ser estancado. Caso esta minha interpretação seja um equivoco...então que ela sirva como um forte apelo nesse sentido.
Por seu lado, hoje, Segunda-feira, Venâncio Mondlane tomou, na minha opinião, uma atitude responsável e encorajadora: mobilizou os seus apoiantes para se absterem de manifestações de rua. Independentemente de como tal "desconvocação" possa ser politicamente interpretada, o mais importante é o seu efeito final: evitar a violência e possíveis actos de desacato à autoridade, perante uma Polícia como a nossa: uma Polícia ávida de violência e francamente despreparada para defender a ordem constitucional democrática.
Colocados lado a lado, estas posições dos dois candidatos presidenciais mais votados, constituem factores de desanuviamento criando expectativas sobre um objectivo em que a Nação deve, doravante, concentrar-se: o futuro!
Para quem quiser saber: era "pegando" cada palavra, frase ou gesto motivador dos "beligerantes" que os mediadores logravam, passo a passo, acordos entre as partes nas históricas negociações de paz de Roma!
Daniel Chapo e Venâncio Mondlane são ambos anunciantes de uma nova era na História Política de Moçambique - e esta é uma grande responsabilidade geracional, perante a qual têm ambos vários obstáculos por transpor.
O passado, de tão pesado e obscuro, deve ser deixado sobre os ombros dos seus autores e sequazes: só eles podem por ele responder! Para já...é para a frente que se deve marchar. Com diálogo honesto: sem exclusões, sem "esquemas" nem "espertezas"."
Posted on 22/10/2024 at 18:07 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
CIP-Observação da União Europeia volta a pedir à CNE que publique editais de mesas
Em comunicado contundente, a Missão de Observação da União Europeia (MOE UE) diz ter constatado irregularidades durante a contagem e “alterações injustificadas dos resultados eleitorais a nível das assembleias de voto e a nível distrital”.
“Como medida para contribuir para a confiança e integridade do processo eleitoral, a MOUE UE reitera o seu apelo aos órgãos eleitorais para que conduzam o processo de apuramento de uma forma transparente e credível, assegurando a verificação dos resultados das mesas de voto”, lê-se no comunicado.
Segundo o mesmo comunicado, a chefe da MOE UE, Laura Ballarín, declarou que “a publicação dos resultados desagregados por mesa de voto não é apenas uma questão de boas práticas, mas também uma forte salvaguarda para a integridade dos resultados”.
Leia aqui Download CIP-Boletim-das-eleicoes-318-1_22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 17:53 in Eleições 2024 Gerais, Europa - União Europeia | Permalink | Comments (0)
Venâncio Mondlane convoca greve geral, nas ruas, por dois dias, a partir do dia 24 de Outubro
O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, anunciou, esta manhã, o segundo estágio dos protestos contra “raptos, sequestros, gás lacrimogénio e balas verdadeiras contra um povo desarmado e indefeso” e convocou greve geral durante dois dias, a partir da próxima quinta-feira (24) até sexta-feira (25).
Ele alertou que nesta fase, as pessoas devem ir às ruas e protestar pacificamente. E, diferentemente das anteriores, não haverá um ponto de concentração. Explicou que a ideia é despistar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) por forma a não enviar força antimotim para os locais de concentração. “Não vai haver blindados suficientes”.
De acordo com Mondlane, este período é a janela e a oportunidade únicas para o povo demonstrar que “quem detém o poder é o povo”.
Ele propõe que todas as instituições do Estado e privadas suspendam as suas actividades económicas.
“A partir da quinta-feira, dia 24, vamos subir a fasquia. Vamos paralisar o país por dois dias. Desta vez é a paralisação de todo acto de trabalho, no sector público e privado. E vamos sair rua para manifestar com cartazes. Desta vez, não vamos ter pontos de concentração como a gente faz. Todos os 154 distritos devem sair para manifestar”, apelou.
Esta convocação é propositada para decorrer nos dias previstos para a Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgar os resultados gerais das eleições, que já apontam para uma “vitória” do candidato da Frelimo, Daniel Chapo.
Falando numa transmissão em uma rede social, apelou aos partidos da oposição a se juntarem aos protestos. Nesse apelo, incluiu as FDS (militares, polícias, SISE) para “apontar os canos para baixo”.
Avançou ainda que serão quatro etapas de protestos ate completar 25 dias, em analogia aos os 25 tiros contra Elvino Dias e Paulo Guambe.
Esta convocação para a paralisação do país, com as pessoas a ocupar as ruas, ocorre um dia depois de uma paralisação generalizada. Houve convulsões sociais que resultaram e feridos graves atingidos pelas balas da polícia e vários detidos.
MZNews - 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 17:11 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Ataques Terroristas: Ruandeses reforçam presença em Mucojo, enquanto insurgentes reivindicam autoria de explosões
As Forças Ruandesas reforçaram, nos últimos dias, a sua presença no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, onde destacaram cerca de 500 soldados. Com esse efectivo, os ruandeses estabeleceram um novo acampamento militar numa zona que no passado foi um dos focos de influência dos terroristas.
A informação consta do mais recente Relatório do projecto de monitoramento da violência no norte de Moçambique, Cabo Ligado. No documento revela ainda que o Estado Islâmico reivindica ter detonado dois engenhos explosivos contra uma patrulha das forças conjuntas moçambicanas e ruandesas.
O Cabo Ligado afirma que os engenhos foram detonados contra as forças conjuntas na aldeia Napala, onde, além de ferir os soldados, foi danificado um blindado. O documento sublinha que os terroristas continuam a enfrentar escassez de alimentos e suas últimas incursões contra civis foram relatadas em Setembro, perto do rio Messalo, na região de Miangalewa, no distrito de Muidumbe.
CARTA - 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 17:04 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas | Permalink | Comments (0)
Atentado a Agostinho Vuma: Tribunal Supremo reabre o caso e Salimo vai a julgamento
Quatro anos após o violento atentado contra Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o Tribunal Supremo acaba de anular a decisão do Tribunal Superior de Recurso de Maputo de despronunciar o principal suspeito pela tentativa de homicídio, Salimo Momad Muidine.
O incidente, lembre-se, ocorreu a 11 de Julho de 2020, nas proximidades do escritório de Vuma, localizado no Prédio Tavares, na cidade de Maputo. Segundo o Ministério Público, o acusado, Salimo Muidine, foi o autor dos disparos que atingiram o também deputado da Assembleia da República, colocando a sua vida em risco.
A acusação indica que Muidine agiu em conjunto com um cúmplice não identificado, que teria imobilizado Vuma antes de este disparar dois tiros, um dos quais atingiu a cabeça do presidente da CTA. O ataque ocorreu em plena luz do dia e imagens de câmaras de vigilância nas proximidades capturaram dois homens armados, fugindo do local após o crime.
A reabertura do caso permite que o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo dê início ao julgamento do agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), acusado pela tentativa de homicídio.
O Tribunal Superior de Recurso de Maputo havia despronunciado, em 2022, o suspeito do homicídio, alegando falta de provas conclusivas que o vinculam directamente ao crime, apesar das provas iniciais e da gravidade do crime. A decisão foi contestada pelo Ministério Público, que recorreu ao Supremo Tribunal, argumentando que o reconhecimento da vítima e os testemunhos disponíveis forneciam bases sólidas para o julgamento.
O Tribunal Supremo acabou concordando com o Ministério Público, apontando que havia elementos suficientes, como o testemunho de Yara Cossa e o reconhecimento fotográfico feito por Vuma para levar Salimo Muidine a julgamento. O suspeito permanecerá em prisão preventiva. O Tribunal justificou a manutenção da prisão com base no risco de fuga e na possibilidade de interferência nas investigações, dado o cargo de Muidine no SERNIC.
Refira-se que o empresário Silvestre Bila é apontado como o mandante do crime, havendo um processo autónomo (n° 353/11/P/2020) instaurado pelo Ministério Público e que corre seus trâmites em sede de recurso.
As suspeitas, sublinhe-se, baseiam-se no testemunho de Yara Simões Cossa, ex-esposa de Silvestre Bila, que terá declarado que Vuma estava a ser seguido por um indivíduo a mando do seu antigo companheiro, com intenções desconhecidas. O julgamento poderá trazer mais clareza sobre as circunstâncias do crime, que chocou o país.
CARTA - 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 16:59 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
Presidência da Renamo: Continuidade de Ossufo Momade restringida a fórum interno
A continuidade de Ossufo Momade na presidência da Renamo vai ser debatida em fórum do própria formação política, segundo o porta-voz, Marcial Macome.
Esta é a reação às contestações de vários membros da formação política, incluindo dos que fazem parte do seu Conselho Nacional. Estes exigem a renúncia imediata de Momade na esperança de resgatar o “bom-nome” do partido.
De acordo com Macome, agora, o partido está focado em analisar o processo eleitoral, sobre o qual prometeu que o partido vai apresentar o seu parecer em breve.
Não obstante, reconheceu que todos os membros da formação política têm liberdade para expressar o seu posicionamento, mas as decisões, como tal, são tomadas em situações apropriadas.
MZNews - 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 16:54 in Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Um jornal digital de quando em vez
Posted on 22/10/2024 at 13:41 in Eleições 2024 Gerais, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Semanário EVIDÊNCIAS 181 de 22.10.2024
Posted on 22/10/2024 at 13:36 in Eleições 2024 Gerais, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
A FRELIMO FOI SEMPRE TERRORISTA
Por Francisco Nota Moisés
Os portugueses apelidavam a Frelimo como uma organização terrorista por razoes imperiais e da sua logica colonialista, mas na logica deste autor a quem mesmo o som do nome Frelimo faz medo e o faz correr para o buraco do seu esconderijo, a Frelimo agiu sempre como uma organização terrorista desde o princípio.
Os assassinatos, o canibalismo, e esta do canibalismo não é uma piada; matanças a pedradas, a pauladas, esfaqueamentos e enterramento vivo como a sua tropa faz contra os civis na guerra do norte por alegações de que os populares apoiam os rebeldes, o que é verdade na verdade, são coisas que a organização terrorista sempre praticou.
Isto não são novos acontecimentos. São acontecimentos que os grandes dos terroristas Eduardo Mondlane, Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, o patricida Alberto Chipande, Bonifácio Gruveta, Armano Panguene e muitos tantos outros matadores da organização terrorista Frelimo instituíram.
Tais são os eventos que causaram repulsa e revolta do padre Mateus Pinho Guenjere que exigiu que o terrorismo na Frelimo parasse. Foi este grande patriota e santo homem que a organizacao terrorista liderada pelo grande assassino Samora Machel veio a matar, liquidar e aniquilar a sangue frio depois de raptá-lo de Nairobi no Quênia em 1977.
Foi esta mesma organização terrorista que instituiu campos de concentração, ditos de reeducação em Moçambique nas matas de Moçambique mesmo antes da independência do país e veio a fazê-lo mais massivamente depois de ter tomado o poder dos portugueses.
O que ela faz durante as tristes piadas denominadas eleições não é novo. Como disse um camarada comandante terrorista da Frelimo ouvido por este autor e por muitos outros em Dar Es Salaam em 1968: "A Frelimo não brinca, camaradas. A Frelimo mata, camaradas. A Frelimo liquida, camaradas. A Frelimo aniquila, companheiros."
Posted on 22/10/2024 at 13:26 in Opinião | Permalink | Comments (0)
Golpe de Estado em Moçambique?
Posted on 22/10/2024 at 12:45 in Opinião | Permalink | Comments (0)
21/10/2024
"Esquadrões da morte": Assassinar a serviço do poder?
Desde 2015, os "esquadrões da morte" têm estado a ceifar vidas de intelectuais, ativistas, jornalistas e opositores políticos em Moçambique. Acontecimentos que, segundo analistas, têm motivações políticas.
A morte por baleamento do constitucionalista franco-moçambicano Gilles Cistac, na zona nobre da capital moçambicana, em 2015, não foi até hoje esclarecida.
Em 2016, foi a vez do deputado da RENAMO, Jeremias Pondeca, ser morto a tiro em Maputo. Este caso também não foi esclarecido.
Em 2019, em Xai Xai, província sulista de Gaza, o ativista e observador eleitoral Anastácio Matavele foi assassinado a tiro. O caso foi julgado e polícias foram condenados pelo crime, mas, ao não penalizar os mandantes, o Tribunal não convenceu a crítica no país.
Motivações políticas
O jurista José Capassura não tem dúvidas de que estes assassinatos e outros - como as mortes de Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe - têm motivações políticas, porque são executados por agentes policiais:
"Não há dúvidas nem margens de erro de que estes assassinatos têm algum tipo de direção das Forças Armadas de Defesa e Segurança (FADS) e fica muito difícil ter que esclarecer crimes desta natureza."
Os intelectuais Jaime Macuane e Ercínio de Salema foram outros alvos dos "esquadrões da morte": sofreram agressões brutais. Capassura critica a fragilidade das instituições de investigação.
"A investigação criminal ainda é regida pelo princípio de oficialidade, o que significa que só as instituições criadas pelo Estado são competentes e legítimas para investigar e esclarecer estes crimes neste sentido," relata. "Agora, se alguns membros das FADS dirigem catedrais, criminalidade organizada, fica muito difícil para que outras instituições auxiliares da administração da Justiça esclareçam crimes desta natureza," considera.
Crimes eleitorais
O analista político Dércio Alfazema entende que os crimes dos "esquadrões da morte" acontecem muitas vezes em períodos eleitorais.
"Gilles Cistac, por exemplo, acabou perdendo a vida num contexto em que o país discutia questões que têm a ver com reformas e descentralização. Ele acabou não sendo percebido face a questões de intolerância e de dificuldades de compreender o pensar diferente e acabou sendo uma vítima da democracia," afirma.
O analista culpa as instituições que deviam proteger o cidadão, e os políticos que muitas vezes atropelam leis para o seu próprio benefício:
"Eles que aprendam a conviver de acordo com aquilo que são as leis e não sejam eles próprios os promotores de situações de desordem, de violação de normas. Essa questão de disputa de poder que já não se limita a questões eleitorais, mas depois tem que se avançar para a situação de violência.”
O jurista José Capassura insiste que os dois últimos assassinatos, do advogado Elvino Dias e do político Paulo Guambe, pela precisão do crime, revelam que foram da responsabilidade das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
"Pelo número de projéteis que foram disparados, dúvidas não subsistem de que se tratou de elementos das FDS com algum teor avisado de conhecimento de manuseamento de armas", conclui.
DW – 21.10.2024
Posted on 21/10/2024 at 22:14 in Eleições 2024 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
Manuel de Araújo em digressão pelo mundo para "denunciar irregularidades eleitorais"(video)
Posted on 21/10/2024 at 20:50 in Eleições 2024 Gerais, Opinião | Permalink | Comments (0)
Semanário Dossiers&Factos 585 21.10.2024
Posted on 21/10/2024 at 20:38 in Eleições 2024 Gerais, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Palestina: um ano de genocídio, um ano de resistência (5) [Elementos de Autocrítica]
ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Vamos a quarta questão. Porquê os EU e a União Europeia [UE] continuam a financiar e armar Israel? Por duas razões principais:
A primeira; o Estado de Israel é uma “engrenagem” do sistema imperialista liderado pelos EU e desempenha um papel regional decisivo no Médio-Oriente, 'cabeça-de-ponte' dos EU na região, “cão de guarda” de seus interesses por lá o regime sionista sempre foi armado e financiando para se “sobrepor” aos países árabes e ao Irão “lutando” para que aquela área estratégica na qual se 'concentram' + de 60% das reservas petrolíferas do mundo “lutando” para que essa área estratégica esteja sob o “Comando” dos EU particularmente em período tão polarizado da cena mundial na qual “rufam” por todos os lados tambores de guerra, Médio-Oriente que sempre foi “estratégico“ é + “estratégico” ainda agora, porquê petróleo é 'decisivo' para a guerra.
Não há guerras sem petróleo; aviões, tanques, blindados precisam de petróleo para que possam “cumprir” a sua função tecnológica, logo isso, faz com que o Médio-Oriente seja uma região 'decisiva' no actual semanário mundial, assim como a Venezuela apenas para fazer uma referência.
A segunda razão que “explica” a associação contínua dos EU e da UE a Israel é o 'peso' do lobby sionista nos países imperialistas; o Estado de Israel tem uma “excepcionalidade” no sistema imperialista ao qual pertence. Essa “excepcionalidade” pessoal é revestida pela impressionante capacidade que tem o Estado de Israel de “intervir” na política interna desses países, na política interna dos EU, da UE, do Brasil, da Argentina, ou seja, onde 'existir' uma colectividade judaica importante. O Estado de Israel exerce essa pressão, a partir da “influência” das fracções judaicas da burguesia que tem forte presença entre os Bancos, no sistema financeiro, entre os meios de comunicação, na Industria da cultura especialmente na Industria cinematográfica, na Empresas da tecnologia de informação.
A existência desse lobby sionista que nos EU organiza-se formalmente tem o nome de APEC, é um lobby “destinado” a cuidar dos interesses israelitas dentro dos EU é o segundo lobby + poderoso dos EU só é “superado” pela Associação Nacional dos Rifles. A existência desse lobby sionista faz com que Israel possa ser “o rabo que abana o cão” impondo seus interesses muitas vezes até mesmo sobre os interesses + gerais das demais fracções burguesas nos EU, na Europa, no Brasil, na Argentina …e assim por diante.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, [21] de Outubro, 20[24]
Posted on 21/10/2024 at 20:18 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
Semanário Canal de Moçambique 790 16.10.2024
Posted on 21/10/2024 at 17:19 in Eleições 2024 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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