O ex-juiz Sergio Moro, desde o começo da Lava Jato, coordenou operações da Polícia Federal. Chats de grupos da força-tarefa no Telegram indicam que o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro inclusive ordenou busca e apreensão na casa de suspeitos sem provocação do Ministério Público (o que é irregular).
As mensagens secretas da Lava Jato mostram que, dias antes da condução coercitiva para depoimento de Lula, Moro não conspirou somente com os procuradores, mas também com a PF. Ele ajudou no planejamento da operação, tendo inclusive direcionado quais materiais deveriam ser apreendidos — o que viola o sistema acusatório.
Em um dos chats, o delegado da PF, Luciano Flores, comenta sobre a conduta do ex-juiz: “Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém...hahahah. Kkkkk”, escreveu referindo-se a Moro pelo apelido usado pela equipe da força tarefa. “Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. O delegado Flores, em resposta, avisou: “Normal... deixa quieto...Vou ajeitar...kkkk”.
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