Por Edwin Hounnou
Vivemos numa sociedade extremamente intolerante. O partido Frelimo tem feito vida negra aos partidos da oposição por não os deixar fazer campanha - persegue-os, agride-os e destrói os panfl etos dos seus “inimigos”.
Muitos dos membros da oposição receiam fazer campanha que temerem perseguições. Indivíduos do partido Frelimo andam a avisar que quem votar na oposição, em referência à RENAMO e ao MDM, vai se ver mal. Em conta disso, membros da oposição esquivam-se de participar das campanhas como forma de evitar problemas e serem perseguidos pelos secretários ao serviço do partido Frelimo.
O nível da violência revela, mais uma vez, a verdadeira face antidemocrática do partido no poder. O que vem escrito na Lei-Mãe, de que um indivíduo é livre de pertencer a um partido ou a nenhum, é para embelezar a Constituição. Na realidade, em Moçambique, a factura de não pertencer ao partido Frelimo é muito pesada.
Estes factos são, por ironia, protagonizados pelo partido que se pretende campeão da paz e reconciliação. Os dirigentes do partido Frelimo nunca saíram a condenar as atitudes dos seus apoiantes quando esses impedem os partidos da oposição fazer campanha e agridem caravanas dos seus adversários. O silêncio da Frelimo, em relação às agressões contra a oposição é traduzido como um alinhamento tácito com os arruaceiros e agressores que perturbam e batem nos seus adversários. Eles têm a permissão da direcção do partido e, também, gozam do apoio logístico como combustíveis e bebidas alcoólicas para se drogarem. Para quem tenha acompanhado o desenrolar da campanha eleitoral não lhe resta mais dúvidas de que o partido Frelimo seja o maior agressor da paz e da reconciliação.
Todas as guerras por que passamos, desde a independência nacional, resultaram da intolerância política por a Frelimo não aceitar o pensar diferente. É um grande sacrilégio admitir e ouvir opinião diferente. Tudo que venha de fora das suas fi leiras é opinião do inimigo, deve ser rejeitado. Este tipo de postura política representa um grande perigo à paz e ameaça a reconciliação nacional.
Em Moçambique do partido Frelimo, democracia é aceitar as ideias e práticas do Partido-Estado. Repudiar o tal modus vivendi é sujeitar-se ao ostracismo, é correr o risco de ser considerado cidadão de segunda categoria. É isso que torna a democracia que vivemos atípica – democracia e reconciliação é juntar-se ao partido Frelimo. É não contestar e aceitar que os roubos e calotes ocorram de forma livre.
Em Macossa, distrito a nordeste de Manica, vimos cenas bizarras e de tamanha baixeza. Brigadas do MDM foram agredidas por elementos do partido Frelimo quando esses tentavam colar panfl etos no mercado local, sob ameaças de que apenas o partido Frelimo está autorizado a fazer política naquele distrito. Os malfeitores insultavam aos gritos e ordenavam para que, de imediato, o MDM se retirasse do local. Valeu a intervenção da polícia que evitou que o pior acontecesse.
Vivemos numa sociedade extremamente intolerante. O partido Frelimo tem feito vida negra aos partidos da oposição por não os deixar fazer campanha - persegue-os, agride-os e destrói os panfl etos dos seus “inimigos”.
Muitos dos membros da oposição receiam fazer campanha que temerem perseguições. Indivíduos do partido Frelimo andam a avisar que quem votar na oposição, em referência à RENAMO e ao MDM, vai se ver mal. Em conta disso, membros da oposição esquivam-se de participar das campanhas como forma de evitar problemas e serem perseguidos pelos secretários ao serviço do partido Frelimo.
O nível da violência revela, mais uma vez, a verdadeira face antidemocrática do partido no poder. O que vem escrito na Lei-Mãe, de que um indivíduo é livre de pertencer a um partido ou a nenhum, é para embelezar a Constituição. Na realidade, em Moçambique, a factura de não pertencer ao partido Frelimo é muito pesada.
Estes factos são, por ironia, protagonizados pelo partido que se pretende campeão da paz e reconciliação. Os dirigentes do partido Frelimo nunca saíram a condenar as atitudes dos seus apoiantes quando esses impedem os partidos da oposição fazer campanha e agridem caravanas dos seus adversários. O silêncio da Frelimo, em relação às agressões contra a oposição é traduzido como um alinhamento tácito com os arruaceiros e agressores que perturbam e batem nos seus adversários. Eles têm a permissão da direcção do partido e, também, gozam do apoio logístico como combustíveis e bebidas alcoólicas para se drogarem. Para quem tenha acompanhado o desenrolar da campanha eleitoral não lhe resta mais dúvidas de que o partido Frelimo seja o maior agressor da paz e da reconciliação.
Todas as guerras por que passamos, desde a independência nacional, resultaram da intolerância política por a Frelimo não aceitar o pensar diferente. É um grande sacrilégio admitir e ouvir opinião diferente. Tudo que venha de fora das suas fi leiras é opinião do inimigo, deve ser rejeitado. Este tipo de postura política representa um grande perigo à paz e ameaça a reconciliação nacional.
Em Moçambique do partido Frelimo, democracia é aceitar as ideias e práticas do Partido-Estado. Repudiar o tal modus vivendi é sujeitar-se ao ostracismo, é correr o risco de ser considerado cidadão de segunda categoria. É isso que torna a democracia que vivemos atípica – democracia e reconciliação é juntar-se ao partido Frelimo. É não contestar e aceitar que os roubos e calotes ocorram de forma livre.
Em Macossa, distrito a nordeste de Manica, vimos cenas bizarras e de tamanha baixeza. Brigadas do MDM foram agredidas por elementos do partido Frelimo quando esses tentavam colar panfl etos no mercado local, sob ameaças de que apenas o partido Frelimo está autorizado a fazer política naquele distrito. Os malfeitores insultavam aos gritos e ordenavam para que, de imediato, o MDM se retirasse do local. Valeu a intervenção da polícia que evitou que o pior acontecesse.
Posted on 10/10/2019 at 12:36 in Eleições 2019 Gerais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Tolerância e Seus Pressupostos Fundamentais [Elementos de Autocrítica]
Por Major Manuel Bernardo Gondola
Ser tolerante no [isolamento] não é possível. Se você está [sozinho] não tem como ser tolerante porque ser tolerante é em relação a alguém e o que é pior é alguém, que agi, que se manifesta, que pensa, que fala e que se comunica. E…, aqui eu puxo a [brava] para minha sardinha. Toda tolerância pressupõe comunicação.
Pressupõe mensagem. Porque eu tenho que [discordar] e então é fundamental que tenha havido mensagem da parte do outro. Se fosse possível [reflectirmos] sobre uma pessoa, que não comunica, acto com o qual eu não [concordo] porque, mesmo silencioso, você comunica pelos seus gestos, pela sua indumentária, e…, etc,etc.
O facto é, se houvesse alguém, que não [comunica], não haveria como exercitar em relação a ele nenhum tipo de tolerância ou intolerância. O facto é que, a tolerância pressupõe, que [exista] um outro e que esse outro se apresente, se manifeste, fale, exponham o seu pensamento ou ponto de vista.
Um outro pressuposto fundamental da tolerância é fundamental que haja [discordância]. Repito, é Fundamental que haja [discordância]. Em outras palavras, não há tolerância, nem intolerância quando há [concordância]. Se você é católico fervoroso, não há que ser tolerante com o Padre da sua Igreja. Porquê!... Porque, você deve [concordar] com o Padre.
E portanto, a tolerância pressupõe a possibilidade de [discordar] ou seja, de não estar de acordo, de não tolerar, de não aprovar. E portanto, a tolerância pressupõe aquilo, que na psicologia costumam chamar de dissonância cognitiva. O que vem a ser dissonância cognitiva para os psicólogos da cognição?
Moçambique: Assassinado secretário da RENAMO em Vilankulo
Membro da polícia comunitária é acusado de ter assassinado um simpatizante da RENAMO na província moçambicana de Inhambane. A polícia diz que está à procura do autor do crime.
Moisés Pedro Muabsa, jovem de 33 anos de idade e membro do partido da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) foi assassinado no passado dia 7 de outubro, no povoado de Pambara, distrito de Vilankulo, em Inhambane.
António Chulu, uma das testemunhas presentes no local do crime, disse à DW África que Moisés Pedro Muabsa foi esfaqueado na calada da noite por um agente da polícia comunitária, que está agora em fuga.
António Chulu, uma das testemunhas presentes no local do crime, disse à DW África que Moisés Pedro Muabsa foi esfaqueado na calada da noite por um agente da polícia comunitária, que está agora em fuga.
"Mas quem esfaqueou foi um membro do policiamento comunitário. Este, fugiu logo que fez aquilo.... desapareceu. Acho que já tinha instruções para fugir”, disse Chulu.
Ameaças de desconhecidos
José Manteigas, porta-voz nacional do partido RENAMO, revelou que dois dias antes de ser assassinado, Moisés Pedro Muabsa foi ameaçado por desconhecidos que exigiram que este se filiasse ao partido no poder (FRELIMO) e retirasse a bandeira da RENAMO da sua residência.
"Porque antes houve um precedente de pessoas que foram a casa desse malogrado e obrigaram-no a retirar a bandeira da sua casa o que é um ato condenável a todos os títulos. Muabsa sofreu várias ameaças porque estava a fazer trabalho para a RENAMO e passado dois dias ele foi assassinado”, afirmou Manteigas.
Entretanto, faltando poucos dias para o fim da campanha eleitoral em Moçambique nota-se uma crescente onda de intimidações, destruição de residências e mortes.
Entretanto, faltando poucos dias para o fim da campanha eleitoral em Moçambique nota-se uma crescente onda de intimidações, destruição de residências e mortes.
Clima de medo
José Manteigas, da RENAMO, acrescenta que se vive um clima de medo no seio da sociedade e acusa os autores destes crimes como sendo destruidores do sistema democrático que o país vive.
"Estamos a assistir assassinatos gratuitos de pessoas inocentes. Isto nos preocupa e queremos repudiar esses atos , principalmente quando se trata de um membro do nosso partido. Foi assassinado apenas porque tinha uma bandeira na sua casa e era um militante ativo do partido RENAMO. Falta muita tolerância politica da parte do regime”.
À DW, Juma Aly Dauto, porta-voz do comando provincial em Inhambane, disse que o alegado autor do crime não tem nenhum vínculo à corporação, mas que a polícia está a fazer diligência para que ele seja neutralizado de modo a poder ser responsabilizado na justiça pelo homicídio voluntário.
"Ele não tem nenhum vínculo com a polícia da República de Moçambique. A policia neste momento está a diligenciar junto a família para localizar este individuo que está em parte incerta e julgamos que dentro em breve vamos capturá-lo e responsabilizá-lo por este crime de homicídio voluntário qualificado”.
À DW, Juma Aly Dauto, porta-voz do comando provincial em Inhambane, disse que o alegado autor do crime não tem nenhum vínculo à corporação, mas que a polícia está a fazer diligência para que ele seja neutralizado de modo a poder ser responsabilizado na justiça pelo homicídio voluntário.
"Ele não tem nenhum vínculo com a polícia da República de Moçambique. A policia neste momento está a diligenciar junto a família para localizar este individuo que está em parte incerta e julgamos que dentro em breve vamos capturá-lo e responsabilizá-lo por este crime de homicídio voluntário qualificado”.
DW – 09.10.2019
Posted on 10/10/2019 at 11:48 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
Violência eleitoral dispara em Moçambique
Pesquisadora da Human Rights Watch diz que assassinato de Anastácio Matavel é "assustador e mancha o processo eleitoral" em Moçambique. Para Zenaida Machado, eleições estão a perder a credibilidade.
Na madrugada de segunda para terça-feira (08.10), foi morto a facadas o secretário da RENAMO em Vilakulo, na província de Inhambane. Antes, na segunda-feira (07.10), o observador eleitoral e membro da plataforma Sala da Paz, Anastácio Matavel, foi morto a tiros quando saia de uma formação para observadores eleitorais.
Zenaida Machado, pesquisadora para Moçambique da organização não governamental norte-americana Human Rights Watch, está indignada. Para ela, o assassinato de Anastácio Matavel mancha o processo eleitora, intimida e incentiva a impunidade.
Em entrevista à DW África, Machado apela para que se faça uma investigação profunda do crime e se apresente respostas concretas à sociedade moçambicana. ao mesmo tempo em que elogia a rapidez da Polícia na prisão de dois de seus agentes, suspeitos de terem participado no crime, critica a corporação como incapaz de conter a violência que se verifica no país.
A pesquisadora diz ainda que os líderes políticos do país, entre eles o Presidente Filipe Nyusi, devem se distanciar publicamente da violência e afirma que será "muito difícil dizer-se que, no final, esse processo eleitoral foi um processo igual para todas as partes".
DW África: Pediria que comece por comentar o assassinato do observador eleitoral Anastácio Matavel, na passada segunda-feira (07.10)., na província de Gaza.
Zenaida Machado (ZM): Esse assassinato é assustador e mancha bastante o processo eleitoral que está a decorrer em Moçambique neste momento. Se não for esclarecido, vai aumentar o nível de medo, intimidação e a impunidade que já temos verificado que está presente na sociedade civil em Moçambique e no sistema judicial.
Posted on 10/10/2019 at 11:36 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
09/10/2019
Caravana Da Renamo Atacada na Reta Final da Campanha Eleitoral
A caravana da Renamo, maior partido da oposição no país, foi atacada no distrito de Nacala-Porto, na província nortenha de Nampula, há escassos dias do fim da campanha eleitoral e da consequente realização das eleições gerais, próxima terça-feira.
O acto ocorreu segunda-feira, cerca das 16 horas locais, no bairro Mathapue» quando os membros e simpatizantes do partido retornavam à sede distrital, depois de cumprir mais uma árdua jornada de "caça ao voto" no recôndito bairro de Murrupelane.
No acto, que o delegado distrital da Renamo, Gildo Maquera, imputa aos rivais políticos do partido Frelimo, dois apoiantes da força política da oposição ficaram feridos, um com gravidade, daí que tiveram de ser levados imediatamente ao hospital distrital, onde receberam tratamentos seguidos da respectiva alta.
*A Frelimo atacou a caravana da Renamo em plena campanha eleitoral. Não é admissível. Nós, como partido Renamo, não respondemos, apelámos à calma a todos os nossos membros e simpatizantes. Conseguimos contornar. Lamentamos porque estamos diante de um adversário maduro”, disse Maquera.
A Frelimo atacou a caravana da Renamo em plena campanha eleitoral. Não é amissível. Nós, como partido Renamo, não respondemos, apelámos à calma todos os nossos membros e simpatizantes. Conseguimos contornar, lamentamos, porque estamos diante de um adversário maduro", disse Caquera.
O delegado político disse a AIM que "quando não respeita a maturidade de que tanto se fala, ficamos sem entender. A Frelimo já está a criar desacatos, está a atacar a Renamo, ao invés de tentar se preparar para a oposição".
A Polícia da República de Moçambique (PRM) esteve no local dos acontecimentos e confirma o ataque à caravana da Renamo. Entretanto, é cautelosa quanto aos autores das escaramuças.
Posted on 09/10/2019 at 23:18 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 70- 09 de Outubro de 2019
Viatura do administrador de Gondola atacada e incendiada por homens armados
Cinco pessoas ficaram feridas e uma viatura protocolar do administrador de Gondola foi reduzida a cinzas resultado de um ataque de homens armados na localidade de Amatongas, distrito de Gondola, Manica. O caso deu-se na tarde de ontem (8 de setembro) na região de Pinangonga quando o administrador do distrito fazia campanha a favor da Frelimo no local.
Enquanto decorria o comício, os atacantes deslocaram-se a residência do líder comunitário e espancaram-no gravemente. Informado sobre o ocorrido, o administrador enviou a viatura para socorrê-lo.
Os atacantes em número ainda não identificado emboscaram a viatura de marca Toyota Hilux D4D e abriram fogo contra a mesma, tendo ferido quatro polícias. Estes abandonaram a viatura que foi incendiada pelos atacantes. Ninguém morreu, reportam os nossos correspondentes.
O Chefe das Relações Públicas da Polícia em Manica, Mário Arnaça, confirmou o corrido e disse que está a trabalhar para apurar os factos. “Tendo em conta os últimos pronunciamentos do General Nhongo, tudo indica que os autores podem pertencer ao autoproclamado líder da Junta Militar” disse Arnaça.
No dia 25 de setembro o administrador declarou, em comício dirigido à população, que a Frelimo continuará a governar a todo o custo (Vide Boletim 59). Na ocasião, Moguen Candiero ridicularizou partidos da oposição, reportaram nossos correspondentes.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-70-09-10-19
Posted on 09/10/2019 at 20:03 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Há esquadrões de morte para abater opositores, revela agente da Polícia da República de Moçambique(Repetição)
Uma das frentes mais activas do conflito político-militar, que decorre há vários meses em diversas regiões de Moçambique, acontece no distrito de Murrupula, na província de Nampula, norte de Moçambique, onde oficialmente um contingente da Polícia da República de Moçambique(PRM) foi enviado para a localidade de Naphuco para repor a ordem, alegadamente perturbada por homens armados da Renamo, e um agente terá sido raptado. Na verdade, um esquadrão de elite das forças governamentais foi enviado para o local.
“(...)fizemos uma defesa circular, em que todos parámos e concentramos o fogo. Mas sem esperar que aqueles podiam responder, porque nós fomos de madrugada. Quando responderam cada um correu à sua maneira e ele ficou”, relata um agente das forças especiais da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM), que revela ainda ter realizado várias "missões" de eliminação de alvos previamente identificados pelos comandantes, uma das quais a 25 de Setembro de 2015, em Zimpinga (41 quilómetros a leste de Chimoio na Estrada Nacional Número 6, entre Gondola e a Missão de Amatongas ), onde a ordem era eliminar fisicamente Afonso Dhlakama, líder da Renamo. “Aquele velho (Dhlakama) não morre”, disse.
Leia a seguir um relato arrepiante, feito por quem diz ter participado e por isso testemunha. “Estamos cansados. Não ganhamos nada e estamos a sonhar com aquilo”, diz o agente. O referido agente, cuja identidade não revelamos, nasceu na cidade de Maputo em 1985.
“Cumpri a tropa no Centro de Formação de Forças Especiais de Nacala Porto”, diz o agente. “Estava lá como Instrutor Auxiliar de Armamento e Tiro”. Cumprido o serviço militar, e depois de algum tempo em que trabalhou para uma empresa privada de segurança, foi incorporado nas fileiras da PRM. “Entrei para a polícia; fizeram uma seleção. Queriam aqueles que tinham sido militares e que tivessem feito o curso de armamento, para serem da Intervenção Rápida, mas estando na Presidência da República. Trabalhei na RP1 e na RP2”, diz ele. RP é a sigla para Residências Protocolares pertencentes à Presidência da República.
P – Qual é o seu percurso até chegar às Forças Especiais?
“(...)fizemos uma defesa circular, em que todos parámos e concentramos o fogo. Mas sem esperar que aqueles podiam responder, porque nós fomos de madrugada. Quando responderam cada um correu à sua maneira e ele ficou”, relata um agente das forças especiais da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM), que revela ainda ter realizado várias "missões" de eliminação de alvos previamente identificados pelos comandantes, uma das quais a 25 de Setembro de 2015, em Zimpinga (41 quilómetros a leste de Chimoio na Estrada Nacional Número 6, entre Gondola e a Missão de Amatongas ), onde a ordem era eliminar fisicamente Afonso Dhlakama, líder da Renamo. “Aquele velho (Dhlakama) não morre”, disse.
Leia a seguir um relato arrepiante, feito por quem diz ter participado e por isso testemunha. “Estamos cansados. Não ganhamos nada e estamos a sonhar com aquilo”, diz o agente. O referido agente, cuja identidade não revelamos, nasceu na cidade de Maputo em 1985.
“Cumpri a tropa no Centro de Formação de Forças Especiais de Nacala Porto”, diz o agente. “Estava lá como Instrutor Auxiliar de Armamento e Tiro”. Cumprido o serviço militar, e depois de algum tempo em que trabalhou para uma empresa privada de segurança, foi incorporado nas fileiras da PRM. “Entrei para a polícia; fizeram uma seleção. Queriam aqueles que tinham sido militares e que tivessem feito o curso de armamento, para serem da Intervenção Rápida, mas estando na Presidência da República. Trabalhei na RP1 e na RP2”, diz ele. RP é a sigla para Residências Protocolares pertencentes à Presidência da República.
P – Qual é o seu percurso até chegar às Forças Especiais?
Posted on 09/10/2019 at 19:22 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Oposição queixa-se de falta de proteção policial na campanha em Inhambane
Oposição em Inhambane queixa-se de estar a ser impedida de fazer campanha eleitoral em alguns distritos. Falta de proteção da polícia nas atividades é outra das grandes preocupações. Autoridades negam discriminação.
Na semana passada, a Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) foi impedida de levar a cabo as suas atividades no âmbito da campanha eleitoral nos distritos de Funhalouro, Massinga, Panda e Jangamo.
Segundo o porta-voz José Manteigas, os protagonistas destes "atos anti-democráticos" são os membros do partido que está no poder. "Os simpatizantes e militantes da FRELIMO, em vez de irem pedir votos à população, estão a tentar inviabilizar a campanha da RENAMO e dos outros partidos políticos", acusa.
Para José Manteigas, este comportamento negativo "não faz nenhum sentido" num país que goza da tolerância política e do pluralismo. "Os membros da FRELIMO estão a transformar-se em autênticos vândalos nesta campanha eleitoral. Porque a campanha deles é obstruir a campanha da RENAMO. Isso é vandalismo e falta de civismo. O que queremos é uma coabitação política neste espaço que é de todos", diz.
Proteção da polícia
Também José Sinequinha, mandatário do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Inhambane, revelou à DW África que o partido entregou uma carta à Comissão Provincial de Eleições na região a lamentar a ausência da polícia durante as atividades do seu partido na campanha eleitoral que está prestes a chegar ao fim.
Posted on 09/10/2019 at 18:39 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Renamo pede demissão de ministro após assassínio de observador
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) pediu hoje a demissão do ministro do Interior face aos indícios de envolvimento de agentes da polícia no assassínio de um observador eleitoral.
“Exigimos a demissão, com efeitos imediatos, do ministro do Interior [Basílio Monteiro], por ser incompetente na luta contra o crime e sobretudo porque [os suspeitos] são elementos da polícia que o seu ministério tutela”, disse hoje André Magibire, porta-voz da Renamo, em conferência de imprensa em Maputo.
A Renamo “repudia de forma veemente o assassínio bárbaro” de Anastácio Matavel, diretor-executivo do Fórum das ONG (FONGA) e dirigente da organização de observação Sala de Paz, em Gaza, ocorrido em 07 de outubro.
O partido diz não ter dúvidas de que a motivação do crime tem a ver com o processo eleitoral em curso.
“Tem em vista intimidar, silenciar todos aqueles que se pronunciam, que estão a favor de eleições livres, justas e transparentes”, disse, acrescentando que o assassínio tem “motivações políticas”.
O mais “triste e arrepiante” é saber-se que o observador terá sido assassinado por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), que têm como missão primária defender os seus cidadãos, mas “hoje virou assassina daqueles que um dia jurou defender”, acrescentou.
Posted on 09/10/2019 at 18:25 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Assassinato de Matavel na imprensa
Posted on 09/10/2019 at 13:11 in Eleições 2019 Gerais, Informação - Imprensa, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
FDS trava combate contra insurgentes em Cabo Delgado
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) travaram um combate contra insurgentes na noite de segunda-feira e madrugada de terça, que resultou no aniquilamento de um número considerável dos malfeitores, na região de Mbau, entre os rios Messalo e Muera, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.
O golpe de artilharia causou a destruição do acampamento dos insurgentes, que se colocaram em fuga após o ataque.
A informação é avançada pelo Ministério da Defesa Nacional em comunicado de imprensa, enviado a nossa redacção. Segundo a fonte, as FDS também dirigiram no último sábado, um combate que resultou no abate de nove insurgentes, no mesmo distrito.
Ainda de acordo com o Ministério da Defesa, as operações prosseguem e as FDS continuam em prontidão combativa.
O PAÍS – 09.10.2019
NOTA: Tendo sido tão badalada a chegada de apoio russo a Cabo Delgado, será que os insurgentes se não precaveram? É que já se torna difícil acreditar no governo da Frelimo.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 09/10/2019 at 11:50 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (5)
Comando-Geral confirma envolvimento de polícias
Assassinato em Xai-Xai
O COMANDO-GERAL da Polícia confirmou ontem que Anastácio Matavel, director executivo do Fórum das Organizações Não-Governamentais de Gaza (FONGA), foi assassinado por um grupo composto por quatro agentes da corporação e um civil.
O envolvimento de quatro agentes afectos à subunidade da Intervenção rápida em serviço no Grupo de Operações Especiais (GOE), em Gaza, foi assumido pelo porta-voz do Comando-Geral, Orlando Mudumane, numa comunicação à imprensa feita cerca das 13.00 horas, em Maputo. A informação já circulava desde a tarde de segunda-feira, logo após o assassinato.
A vítima, de 58 anos de idade, que era também ponto focal da Sala da Paz em Gaza, uma plataforma de observação e monitoria eleitoral, foi baleada com uma AKM no Bairro 5 de Inhamissa, em Xai-Xai, cerca das 11.00 horas, quando seguia na sua viatura.
Consumado o facto, os atacantes puseram-se em fuga, até se envolverem num acidente, do qual um deles perdeu a vida no local, o segundo, gravemente ferido, viria a morrer no Hospital Provincial de Xai-Xai e outros três continuam a monte.
Na comunicação à imprensa, sem direito a questões, o porta-voz acrescentou que o Comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, ordenou a suspensão de actividades do comandante provincial da Intervenção rápida, Alfredo Naifane Macuácua, e de Tudelo Macauze Muchicho Guirrugo, chefe máximo da companhia de GOE, em Gaza.
Por outro lado, foi criada uma comissão de inquérito que, dentro de 15 dias deverá apresentar um relatório pormenorizado sobre a ocorrência.
O documento termina com o Comando-Geral da Polícia a condenar a conduta criminosa dos quatro agentes e a solidarizar-se com a família do finado, para além de prometer tudo fazer para o apuramento do móbil e da verdade material inerente ao facto.
Entretanto, um comunicado da Sala da Paz enviado ontem à nossa redacção indica que as cerimónias fúnebres de Anastácio Matavel terão lugar hoje, quarta-feira, dia 9, no Bairro Marien Ngouabi, na cidade de Xai-Xai, sua terra natal. de acordo com o mesmo comunicado, o funeral terá lugar pelas 14.00horas, no cemitério local, antecedido de velório, pelas 12.00horas, na sua residência, sita no mesmo bairro. O finado de 58 anos de idade deixa viúva e cinco filhos.
NOTÍCIAS – 09.10.2019
NOTA: Porque será que o NOTÍCIAS mente: …”e outros três continuam a monte”. Há 2 detidos e apenas 1 fugiu. Ou será que já sabe que estes dois, ora presos, também “fugirão”?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 09/10/2019 at 11:30 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
"Na Frelimo era norma fuzilar", Mariano Matsinhe em 04.09.2009(Repetição)
Por Francisco Carmona e Emídio Beúla
Fotos de Naíta Ussene
Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória.
Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.
Sr. General, passam 34 anos após a proclamação da independência nacional. Este Setembro comemoramos 45 anos após a insurreição armada e 35 anos dos acordos de Lusaka. Quando olha para trás, que balanço faz deste Moçambique?
Em tempo: Era"norma" e, como a revolução continua, também continua como "norma" fuzilar os opositores políticos ou assim entendidos.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 09/10/2019 at 11:10 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Semanário Canal de Moçambique nº 533 de 09.10.2019(capa)
Posted on 09/10/2019 at 10:36 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Informação - Imprensa, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Assalto chinês ao pangolim em Moçambique e uma justiça corrupta
Sabiam que, tal como o rinoceronte, os pangolins são alvo de uma desenfreada caça furtiva em Moçambique? Tal como os chifres de rinoceronte, as escamas de pangolim têm como destino a Ásia para uso na medicina chinesa. E cada vez mais são registados casos de caça ilegal deste que se tornou no mamai mais procurado em África. Tete é o epicentro do fenómeno, uma devastação impune de uma espécie protegida.
O mais recente alarme deu-se no passado dia 25 de Setembro de 2019.
Guardas florestais nacionais prenderam 9 cidadãos chineses numa instalação de extração de madeira adjacente ao Parque Nacional de Magoe. Eles acabavam de matar ilegalmente um Pangolim Terrestre. O tráfico e o assassinato de qualquer espécie de pangolim é uma violação do direito nacional e internacional Mas, apesar de largas evidências, um juiz local, Samuel Muiambo (do Tribunal Distrital de Cahora Bassa, no Songo) está a tratar de anular todos os esforços para levar os presos a justiça. Ele libertou imediatamente os homens, sob circunstâncias ...
Posted on 09/10/2019 at 00:12 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Justiça - Polícia - Tribunais, Macau - China, Política - Partidos, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
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