Sunday, March 31, 2019

Assassino desmascarado em entrevista de emprego 20 anos depois de homicídio


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Susan Better estava a trabalhar quando um homem a esfaqueou e espancou violentamente. Apesar das provas encontradas, não foi encontrado culpado — até agora.
D.R.
Sondra Better estava na loja onde trabalhava no dia 24 de agosto de 1998 quando um homem a esfaqueou e espancou até à morte. A sexagenária estava a poucos anos da reforma, ia viajar com o marido, Seymor Better, para Nova Iorque onde iam renovar os votos de casamento e foi brutalmente assassinada sem que ninguém soubesse quem tinha sido o culpado. Até o último mês de dezembro, pelo menos, quando o autor do crime foi desmascarado numa entrevista de emprego.
A história insólita aconteceu no estado da Florida, nos EUA, e permaneceu um mistério durante 20 anos. “Nós tínhamos provas físicas… Mas a pessoa que tinha sido responsável por este crime hediondo parecia ter desaparecido”, esclareceu o chefe da polícia de Delray Beach, Javaro Sims. Havia algumas provas mas nunca tinha sido suficientes para descobrir o culpado.
Na altura, os técnicos forenses encontraram uma impressão digital, retirada de uma bola decorativa encontrada no local do crime. Inseriram-na nos registos digitais da polícia, cruzaram-na com a de centenas de pessoas, mas nada funcionou. O mesmo aconteceu com vestígios de ADN também detetados. A reviravolta na história surgiu em dezembro de 2018 quando Todd Barket, de 51 anos, submeteu as suas impressões digitais quando estava a candidatar-se a um trabalho como assistente de enfermeiro.
Na altura, Barket vivia a 12 quilómetros da loja onde Susan foi assassinada. As impressões digitais que cedeu coincidiram com as encontradas no local do crime, tal como mais tarde amostras de sangue confirmaram ter sido ele o assassino. Na passada quarta-feira foi preso, em casa, e está a ser mantido na cadeia de Hillsborough, sem direito a fiança, antes de ser deslocado para o condado de Palm Beach, contou a polícia à CNN.
“Ela foi violentamente morta por um agressor anónimo”, contou Sims. “Foi esfaqueada, espancada e ninguém merece morrer assim.”
O detetive que levou a cabo esta investigação, na altura, era Robert Stevens. Reformou-se em 2007 mas afirmou que este caso o acompanhou durante anos. “Qualquer pessoa que lide com homicídios irá confirmar que quando nos chega um caso onde a vítima é verdadeiramente inocente, é difícil ficar indiferente”, contou.
Depois da morte da mulher, Seymour fez voluntariado na polícia de Delray Beach durante 15 anos. Apesar de já ter morrido, outros familiares de Susan Better já assumiram a sua “enorme felicidade” com o recente desenvolvimento. Sims concluiu a conferência de imprensa onde anunciou os desenvolvimentos no caso afirmando que “vinte anos é demasiado tempo para quem quer e pede justiça.”

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