29.09.2018 às 9h46
Segundo o “Público”, Luís Vieira confessou que o encobrimento foi combinado em nome do interesse nacional. O coronel aguarda agora julgamento em prisão preventiva
Foi em outubro do ano passado, quatro meses depois do assalto aos paióis de Tancos, que a Polícia Judiciária Militar anunciou a novidade: acabara de recuperar o material roubado na zona da Chamusca, após ter recebido uma chamada anónima com informações sobre o paradeiro das armas. Mas, afinal, tudo não passou de uma encenação. Isso mesmo confessou esta sexta-feira o diretor da PJM, o coronel Luís Vieira, interrogado pelo juiz de instrução criminal do Campus de Justiça de Lisboa João Bártolo, conforme noticia o jornal “Público”.
A decisão de encenar o reaparecimento das armas foi justificada com o argumento do interesse nacional. Isto é, Luís Vieira diz ter dado prioridade à recuperação das armas, por uma questão de segurança, e não à punição do assaltante, com quem chegou então a um “acordo de cavalheiros” para que este pudesse devolver o material sem sofrer consequências.
O diretor da PJM, que foi esta semana detido a par de outros militares daquela polícia e da GNR, ficou esta sexta-feira em prisão preventiva por decisão do juiz João Bártolo, mas o seu advogado já anunciou que vai decorrer da decisão. Também o principal suspeito do assalto, um ex-fuzileiro de 36 anos, permanece detido, ao contrário dos restantes arguidos, que aguardarão julgamento em liberdade.
O Expresso revela na edição deste sábado todos os detalhes sobre a investigação em curso, da identidade do autor ao encobrimento combinado com os militares e que lhe permitiu, até agora, escapar à Justiça.
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