Sunday, September 30, 2018

Diretor de Comunicação do Governo da Huíla preso por peculato e associação criminosa


O diretor do Gabinete de Comunicação Institucional do Governo da Huíla encontra-se em prisão preventiva por alegado suposto envolvimento em crimes de peculato e associação criminosa.
Fernando Villar/EPA
Autor
  • Agência Lusa
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O diretor do Gabinete de Comunicação Institucional (GCII) do Governo da Huíla, em Angola, Jaime Lepe Lombe, encontra-se em prisão preventiva na penitenciária do Lubango, pelo suposto envolvimento em crimes de peculato e associação criminosa, informou este domingo a Angop, a agência de notícias estatal angolana.
Segundo a Angop, em causa está o desvio de 14 milhões de kwanzas (41,2 mil euros), de um total de 29 milhões de kwanzas (85,3 mil euros) destinados a campanha de gestão da imagem publicitária do governo da província.
Antes de ser encaminhado para a penitenciária, Jaime Lombe, diretor do GCI há dez anos, foi interrogado durante oito horas pelo procurador da República junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Adão do Nascimento, que decretou a medida de coação.
O montante em causa foi disponibilizado em 2015 para a produção e realização de publicidade institucional nos órgãos de comunicação social, produção de uma revista, assim como a realização de programas radiofónicos, suporte digital da imagem do governo, reconfiguração da biblioteca, entre outros.
Sem um concurso público para o efeito, o contrato foi celebrado e o montante global depositado na conta bancária de uma empresa de publicidade sedeada no Lubango, com o compromisso desta transferir 14 milhões de kwanzas para a conta de Jaime Lombe, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Por outro lado, o ex-diretor do Serviço de Investigação Criminal da Huíla, Amadeu Suana, também se encontra em prisão preventiva, pela segunda vez em menos de dois meses.
Em julho último, Amadeu Suana foi detido por suposto envolvimento na libertação de presos envolvidos no desvio milionário de combustível da central térmica do Lubango, mas foi solto dias depois, mediante o pagamento de uma caução.
Desta vez, o oficial da polícia de investigação é acusado da prática de crimes de peculato, associação criminosa, falsificação de documentos, furto e venda de quatro viaturas roubadas apreendidas pelo SIC.

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