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Moçambique deverá esclarecer um empréstimo de mil milhões de dólares de um banco suiço e outro russo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu a cooperação com Moçambique até que o Governo de Maputo esclareça um empréstimo no valor de mil milhões de dólares contraído junto de um banco suíço e um banco russo.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 15, em Washington, pela directora do Departamento Africano do FMI, Antoinette Sayeh.
Sayeh disse que a organização desconhecia o empréstimo, que foi revelado pelo ministro moçambicano das Finanças, Adriano Maleiane, nas reuniões desta semana em Washington.
O FMI aguarda que o Governo de Maputo informe os detalhes do empréstimo, nomeadamente quem o fez e qual o seu destino.
Entretanto, Sayeh disse que o Fundo suspendeu uma missão que devia realizar na próxima semana em Maputo, até que o Executivo moçambique satisfaça o seu pedido.
(Em actualização)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) cancelou uma missão prevista para a próxima semana a Moçambique devido às revelações de empréstimos alegadamente escondidos no âmbito do caso dos “títulos do atum”, anunciou hoje a diretora do Departamento Africano, Antoinette Sayeh.
“O empréstimo em causa ascende a mais de mil milhões de dólares (884 milhões de euros) e altera consideravelmente a nossa avaliação das perspetivas económicas de Moçambique”, disse hoje Sayeh na sede do FMI, em Washington.
Em conferência de imprensa sobre a situação económica da África Subsaariana, Sayeh dedicou uma boa parte a fazer considerações sobre os novos desenvolvimentos ligados a Moçambique e à revelação de um segundo empréstimo na recompra de títulos de dívida da Ematum, que não haviam sido comunicados ao Fundo.
Em razão desta omissão, o FMI decidiu cancelar a missão que estava programada para se iniciar na próxima semana em Maputo, ao abrigo do Instrumento de Apoio à Política Económica e Facilidade de Crédito Stand-by, “até que todos os factos sejam amplamente divulgados e analisados”, disse Sayeh.
“Em resultado das notícias recentes veiculadas na imprensa sobre a existência de novas operações de empréstimos associadas aos setores da segurança e da defesa”, prosseguiu Sayeh, o FMI está agora “a apurar os factos acerca deste empréstimo”.
As autoridades do FMI receberam esta semana a confirmação por parte do Governo moçambicano de um “empréstimo de montante elevado” que não havia sido anteriormente declarado à instituição.
O FMI chamou a atenção das autoridades moçambicanas que toda a transação de dívida não declarada, “qualquer que seja a sua finalidade”, tem de ser divulgada de forma pública e transparente.
“Esta divulgação é essencial para garantir a plena responsabilização do Governo perante os seus cidadãos e o parlamento, para possibilitar uma avaliação correta da dívida previamente não declarada e os seus efeitos sobre as perspetivas e para determinar o impacto dessas possíveis transações sobre os acordos do FMI com Moçambique”, ressaltou.
Em resposta a uma pergunta da Lusa, a diretora do Departamento Africano afirmou que, tanto o Fundo como todos os parceiros de Moçambique, estão “ávidos por entender completamente” o impacto macroeconómico que poderá ter sobre o país e a habilidade de o Governo continuar a elaborar a sua planificação financeira.
Sayeh confirmou igualmente a realização de conversações com o ministro moçambicano da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, durante os encontros de primavera de Bretton Woods.
“O ministro confirmou-nos o empréstimo e prometeu-nos dar informações adicionais e os factos que precisamos para fazer as nossas avaliações”, respondeu.
“Estamos confortáveis para esperar até recebermos as informações prometidas e dar continuidade à nossa avaliação macroeconómica de Moçambique e sobre os próximos passos que nossa relação terá”, disse.
Em dezembro do ano passado, o Conselho de Administração do FMI concluiu a quinta avaliação do desempenho económico de Moçambique ao abrigo do programa apoiado pelo Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI, na sigla em inglês).
Na ocasião, o Conselho aprovou também o pedido de Moçambique de um acordo no montante de cerca de 282,9 milhões de dólares ao abrigo da Facilidade de Crédito Stand-By (SCF, na sigla em inglês) em complemento ao PSI para incrementar as reservas e manter a estabilidade macroeconómica.
O objetivo do acordo SCF era aliviar o impacto de choques externos sobre a balança de pagamentos e, por intermédio do reforço da estabilidade macroeconómica, alcançar as metas do governo em matéria de redução da pobreza e crescimento inclusivo, anunciou o Fundo em comunicado.
O Subdiretor-Geral e presidente em exercício do Conselho, Min Zhu, ressaltou na ocasião que devia-se dar prioridade ao plano de ação para melhorar a rendibilidade da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) a fim de reduzir o risco que esta representa para o orçamento do Estado.
Fonte: Lusa
PIMO - Bloco de Orientação Construtiva
A ILUSTRE DIRECTORA DE INFORMAÇÃO DO GRUPO SOICO, OLÍVIA MASSANGO ACABA DE DENUNCIAR À HIPOCRISIA POLÍTICA DE FILIPE JACINTO NYUSI, PRESIDENTE MOÇAMBICANO DA REPÚBLICA!
Pela importância, o Bloco da Oposição Construtiva, aconselha a Cda Buchili, dignissíma Procuradora Geral da República, para aproveitar esse texto como documento básico da elaboração duma acusação criminal contra Guebuza e os seus sequazes, afim de responderem em Tribunal pelo crime de roubo, arrogância, abuso do poder e má governação da coisa pública!
O Presidente Nyusi na sua qualidade de magistrado máximo da Nação, deve orientar o Estado no sentido de esclarecer à opinião pública nacional e internacional, com destaque especial para o FMI, o mais cedo possível sobre à degradação da situação económica do país que ele acabou de herdar da bancarrota protagonizada por Armando Guebuza!
Caso o Nyusi querer pautar por comportamento de um "pai natal", piedoso, o Bloco da Oposição Construtiva exige à convocação de eleições gerais antecipadas, afim de eleger um novo executivo e parlamento capaz de indireitar o país para continuar a merecer a melhor confiança dos moçambicanos e dos parceiros internacionais!
Eís na íntegra o texto da Olívia Massango:
"Fomos enganados
SEXTA, 15 ABRIL 2016 08:50 OLÍVIA MASSANGO Enviar por E-mail Versão para impressão PDF.
SEXTA, 15 ABRIL 2016 08:50 OLÍVIA MASSANGO Enviar por E-mail Versão para impressão PDF.
PALAVRAS SEM ALGEMAS
1 - Não é difamação, muito menos injúria. Fomos mesmo ludibriados pelo Presidente Nyusi. A desilusão já passou de sensação para realidade, tal e qual passou o período de graça e de paninhos quentes.
2 - Na avaliação, após um ano e três meses de governação, em matéria de transparência o nosso presidente chumbou. Fez inúmeras promessas públicas que não se compadecem com o quotidiano da sua nublosa governação.
3 - A pretensão da transparência não se compadece com adiamentos. É imediato. E transparente o seu o Governo não é.
4 - A começar pelo meloso discurso de investidura, reproduzido no discurso de tomada de posse do Governo e noutras ocasiões, o Presidente Nyusi sempre pregou a transparência, mais para a sepultura do que para a vida, num túmulo já enterrado pelos seu antecessores.
5 - Recordemos algumas das falsas promessas:
a) “Exigiremos maior eficiência e melhor qualidade das instituições e dos agentes públicos que respeitem os princípios da legalidade, transparência e imparcialidade por forma a servir cada vez melhor o cidadão”.
b)“Asseguraremos que as instituições estatais e públicas sejam o espelho da integridade e transparência na gestão da coisa pública, de modo a inspirar maior confiança no cidadão. Queremos uma cultura de responsabilização e prestação de contas dos dirigentes”.
c)“Este Governo deve ser comunicativo com o povo. Os membros deste Governo devem encarar o acesso à informação como um direito de cidadania consagrado na Constituição e na lei. A nossa acção deve estar alicerçada nos mais altos princípios da ética governativa, como a transparência, a integridade,...”
7 - Hoje, somos alfinetados com informações de que o país se afunda no abismo do endividamento descontrolado e insustentável. Uma curva para a desgraça de um povo inocente, cujo único e exclusivo tranquilizante seria a transparência e responsabilização que tanto nos prometeu o Sr. Presidente, quando disse: “Não aceitaremos a violação deste contrato social firmado com o nosso povo. Ninguém está acima da Lei e todos são iguais perante ela”.
9 - Sem este paliativo, como podemos responder ao seu apelo de, juntos, edificarmos Moçambique? Como podemos projectar o nosso futuro? Sim, gritamos, “Nyusi eu confio em ti”... Mas de que nos vale a confiança às cegas quando vemos as instituições de Bretton Woods a um passo de nos estenderem a mão para o resgate do abismo? Como podemos confiar na sua liderança para reconstruir a esperança de um futuro melhor, com a força da mudança?
10 - Quando disse que o povo era o seu único e exclusivo patrão, afinal, que sentido tinha esta oração, para além do valor estético nas coloridas linhas do seu discurso?
11 - Pior, como interpretar o convite que fez aos moçambicanos e aos partidos políticos da oposição para, “de forma patriótica e responsável, participarem no processo de fiscalização do novo ciclo governativo”, quando o partido que dirige é o primeiro a negar esclarecer as contas do Estado na Casa do Povo? Afinal, o dinheiro do Estado não é nosso?
12 - Sendo, porque não podemos conhecer os destinos que toma quando chega à vossa gestão? Por que conhecer parte do estado das contas da nossa casa através de terceiros?
13 -“Queremos que Moçambique continue a ser refenciado como um dos países do mundo que mantém taxas de crescimento elevadas”. Como será possível, se esses países são os primeiro a saber da nossa precária situação financeira?
14 - A nossa pacata condição de cidadãos, atrofiada pelo individualismo e certa cobardia, está à beira da extinção.
15 - A pressão da vida está prestes a roçar o limite da paciência e a activar o estado natural do Homem na luta pela sobrevivência. É mesmo assim, o caos acontece quando a todos tudo falta. Não deixe que falte, Sr. Presidente. Que a boa governação seja, de facto, a vossa palavra de ordem e que fique a lição de não prometer o que não tem.p"
Fundo Monetário Internacional suspende cooperação com Moçambique
Moçambique deverá esclarecer um empréstimo de mil milhões de dólares de um banco suiço e outro russo.
O Fundo Monetário Internacional suspendeu a cooperação com Moçambique até que o Governo de Maputo esclareça um empréstimo no valor de mil milhões de dólares contraído junto de um banco suíço e um banco russo.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 15, em Washington, pela directora do Departamento Africano do FMI, Antoinette Sayeh.
Sayeh disse que a organização desconhecia o empréstimo, que foi revelado pelo ministro moçambicano das Finanças, Adriano Maleiane, nas reuniões desta semana em Washington.
O FMI aguarda que o Governo de Maputo informe os detalhes do empréstimo, nomeadamente quem o fez e qual o seu destino.
Entretanto, Sayeh disse que o Fundo suspendeu uma missão que devia realizar na próxima semana em Maputo, até que o Executivo moçambique satisfaça o seu pedido.
(Em actualização)
Fonte: VOA Portugues
Perguntas:
O que nos falta acontecer? Porque nao entregamos os que pegaram o dinheiro? Ninguém conhece a fazenda do criador de patos, o construtor, o filho mais querido de moçambique? PGR? Tribunal Administrativo? Não está tão óbvio?
Em duas palavras: ser abandonado pela FMI é o mesmo que ser rejeitado por uma prostituta.
4 comentários:
Isso nada diz aos que roubaram essa mola, nós os pobres deste País é que estão fudidos.
De certeza que é mais uma para cair no esquecimento, oh povo com memória curta, mais algumas semanas e ninguém se lembrará disso.
We claim for justice!
O meu comentario e no sentido de que transparencia sim, mas com alguma reserva, pois, nem todos os negocios devem ser tornados completamente publicas, sob pena de os outros levarem vantagem!O segredo continua alma do negocio! O Estado ou governo faz negocio que deve esconder dos outros estados ou governos, mas sem significar desvios em beneficio proprio!
O meu comentario e no sentido de que transparencia sim, mas com alguma reserva, pois, nem todos os negocios devem ser tornados completamente publicas, sob pena de os outros levarem vantagem!O segredo continua alma do negocio! O Estado ou governo faz negocio que deve esconder dos outros estados ou governos, mas sem significar desvios em beneficio proprio!
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