Um cidadão identificado pelo nome de Marcelino Vilanculos foi assassinado, com tiros à queima roupa, no início da noite desta segunda-feira(11) no município da Matola por desconhecidos. O malogrado, que em vida exercia o cargo de procurador em Maputo, representou o Ministério Público na acusação contra vários cidadãos que acabaram por ser condenados como culpados por alguns dos raptos ocorridos na capital moçambicana. Informações não oficiais indicam que Vilanculos estaria a preparar a acusação contra um cidadão detido e indiciado de ser um dos mandantes da onda de sequestros.
O procurador estava a chegar à sua residência, no bairro de Tsalala, cerca das 19h20, quando foi alvejado por vários tiros ainda dentro da sua viatura.
Aparentemente, Marcelino Vilanculos foi executado, a julgar pelas marcas das balas, disparadas à pouca distância e em direcção a sua cabeça, que se pôde ver no vidro do lado da vítima que perdeu a vida no local.
O magistrado - que representou o Ministério Público no julgamento de quatro homens que acabaram por ser condenados em 2013, pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, por crimes de rapto, associação criminosa e posse ilegal de arma que aconteceram entre Fevereiro e Junho de 2012, na capital moçambicana– estaria a preparar a acusação contra o cidadão Danish Abdul Satar, suspeito de ser intermediário entre os autores morais, que as autoridades policiais acreditam serem o seu pai (o criminoso Asslam Satar, em fuga desde a década 90 após ter liderado com sucesso o rombo de 144 biliões de meticais (antiga família) no extinto Banco Comercial de Moçambique) e o tio (Momade Assif Abdul Satar(Nini), um dos mandantes do assassinato do jornalista Carlos Cardoso e cúmplice da fraude ao ex-Banco Comercial de Moçambique), e os executores dos sequestros que não dão tréguas aos empresários e seus parentes, residentes em Moçambique, desde 2011.
Esta nova acção do crime organizado acontece pouco mais de um mês após a substituição do Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique.
Desabamento de terra mata dois garimpeiros em Cabo Delgado |
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Destaques - Newsflash |
Escrito por Redação em 13 Abril 2016 |
Dois cidadãos que se dedicavam à extracção de ilegal de minérios perderam a vida em consequência do desabamento de terra, a 07 de Abril em curso, na localidade de Mucolote, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado.
O Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) não precisou as identidades das vítimas, mas indicou que elas tinham entre 23 e 27 anos de idade e encontraram a morte imediata no local da tragédia.
Governo decreta alerta vermelho institucional devido a seca em Moçambique |
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Destaques - Newsflash |
Escrito por AIM em 13 Abril 2016 |
O governo moçambicano declarou nesta terça-feira(12) alerta vermelho institucional, por um período de 90 dias, para as regiões Centro e Sul do país, devido a seca que, actualmente, afecta cerca de 1,5 milhão de pessoas que se encontram em situação de insegurança alimentar.
A decisão, tomada durante a XII sessão ordinária do Conselho de Ministros, visa, entre outros objectivos, intensificar a assistência às populações afectadas e ampliação do espectro de intervenção do governo e parceiros. Para além destes objectivos, segundo o porta-voz do governo e vice-ministro da Saíde, Mouzinho Saíde, a decisão visa também "a disponibilização de fundos pelo governo previstos no plano de contingência 2015/2016 para o reforço da assistência às pessoas em insegurança alimentar".
"O alerta visa ainda a mobilização de recursos adicionais junto dos parceiros para o reforço dos fundos do plano de contingência, a coordenação efectiva das acções dos diversos intervenientes no processo de assistência humanitária às pessoas em regiões afectadas", afirmou.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros analisou a situação das marés vivas que afectaram, com maior incidência, as regiões centro e norte dom país.
"Na semana compreendida entre 04 e 11 de Abril, verificou-se a ocorrência de marés vivas ao longo da costa, nas zonas Centro e Norte do país, resultantes de um fenómeno natural normal nesta época do ano", disse o porta-voz, explicando que o mesmo resulta da sobreposição do sol e da lua, provocando um excesso de pressão gravitacional.
Parte mais visível deste fenómeno, segundo a fonte, registou-se na cidade da Beira, província de Sofala, onde 70 famílias foram obrigadas a abandonar as suas casas que ficaram inundadas. "Impactos similares ocorreram na Ilha de Moçambique, na província de Nampula, e no distrito de Mecúfi, cidade de Pemba e vila da Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado", disse.
Detidos dois dos seis reclusos foragidos das celas da Penitenciária de Nampula |
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Destaques - Newsflash |
Escrito por Júlio Paulino em 13 Abril 2016 |
A Policia da República de Moçambique (PRM) em Nampula neutralizou, no último fim-de-semana, dois dos seis reclusos considerados cadastrados perigosos, que fugiram das celas da Penitenciaria Regional de Nampula.
Os dois reclusos, condenados a penas que variam entre 20 e 24 anos, foram detidos numa residência na cidade de Nacala-Porto, a qual era supostamente usada como esconderijo de malfeitores. A população, apercebendo-se da presença de indivíduos estranhos, comunicou as autoridades policiais.
Os visados são conhecidos naquela cidade como protagonistas de roubos e assassinatos com recurso a armas de fogos.
Zacarias Nacuthe, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, disse que se está no encalço dos outros reclusos que continuam em parte incerta.
O agente da Lei e Ordem disse ainda que não houve detenções em conexão com a fuga dos reclusos em questão. Mas decorre um inquérito com vista a apurar responsabilidades.
Escrito por Emildo Sambo em 12 Abril 2016 |
A Frelimo, bancada maioritária na Assembleia da República (AR), rejeitou, mais uma vez, na segunda-feira (11), a criação de uma comissão de inquérito – proposta pela Renamo, com o beneplácito do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) – para apurar a situação dos moçambicanos refugiados no Malawi, por conta da tensão político-militar, que há meses ganhou intensidade na província de Tete, onde as forças governamentais são acusadas de desmandos que incluem a violação de direitos humanos.
Com esta posição, o partido no poder agiu a igual a si próprio, pois tem chumbado, de forma recorrente, as pretensões da oposição de constituir comissões de inquérito para averiguar determinadas anomalias. Tratamento idêntico teve o MDM, no ano passado, quando quis que se investigasse a empresa Electricidade de Moçambique (EDM), por julgar que a sua situação económico-financeira, expressa nos relatórios e contas de 2009 a 2013, era catastrófica para uma firma destinada ao serviço público.
Na altura, a Frelimo recorreu a um parecer da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da AR para defender que o assunto levantado pelo partido dirigido por Daviz Simango era assunto do tribunal. E “os factos que constituam matéria de processo pendente em tribunal não podem ser objecto de inquérito até ao trânsito em julgado da respectiva decisão”, segundo o número dois do artigo 96 do Regimento da Casa do Povo.
Desta vez, com a Renamo, o partido no poder alegou que a intenção de investigar o drama dos moçambicanos refugiados no Malawi já faz parte de um processo sob a alçada da Procuradoria-Geral da República (PGR) em Tete.
De acordo com a “Perdiz”, a comissão de inquérito por si proposta seria independente, visava apurar o que levou os mais de 11 mil compatriotas a refugiarem-se naquela país vizinho, visitar os campos onde vivem em condições desumanas e de cortar à faca e posteriormente produzir um relatório que seria apresentado à AR.
Carlos Sebastião, da Frelimo, disse que a criação da referida comissão não passa de um exercício de manipulação da opinião pública, porque a própria Renamo é que cria terror através de seus homens armados.
Edson Macuácua, presidente daquela comissão, repetiu o que tem dito em relação às matérias apresentadas pela oposição, a comissão proposta pela Renamo “é inoportuna, improcedente” e a PGR em Tete autuou, em Fevereiro passado, contra pessoas desconhecidas que protagonizaram desmandos na localidade de Nkondezi.
Contudo, Juliano Picardo, da bancada parlamentar da Renamo, disse que o seu partido não recebeu nenhuma informação dando conta de que a PGR em Tete a seguir o caso dos moçambicanos refugiados no Malawi.
Refira-se que, recentemente, o Governo mandou para Tete uma comissão que não trouxe nada de relevo sobre a suposta violação dos direitos humanos naquele ponto, até porque se tratou de uma equipa interessada no assunto, segundo a opinião pública.
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