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| Ontem
A família de Jason Harrison decidiu revelar um vídeo que mostra o momento em que agentes da polícia de Dallas matam o homem, à porta de casa. (Nota: o vídeo tem imagens que podem impressionar alguns leitores.)
A família de Jason Harrison decidiu divulgar o vídeo, na passada segunda-feira, e tornar público os momentos que antecederam os disparos fatais da polícia de Dallas, nos Estados Unidos, a 14 de junho de 2014.
As imagens foram gravadas por um dos dois agentes que responderam ao pedido de ajuda da mãe de Jason Harrison, para ajudar a controlar o homem, de 39 anos, que sofria de desordem bipolar e esquizofrenia.
Quando chegaram à casa, em Oak Cliff, foi a mãe de Harrison que surgiu à porta. Não era a primeira vez que a polícia era chamada nestas circunstâncias, segundo disseram familiares da vítima à WFAA, uma afiliada da rede de televisão ABC em Dallas.
A mulher sai de casa e diz aos agentes John Rodgers e Andrew Hutchins que o filho é "bipolar e esquizofrénico". Harrison surge logo atrás com uma chave de fendas nas mãos. Os agentes, visualizando o potencial perigo que aquele objeto poderia representar, gritam ao homem para largar a ferramenta. Harrison não cumpre a ordem policial e os dois agentes disparam sobre ele. O homem acaba por cair no chão. Foi atingido por cinco tiros. "Mataram o meu filho", ouve-se a mãe dizer, horrorizada com a cena.
"Foi a experiência mais dolorosa que já presenciei na minha vida", confessou a mãe, Shirley, à NBC. "Ficar ali impotente, ele era incapaz de se defender. Eu não o consegui ajudar. Ele foi abatido a tiro diante dos meus olhos", acrescentou.
Em outubro, a família apresentou queixa por homicídio e violação dos direitos civis contra os dois agentes, alegando que Harrison, que a família garante que não era uma pessoa violenta, não representava uma ameaça para os agentes.
Mas o procurador Chris Livingston diz que os agentes recearam pela sua vida. Matar alguém com uma chave de fendas "é muito fácil. Basta um golpe", defendeu.
Também a polícia reitera que os agentes agiram em legítima defesa. "O agente teve menos de três segundos para reagir", justificou Keith Wenzel, treinador tático das forças de segurança.
ARTIGO PARCIAL |
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