Comité Central reúne-se de 26 a 29 de Março corrente
A Comissão Política do PartidoFrelimo convocou, na semana finda, os seus militantes, com vista a anunciar a realização da IV Sessão Ordinária do Comité Central (CC), marcada PARA os dias 26 a 29 do mês em curso, na cidade da Matola, província de Maputo, a primeira desde que Filipe Nyusi foi eleito Chefe de Estado. No entanto, algumas fontes daquela formação política aventam a hipótese da retirada da presidência das mãos de Guebuza.
Segundo alguns simpatizantes da Frelimo, caso o anseio se concretize significará o cumprimento da vontade da maioria dos quadros, que conspiram e procuram influenciar aComissão Política do Partido a obrigar Armando Guebuza a entregar as pastas a Nyusi, com vista a restabelecer o plasmado nos estatutos dos camaradas.
Consta ainda, num comunicado recebido pela nossa Redacção, que os membros do CC já receberam as convocatórias para a sessão, pelo que, até ao dia 25 do corrente mês, todos os membros deverão estar presentes na capital do país.
A alegada hipótese de derrube de Guebuza na presidência tem gerado alas no seio do partido, uma vez que encontram nesta alternativa o único caminho PARA acabar com os supostos dois centros de poder, um dos quais dominado pelo estadista moçambicano, Filipe Nyusi, e outro, no partido, comandado por Armando Guebuza. Alguns simpatizantes defendem o cumprimento da mística partidária, onde o primeiro magistrado da nação desempenha, em simultâneo, a função de Presidente da Frelimo e a de Presidente da República.
Na óptica de fontes seguras, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), poderá estar a passar por momentos de “crispação interna”. A indicação de Nyusi para candidato às eleições presidencias, incluindo a sua abertura e ruptura de algumas ideologias do partido no poder, principalmente a erradicação do despesismo, a valorização dos partidos da oposição, entre outras medidas, estão a provocar um mal estar no seio dos camaradas.
A opinião pública pensava que Nyusi iria ser o novo “delfim” do actual líder do partido, Armando Guebuza, facto que não veio a acontecer, o que significou um “tiro nas costas”, para o presidente da Frelimo e colocando em causa a legalidade ou as implicações sobre a existência de dois pólos de poder (Partido-Governo).
A história da Frelimo reza que se um militante é eleito Presidente da República ocupa simultaneamente a mesma função no partido, com vista a evitar que se criem perturbações de ordem interna.
De referir que Armando Guebuza perdeu, recentemente, a presidência da República de Moçambique mas não se resignou do cargo de presidente do partido, facto interpretado como um entrave que limita o poder do actual estadista moçambicano, Jacinto Nyusi.
A limitação, na óptica da sociedade, já começava a notar-se, quando Nyusi abriu espaço para o diálogo com a oposição, incluindo o líder da maior formação política na oposição, a Renamo. Começava assim uma discussão acesa no partido sobre a separação ou não de laços entre Nyusi e o seu partido.
Por fim, as recentes declarações de Guebuza, em relação ao líder da oposição, Afonso Dhlakama, aparentemente criaram duas posições contrárias dentro da Frelimo, situação que colocou em causa a liderança dentro daquela organização política.
Redacção
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