Especialistas afirmam
Maputo (Canalmoz) – O desenvolvimento da agricultura em Moçambique passa pela existência da indústria de processamento. Esta foi a tónica dominante das intervenções dos vários participantes na primeira conferência sobre a agricultura e a sua cadeia de valor, que se realizou em Maputo. A conferência teve como tema principal os desafios do acesso aos mercados ligando a agricultura familiar e a agro-indústria.
Os participantes foram unânimes em afirmar que só com a existência da uma indústria de processamento é que se pode estimular o desenvolvimento de agricultura no país e acrescentar valor aos produtos.
Hélder Muteia, representante da FAO, disse que, com produtos com valor acrescentado, os produtores terão mais rendimento e serão obrigados a abandonar a agricultura de subsistência, que existe neste momento no país, e adoptar uma agricultura comercial, para aumentarem as áreas de produção e a produtividade, para satisfazer a indústria de processamento.
Segundo Hélder Muteia, outra questão fulcral que tem estado a condicionar o desenvolvimento da agricultura no país é a falta de infra-estruturas (vias de acesso, locais de conservação, sistema de regadio, meios de transporte) que possibilitem aos produtores o escoamento dos seus produtos das zonas de produção para os grandes mercados de consumo.
“O que acontece é que no país os produtores, quando têm excedentes, [estes] acabam terminando no lixo, porque não têm como transportá-los até aos mercados de consumo por falta de estradas apropriadas e meios de transporte, razão pela qual só se dedicam a uma agricultura de subsistência”, sublinhou Helder Muteia.
A opinião de Hélder Muteia foi defendida também por Cássimo Givá, produtor agrícola no distrito do Chókwè, que afirmou que, sem acesso aos mercados, a agricultura em Moçambique vai continuar virada apenas para subsistência, uma vez que os produtores tanto a nível familiar como industrial, não terão onde colocar a sua produção no final de cada campanha agrícola.
“Na agricultura, é importante o produtor saber como produzir e onde deve colocar a sua produção de modo a planificar muito bem a sua actividade”, disse Cássimo Givá. “A questão do acesso ao mercado e a existência de indústria de processamento é fundamental para estimular a produtividade no país”, acrescentou.
Os participantes foram unânimes em afirmar que só com a existência da uma indústria de processamento é que se pode estimular o desenvolvimento de agricultura no país e acrescentar valor aos produtos.
Hélder Muteia, representante da FAO, disse que, com produtos com valor acrescentado, os produtores terão mais rendimento e serão obrigados a abandonar a agricultura de subsistência, que existe neste momento no país, e adoptar uma agricultura comercial, para aumentarem as áreas de produção e a produtividade, para satisfazer a indústria de processamento.
Segundo Hélder Muteia, outra questão fulcral que tem estado a condicionar o desenvolvimento da agricultura no país é a falta de infra-estruturas (vias de acesso, locais de conservação, sistema de regadio, meios de transporte) que possibilitem aos produtores o escoamento dos seus produtos das zonas de produção para os grandes mercados de consumo.
“O que acontece é que no país os produtores, quando têm excedentes, [estes] acabam terminando no lixo, porque não têm como transportá-los até aos mercados de consumo por falta de estradas apropriadas e meios de transporte, razão pela qual só se dedicam a uma agricultura de subsistência”, sublinhou Helder Muteia.
A opinião de Hélder Muteia foi defendida também por Cássimo Givá, produtor agrícola no distrito do Chókwè, que afirmou que, sem acesso aos mercados, a agricultura em Moçambique vai continuar virada apenas para subsistência, uma vez que os produtores tanto a nível familiar como industrial, não terão onde colocar a sua produção no final de cada campanha agrícola.
“Na agricultura, é importante o produtor saber como produzir e onde deve colocar a sua produção de modo a planificar muito bem a sua actividade”, disse Cássimo Givá. “A questão do acesso ao mercado e a existência de indústria de processamento é fundamental para estimular a produtividade no país”, acrescentou.
Governo chamado a intervir
Os participantes recomendam ao Governo: criar mecanismos de fortalecimento dos mercados internos e regionais para absorver a produção nacional em grande escala, facilitar o escoamento da produção através de construção de mais vias de acesso, transferências de tecnologias de ponta, disponibilização atempada de insumos agrícolas, sementes melhoradas e fazer com que os produtores não se concentrem apenas na produção de produtos destinados ao consumo, como é o caso do milho, mas também de produtos de rendimento, como é o caso do gergelim e da soja.
Governo reconhece necessidade urgente da indústria de processamento no país
Por seu turno, o Governo, através da vice-ministra de Agricultura e Segurança Alimentar, Luísa Maque, reconheceu que a falta de uma indústria de processamento para absorver a maior parte da produção agrícola nacional e de infraestruturas apropriadas e meios de transporte está a condicionar o desenvolvimento da agricultura. Reconheceu também que tal situação faz com que em algumas regiões do território nacional existam pessoas que sofrem de desnutrição crónica, apesar de Moçambique possuir terra e condições agro-ecológicas para a prática de uma agricultura sustentável. (Raimundo Moiane)
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