A última mensagem da Conferencia Episcopal de Moçambique, um conclave que reúne as mais importantes figuras dirigentes da Igreja Católica em Moçambique é simplesmente demolidora e parece reflectir o verdadeiro sentimento de milhares de moçambicanos. A carta tem uma mensagem bastante crítica ao actual desempenho da governação do dia pelo, pois, os bispos católicos entenderem
que o desempenho dos sucessivos e permanentes governos da Frelimo tendem a mostrar cada vez menor capacidade de cumprir com o principal objectivo de qualquer governação moderna: a criação do bem estar geral.
A agressividade da mensagem, mas correspondendo ao real sentimento de milhares de moçambicanos, iria merecer reposta pontual (do governo), se a mesma fosse da autoria da chamada sociedade civil, de alguma imprensa, de partidos políticos e de outros sectores que se têm mostrado críticos à governação do dia.
Sem, pestanejar o governo iria correr a desmentir a veracidade das constatações/ informações veiculadas, ao mesmo tempo que ia chamar nomes aos autores da carta. De novo, chamaria publicamente e em bom som “apóstolos ou profetas da desgraça”, aos autores da mensagem.
Ou então iriam acusar os autores de estarem a trabalhar com algumas chancelarias ocidentais, ao serviço de interesses estrangeiros contrários ao desenvolvimento do País. Poderiam também dizer que os autores da mensagem são contra o desenvolvimento, ou então, andam propositadamente cegos ou com óculos de madeira a ponto de não verem o desenvolvimento que o País tem estado a conseguir.
Poderia até haver espaço para encontrar- se, no verbo dos autores, um discurso de ultraje ao Estado, contra a Segurança do Estado e incitação à violência. Isto daria espaço para se accionar a PGR a agir e mandar os falabaratos à cadeia, tal como infelizmente já pudemos assistir.
Entretanto, pelo facto de a carta ser da autoria de um grupo bastante respeitado no País, o governo não aparece publicamente a reagir e a chamar nomes aos emissários de Deus. Certamente, nos gabinetes e corredores governamentais, em voz baixa e zanga alta, os bispos
católicos estão certamente a receber as mais ignóbeis e ultrajantes designações, pelo simples facto de terem assumido o papel de porta-vozes do povo, ou seja, do povo que mesmo aceitando os sinais de desenvolvimento, quer ver a sua refeição diária a melhor, ao invés de piorar.
Nesta colocação, somos tentados a dizer: Aconteça o que acontecer. Digam o que disserem. A verdade, porém, é que os bispos católicos juntaram-se ao povo e gritaram por socorro. Certamente, quem de direito ouviu e em boa parte concorda e reconhece a veracidade da crítica.
Assim, nada mais resta a quem assumiu a missão de governar a bem de todos os moçambicanos, a não ser reflectir e tentar buscar estratégicas para alterar o cenário descrito na carta episcopal. Caso, contrário, estaremos diante de um governo decadente e a caminho do fim. Pior, sem espaço para qualquer saudade.
que o desempenho dos sucessivos e permanentes governos da Frelimo tendem a mostrar cada vez menor capacidade de cumprir com o principal objectivo de qualquer governação moderna: a criação do bem estar geral.
A agressividade da mensagem, mas correspondendo ao real sentimento de milhares de moçambicanos, iria merecer reposta pontual (do governo), se a mesma fosse da autoria da chamada sociedade civil, de alguma imprensa, de partidos políticos e de outros sectores que se têm mostrado críticos à governação do dia.
Sem, pestanejar o governo iria correr a desmentir a veracidade das constatações/ informações veiculadas, ao mesmo tempo que ia chamar nomes aos autores da carta. De novo, chamaria publicamente e em bom som “apóstolos ou profetas da desgraça”, aos autores da mensagem.
Ou então iriam acusar os autores de estarem a trabalhar com algumas chancelarias ocidentais, ao serviço de interesses estrangeiros contrários ao desenvolvimento do País. Poderiam também dizer que os autores da mensagem são contra o desenvolvimento, ou então, andam propositadamente cegos ou com óculos de madeira a ponto de não verem o desenvolvimento que o País tem estado a conseguir.
Poderia até haver espaço para encontrar- se, no verbo dos autores, um discurso de ultraje ao Estado, contra a Segurança do Estado e incitação à violência. Isto daria espaço para se accionar a PGR a agir e mandar os falabaratos à cadeia, tal como infelizmente já pudemos assistir.
Entretanto, pelo facto de a carta ser da autoria de um grupo bastante respeitado no País, o governo não aparece publicamente a reagir e a chamar nomes aos emissários de Deus. Certamente, nos gabinetes e corredores governamentais, em voz baixa e zanga alta, os bispos
católicos estão certamente a receber as mais ignóbeis e ultrajantes designações, pelo simples facto de terem assumido o papel de porta-vozes do povo, ou seja, do povo que mesmo aceitando os sinais de desenvolvimento, quer ver a sua refeição diária a melhor, ao invés de piorar.
Nesta colocação, somos tentados a dizer: Aconteça o que acontecer. Digam o que disserem. A verdade, porém, é que os bispos católicos juntaram-se ao povo e gritaram por socorro. Certamente, quem de direito ouviu e em boa parte concorda e reconhece a veracidade da crítica.
Assim, nada mais resta a quem assumiu a missão de governar a bem de todos os moçambicanos, a não ser reflectir e tentar buscar estratégicas para alterar o cenário descrito na carta episcopal. Caso, contrário, estaremos diante de um governo decadente e a caminho do fim. Pior, sem espaço para qualquer saudade.
(fernando.mbanze@mediacoop.co.mz)
Editorial do mediaFAX
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