Nenhum dos filhos do ex-líder, Saadi Kadhafi e Saif al-Islam, estava no tribunal da prisão de Al-Hadba, em Trípoli, mas o chefe da espionagem de Kadhafi, Abdullah al-Senussi, estava entre os ex-assessores sentados em macacões azuis atrás uma área cercada.
Os réus enfrentam acusações que vão de corrupção a crimes de guerra relacionados com as mortes durante a revolta contra Kadhafi em 2011, que durou meses até ele ser capturado e morto por rebeldes.
Se condenados, alguns deles podem ser sentenciados à morte.
O Tribunal Penal Internacional e outras organizações de direitos humanos se preocupam com a equidade do sistema de justiça da Líbia, embora o governo tenha adquirido o direito no ano passado de julgar o ex-chefe de espionagem de Kadhafi no país em vez de entregá-lo ao TPI, em Haia.
Saadi Kadhafi, um conhecido playboy com uma breve carreira no futebol profissional, foi extraditado do Níger para a Líbia no início de março. Ele não compareceu ao tribunal porque os promotores disseram que a investigação contra ele ainda não havia terminado.
O filho mais proeminente de Kadhafi, Saif al-Islam, permanece sob a custódia da poderosa tribo Zintan, no sudoeste da Líbia, que se recusa a entregá-lo ao governo central, dizendo acreditar que ele não terá um julgamento seguro. A expectativa era que Saif aparecesse apenas través de vídeolink.
O julgamento começou um dia depois de o primeiro-ministro interino, Abdullah al-Thinni, renunciar após um ataque à sua família. Seu antecessor deixou o cargo um mês atrás.
Os procedimentos foram adiados até 27 de abril para dar aos investigadores mais tempo para preparar a acusação e organizar videolinks com os irmãos Kadhafi e seis réus em Misrata, que não poderiam ser levados para Trípoli, por causa da falta de segurança no caminho.
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