Falando hoje, em Maputo, durante o habitual briefing da PRM à imprensa, Mudumane disse que as malas continham ainda oito quilogramas de pulseiras feitas com base em marfim, 14 dentes e igual número de unhas de diversos animais, bem como quatro colares.
As etiquetas das malas que tinham como destino o Vietname estavam, de acordo com Mudumane, em nome de dois cidadãos vietnamitas, cuja localização é, ainda, incerta.
As malas estavam prestes a ser transportadas para Vietname. As duas malas foram apreendidas e remetidas as autoridades competentes. Ainda não há pistas sobre os donos das malas, explicou Mudumane.
As etiquetas das malas que tinham como destino o Vietname estavam, de acordo com Mudumane, em nome de dois cidadãos vietnamitas, cuja localização é, ainda, incerta.
As malas estavam prestes a ser transportadas para Vietname. As duas malas foram apreendidas e remetidas as autoridades competentes. Ainda não há pistas sobre os donos das malas, explicou Mudumane.
Renamo espera resposta do Presidente Guebuza para retomar diálogo com o Governo
A delegação da Renamo continua à espera da resposta do Presidente da República, Armando Guebuza, para dar continuidade ao diálogo político com o Governo, uma semana depois de a “Perdiz” ter revelado que o diálogo estava refém da resposta à carta submetida ao PR sobre a inclusão ou não de mediadores. Entretanto, a delegação governamental garante que a resposta já foi dada e esteve na “Sede de diálogo” a espera da sua delegação do partido de Afonso Dhlakama, que não se fez presente.
Esta segunda-feira (16), em conferência de imprensa, no Centro de Conferência Joaquim Chissano, local que se convencionou chamar “Sede de diálogo”, o chefe da delegação do Governo, José Pacheco, sem especificar a data, disse que a resposta solicitada pela Renamo para retornar à mesa das negociações já foi dada por escrito. Disse ainda que foi na sequência dessa resposta que a Renamo, supostamente, teria solicitado o encontro com o Governo, ao qual não compareceu.
“Surpreende a falta de comparência da Renamo, hoje, pois foi ela própria que propôs uma sessão em série, três por semana”, disse Pacheco acrescentando que o Governo continuará a fazer-se presente no CCJC até que a “Perdiz” manifeste por escrito o abandono do diálogo.
“Em relação aos mediadores, facilitadores e observadores temos que decidir juntos com a Renamo (...). Esse assunto é doméstico e assim sendo há espaço para observadores nacionais”.
Homens armados atacam autocarro e matam uma pessoa e ferem outras cinco
Em Muxúnguè
Homens armados, supostamente pertencentes à Renamo, atacaram, por volta das 09h20 de ontem, a primeira coluna que fazia o trajecto Muxúnguè-Save, próximo do rio Ripembe, onde está posicionado um contingente da Força de Intervenção Rápida (FIR).
A coluna era composta por mais de 70 viaturas e oito eram autocarros, entre eles da ETRAGO e da Nagy Investiment. Parte dos autocarros destas duas transportadoras levava a bordo civis e agentes da FIR e das Forças Armadas de Defesa e Segurança (FADM) que, nos últimos tempos, estavam estacionados em várias posições nos distritos de Marínguè e de Gorongosa e que acabavam de ser substituídos.
Além dos agentes das forças governamentais, os autocarros em causa, alguns idos da província de Nampula, transportavam cadetes da Academia militar Samora Machel, que seguiam para a zona sul do país, a fim de passar alguns dias com as suas famílias, já que estão de férias.
A nossa fonte contou que, quando a coluna se aproximava da ponte sobre o rio Ripembe, foi obrigada a reduzir a velocidade, devido ao mau estado em que se encontra a ponte.
O PAÍS – 16.12.2013
15/12/2013
Em Sofala: Autoridades admitem recrutamento ilegal
AS autoridades do Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização de Sofala (CPRMS) admitem que possa estar a acontecer algum recrutamento de jovens à margem da lei e para fins ilícitos na província.
Segundo o delegado daquela instituição, Carlos Michone, que se baseou numa informação verbal prestada a partir do contacto feito por um jovem que teria alegadamente fugido do cativeiro de indivíduos desconhecidos, os referidos elementos estariam a recrutar jovens para serem encaminhados algures ao distrito da Gorongosa.
O referido jovem, segundo a nossa fonte, teria sido recrutado juntamente com outros 12 que, conforme acrescentou, teriam sido conduzidos para uma cave numa região daquele distrito no passado dia 25 de Novembro.
O delegado do Centro Provincial de Recrutamento de Sofala confirmou ainda que o referido jovem teria afirmado que outros indivíduos estavam a ser submetidos a serviços pesados e treinos e que os que tentaram fugir foram mortos.
Homens armados disparam sobre viaturas em Muxunguè
Homens armados voltaram hoje a disparar sobre uma coluna de viaturas na região de Muxunguè, Sofala, no centro de Moçambique, e feriram três militares, disseram hoje à Lusa fontes locais.
"Os confrontos em Muxunguè continuaram hoje. Foram fortes e há três militares feridos. A coluna da tarde não conseguiu sair" disse à Lusa José Luís, pároco de Muxunguè.
O ataque, atribuído a homens armados da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), maior partido da oposição, visou a viatura militar que escoltava a coluna de carros entre Save-Muxunguè.
"Deram entrada três feridos do ataque de hoje" precisou Pedro Vidamao, diretor do hospital rural de Muxunguè.
13/12/2013
O drama do recrutamento compulsivo
A história que parece retirada dos cenários de Hollywood retrata o drama de alguns jovens recrutados na cidade da Beira e que viveram um inferno nas matas de Gorongosa. @Verdade conversou com um jovem que decidiu contar a sua história, mas recusou mostrar o rosto. As feridas de um acto inquinado de ilegalidade vão levar tempo a cicatrizar. Ainda assim, a vida de Joaquim* jamais será a mesma... Não foi fácil arrancar palavras de um jovem que sobreviveu ao recrutamento militar compulsivo e à densa mata da província de Sofala.
“Não quero voltar para onde eu estava nem falar sobre o que passei. Já não confio em ninguém e se eu falar convosco eles hão-de vir-me buscar. E eu não quero voltar para aquele inferno”, disse convicto ao nosso repórter um jovem que vamos tratar por Joaquim para esconder a sua real identidade e proteger a sua integridade física. Volvida meia hora de insistência, Joaquim aceitou desfiar o seu rosário. O pesadelo, conta, teve lugar no dia 26 de Novembro do ano corrente.
A voz sai trêmula e mesmo num local aparentemente seguro sente-se pouco cómodo. Os dias, passados nas profundezas do mato de Sofala, ainda não lhe saem da mente. A entrevista decorre, por exigência expressa, apenas com um bloco de notas. “Gravador? Nem pensar”, refere.
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