Frelimo avança para eleições com ou sem Renamo na peleja
Apesar das ameaças de boicote do principal “rival”.
A chefe da bancada parlamentar da Frelimo diz que não se faz democracia com ameaças, nem sem a participação de outros actores políticos . O Parlamento Juvenil quer contribuir para redução das abstenções.
A Frelimo reitera que vai participar nas eleições autárquicas deste ano e nas gerais de 2014 em todo o país, com ou sem a presença da Renamo no processo.
Em resposta a várias inquietações ontem colocadas por jovens durante uma audiência concedida ao Parlamento Juvenil (PJ), a líder da bancada parlamentar maioritária na Assembleia da República garantiu estar fora de hipótese não participar nas eleições municipais deste ano e nas gerais de 2014 devido às recorrentes ameaças de boicote propaladas pela Renamo, o maior partido da oposição.
“A nossa participação nas eleições é crucial e irreversível com ou sem a participação da Renamo. Nunca houve ameaças da Frelimo aos partidos políticos, porque a Frelimo é pelo diálogo e não pela intimidação”, afirmou Talapa.
Para a chefe de bancada, as organizações juvenis e não só devem fazer trabalhos de mobilização para chamar a liderança daquele partido à razão e integrar-se nos pleitos eleitorais. Aliás, preocupada com as ameaças de boicote, Margarida Talapa reconhece que não se faz democracia sem a participação dos outros actores políticos nos processos eleitorais.
“Vocês do Parlamento Juvenil devem pegar nestas ameaças e colocarem na vossa agenda de trabalho, para mobilizarem este partido a retratar-se e a apresentar-se nas eleições”, acrescentou.
Margarida Talapa diz não fazer sentido, absolutamente nenhum, que um partido se exclua do processo e ponha em causa a realização de eleições por desinteresse de um grupo. Mesmo assim, admite que a credibilidade das eleições e da democracia está na participação de todos os intervenientes e interessados no processo.
“Nós estamos conscientes, sim, que neste processo é preciso que todos os actores sociais participem pelo desenvolvimento do país”, afirmou.
Por seu turno, o Parlamento Juvenil defende que a sua intervenção nas eleições visa contribuir para reduzir os altos índices de abstenção. “Nós queremos que os jovens se apropriem destes processos, desde a mobilização, recenseamento, participação nas eleições à observação, entre outros para credibilizar as eleições”, afirmaram.
A audiência serviu para depositar as preocupações dos jovens congregados no que chamam de Manifesto Político da Juventude. O PJ já manteve encontros com a liderança da Renamo, MDM e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral.
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