segunda-feira, 13 de abril de 2015

RENAMO APELA À REPROVAÇÃO DA PROPOSTA DO PROGRAMA QUINQUENAL

A bancada parlamentar da RENAMO na Assembleia da República insurgiuse contra a Proposta do Programa Quinquenal do Governo 2015-2019 por segundo esta bancada não contemplar um dos pilares primários a Defesa da democracia multipartidária, o que faz com que o documento em alusão seja um autêntico panfleto propagandístico do partido no poder. Segundo disse o Deputado Jerónimo Malagueta Presidente da Comissão da Defesa, Segurança e Ordem Pública, os Deputados da FRELIMO na Comissão por ele presidida, afirmaram por escrito que a proposta em análise é o manifesto eleitoral e não Programa de Governação para os 5 anos. No seu discurso, Malagueta disse: “efectivamente o documento não espelha nenhuma meta a atingir decorridos os 5 anos.” Ele entende que o documento não indica o número global de infra-estruturas a serem construídas para o ramo da PRM sabendo-se que o país criou mais novos distritos que necessitaram de comandos e residências para os membros da corporação policial para além de precisar de recrutar mais cidadãos para serem polícias e mais, nos velhos distritos há falta de infraestruturas e se é que existem, estão em estado avançado de degradação facto que concorre para a sua reabilitação. No entender da RENAMO através de Jerónimo Malagueta, é simplesmente vago quando o manifesto eleitoral da FRELIMO, baptizado com o nome de programa quinquenal do Governo 2015-2019 não faz referência às reabilitações ou construções de infra-estruturas, nomeadamente para as (FADM) Forças Armadas da Defesa de Moçambique e o (SISE) Serviço de Informação e Segurança do Estado, limitando-se a afirmar que vai garantir a implementação da política de Defesa Nacional. Malagueta denuncia igualmente o que considera inquietante, que é o facto de a estrutura da presente proposta ser confusa, ambígua e omissa. O Presidente da Comissão da Defesa, Segurança e Ordem Pública na Assembleia da República afirmou a dado passo que o documento em análise privilegia a unidade nacional em detrimento da democracia multipartidária sendo portanto a inobservância desta última a causa principal da falta da unidade no nosso país. Pois está provado que em todos os cantos do mundo unidade nacional, resulta da implementação rigorosa de leis democraticamente produzidas. E é fruto da concórdia, harmonia, fraternidade, solidariedade, amor, felicidade, em suma do bem-estar político, económico, social e cultural. Para Malagueta, não é possível haver unidade nacional quando o partido no poder sequestra ou mata todo aquele que expressa a sua opinião. A unidade nacional não pode resumir-se em simples retórica ou não pode ser usada como forma de retirar o erário público dos cofres do Estado para os do partido no poder ou ainda para os bolsos dos dirigentes. Em jeito de recados Jerónimo Malagueta afirmou que a unidade nacional não compactua com o roubo de votos ou seja com o “arrancar de vitórias eleitorais” aos outros partidos que na prática as vencem no terreno, nem compactua com a queima de bandeiras, vandalização de sedes e assassínios a membros da oposição; Não compactua com o racismo, ódio, intolerância política, separação de moçambicanos catalogando uns como de gema e outros não de gema. Em resumo, não compactua com o terrorismo político. Terminando a sua intervenção, Jerónimo Malagueta afirmou: “por estas todas questões levantadas, acrescidas com a impossibilidade de o documento ser fiscalizável no fim dos 5 anos, o presente plano quinquenal 2015-2019 é de ser reprovado e apelo a plenária da Assembleia da República para assim proceder em nome da transparência e boa governação.”

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