Seabra condenado pelo homicídio de Carlos Castro

 

Renato Seabra foi considerado culpado pelo homicídio confessado do cronista social Carlos Castro. A sentença poderá ir dos 15 anos a prisão perpétua e será conhecida em 21 de dezembro.

O júri foi unânime. Composto por 12 elementos – seis horas depois de ter revisto a confissão do jovem de 23 anos, bem como algumas das suas mensagens colocadas no Facebook – comunicou a sua decisão de condenar o ex-modelo ao Supremo Tribunal do Estado de Nova Iorque quinta-feira, às 16h10 locais (21h10 em Lisboa).

Seabra assistiu ao veredicto de cabeça rapada, sentado junto aos seus advogados e vigiado por quatro polícias. Segundo a repórter do New York Post, presente na sala de audiências, o português não mostrou qualquer emoção, "mas começou a piscar os olhos muito depressa".

Da mesma forma, a sua mãe, Odília Pereirinha, sentada na segunda fila da sala, não reagiu à condenação do filho.

"Foi um crime brutal e sádico, em que Renato Seabra sufocou e mutilou a vítima antes de a assassinar. É particularmente trágico que Carlos Castro não só tenha sido traído pelo seu amante como também tenha morrido de forma tão violenta e tão longe de casa", disse, à imprensa, o procurador Cyrus Vance Jr.

A possibilidade que a defesa não queria, o homicídio em 2.º grau, pode significar que o jovem português passará o resto da vida na prisão, visto os jurados terem excluído a tese de insanidade. Como certo estão 15 anos de cadeia. Mas, depois de cumprido esse tempo, o caso é novamente analisado e ou é libertado ou vê a sua pena prolongada, num processo que pode renovar-se até o final da vida do homicida.

Carlos Castro (esq.) e Renato Seabra (DR)

Recorde-se que Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado morto e mutilado genitalmente, em 7 de janeiro de 2011, no interior do quarto que partilhava com Renato Seabra, com quem mantinha um relação amorosa. O crime ocorreu no Hotel Intercontinental, em Times Square, Nova Iorque. O casal foi passar o fim de ano em Nova Iorque, e a saída do hotel estava programada para o dia seguinte ao homicídio.