quarta-feira, 25 de junho de 2025

um autêntico descartável político

Lázaro Mabunda




Discurso do líder da oposição é um autêntico descartável político: não é algo para manter no arquivo, porque não tem nada de aproveitável. Esperava um discurso que diagnosticasse os problemas de hoje, apontassem os caminhos, a solução e projectasse a visão da oposição sobre o futuro. Não saiu nada. Do líder não há visão nenhuma. É mbhuma-mbhuma (cabra-cega). Poxa, um autêntico deserto de ideias.
Partilho-o a seguir:
"Sua Excelência
Daniel Francisco Chapo – Presidente da República
Sua Excelencias Chefes de Estados e de Governos presentes nestes lugar;
Suas Excelências membros do Poder Legislativo; Executivo e Judicial;
Sua Excelências Presidentes e representantes de Partidos Politicos – meus pares;
Suas Excelencias representantes do Corpo Diplomático acreditado no Pais;
Distintas Autoridades Civís, Militares e Religiosas,
Excelencias
Prezados representantes de Organizações Internacionais e da Sociedade Civil;
Minhas Senhoras e meus Senhores
Em nome do Partido PODEMOS, a que tenho a sublime honra e prazer de dirigir, e de todos Partidos da Oposição em Moçambique, os quais igualmente represento nesta posição, saúdo a todos moçambicanos do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Indico.
Assinala-se hoje, o 25 de Junho, data em que em 1975, o Povo moçambicano, sob liderança do 1° Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Samora Moisés Machel, “proclamou, solenemente, a Independência e a Constituição do País em República Popular de Moçambique”.
Hoje, celebramos o 50° aniversário da nossa Independência, lembrando e rendendo homenagem ao espírito de sacrifício e determinação de Jovens, Mulheres e Homens moçambicanos, que sem Partido Politico constituído na altura, sem ideologia política comungada, sem distinção do grupo étnico ou linguístico, sem crença religiosa específica, porém, respondendo os anseios seculares do nosso povo, aglutinaram todas as camadas patríoticas da sociedade moçambicana num mesmo ideal de Liberdade, Unidade, Justiça e Progresso, cujo escopo era libertar a terra e os Homens.
Hoje, com devida vénia e inspiração das variadas e sucessivas lutas contra o colonialismo Português, ao longo dos 500 anos, rendemos homenagem merecida e o mais elevado reconhecimento a geração 25 de Setembro, de 1964, pelo sacrifício empreendido e conquista da Independência nacional que hoje celebramos.
Senhor Presidente da Republica
Excelencias,
Prezados Convidados
O derramamento de sangue dos moçambicanos nas sucessivas revoltas contra o invasor do sistema colonial Portugues, não tinha motivações xenófobas, nem racistas, mas sim, uma luta pelo respeito dos direitos e liberdades Civís, simplesmente, os Direitos Humanos.
De forma concreta, nós, moçambicanos, lutamos sobretudo para viver a LIBERDADE; A IGUALDADE; A FRATERNIDADE E A DIGNIDADE. Os ganhos que advieram da independencia, nos ultimos 50 anos, ainda que significativos, poderiam ter sido melhores inclusivos e efectivos.
Em 50 anos de independencia, Moçambique ainda se debate com sérios problemas de liberdade de pensamento, de escolha livre, transparente e justa, significando que a liberdade para a qual lutamos e conquistamos a indepedencia, ainda está sendo posta em causa em grande medida, portanto a LUTA CONTINUA!
Em 50 anos de independência, os moçambicanos enfrentam ainda graves problemas de respeito, pelas politicas públicas, dos seus direitos económicos, sociais e culturais, significando que a Igualdade pela qual lutamos e derramamos sangue e conquistamos independencia, não se vive em grande medida ainda no País – A LUTA CONTINUA!
Em 50 anos de Independencia, nós moçambicanos vivemos desrespeitos, em grande medida, do nosso direito ao desenvolvimento humano, a Paz, ao meio ambiente, a comunicação incluindo o Património comum, significando, estarmos longe do alcance da fraternidade para a qual lutamos e obtivemos independência em 1975, por dizemos: A LUTA CONTINUA!
Nós moçambicanos, em 50 anos de independência, clamamos pelo respeito e tratamento igualitários ao nivel da governação e politicas publicas, significando estarmos longe da dignidade Humana, para a qual lutamos e conquistamos esta independencia – A LUTA CONTINUA!
Sua Excelência Francisco Daniel Chapo – Presidente da Republica
Prezados Presentes
A qualidade retrospectiva, mas também introspectiva deste discursos, visa efectivamente chamar a nossa atenção, para necessidade urgente de erguermos a cabeças, unirmo-nos como fizemos em 1964, para novamente lutarmos para a nossa efectiva independência, total e completa, rumo a essencia governativa da Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Dignidade nos proximos 50 anos.
Neste contexto, tenho a plena esperança e crença, na vontade politica de Sua Excelencia Daniel Francisco Chapo, Presidente da Republica de Moçambique, bem como do Partido Politico que dirige, a FRELIMO, que a 5 de Março do ano em curso, assinaram conosco, os Partidos Politicos da Oposição, o Compromisso Politico para o dialogo Nacional inclusivo, cuja materialização chama a soberania popular, para o debate profundo, inclusivo e transversal em matérias de governação e constitucionais.
O Dialogo Político que agendamos para os próximos dois anos, o primeiro da história do Pais neste formato multiparticipatório, estabelece alicerces seguras, nos primeiros días de contagem dos próximos 50 anos da independencia, para um Moçambique melhor do que o hoje.
Nós, os Partidos Politicos estamos a preparar o povo para massiva participação no dialogo nacional, pois, acreditamos que só com dialógo encontraremos entendimentos melhores para os nossos problemas.
Equivale igualmente a dizer que, lutaremos sempre para construir, promover e manter a paz, a união, a harmonia e estabilidade do país, atraves do respeito da ética governativa, e sobretudo pelo respeito dos direito civís, única forma de honrar o sacrifício consentido por todos que tombaram pela independencia.
Muito obrigado pela atenção prestada"

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